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CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

No documento CONSTELAÇÃO FAMILIAR (páginas 119-123)

O que nos ensina a constelação? É maravilhoso perceber que há forças, abrir os olhos espirituais. Constelação é uma técnica terapêutica que torna visíveis as dinâmicas ocultas dos sistemas e gera movimento para que a vida flua.

Usa o corpo ele tem mecanismo como a sensação, percepção, respiração é um portal consciente e trabalha padrões que estão gravados em nosso corpo, é uma linha, corpo e mente é um sistema.

Como são afetados, como funciono, como respiro, desenvolvimento desde o ventre, a memória e a biografia começam aí. O nascimento é uma experiência diferente. A força do criador a energia vem de lá, do criador, se conecto na raiz ficamos mais forte.

Constelação traz o sistema, é algo maior.

Todos somos afetados pela origem. A história do sistema nos afeta. SAÚDE É UMA FERRAMENTA DE MUITAS TRANSFORMACÕES.

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No pensamento sistêmico, a doença age de forma a atender a necessidades do sistema, em especial podemos falar do sistema familiar.

Através de um amor, muitas vezes infantil a doença se revela como uma forma de compensação pela dor.

Isso pode revelar que estamos buscando dar lugar a outra pessoa, que pode ter tido um destino difícil, por exemplo.

Dessa forma nesse pensamento mágico, estaríamos sofrendo pela outra pessoa, como dizendo,

“Antes eu que você”.

Essa forma de amor é muito forte em especial em relação, aos pais, irmãos e por vezes nos parceiros de relacionamento.

Em meus anos como terapeuta, estive assistindo inúmeras pessoas que se apresentavam doentes por sentirem-se de certa forma culpadas, por terem feito algo que sentiam ter prejudicado outra pessoa voluntária ou involuntariamente, assim a doença estava agindo como uma forma de expiação da culpa.

Ao poderem dar uma atenção e um olhar para isso, buscamos outra forma de tratar a culpa, que não fosse pela expiação e pela doença, o que em muito ajudou no tratamento convencional.

Se pensarmos de forma concreta, essa forma de amor ou de culpa não irá auxiliar em nada aquele que é alvo desse amor, pois não leva à solução do problema e o sofrimento não ajuda a pessoa a quem pensamos ter prejudicado. Através do processo de constelação familiar podemos olhar para essas dinâmicas que estão contribuindo com esse quadro em nossa saúde e dessa forma ser um coadjuvante no tratamento ao conscientizar o paciente das causas psicossomáticas e sistêmicas existentes.

Na Constelação Familiar aprendemos um novo caminho para escutar o que o nosso corpo está dizendo.

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A constelação familiar tem se mostrado uma grande ferramenta no trabalho auxiliar ao tratamento convencional de doenças.

Isso porque ela ajuda a trazer o inconsciente que se manifesta nos sintomas e que muitas vezes funciona como um bloqueio para a eficiência do tratamento regular.

Dessa forma, as doenças nos servem como avisos de que algo está fora do lugar no nosso interno.

Adoecer é o alarme do corpo para que possamos entrar em contato com algo que pede nossa atenção.

Bert Hellinger tem uma grande frase sobre este movimento:

“Frequentemente diz-se a um doente que a sua enfermidade é de origem psicológica.

Isso é facilmente vivenciado pelo paciente como uma depreciação, pois com isso diz-se que se ele quisesse que fosse diferente, seria diferente.

Mas não é assim, porque os emaranhamentos que agem por trás disso são inconscientes.

O impulso através do qual alguém talvez se comporte de maneira destrutiva é totalmente inconsciente.

Somente quando o emaranhamento que age em segundo plano vem à luz, pode-se mudar alguma coisa.” Bert Hellinger,

A fonte não precisa perguntar pelo caminho.

Este é o grande serviço feito por esta forma de terapia. Nos auxilia a entrar em contato com o que atua no nosso inconsciente, no campo da saúde e de todos os outros da nossa vida.

Constelações Familiares Vida e Morte Constelações familiares levam em consideração os vivos, mas antes de tudo, os mortos.

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Verifica-se essa verdade principalmente em tradições espirituais orientais, quando a família respeita e honra os membros falecidos para que estejam

sempre presentes.

Todas as lembranças daqueles que já se foram, até as dos bisavós, afetam a família atual na forma de sintomas psicossomáticos, psicopatológicos, interpessoais e existenciais , principalmente os que foram esquecidos e excluídos da ordem familiar.

Tais lembranças com respeito e honraria é uma forma de promover aos antepassados sempre o direito ao pertencimento, pois, caso contrário baterão às portas mentais e anímicas reivindicando o lugar que lhes pertence. O que queremos dizer que todas as histórias geracionais devem ser honradas e incluídas no fundo de nossas almas, para que nós e eles tenham paz.

Quando os excluídos não aceitam no tempo de cada um o falecimento de um ente querido por exemplo, é como se a morte do falecido imputará dores e doenças nos que ficam, como se a morte tivesse disso em vão e os temidos famílias com pais déspotas, desajustado ocupam seus lugares na mente dos seres da geração presente, deles emana poder de cura e algo de bom não causando mais perturbação.

Aceitos os mortos e suas mortes eles se retiram e a paz reina.

É patente verificar que na relação terapêutica, tratando de pacientes enlutados, enquanto não integram a seu modo, a seu tempo o evento morte do ente querido, não há paz no sistema íntimo e extrafamiliar, a explicitar.

Podemos exemplificar alguns sentimentos e pensamentos de não integração do evento morte:

Muitas vezes, a dor da perda é mais CULPA do que pela perda de alguém, separando como o enlutado sente de fato de como ele acha que deveria estar sentindo, exemplos: o enlutado não falou tudo que amava, o último contato foi

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de briga entre o enlutado e o falecido, pode ter facilitado a morte com uma briga, deixar de valorizar o outro o quanto devia, não cuidou o suficiente, achar que se tivesse feito mais o falecido estaria vivo, não sentiu dor por ter perdido, não aprendeu a separar o que dependia de você o que não para salvar ou ajudar o ente que se foi.

A dor outra vezes é a:

No documento CONSTELAÇÃO FAMILIAR (páginas 119-123)