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Correlação entre as Características da Lâmina Crivosa e as Medidas Craniométricas

Capítulo 2. Estabelecimento de uma Metodologia de Abordagem à Lâmina Crivosa do

3 Resultados

3.4 Correlação entre as Características da Lâmina Crivosa e as Medidas Craniométricas

Os valores exibidos na Tabela 5 dizem respeito à relação estatística entre as características da LC (número total de forâmenes, área total ocupada pelos forâmenes na LC e área total da LC) com cada uma das nove medidas craniométricas determinadas anteriormente.

Tabela 5: Relação estatística entre cada uma das medidas craniométricas e os valores

da LC e seus forâmenes.

Regressão r

Medida A vs Número de forâmenes -0,13 Medida B1 vs Número de forâmenes 0,05

Medida B2 vs Número de forâmenes -0,17 Medida C vs Número de forâmenes 0,05 Medida D vs Número de forâmenes 0,60 Medida E1 vs Número de forâmenes 0,05 Medida E2 vs Número de forâmenes -0,35

Medida F vs Número de forâmenes 0,76 Medida G vs Número de forâmenes -0,66 Medida H vs Número de forâmenes -0,58 Medida I vs Número de forâmenes 0,66 Medida A vs Área ocupada pelos forâmenes 0,75 Medida B1 vs Área ocupada pelos forâmenes 0,55

Medida B2 vs Área ocupada pelos forâmenes 0,26 Medida C vs Área ocupada pelos forâmenes 0,62 Medida D vs Área ocupada pelos forâmenes 0,72 Medida E1 vs Área ocupada pelos forâmenes 0,13 Medida E2 vs Área ocupada pelos forâmenes -0,53

Medida F vs Área ocupada pelos forâmenes 0,67 Medida G vs Área ocupada pelos forâmenes 0,49 Medida H vs Área ocupada pelos forâmenes 0,00 Medida I vs Área ocupada pelos forâmenes 0,56 Medida A vs Área total da lâmina crivosa 0,61 Medida B1 vs Área total da lâmina crivosa 0,37

Medida B2 vs Área total da lâmina crivosa 0,26 Medida C vs Área total da lâmina crivosa 0,70 Medida D vs Área total da lâmina crivosa 0,92 Medida E1 vs Área total da lâmina crivosa 0,13 Medida E2 vs Área total da lâmina crivosa -0,82

Medida F vs Área total da lâmina crivosa 0,15 Medida G vs Área total da lâmina crivosa 0,83 Medida H vs Área total da lâmina crivosa 0,27 Medida I vs Área total da lâmina crivosa 0,84

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As diferenças observadas entre as medidas B1 e B2 e entre E1 e E2 em termos de correlação com as variáveis da LC devem-se aos parâmetros “sem valor” observados na Tabela 2 para estas medidas mensuradas bilateralmente. Como em termos gerais os valores observados em B1 não variam significativamente dos observados em B2 e os observados em E1 não variam significativamente dos observados em E2, considera-se relações estabelecidas numa das variáveis será transversal à sua simétrica (B2 para B1 e E1 para E2, sendo os valores de B1 e E2 desconsiderados). Embora as medidas F e G também apresentem mensurações “sem valor”, uma vez que são medidas não mensuradas bilateralmente, esta diferença não se faz sentir e as mensurações indisponíveis simplesmente não são tidas em conta na determinação da correlação.

A variável “número de forâmenes” estabelece uma correlação positiva com as medidas D, F e I (rde 0,60; 0,76 e 0,66 respetivamente), ou seja, o número de forâmenes é maior em cães que apresentem maiores alturas de abertura da CN, maiores valores de bregma e maiores distâncias entre os hâmulos do osso pterigoide; por outro lado, estabelece uma correlação negativa com as medidas G e H (r de ; -0,26 e -0,58 respetivamente) isto é, o número de forâmenes tende a ser menor para crânios mais largos e com maior distância entre as coanas. As medidas A, B2, C e E1 apresentam correlação positiva, porém demasiado baixa, com o número de forâmenes.

A variável “área ocupada pelos forâmenes” estabelece uma correlação positiva com as medidas A, B2, C, D, F, G e I (r de 0,75; 0,26; 0,62; 0,72, 0,67, 0,49 e 0,56 respetivamente) ou seja, os maiores comprimentos da sutura palatina, maior comprimento das fendas palatinas, maior altura da abertura da CN, maiores valores de bregma, maior largura e maior distância entre os hâmulos do osso pterigoide estão associados a uma maior área total ocupada pelos forâmenes da LC; nenhuma medida craniométrica estabelece correlação negativa com esta variável. A medida E1 apresenta uma correlação demasiado baixa com a área total ocupada pelos forâmenes. A distância entre as coanas (medida H) não tem qualquer correlação com a variável considerada.

Por fim, a variável “área total da lâmina” corelaciona-se de forma positiva com as medidas A, B2, C, D, G, H e I (rde 0,61; 0,26; 0,70; 0,92; 0,83; 0,27 e 0,84 respetivamente) sendo que maiores valores para o comprimento da sutura palatina média, comprimento das fendas palatinas, comprimento da sutura do osso nasal, altura da abertura da CN, maior largura, maior distância entre as coanas e distância entre os hâmulos do osso pterigoide correspondem

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a maiores áreas de LC; nenhuma medida craniométrica estabelece correlação negativa com esta variável. As medidas E1 e F apresenta uma correlação demasiado baixa com a variável considerada.

Além das correlações examinadas anteriormente, é necessário fazer uma análise referente ao ratio entre a área total da lâmina e a área total ocupada pelos forâmenes (isto é, a percentagem da área da LC ocupada pelos forâmenes) já que não podemos descartar a influência das dimensões do crânio sobre as variáveis em estudo. Um crânio de maiores dimensões terá naturalmente LC maiores e, proporcionalmente, uma maior área ocupada pelos forâmenes. Assim, através do ratio entre estas medidas dependentes da variação das dimensões do crânio e analisando a correlação entre este ratio e as medidas craniométricas, obtemos uma informação mais precisa sobre as relações estabelecidas.

O ratio estabelece uma correlação positiva com as medidas A, B2, C, D, F, G e I (rde 0,59; 0,23; 0,54; 0,58; 0,73; 0,39; 0,41, respetivamente), que são basicamente as mesmas medidas craniométricas que estabelecem correlação positiva com as variáveis “área total da lâmina” e “área ocupada pelos forâmenes” (excetuando a medida F que não estabelece correlação positiva com a variável “área total da lâmina”), o que nos indica a veracidade das correlações indicadas acima. As medidas E1 e H apresentam uma correlação demasiado baixa com o ratio, o que de resto também se verifica nas correlações anteriores. Resumindo, a área total ocupada pelos forâmenes na lâmina é de facto maior para crânios com maiores suturas palatinas médias, maiores fendas palatinas, maiores suturas do osso nasal, maiores alturas da abertura da CN, maiores comprimentos de bregma, maiores larguras de crânio e maiores distancias entre os hâmulos do osso pterigoide.

Tabela 6: Relação estatística entre cada uma das medidas craniométricas e o ratio entre a

área total ocupada pelos forâmenes da lâmina e a área total da LC.

Regressão r

Medida A vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,59 Medida B1 vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,58

Medida B2 vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,23 Medida C vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,54 Medida D vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,58 Medida E1 ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,15 Medida E2 ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina -0,36

Medida F vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,73 Medida G vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,39 Medida H vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina -0,08 Medida I vs ratio área ocupada pelos forâmenes:área da lâmina 0,41

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