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IV. Metodologia do estudo empírico

4. Processo de Recolha de Dados

4.2. Construção da grelha de observação

A grelha da observação foi construída de forma a facilitar o processo de recolha da informação, tendo-se focado nos aspectos referidos na literatura

como os mais importantes na análise das facilidades e

constrangimentos/barreiras do ambiente construído, assim como na

auscultação de grelhas similares113.

Flick (2005, p. 143) aponta o perigo de não serem percebidas e registadas as facetas não incluídas na grelha, limitando a sensibilidade do observador ao que é novo. Para ultrapassar essa potencial limitação, a grelha contemplou um espaço para um registo não estruturado (notas de campo), permitindo o registo de elementos que, não englobados nos parâmetros estruturados da grelha, foram considerados de relevância para o alvo da análise a ser efectuada posteriormente.

Os modelos conceptuais ligados à investigação sobre a actividade física e o ambiente construído propõem que diferentes domínios dessa actividade

113

(lazer, transporte, actividades domésticas, desportivas) sejam afectados por atributos ambientais diferentes (Brownson et al., 2009).

Uns autores referem que a actividade física de lazer (AFL) é mais influenciada pelo acesso a facilidades recreativas públicas e privadas e suas características (Lee e Moudon, 2006; Owen et al., 2004). Outros indicam que a actividade física de transporte (AFT) está mais relacionada com a proximidade

e facilidade das rotas desde a residência até aos destinos114 assim como as

características das infra-estruturas para pedestres e ciclistas, incluindo os passeios e identificação de ciclovias e trilhos (Kerr et al., 2006; Saelens, Sallis e Frank, 2003).

Contudo, verifica-se ainda que o mesmo factor ambiental pode ser considerado um facilitador ou uma barreira para a actividade física, dependendo do objectivo da mesma. Por exemplo, as pessoas que efectuam caminhadas (andar como forma recreativa ou desportiva) podem considerar que um relevo montanhoso lhes confere a oportunidade para visualizar uma paisagem agradável e efectuar mais exercício, enquanto outras que se deslocam a pé entre localidades onde tenham que efectuar o mesmo percurso (andar como forma de transporte) podem encarar, mesmo inclinações moderadas, como uma barreira ao trajecto pedestre (Lee e Moudon, 2006).

Desta forma, a grelha de observação pretendeu incluir os itens sugeridos pela literatura como factores que influenciam tanto a AFL com a AFT. A sua elaboração foi baseada nos pressupostos, identificados por um grupo de peritos, como determinantes do andar a pé e de bicicleta (Pikora et al., 2003; Pikora et al., 2002) e complementada pela evidência existente sobre o tema.

Assim, pode observar-se no quadro 1 os agentes identificados, na bibliografia, como factores que promovem e os que desencorajam/constituem

barreiras à actividade física115, tendo sido dada ênfase aos factores do

ambiente construído.

114

Conhecida pelo termo inglês walkability. 115

Quadro 1- Factores associados como facilitadores ou barreiras à prática de actividade física

Factores que promovem a

Actividade Física Referências

Factores que desencorajam/constituem barreiras à Actividade Física Referências Tipo de segmento Densidade residencial elevada

(Li et al., 2005); (Saelens, Sallis e Frank, 2003); (Saelens et al., 2003); (Forsyth, 2009)

Densidade residencial elevada com ocupação do solo diversificada

(Tester, 2009)

Nível elevado de locais de emprego na vizinhança

(Li et al., 2005)

Ocupação do solo diversificada (mix land use)

(Saelens, Sallis e Frank, 2003); (Black e Macinko, 2008)

Viver em vizinhanças pertencentes a áreas urbanas

(Craig et al., 2002) Viver em vizinhanças pertencentes a subúrbios

(Ewing et al., 2003)

Acessibilidades

Locais para ir perto de residência e fácil para caminhar

(Santos et al., 2009) Menor conectividade associado a menor transporte activo

(Frank et al., 2007)

