• Nenhum resultado encontrado

Organizacional (LnAtivo, LnEndiv, LNROA) e as variáveis referentes à Estrutura de Propriedade. Por meio da utilização da correlação canônica foram geradas três funções canônicas, devido ao menor número de variáveis referentes ao Desempenho Organizacional.

As Tabelas 8 e 9 apresentam os testes de significância estatística e os testes multivariados de cada uma das funções canônicas. as estatísticas do teste são o lambda de Wilks, o critério de Pilai, o traço de Hotteling e o grc de Roy.

Tabela 8 – Análise de Correlação Canônica - Desempenho Operacional x Estrutura de Propriedade

Medidas de ajuste geral do modelo para análise de correlação canônica

Função Canônica Correlação Canônica R2 Canônico Estatística F Probabilidade

1 0,255 0,065 1,441 0,107

2 0,231 0,053 1,279 0,240

3 0,104 0,011 0,523 0,719

Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 9 – Testes Multivariados de Significância - Desempenho Operacional x Estrutura de Propriedade

Estatística Valor Estatística F Aprox. Probabilidade

Lambda de Wilks 0,876 1,443 0,105

Traço de Pilai 0,129 1,438 0,108

Traço de Hotteling 0,136 1,441 0,107

gcr de Roy 0,065

Fonte: Elaborado pelo autor.

As Tabelas 10, 11 e 12 apresentam os índices de redundância para as variáveis de Desempenho Operacional e Estrutura de Propriedade das três funções canônicas respectivamente.

Na Tabela 10 encontramos uma carga canônica alta para a variável LNAtivo (0,836), entretanto devido ao baixo R2 canônico da primeira função (0,065) apresentado na Tabela 8, o Índice de Redundância das Variáveis de Desempenho Operacional é pequeno (0,018). Com relação às variáveis de Estrutura de Propriedade, a que apresenta maior carga canônica é AC1_VT (0,606) mas também afetada pelo baixo R2 canônico da primeira função (0,065), resultando um baixo Índice de Redundância para as variáveis de Estrutura de Propriedade (0,008).

Tabela 10 – Cálculo dos índices de redundância para a primeira função canônica

Var Carga Can. (Carga Can.)2 Carga Quad Med R2 Canônico Índice de Redundância

Variáveis de Desempenho Organizacional

LNAtivo 0,836 0,698

LNEndiv 0,272 0,074

LNROA 0,268 0,072

Variável Estatística de Desempenho Organizacional 0,844 0,281 0,065 0,018 Variáveis de Estrutura de Propriedade

AC1_TOT 0,367 0,135 AC3_TOT 0,176 0,031 AC5_TOT -0,006 0,000 AC1_VT 0,606 0,367 AC3_VT 0,439 0,193 AC5_VT 0,206 0,042

Variável Estatística de Estrutura de Propriedade 0,768 0,128 0,065 0,008

Fonte: Elaborado pelo autor.

Com relação à segunda função canônica apresentada na Tabela 11, também encon- tramos baixos Índices de Redundância para as variáveis de Desempenho Organizacional (0,017) e Estrutura de Propriedade (0,032), novamente afetados pelo baixo R2 canônico da segunda função canônica (0,053), apresentado na Tabela 8. Apesar disso foram apre- sentadas altas cargas canônicas para a variável LNEndiv (0,960) referente a Desempenho Organizacional e AC3_TOT (0,763), AC5_TOT (0,882), AC3_VT (0,810), AC5_TOT (0,894), referentes à Estrutura de Propriedade.

Tabela 11 – Cálculo dos índices de redundância para a segunda função canônica

Var Carga Can. (Carga Can.)2 Carga Quad Med R2 Canônico Índice de Redundância

Variáveis de Desempenho Organizacional

LNAtivo -0,179 0,032

LNEndiv 0,960 0,922

LNROA -0,128 0,016

Variável Estatística de Desempenho Organizacional 0,970 0,323 0,053 0,017 Variáveis de Estrutura de Propriedade

AC1_TOT 0,629 0,395 AC3_TOT 0,763 0,582 AC5_TOT 0,882 0,779 AC1_VT 0,643 0,414 AC3_VT 0,810 0,657 AC5_VT 0,894 0,800

Variável Estatística de Estrutura de Propriedade 3,626 0,604 0,053 0,032

Fonte: Elaborado pelo autor.

