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CRIAÇÕES DO TERCEIRO SEMESTRE DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO INTERIOR DE SÃO PAULO – U

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Uma indiana chamada Jade de 24 anos de Mumbaí na Índia, conheceu no site de relacionamento um brasileiro chamado Robert de 26 anos.

Eles foram conversando começaram a se conhecer melhor e tiveram contato durante dois anos e então resolveram marcar um encontro. Ao entrar em um acordo, decidiram que ela viria ao Brasil, na cidade de Nova Veneza em Santa Catarina onde ele mora.

Ao chegar no dia do encontro, antes de encontrá-la no aeroporto, foi até a floricultura e comprou uma rosa para Jade. Saindo de lá, foi ao encon- tro de sua amada. Ao se encontrarem os dois estavam nervosos, resolveram então, irem até um restaurante para conversarem melhor.

No restaurante, na mesa ao lado onde eles estavam, havia duas mulhe- res olhando estranho para Jade debochando de sua roupa, então para disfar- çar fingiu que estava com frio e Robert percebeu e tirou seu casaco e entregou para ela. Com o passar do tempo, percebeu que Jade não estava confortável com os olhares voltados para ela e, com isso pediu licença para Jade e foi até a mesa das mulheres e disse:

UM AMOR A DISTâNCIA

Fonte: Arquivo pessoal.

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Em uma cidade do interior, havia um bairro onde moravam uma família tradicional de seis pessoas que tinham como animal de estimação um bode.

Giovani um pai muito rígido, tinha uma padaria de onde tirava o sustento de sua família. Sua esposa Nina era dona de casa e cuidava de suas quatro filhas, Telma, Antonella, Júlia e Bela.

Antonella era a filha mais velha e tinha o sonho de se casar. Porém, seu pai sendo muito rígido não permitia que suas filhas se quer saíssem para ir na esquina, mas sendo a irmã mais velha Antonella ajudava seu pai na padaria.

Um certo dia entrou na padaria um cliente que chamou a atenção de Antonella, era um mestiço de quase um metro e noventa de altura e uma sim- patia tal que logo ela se encantou. Giovani, o pai, percebendo a movimenta- ção diferente no atendimento logo interfere.

Mas no coração não podemos mandar, o romance aconteceu. Tendo como cúmplices suas irmãs neste romance, numa noite fria ela foge com seu mestiço e vai viver uma linda história de amor.

O ROMANCE DE ANTONELLA

Fonte: Arquivo pessoal.

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Num dia ensolarado, dona Alexandrina chegou numa cidadezinha do in- terior chamada Bernadino Campo a procura de sua casa própria. Quando enfim encontrou sua casinha tão desejada, se surpreendeu com uma simples casa fei- ta de madeira que ficava nos fundos. Será que estava vazio? Quando a casinha se abriu, surgiu um idoso negro. Mas quem seria? Dona Alexandrina não sabia seu nome, mas o observava sempre. O idoso se mantinha com reciclagem o que trazia a mesa seu doce café. Com o passar do tempo, tornaram-se grandes amigos! Dona Alexandrina conheceu tristes histórias do velho. Ele contava que era descendente de escravos, e que é claro, sofria muito.

Não foi tão fácil compartilhar suas histórias, pois o velho era sozinho e, por isso muito retraído, mas os cafés da tarde fizeram com que ele se abrisse. Ela então descobriu também, que o velho tinha cento e quinze anos! Era mui- ta coisa para contar.

Pena que um dia, dona Alexandrina adoeceu, e por coincidência o velho também. Os encontros a tarde diminuíram, o velho ficou de cama e a senhora não pode ajuda-lo. A melhor forma de ajuda, foi coloca-lo no asilo, não havia melhor opção. Logo ela descobriu, que o velho havia falecido. Seu nome? Seu Marcelino.

A HISTÓRIA DE DONA ALExANDRINA

Fonte: Arquivo pessoal.

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Em uma noite fria e nebulosa na cidade de São Paulo, o jovem Carlos, nascido e habitante da periferia, negro, com 35 anos, acabara de descer do ônibus após um dia exaustivo de trabalho, ansioso para encontrar sua família, quando de repente enquanto caminhava em direção a sua casa, foi abordado por dois skinheads, que o arrastaram violentamente a um beco próximo, onde o espancaram de maneira cruel, pelo simples fato de possuir a pele negra. Em um momento de distração dos dois homens, Carlos consegue fugir, e sai correndo pelas ruas, quando inesperadamente alguns policiais o fazem parar, acusando-o de ter cometido algum crime e agora estar fugindo. Mesmo com Carlos se justificando, e alegando ter sido agredido por motivos de discrimi- nação, os policiais não deram crédito a ele, levando-o para a prisão, tendo também comportamentos racistas.

Na delegacia, a mãe de Carlos surge desesperada ao receber um aviso de que seu filho, que sempre fora honesto, agora foi preso, mesmo sem provas. Após inúmeras tentativas de provar a inocência de seu filho, a mãe não conse- gue tirar seu filho da prisão.

Com essa história, fica ainda mais clara a realidade de nosso país, que ainda é marcada por atitudes preconceituosas e injustas.

SEM TíTULO

Fonte: Arquivo pessoal.

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Francisco era um menino negro de família pobre, que vivia tranquilamen- te no sítio “sol poente” herdado do seu avô Tião. Francisco tinha um cachorri- nho ao qual todas as tardes ao chegar da escola eles brincavam no quintal.

