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Uma tese nunca chega realmente ao fim, simplesmente porque não temos a pretensão de achar que um assunto ou tema se esgota com uma pesquisa ou qualquer outro tipo de contribuição acadêmico-científica. A ciência sempre foi e sempre será uma construção coletiva. Nesse sentido, ao chegarmos às “considerações finais” do presente trabalho, nossa compreensão é de que, apesar do intenso caminho trilhado no campo teórico, metodológico e empírico de nossos estudos (iniciados já no distante ano de 2014), o resultado ao qual chegamos é apenas uma contribuição analítica para o objeto o qual nos propomos a pesquisar: os movimentos sociais na Amazônia e as redes de mobilização criadas por esses atores sociais para lutar contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no estado do Pará.

Ainda sobre a aventura de se fazer uma tese, concordamos com Eco (2008, p. 5) quanto a um dos princípios elementares que regem esse desafio acadêmico, que é, nas palavras do autor, uma ação primeira que visa a “colocar ordem nas próprias ideias”. Segue-se uma lógica concatenada em que o primeiro passo é identificar um tema pelo qual nos interessamos, fazendo posteriormente uma coleta e sistematização das informações obtidas e reexaminando exaustivamente esse conjunto de dados, sempre levando em consideração as questões mais importantes já pontuadas sobre o referido assunto e feitas de forma precedente por outros pesquisadores até que possamos, em um essencial e difícil exercício intelectual, empenharmo-nos para que leitores interessados em nosso tema possam compreender as ideias por nós construídas e apresentadas.

Nossa pesquisa consistiu em analisar os movimentos sociais que atuam no contexto da terceira maior Hidrelétrica do mundo, localizada no centro-oeste paraense e tendo como um de seus principais cenários a cidade de Altamira, um dos lugares mais complexos da Amazônia brasileira tendo em vista sua intensa formação histórico-social (que vai desde a presença de uma grande diversidade indígena até a chegada de milhares de migrantes oriundos de inúmeras regiões do país) e o grande número de conflitos sociais e ambientais existentes em seu entorno. Tem-se como marco inicial para nossa análise o processo de (re)colonização e integração econômica da região empreendido pelo Governo Civil-Militar a partir dos anos 1960, onde a construção de grandes obras de infraestrutura como a rodovia Transamazônica (BR-230) demarca uma nova era para a região.

Ao nos depararmos com o objeto, fomos confrontados com a nossa própria experiência na região. Esse approach nos possibilitou uma visão peculiar do tema, já que em

muitos momentos nos identificamos com os atores sociais envolvidos e as questões apresentadas, o que acabou se tornando uma espécie de “etnografia de si mesmo” e de muitas vidas que foram vividas por este autor em solo amazônico. É uma perspectiva que, apesar das idiossincrasias apresentadas – e ressaltadas de forma consciente –, formou uma base de análise a qual, do nosso ponto de vista, pôde ampliar as problematizações sobre o fenômeno o qual nos propomos a compreender e analisar.

Problematizamos nossa proximidade em relação ao fenômeno e a complexidade da região, levando em consideração sua formação histórica, econômica e social, fazendo uso de uma série ampla e diversa de referenciais teóricos, necessários para o entendimento de inúmeras questões relacionadas à temática. Podemos destacar dois marcos históricos centrais: o processo de colonização portuguesa no século XVI e a presença do Governo Civil-Militar na segunda metade do século XX.

O primeiro diz respeito às políticas implantadas pela colonização lusitana que reordenaram economicamente e colocaram a Amazônia, por um determinado período histórico, em lugar central para a economia capitalista emergente do final do século XIX e início do século XX, oportunizada por aquilo que ficou conhecido como “economia da borracha”, fazendo com que, pela primeira vez, a Amazônia estivesse no epicentro das decisões econômicas e políticas do país. E o segundo, o período iniciado com o Governo Civil-Militar no Brasil nos anos 1960, onde uma série de intervenções políticas modificaram completamente a Amazônia, fazendo com que sua população aumentasse exponencialmente através de uma política migratória massiva somada a uma série de empreendimentos infraestruturais como a construção de barragens, rodovias, portos e outros grandes projetos que tinham como finalidade transformar a região na última fronteira das commodities do planeta. Isso, como analisamos ao longo de nossa tese, aconteceu com grande êxito nos últimos 50 anos.

Podemos afirmar que foi a partir desse momento que projetos como a rodovia Transamazônica tomaram corpo e foram sendo construídos, atraindo milhares de pessoas (migrantes de todo o país) em sua execução, com a promessa governamental de viabilizar uma “terra sem homens para homens sem terra”,209

transformando Altamira em uma cidade estratégica dentro do contexto dos grandes projetos no Brasil. Sua localização (às margens do Rio Xingu e no meio da Transamazônica) acabou fazendo com que o município se tornasse

209 Slogan criado para atrair migrantes (principalmente nordestinos) através do Plano de Integração Nacional

ponto central para a política desenvolvida pelo Governo Federal destinada à Amazônia. A história de Altamira é repleta de conflitos socioambientais e casos emblemáticos de violências diversas, desde tráfico de pessoas, exploração sexual, assassinatos de lideranças políticas até assassinatos em série de crianças e mulheres.