Novamente influenciada pelo baixo R2 canônico da terceira função canônica (0,011), apresentado na Tabela 8, os Índices de Redundância encontrados são baixos (ver Tabela 12), sendo encontrados os valores de 0,004 para o Índices de Redundância das variáveis de Desempenho Organizacional e 0,001 para o Índice de Redundância para Estrutura de Propriedade. Com relação às cargas canônicas encontramos valor elevado apenas para a variável LNROA (0,955).

A Tabela 13 apresenta as análises de redundância para as três funções canônicas, referentes às variáveis de Desempenho Organizacional e de Estrutura de Propriedade. Podemos verificar os baixos valores do R2 Canônicos comentados anteriormente. Com relação às variáveis de Desempenho Organizacional, a variância compartilhada é de 0,281 para a primeira função canônica, 0,323 para a segunda e 0,396 para a terceira função. Os índices de variância das variáveis de Estrutura de Propriedade são de 0,128 para a primeira função, 0,604 para a segunda e 0,075 para a terceira função canônica. A combinação destes valores com a raiz canônica do Índice de Redundância produz um valor

64

Tabela 12 – Cálculo dos índices de redundância para a terceira função canônica

Var Carga Can. (Carga Can.)2 Carga Quad Med R2 Canônico Índice de Redundância

Variáveis de Desempenho Organizacional

LNAtivo -0,520 0,270

LNEndiv 0,064 0,004

LNROA 0,955 0,912

Variável Estatística de Desempenho Organizacional 1,187 0,396 0,011 0,004 Variáveis de Estrutura de Propriedade

AC1_TOT 0,443 0,196 AC3_TOT 0,265 0,070 AC5_TOT 0,200 0,040 AC1_VT 0,117 0,014 AC3_VT -0,206 0,042 AC5_VT -0,291 0,085

Variável Estatística de Estrutura de Propriedade 0,447 0,075 0,011 0,001

Fonte: Elaborado pelo autor.

de apenas 0,040 para as variáveis de Desempenho Organizacional e de apenas 0,042 para as variáveis de Estrutura de Propriedade. Com percentuais tão pequenos podemos questionar a significância prática de tais funções, por não explicar uma parte grande da variância das variáveis dependentes.

Tabela 13 – Análise de redundância de variáveis estatísticas de Desempenho Organizacional e de Estrutura de Propriedade para todas as funções canônicas

Variância padronizada das variáveis de Desempenho Organizacional explicadas Por sua própria

variável estatís- tica canônica

Pela variável estatística canônica oposta Função Canônica Percentual Percentual

Cumulativo

R2 Canônico Percentual Percentual

Cumulativo

1 0,281 0,281 0,065 0,018 0,018

2 0,323 0,605 0,053 0,017 0,035

3 0,396 1,000 0,011 0,004 0,040

Variância padronizada das variáveis de Estrutura de Propriedade explicadas Por sua própria

variável estatís- tica canônica

Pela variável estatística canônica oposta Função Canônica Percentual Percentual

Cumulativo

R2 Canônico Percentual Percentual

Cumulativo

1 0,128 0,128 0,065 0,008 0,008

2 0,604 0,732 0,053 0,032 0,041

3 0,075 0,807 0,011 0,001 0,042

Fonte: Elaborado pelo autor.

A Tabela 14 apresenta os pesos canônicos padronizados para cada variável estatís- tica referente ao Desempenho Organizacional e Estrutura de Propriedade. A magnitude dos pesos canônicos representa sua contribuição para a variável estatística. Devido à instabili- dade dos pesos canônicos, principalmente na presença de multicolinearidade, utilizaremos também a carga canônica.

A Tabela 15 apresenta as cargas canônicas para as variáveis estatísticas referentes a Desempenho Organizacional e Estrutura de Propriedade. Podemos observar na primeira função canônica um valor alto na variável LNAtivo (0,836), sendo as demais variáveis de Estrutura de Propriedade apresentando valores baixos. Com relação às variáveis de Estrutura de Propriedade, nenhuma atinge um valor alto de correlação, sendo a que mais se aproxima referente á variável AC1_VT com um valor de 0,606. Na segunda função

Tabela 14 – Pesos canônicos para todas as funções canônicas

Pesos Canônicos

Função 1 Função 2 Função 3 Coeficientes Canônicos Padronizados - Variáveis de Desempenho Organizacional