Boa conectividade (com ligações fáceis entre destinos, zonas residenciais e transportes públicos, lojas e parques)

(McGinn et al., 2007); (Saelens et al., 2003)

Maior número de intersecções de ruas

(Li et al., 2005)

Vizinhanças mais walkable associadas a transporte activo

(Frank et al., 2007)

Acesso a espaços verdes e espaços abertos na localidade

(Li et al., 2005)

Vizinhanças com grande conectividade para peões e ciclistas

(Duncan et al., 2005)

Facilidades

A percepção de ter locais para onde andar

(McGinn et al., 2007) Menor níveis de acesso a diferentes tipos de facilidades recreativas

(Giles-Corti e Donovan, 2002a)

Facilidades locais (facilidades de conveniência, presença de parques ou lojas nas imediações)

(Ball et al., 2001) Percepção de maior distância a ginásios e escolas associado com menos AF moderada-vigorosa, em mulheres (Jilcott et al., 2007) Presença de facilidades recreativas gratuitas ou de baixo-custo, em adolescentes femininas (Santos et al., 2009)

Fácil acesso espacial a facilidades recreativas (Giles-Corti e Donovan, 2002a) Proximidade de facilidades recreativas (Li et al., 2005)

Maior número das facilidades recreativas

(Li et al., 2005)

Presença na proximidade de passeios, lojas, serviços

Quadro 1- Factores associados como facilitadores ou barreiras à prática de actividade física (continuação)

Factores que promovem a

Actividade Física Referências

Factores que desencorajam/constituem barreiras à Actividade Física

Referências

Facilidades

Número e variedade de destinos (escolas, parques, edifícios de negócios e industriais, facilidades recreativas, bibliotecas, etc.)

(Craig et al., 2002)

Existências de vias pedonais (passeios e caminhos pedonais)

(Craig et al., 2002)

Existência de sistemas de transporte (conectividade com outros meios de transporte, bancos nas paragens, aparcamento de bicicletas seguro) (Craig et al., 2002) Existência de infra-estruturas recreativas (acesso a facilidades recreativas e escolas), estudo em crianças

(Davison e Lawson, 2006) Existência de infra- estruturas de transporte (presença de passeios, intersecções controladas, acesso a destinos e existência de transportes), estudo em crianças

(Davison e Lawson, 2006)

Crianças que vivem em comunidades com maiores facilidades para andar

(Sallis e Glanz, 2006)

Uso de facilidades recreativas privadas, parques, campos desportivos, escolas e instituições de culto

(Addy et al., 2004)

Oportunidades Para AF

Melhor acesso a facilidades para AF

(Black e Macinko, 2008)

Acesso percebido a zonas com passeios (Giles-Corti e Donovan, 2002a), (Giles-Corti e Donovan, 2002b), (Sallis et al., 2009) Presença de passeios associada à prática de actividade física (Duncan et al., 2005)

“Ruas para bicicletas” (carros também podem circular mas as bicicletas têm prioridade)

(Pucher e Dijkstra, 2003)

Percepção da presença de pessoas fisicamente activas na vizinhança, em adolescentes masculinos

(Santos et al., 2009)

Acesso a facilidades recreativas (estudo sobre crianças)

Quadro 1- Factores associados como facilitadores ou barreiras à prática de actividade física (continuação)

Factores que promovem

a Actividade Física Referências

Factores que desencorajam/constituem barreiras à Actividade Física

Referências

Segurança

A existência de passeios separados das ruas, ilhas de tráfego, rotundas e iluminação adequada das ruas como métodos efectivos para reduzir os acidentes com pedestres

(Duncan et al., 2005) Medo do tráfego e crime, condições climatéricas são razões apontadas por pais como barreiras ao transporte activo dos filhos (estudo sobre crianças) (Tester, 2009) A presença de vias pedonais na vizinhança potenciou os comportamentos de andar/andar de bicicleta pela redução do número de quedas e aumentou a percepção de segurança perante o tráfego devido a barreiras entre a estrada e os passeios

