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A participação dos educadores nesse curso de formação continuada, certamente, signiÀ ca um avanço pensando-se nas atuais metas nacionais, a de se construir sistemas educacio- nais inclusivos, pois contribuiu para esses proÀ ssionais cons- truírem novos saberes, redimensionarem crenças, valores e concepções relativas à Educação Inclusiva e, ao mesmo tempo, reÁ etirem sobre o papel que lhes cabe nesse processo. Além disso, ressaltamos a relevância da proposição de atividades que mobilizaram os participantes a elaborarem estratégias de ação para melhorarem a instituição educacional em que atuam, no sentido de alcançarem um trabalho vinculado aos princípios educacionais inclusivos.

Assim, os aspectos abordados no presente capítulo constituem apenas um exemplo do que pode ser implemen- tado nas instituições educativas para que se tornem verdadei- ramente inclusivas. Acreditamos que, nesse processo, a parti- cipação ativa de cada educador é essencial, pois a construção de escolas inclusivas é uma tarefa coletiva que pressupõe a

Formação continuada em educação inclusiva: saberes, refl exões e práticas

colaboração de todos. Dessa forma, a garantia de processos de formação continuada tem uma grande importância, por se constituir como espaço para reÁ exão e proposição de ações para o alcance das transformações que se fazem necessárias.

A construção de uma sociedade inclusiva só será pos- sível, a nosso ver, se a inclusão for uma realidade em todos os segmentos da vida social, ou seja, a sociedade terá que ser inclusiva nos aspectos educacional, econômico, cultural, polí- tico, dentre outros, possibilitando a participação de todas as pessoas que, atualmente, continuam excluídas. Entretanto, sendo uma das práticas humanas institucionalizadas, a edu- cação tem o papel de contribuir para as transformações so- ciais e, por isso, é fundamental que os educadores atuem como sujeitos de sua prática, cuja intervenção poderá suscitar mu- danças nas escolas, a À m de que se tornem verdadeiramente inclusivas.

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