LNAtivo 0,955 -0,251 -0,302

LNEndiv 0,245 0,968 0,061

LNROA 0,504 -0,201 0,879

Coeficientes Canônicos Padronizados - Variáveis de Estrutura de Propriedade

AC1_TOT 0,303 0,716 -0,479 AC3_TOT -2,409 -1,963 -0,672 AC5_TOT 1,606 1,854 2,393 AC1_VT -0,164 -0,157 1,573 AC3_VT 5,331 0,282 -0,443 AC5_VT -4,455 0,318 -2,180

Fonte: Elaborado pelo autor.

canônica, encontramos um valor significante para a variável LNEndiv (0,960) com relação às variáveis de Desempenho Organizacional, sendo as variáveis de Estrutura de Propriedade todas significantes. Finalmente, com relação à terceira função canônica, não encontramos nenhuma variável estatisticamente significante.

Tabela 15 – Estrutura canônica para todas as funções canônicas

Carga Canônica

Função 1 Função 2 Função 3

Correlações entre as variáveis de Desempenho Organizacional e suas variáveis estatísticas canônicas

LNAtivo 0,836 -0,179 0,001

LNEndiv 0,272 0,960 -0,520

LNROA 0,268 -0,128 0,064

Correlações entre as variáveis de Estrutura de Propriedade e suas variáveis estatísticas canônicas

AC1_TOT 0,367 0,629 0,443 AC3_TOT 0,176 0,763 0,265 AC5_TOT -0,006 0,882 0,200 AC1_VT 0,606 0,643 0,117 AC3_VT 0,439 0,810 -0,206 AC5_VT 0,206 0,849 -0,291

Fonte: Elaborado pelo autor.

Desta forma podemos afirmar que apenas as variáveis LNAtivo e LNEndiv possuem correlações significantes com as variáveis de Estrutura de Propriedade. Na primeira função canônica a variável LNAtivo influencia principalmente a variável AC1_VT. Na segunda função canônica, a influência da variável LNEndiv influencia principalmente as variáveis AC3_TOT, AC5_TOT, AC3_VT e AC5_VT.

Podemos afirmar que tais achados divergem dos resultados de Silveira e Barros (2008) que encontrou uma relação negativa significante entre o direito de controle do acionista controlador e a qualidade da governança corporativa, além da relação negativa entre o excesso de direito de controle em relação ao direito sobre o fluxo de caixa em posse do controlador.

Outro estudo que relacionou variáveis semelhantes foi o de Okimura, Silveira e Rocha (2007), que investigou a relação entre a estrutura de propriedade e controle e o

66

valor e desempenho das companhias privadas abertas brasileiras entre 1998 e 2002. Os resultados evidenciam uma influência quadrática da concentração de votos sobre o valor e uma influência negativa linear do excesso de votos sobre o valor. A concentração de propriedade não apresentou resultados significantes, e as evidências de endogeneidade da estrutura de propriedade se mostraram fracas e inconsistentes estatisticamente, assim como este estudo.

Também Caixe e Krauter (2013) abordaram o tema da estrutura de propriedade, analisando se a concentração de propriedade e controle influencia o valor de mercado corporativo. Foi encontrada a existência de relação quadrática entre concentração no direito sobre o fluxo de caixa do acionista controlador e o valor de mercado das firmas. Ademais, os resultados indicam que o valor de mercado corrigido das ações do maior acionista captou o efeito-incentivo, enquanto a concentração no direito de voto capturou o efeito-entrincheiramento.

O estudo de Peixoto e Buccini (2013) teve como foco uma possível relação entre a concentração de direitos de voto e a concentração de direitos sobre o fluxo de caixa com desempenho e valor das empresas. No que tange à relação entre estrutura de propriedade e valor/performance, constatou-se que firmas com estrutura mais concentrada possuem menor valor e menor desempenho.

O estudo de Junqueira et al. (2014) teve como objetivo avaliar se a adesão às práticas de Governança Corporativa, em qualquer um dos níveis estabelecidos pela BM&FBovespa, reduz os conflitos de agência e, consequentemente, impacta no endividamento das empresas brasileiras de capital aberto. No que tange à variável de Governança Corporativa, sendo encontrada uma relação negativa, estatisticamente significativa, com o endividamento das empresas, diferente dos resultados deste estudo, que encontraram uma relação positiva embora pouco significante.

4.2 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO X DESEMPENHO ORGANIZACIONAL