(Pikora et al., 2003) Medo de outras pessoas (Pikora et al., 2003)

Uso de medidas de controlo de tráfego, caminhos para pedestres, dispositivos para atravessar a rua, ilhas de tráfego

(Pucher e Dijkstra, 2003) A presença de cães (Pikora et al., 2003)

Áreas de velocidade controlada (velocidade reduzida)

(McGinn et al., 2007) Presença de graffitis (Pikora et al., 2003)

Pouco tráfego (Duncan et al., 2005) Presença de árvores a encobrir a via

(Pikora et al., 2003)

Segurança para andar na vizinhança (condições tráfego)

(Li et al., 2005); (Saelens et al., 2003)

Perigos com o tráfego (quantidade de tráfego, velocidade dos veículos e separação das vias pedonais relativamente ao tráfego motorizado)

(Craig et al., 2002)

Percepção de segurança (ambiente seguro)

(Ball et al., 2001) Existência de obstáculos (detritos, obras de construção e manutenção) (Craig et al., 2002) Percepção de vizinhança segura (Giles-Corti e Donovan, 2002a), (Giles-Corti e Donovan, 2002b)

Potencial ambiente de crime (graffiti, vandalismo, iluminação inadequada, manutenção inadequada dos edifícios, degradação de edifícios) (Craig et al., 2002) Estética Percepção de vizinhança atractiva (Giles-Corti e Donovan, 2002a), (Giles-Corti e Donovan, 2002b) Complexidade e potencial sobrecarga de estímulos (visuais e auditivos) (Craig et al., 2002) Espaços abertos e espaços verdes para recreação

(Li et al., 2005) Presença de graffitis e lixo em zonas residenciais

(Ellaway et al., 2005)

Quadro 1- Factores associados como facilitadores ou barreiras à prática de actividade física (continuação)

Factores que promovem a

Actividade Física Referências

Factores que desencorajam/constituem barreiras à Actividade Física Referências Estética

Estética ambiental (vizinhança amigável, área local atractiva, área agradável para andar perto de casa)

(Ball et al., 2001)

Presença de espaços verdes abundantes em zonas residenciais

(Ellaway et al., 2005)

Ambiente Social

Viver em áreas desfavoráveis relacionado com maior probabilidade de andar a pé como forma de transporte (tendência116 ) (Giles-Corti e Donovan, 2002b) Viver em áreas socioeconomicamente desfavoráveis relacionado com menor probabilidade de efectuar AF vigorosa

(Giles-Corti e Donovan, 2002b)

Residentes em áreas socioeconomicamente mais desfavoráveis com maior probabilidade de se deslocarem a pé ou bicicleta para o emprego ou lojas

(van Lenthe et al., 2005) Residentes em áreas socioeconomicamente mais desfavoráveis com menor probabilidade de andarem a pé ou de bicicleta como forma recreativa e de participarem em actividades desportivas

(van Lenthe et al., 2005)

Ter companhia de outra(s) pessoa(s) e animal de estimação

(Ball et al., 2001) Pessoas pertencentes a estratos socioeconómicos baixos relacionado com menor acesso a facilidades recreativas

(Gordon-Larsen et al., 2006)

Existência de dinâmica social (área potencial para ver pessoas sentadas, de pé ou em movimento)

(Craig et al., 2002) Pais preocupados com nível de tráfego, crime, raptos influenciam AF nas crianças (evidência sobre AF na infância)

(Sallis e Glanz, 2006)

Comunidades socialmente coesas (evidência sobre AF na infância)

(Sallis e Glanz, 2006) Viver em áreas urbanas socioeconomicamente desfavoráveis

(Black e Macinko, 2008)

Outros

Influenciadores da AF: Crime, clima e estação do ano, topografia (inclinação das ruas, barreiras naturais como zona de água)

(Saelens, Sallis e Frank, 2003)

Equipamentos desportivos em casa

(Ball et al., 2001)

Menor tempo e esforço requerido (directividade das vias, topografia, número de obstáculos, características das intersecções)

(Craig et al., 2002)

116

Neste estudo, os resultados mostraram que viver em áreas socioeconomicamente desfavoráveis estava relacionado com maior probabilidade de andar a pé como forma de transporte, contudo sem resultados estatisticamente significativos.