Do sonho do migrante nordestino em “ganhar uma terra, um pedaço de chão” durante a colonização e construção da Transamazônica ou do empresário que se estabeleceu na cidade pretendendo “ficar rico” criando gado ou explorando madeira, há também vários outros atores sociais nesse processo. Merecem especial destaque os indígenas, ribeirinhos e outras populações tradicionais que foram diretamente atingidas com a chegada do “progresso” e de muitas formas reagiram a uma série de ameaças que se ampliaram à medida que esses grandes projetos foram se consolidando na região. A colônia de ontem tornou-se o consenso das commodities de hoje (SVAMPA, 2013). Os projetos em grande escala inicialmente pensados para a Amazônia na segunda metade do século XX foram esteio para inúmeras obras da atualidade. Nossa pesquisa aponta que, nos últimos 15 anos, o Governo Federal atuou como um verdadeiro “rolo compressor” para garantir a construção de megaempreendimentos. E a Hidrelétrica de Belo Monte foi escolhida como a principal obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), fazendo parte de um amplo e complexo conjunto de medidas planejadas a partir da Iniciativa para Integração da Infraestrutura Sul-Americana (IIRSA). Na avaliação de Zibechi (2012) e Castro (2012), a IIRSA foi planejada pela maioria dos governos de países sul-americanos visando a uma integração econômica que privilegiaria a produção e escoamento de matérias-primas a partir da construção de obras de infraestrutura em três eixos distintos: transporte, energia e telecomunicações.

Avaliamos que o processo histórico que se constituiu na região de nosso objeto de estudo foi composto por uma série de fenômenos do campo econômico e social que ampliaram significativamente a sociedade civil organizada que atua na Amazônia, criando, assim, o cenário para a eclosão de uma série de movimentos sociais que emergiram ao longo dos últimos 50 anos. Primeiramente, em consequência da intervenção civil-militar na região e, a posteriori, a partir das medidas políticas implantadas pelos governos civis (em parceria com a iniciativa privada) nas últimas décadas. Nesse sentido, a pesquisa que empreendemos nos levou ao entendimento de que os movimentos sociais que atuam na região amazônica, especialmente no contexto de grandes projetos, fazem uso de um novo formato de articulação e ações coletivas: as redes de mobilização. É um processo amplo e diversificado onde vários atores sociais se inter-relacionam em busca de um objetivo ou causa comum, mediados por

uma série de ferramentas comunicacionais disponibilizadas a partir dos recursos advindos via rede mundial de computadores e da Internet.

Além disso, acreditamos que essas redes de mobilização construídas na região amazônica na qual se concentrou nossa pesquisa (a cidade de Altamira) são compostas por uma diversidade de movimentos sociais que foi sendo construída desde o início dos anos 1970 (com as ações coletivas em torno da rodovia Transamazônica) e ampliadas nos últimos anos com o surgimento de novos atores e movimentos sociais contrários a grandes projetos e seus impactos socioambientais como os decorrentes da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Nosso estudo aponta duas características como centrais na estruturação dessas redes de mobilização: a utilização de ferramentas comunicacionais para a articulação e divulgação de suas ações e, de um ponto de vista estrutural, a dinâmica de um processo de educação não formal no seio desses movimentos sociais, tornando sua atuação política um exercício constante de aprendizagem mútua e ressignificação pedagógica entre seus partícipes.

Acreditamos que Belo Monte, mesmo depois de sua inauguração em 2016, continua sendo um assunto que gera grandes controvérsias políticas e discussões sobre seus enormes e múltiplos impactos, como também o montante de recursos utilizados para sua construção (hoje contabilizados em aproximadamente 40 bilhões de reais),210 e faz com que a história da Hidrelétrica, construída a “ferro e fogo” pelo Governo Federal, siga registrada como uma das mais complexas ações governamentais dos últimos anos visando à implantação de um megaemprendimento de enormes custos sociais e ambientais legados à Amazônia, ao Brasil e, sobretudo, às diversas populações urbanas, rurais e tradicionais que vivem na região.

