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riar histórias, contar histórias, ações poéticas que envolvem e nos per- mitem viajar, imaginar. Sentir para interagir; uma arte emancipadora. O título dessa pesquisa “Criação e contação de histórias: um jogo de dados como ação poética e sua contribuição na formação inicial docente” possibilitou repensar sobre o futuro professor que está cursando Pedagogia, nas suas dificuldades, nos medos que a prática pode proporcionar no que diz respeito ao trabalho com a contação de histórias.

No início havia um misto de sentimentos que envolviam insegurança e medo! Sensações que foram ao encontro das alunas devido à insegurança existente no que se referia à formação inicial relacionada à contação de his- tórias e outras tantas preocupações. No decorrer da pesquisa fui observando que essa insegurança se dá pelo fato de as alunas não terem algo prático que as possibilite experenciar as múltiplas formas de encantar, contar, criar, mediar o conhecimento.

Partindo da questão da pesquisa sobre como estimular as discentes em formação no curso de Pedagogia, além do objetivo de investigar a potência da ação e da prática de contar histórias foi criado o jogo de Dados Poéticos (DP) que foi sendo aprimorado durante a pesquisa reafirmando o seu caráter como uma pesquisa-ensino (PENTEADO, 2010) e, ao mesmo tempo, fortale- cendo a criação contínua e assim se constituindo também como uma pesquisa a/r/tográfica (DIAS; IRWIN, 2013).

C

Prefiro pensar que o contar é arte para ver, ouvir, sentir; arte para um fazer coletivo; arte para ser. De uma coisa estou certo, con- tar histórias emancipa tanto quem conta, quanto quem ouve. O sujeito ouvinte, e o sujeito leitor. E isso já não basta!?

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No início o foco era a contação de histórias, mas colocando o jogo em prática, percebi que era a criação que estava em evidência. O jogo proporcio- nou conhecimentos específicos relacionados à Arte, criação, contação, amplia- ção da formação cultural, pois quando sorteavam uma obra que não conhe- ciam, iam pesquisar para saber mais sobre ela. Talvez isso possa contribuir para que os grupos participantes sejam pesquisadores e incentivem seus alunos à pesquisa. Um outro aspecto em relação à arte foi o exercício de lei- tura das imagens. Personagens, climas, tempos, etnias foram impulsionadas pelas obras de arte que também traziam diferentes linguagens de tempos e lugares também diversos. Vimos que para alguns grupos algumas imagens foram de certo modo abandonadas na criação da história, mas o jogo pode- ria se tornar uma boa provocação para leituras mais sensíveis, que pudessem demorar-se mais nelas para retirar mais elementos que as obras poderiam provocar. Aprender a lentidão, diria Larrosa (2004). O tempo do jogo poderia ser ampliado em sua utilização durante disciplinas no curso de Pedagogia, tanto em relação ao letramento quanto em relação à Arte, pois a ideia é que este jogo possa ser jogado por muitos.

A questão do lúdico em processos de aprendizagem também pode ser um aspecto a ser compreendido pelos jogadores. O lúdico torna a aprendizagem mais prazerosa e o conteúdo se torna mais significativo proporcionando o co- nhecimento da cultura, levando a experiências vividas através da interatividade.

O lúdico também abre maior espaço para a criação, a invenção, o lidar com o inesperado. O planejamento, que antecedeu à prática do jogo, envolveu o pensar nas questões que foram levantadas pelas discentes para que elas pudessem ver no jogo DP um meio pelo qual se é possível trabalhar, de modo criativo e envolvente. Assim, foi possível despertar a criatividade expandindo o pensamento sobre a capacidade de cada uma e a potência existente em cada uma delas.

Acionar processos de criação as levou a experiências significativas re- lacionadas à produção de textos, à oralidade, às artes cênicas, entre outros desafios. Assim, as futuras professoras em sua formação inicial experencia- ram, de modo prático, como pode ser a criação e a contação de histórias de maneira divertida e participativa.

O jogo também criou possibilidades de desvelar os saberes, os olhares, as potencialidades individuais e coletivas. O contexto pessoal e coletivo foi evidenciado pelo jogo, trazendo também a valorização de si e do outro, da elaboração do cotidiano, muitas vezes tão sofrido.

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Compreender a importância da contação de histórias e, a possibilidade de criar por meio do jogo DP, levou os sujeitos da pesquisa a interagirem e se conhecerem melhor compreendendo a relevância de se trabalhar de forma colaborativa. O jogo possibilitou a interação e, alunas que eram tímidas pude- ram expressar sua criatividade no momento da encenação e isso foi de grande valia para todas as salas, pois iniciaram uma aproximação e compreensão de seus colegas.

Como apontam as análises, todas se envolveram com a proposta do jogo percebendo sua importância em todo processo de construção do conhecimento relacionado aos aspectos que o jogo traz considerando o aprendizado e, afir- mando que o jogo é necessário desde os anos iniciais até o ensino superior.