Após uma cuidada revisão bibliográfica, foi construída uma primeira versão da grelha de observação que ficou dividida em nove itens: i) Tipo de segmento; ii) Ambiente; iii) Facilidades pedonais; iv) Atributos da estrada; v) Ciclovia; vi) Facilidades públicas; vii) Percepção de segurança; viii) Prática desportiva; ix) Avaliação subjectiva do segmento.

No Tipo de segmento pretendeu-se fazer uma caracterização genérica da via percorrida, identificando-o como sendo uma via pedonal, uma via para bicicletas ou para veículos motorizados e, neste último caso, caracterizar o tráfego existente.

O item Ambiente subdividiu-se em três: uso do segmento, declive e intersecções do segmento. Quanto ao uso do segmento pretendeu-se caracterizar a via relativamente à ocupação do solo (Craig et al., 2002; Forsyth, 2009; Li et al., 2005; Saelens et al., 2003; Saelens, Sallis e Frank, 2003; Tester, 2009). No segundo sub-item, o objectivo foi caracterizar o declive da via e no sub-item intersecções do segmento, visou-se identificar o número de intersecções da mesma (Li et al., 2005).

Relativamente ao item Facilidades pedonais, foi objectivo, numa

primeira fase, identificar o tipo de facilidades pedonais existentes117 e

posteriormente caracterizá-las118 a nível do material constituinte,

condições/manutenção da via, obstruções existentes, conectividade119 e

dimensões, dado que a existência/ausência deste tipo de recursos, assim como as suas características são apontadas como factores promotores (Craig et al., 2002; Duncan et al., 2005; Giles-Corti e Donovan, 2002a, 2002b; McGinn et al., 2007; Pikora et al., 2003; Pikora et al., 2002; Sallis et al., 2009) ou desencorajadores da prática de exercício físico (Craig et al., 2002).

Quanto ao item Atributos da estrada, o propósito foi também caracterizar a via destinada ao tráfego motorizado relativamente às suas

117

As facilidades pedonais a identificar: i) caminho de terra batida; ii) via pavimentada, passeio; iii) rua pedonal.

118

Características das facilidades pedonais a registar: i) material do caminho pedonal; ii) condições/manutenção da via; iii) obstrução da via; iii) separação entre o caminho pedonal e a rua; iv) existência de passeio e suas características (largura, material, existência de obstrução, continuidade/conectividade, manutenção, conectividade com outros passeios/passadeiras para peões,

condições físicas120 que poderão condicionar a segurança dos peões (Craig et al., 2002; Duncan et al., 2005; Li et al., 2005; McGinn et al., 2007; Pucher e Dijkstra, 2003; Tester, 2009).

Sobre o item Ciclovia121, visou-se identificar os aspectos relevantes que

poderão influenciar a utilização da bicicleta como um meio de transporte ou recreação por parte das pessoas (Craig et al., 2002; Duncan et al., 2005; Pikora et al., 2003).

No item Facilidades públicas incluiu-se os recursos oferecidos pela via pública122 e pelos meios de transporte existentes nas imediações123 (Craig et al., 2002; McGinn et al., 2007; Saelens et al., 2003; Saelens, Sallis e Frank, 2003) que poderão condicionar a prática de exercício físico na zona.

No que concerne ao item Estética pretendeu-se assinalar os factores que potenciam ou desencorajam a prática de exercício físico, tendo-se dividido

em tipo de paisagem que se visualiza, ordenamento urbano,

arquitectura/design (Ball et al., 2001; Giles-Corti e Donovan, 2002a, 2002b; Saelens et al., 2003), limpeza geral e manutenção dos edifícios/infra-estruturas públicas (Craig et al., 2002; Ellaway et al., 2005), existência de cheiros dominantes e qualidade do ar e ambiente sonoro (Craig et al., 2002).