Numa tarde chuvosa, fazia muito frio, Francisco percebe que seu cachor- rinho não aparecera para brincar com ele, muito preocupado Francisco sai a procura de seu animalzinho, sem perceber a noite chegou, Francisco andou, an- dou sem encontrar seu amigo, quando ele se deu conta estava muito longe de casa, sem saber como voltar, com frio e muita fome, o menino se senta a beira da estrada e põe-se a chorar.

Quando de repente surge algo brilhante vindo em sua direção. Muito as- sustado percebe que é um caminhão, e do caminhão desce um homem branco, alto, barbas branca que com muito carinho chega bem perto da criança, se abaixa e começa a conversar.

Francisco conta sua triste história.

Muito comovido aquele homem o leva para sua casa na cidade grande, onde ele o alimenta, agasalha e coloca-o para dormir, aguardando que sua es- posa Suely chega de volta do trabalho, para lhe ajudar. Quando Suely olha para aquele menino, o reconhece, ele era seu aluno. No dia seguinte, logo pela ma- nha levaram Francisco para sua casa. Ao chegar sua mãe, recebeu com muita alegria, pois o procuraram toda a noite e junto com sua mãe, seu cachorrinho.

UMA BOA AÇÃO

Fonte: Arquivo pessoal.

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Numa tarde fria de 1859, passava em meio ao oceano Atlântico um navio negreiro, sua madeira era rústica, seu aspecto era triste. Ali vivia um menino, seu nome era Zaire, sua pele era negra como a noite, seus olhos eram brilhantes como as estrelas.

Toda manhã Zaire e outros negros tinham de limpar o convés, se alimen- tavam uma vez ao dia e dormiam pouco. O sonho era se libertar daquele lugar. Heitor era quem comandava a tripulação, seus marinheiros eram treinados para mantem a ordem e tudo funcionava conforme suas vontades.

Em um dia de tempestade, o mar estava agitado, ao longe no horizonte avista um navio jamais visto, duas vezes maior do que aquele navio negreiro, com bandeira no qual o brasão era uma planta.

Todos no navio ficaram curiosos e amedrontados. Ao se aproximarem, tiras de pó mágico foram acionadas que destroem as armas do navio negreiro, logo perceberam que se tratava de um navio pirata do bem. A salvação daqueles negros ali estava, pois havia boatos de que os piratas estavam salvando todos aqueles que precisaram de ajuda e ajudando a cuidar do mar e da natureza.

Assim os piratas subiram ao navio negreiro e começaram a mostrar como as ações boas fazem bem, que todos devemos ser livres independente da cor da pele e que devemos cuidar de nosso planeta, salvando Zaire e os outros negros que ali viviam, dando a eles a liberdade e a oportunidade de salvar outros como eles.

Zaire ficou maravilhada com a atitude dos piratas, queria ser tão cui- dadoso e valente de toda a tripulação, sempre fazendo o bem, seu nome era comentado aos quatro ventos.

Assim ele cresceu se tornando um grande homem, salvando todos os es- cravos e ajudando a natureza e incentivando a fazer o bem.

Moral da história: quem vê cara não vê coração, pois ao se lembrar de na- vios piratas, pensamos coisas ruins, porém não devemos julgar ninguém apenas respeita-los. Além de trabalhar preconceito racial e que todos temos direitos a ser livres, respeitados independente da cor, nacionalidade, gênero, entre outros.

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Fonte: Arquivo pessoal.

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No interior da cidade, vivia seu Jorge carpinteiro, durante o dia ele fazia suas lindas esculturas que aprendeu na escola da vida, e durante a noite esta- va em sua varanda, descansando em sua cadeira de balanço e fumando seu caximbo.

Em uma certa noite ao descansar avistou um homem alto, negro debilita- do, seu Jorge se aproximou para ajuda-lo. O acolheu, alimentou e o vestiu com roupas quentes.

Ao recompor-se o homem negro agradeceu. Então seu Jorge perguntou:

— O que houve para estar nesta situação?

Negro:

— Fugi com alguns escravos, mas no meio da fuga nos separamos, não sei

ao certo quanto tempo estou perdido, vinha da fazenda do coronel Xavier. Seu Jorge:

— Meu filho, por essa noite pode pousar aqui mas amanhã preciso que

você vá embora, pois não quero ter problemas com o seu coronel.

Ao amanhecer após o café seu Jorge preparou uma trouxa de alimentos e a imagem da Santa Efigênia esculpida por ele mesmo e assim se despediram um do outro.

— Que Deus lhe acompanhe. Disse seu Jorge.

Com essa história podemos quebrar todo o tipo de preconceito, pois mes- mo naquela época um senhor se propôs a ajudar independente da cor.

UMA NOITE SURPRESA

Fonte: Arquivo pessoal.

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APêNDICE 2:

Aurora, por quê chora? Achou um passarinho branco Que foi embora De Veneza para outro lugar Aurora quer viajar – 2x Outros mundos encontrar Numa floresta brincar Lá no fundo da floresta Havia um lindo bosque azul Os índios a fazer a festa Colorindo de norte a sul E Aurora continuava lá A chorar

(Refrão)

Aurora levantou o olhar O horizonte quer deslumbrar E o passarinho volta A planar, a planar O índio vem se apresentar Mostrando a forma de sonhar Aurora parou de chorar Porque sozinha não estará Aurora já não chora Achou um índio na floresta E foi embora

AURORA, AURORA, AURORA,

POR QUê CHORA?

Fonte: Arquivo pessoal.