Nosso estudo corrobora com outros estudos sobre o tema ao apontar que entre seus maiores atingidos estão os povos indígenas que vivem no entorno do Rio Xingu e nas proximidades de Altamira. Essas populações, ao mesmo tempo em que foram as principais impactadas pela obra, construíram ao longo de anos uma luta e resistência à Hidrelétrica de grande repercussão internacional. Hoje, com um montante de medidas governamentais que foram tomadas para desarticular as organizações indígenas contrárias ao empreendimento, o cenário que se avizinha é preocupante e está sintetizado no processo movido pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) contra o Governo brasileiro – qual seja: a responsabilidade do Estado em promover diretamente um etnocídio contra os povos indígenas

210 Disponível em: https://apublica.org/2017/11/depois-de-belo-monte/; https://apublica.org/2017/11/belo-monte-

residentes nas proximidades da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, principalmente os povos que vivem às margens daquela parte do Rio Xingu.

Além da questão indígena, nossa pesquisa destaca que o empreendimento gerou e continua gerando uma série de impactos que afetaram diretamente a população urbana e rural de Altamira, entre os quais a expulsão compulsória de milhares de famílias de suas residências e seu reassentamento em lugares impróprios e insalubres com poucas condições de moradia. A explosão de violência na cidade foi outra consequência direta do megaempreendimento vista de forma incontestável. Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)211 indica que Altamira tornou-se a cidade mais violenta do Brasil, com um índice proporcional de 107 homicídios por 100 mil habitantes em 2017.

Acreditamos que a construção de Belo Monte e seu funcionamento não é somente um “divisor de águas” para as redes de mobilização dos movimentos sociais que atuam no contexto de grandes projetos na Amazônia. Ela é também um novo paradigma que pode apontar alguns caminhos possíveis no sentido de compreender como a sociedade civil organizada pode agir estratégica e concretamente contra outros grandes projetos vislumbrados para a região. O “fato consumado” da Hidrelétrica de Belo Monte, apesar de configurar-se como uma grande derrota para todos os atores sociais contrários a sua construção, torna-se, como nos lembra Thompson (1981), um exemplo pedagógico à luz da experiência. Possibilita a todos os movimentos sociais que participaram do processo, um aprendizado amplo e complexo (regado a muitas derrotas, algumas vitórias e muitos acordos), podendo (ou não) ser aplicado a diversos outros cenários de conflitos socioambientais emergentes na região e também gerados pela construção de outros megaempreendimentos infraestruturais na Amazônia.

As redes de mobilização que foram criadas para manter articulados os movimentos sociais contrários a Belo Monte continuam em atividade. Muito provavelmente elas serão centrais para combater os impactos gerados após sua conclusão. Acreditamos que essas redes também estarão presentes no enfrentamento a outras ameaças já visíveis e concretas nessa parte da região amazônica, como a instalação da Mineradora Belo Sun (no município de Senador José Porfírio, a cerca de 10 km de Belo Monte)212 e o conjunto de barragens previsto

211

Pesquisa já mencionada nesta tese. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=30253. Acesso em: 3 nov. 2017.

212

No ato final de escrita da presente tese, nos deparamos com a notícia de que o prefeito do município de Senador José Porfírio no Pará (cidade onde será instalada a mineradora canadense Belo Sun), acompanhado de pelo menos 30 pessoas, invadiu um seminário promovido pela Universidade Federal do Pará (UFPA) para

para ser construído em outro rio amazônico, o Complexo Hidrelétrico do Tapajós.213 Este último já tem grande mobilização contrária dos índios Munduruku e seus apoiadores, tendo em vista que a respectiva etnia será diretamente impactada com a construção desse conjunto de barragens.

Acreditamos que o prognóstico para os movimentos sociais dessa parte amazônica do Brasil se fará presente em inúmeras mobilizações potencializadas através de suas redes de mobilização. Indubitavelmente, os próximos anos vislumbram um cenário pouco favorável a esses atores sociais e suas pautas. Acreditamos, a partir do conjunto de informações analisadas ao longo de toda nossa pesquisa, que há a possibilidade de esses grupos se reinventarem a partir de suas experiências, seja em decorrência de grandes derrotas (como a inauguração de Belo Monte e seu fato consumado) ou suas pequenas vitórias (como as decisões judiciais favoráveis aos atingidos pelo empreendimento para que sejam cumpridas as ações compensatórias previstas e não executadas).

Para nós, o que fica claro nesse cenário é que, enquanto houver projetos dessa natureza, construídos no seio da Amazônia de forma autoritária e em nome de um “desenvolvimento” que não leva em consideração as condicionantes socioambientais e suas populações, haverá luta, resistência e a eclosão de novos e antigos movimentos sociais.

discutir os possíveis impactos que serão gerados pela referida empresa, interrompendo a fala dos pesquisadores e impedindo que saíssem do recinto. No entanto, a partir das inúmeras denúncias contra Belo Sun, em dezembro de 2017 o Tribunal Regional Federal da Primeira Região decidiu suspender sua licença de instalação. Disponível em: https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/justica-derruba-licenca-de-belo-sun. Acesso em: 31 mar. 2018.

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