Com o item Percepção de segurança, pretendeu-se identificar a

existência de agentes de vigilância124, caracterizar o ambiente circundante125

quanto: i) ao volume de tráfego rodoviário (Craig et al., 2002; Duncan et al., 2005; Li et al., 2005; Tester, 2009); ii) características dos passeios (Pikora et al., 2002); iii) presença de pessoas intimidatórias e cães soltos sem supervisão, potencialmente perigosos e quantidade de árvores a encobrir a área pedonal

120

Sobre os Atributos da estrada, os sub-itens são: sentido e número de vias para tráfego automóvel, máxima velocidade permitida, estacionamento, dispositivos de controlo de tráfego, passadeiras e passagem de peões.

121

O item Ciclovia divide-se em: localização e respeito pela ciclovia, condições/manutenção da ciclovia e facilidades para o uso de bicicleta.

122

No sub-item facilidades públicas inserem-se: caixotes do lixo, bancos, bebedouro, zonas de sombras, máquinas de venda automática e presença de vendedores ambulantes.

123

No sub-item meios de transporte existentes nas imediações incluem-se o autocarro, o metro, o eléctrico, o comboio e o táxi.

124

No sub-item agentes de vigilância encontram-se incluídas a presença policial e de câmaras de vigilância.

125

Relativamente ao ambiente circundante pretendeu-se caracterizá-lo quanto à existência de um ambiente calmo, pouco/muito tráfego rodoviário, passeios largos/estreitos, presença de pessoas intimidatórias e cães soltos sem supervisão, potencialmente perigosos.

(Pikora et al., 2003); e iv) presença de iluminação (Addy et al., 2004; Craig et al., 2002; Duncan et al., 2005; Saelens et al., 2003).

Acerca do item Prática desportiva, pretendeu-se identificar a existência de infra-estruturas desportivas nas imediações de fácil acesso (Davison e Lawson, 2006; Giles-Corti e Donovan, 2002a; Li et al., 2005; Santos et al., 2009) e a presença de prática desportiva em espaço informal. Quando existente, pretendeu-se identificar também as modalidades desportivas praticadas e ainda caracterizar os praticantes quanto ao sexo e grupo etário (aproximado).

Por fim, no último item, Avaliação subjectiva, o investigador registou a sua percepção sobre a facilidade/dificuldade física a percorrer o segmento estudado (Trotter, 2000) e fez uma caracterização geral sobre a atractividade do ambiente.

No cabeçalho da grelha foram identificados a rua analisada (unidade de

análise), a área em estudo, a data da observação, a hora126 em que se

procedeu à observação e as condições climatéricas.

4.3. Validação dos instrumentos de recolha de dados127

Após a elaboração da grelha de observação, o passo seguinte foi aplicá-

la em vários segmentos de duas cidades128, com o objectivo de verificar a sua

adequação e operacionalização. Desta análise surgiu a segundo versão da grelha que foi novamente sujeita a análise, agora por outros dois observadores, que percorreram diversos segmentos da cidade do Porto, identificando as dúvidas existentes na sua aplicação129. A versão final da grelha (Anexo 1) foi então definida e posteriormente aplicada pelos dois observadores, em

momentos diferentes130, para verificar a consistência das respostas dadas.

126

Registou-se a hora de início e final da observação/análise do segmento. 127

Apesar de a grelha ter sido somente utilizada pelo autor, optou-se por este procedimento metodológico.

128

Os segmentos percorridos localizaram-se nas cidades de Ermesinde e Vila Nova Gaia, cidades marcadamente urbanas, pertencentes a concelhos limítrofes da cidade do Porto.

Para além da grelha de observação, foram utilizados meios audiovisuais (máquina fotográfica, câmara de vídeo, gravador áudio) que foram também testados no sentido de familiarização com as suas características técnicas e identificação das potenciais dificuldades de operacionalização desses instrumentos na recolha de informação.