A escuta nos pequenos grupos e ao final com a apresentação dos di- versos grupos testemunha também um aprendizado que envolve a diversida- de de pontos de vista na criação das histórias, de modos diversos de narrar, da inventividade e do encantamento e fazem com que percebam sua capaci- dade e que todos somos hábeis para criar e viver o exercício da docência de modo competente e sensível, superando o sentimento de incapacidade que é comum. Faz-se necessário ouvir a melodia existente dentro de cada uma e romper com os medos e receios que silencia a melodia que rege a canção do aprender a aprender e o jogo DP pode ser um incentivo para outra percepção da prática docente.

Muitos outros focos poderiam ser ainda levantados como potência dos dados poéticos na formação inicial, fortalecendo uma prática interdisciplinar, reforçando o exercício da escrita, da leitura expressiva, da improvisação cria- tiva. A partir dele, novos dados poderiam ser criados.

Ao terminar esta pesquisa desvelo que o desejo de contribuir com as alu- nas em sua formação docente inicial me moveu a criar o jogo DP. Essa criação me desafiou, me instigou, me emocionou! Diante da sinfonia orquestrada por palavras foi possível perceber que a boniteza da nossa profissão, que se centra na esperança de uma educação de qualidade e, como consequência, o nosso dever de conduzir os alunos à aprendizagem.

Mas, não é o fim!

O jogo só está começando e novas histórias surgirão com encantamen- to, criatividade, alegria, interação, arte. O reverberar pode ser constante e, o jogo de DP é uma chama que se acendeu e que brilhará através de muitos docentes que já estão em sala de aula e daqueles que estão em sua forma- ção inicial possibilitando o desvelar no que se refere ao trabalho com a con- tação de histórias, a produção de texto na disciplina de Língua Portuguesa, a Arte e suas linguagens, a parceria entre aluno e professor, pois essa media- ção ultrapassa os muros da escola.

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Esse novo começo que o jogo de DP permite nos leva a pensar em res- sonâncias que podem trazer à tona as árvores do interior da floresta, como já dito no decorrer dessa pesquisa, pois partindo desse jogo podemos criar novas estratégias, jogar várias vezes, levar meios que possibilitem um aprendizado mais prazeroso, participativo, como caixas que contenham variedades de te- cidos para que o educando possa externar sua capacidade inventiva, caixas de sensações, objetos propositores, novas obras de arte, entre tantas outras possibilidades que nossa imaginação e criatividade podem construir.

Trago nessas linhas a observação realizada por minha banca de quali- ficação da importância dessa pesquisa para a formação inicial do professor, visto que há muitos estudos, mas poucos voltados para essa especificidade. O vislumbrar o docente no início de sua caminhada não apenas o norteará, trará ainda uma prática proporcional à leveza do som harmônico de uma sinfonia que o jogo traz.

Continuarei pesquisando e incentivando os discentes que comporão as notas da formação às práticas de criação e contação de histórias. Abarco aqui a relevância que essa prática trará em qualificativo nos currículos formativos dos docentes e, os que a essa melódica partitura lançarem olhos e ouvidos, estarão um compasso à frente.

Essa história se desenvolveu com seus personagens protagonistas e coadjuvantes, que juntos formam uma potência narrativa orquestrada por palavras. Já temos contações de histórias cantadas, encenadas, em poesia, em expressão corporal e ainda as que estão por vir.

A fogueira da imaginação foi acesa e, minha intenção é mantê-la as- sim! Por esse motivo o jogo de Dados Poéticos está em processo de Patente para que, em um futuro próximo, seja apresentado às universidades e escolas como mais uma ferramenta a fazer a diferença no processo de ensino-apren- dizagem dos alunos tanto na formação inicial de professores quanto na Edu- cação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Meu desejo é que o leitor ouça a melodia dessa sinfonia e perceba que o jogo de DP traz em si as notas que regem a ação criadora, sensível, artística, formativa, interdisciplinar, e que as alunas e alunos do curso de Pedagogia encontrem no jogo de Dados Poéticos um instrumento que reverbera o conhe- cimento que envolve a arte e suas linguagens, além da interatividade entre os sujeitos para que a música não pare de tocar, mas envolva e nos leve a jogar o jogo e flutuar na capacidade criativa e imaginativa existente em cada um de nós e à criação de histórias como uma sinfonia orquestrada por palavras.

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APêNDICE 1:

Era uma vez um jovem mestiço chamado Joaquim. Ele se tornou orfão aos quinze amos de idade e, com dificuldades da vida, tornou-se morador de rua.

Joaquim andava pelas ruas catando papelão, latinhas e sobrevivia da venda dos mesmos e de ajuda de almas caridosas.

Em uma noite de muita chuva, na procura de um abrigo para pousar, se depara com uma caixa de papelão, na qual se ouvia um choro. Ao se aproximar, para sua surpresa, encontra um lindo cachorro, coberto com uma folha de jornal que provavelmente havia sido abandonado aquele dia.

Ao acolher o cãozinho, Joaquim viu um anúncio no jornal que oferecia uma vaga para caseiro em um sítio no interior.

Joaquim interpretou a mensagem como um aviso enviado por Deus, atra- vés do cachorro, que nomeou de Jeredy.

Sem pensar duas vezes, no dia seguinte seguiram rumo ao lugar do anún- cio. Ao chegarem, encontraram um casal de senhores que se sensibilizaram com a história deles e os acolheram.

E assim Jeredy e Joaquim viveram muito felizes em seu novo lar!