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NTN-B – Notas do

CORRETORAS DE VALORES

Sinônim o de corretoras de valores m obiliários. São instituições financeiras que utilizam o espaço virtual da Bolsa para interm ediar as negociações entre investidores e em presas.

Segundo alguns historiadores, as Bolsas nasceram em Rom a. Para outros, sua origem está na Grécia Antiga, onde com erciantes se reuniam nas m aiores praças públicas para tratar de negócios. A prim eira Bolsa com as características atuais, porém , surgiu na cidade belga de Bruges, na casa de um senhor cham ado Van Der Burse.

De form a rom anceada, podem os dizer que a prim eira Bolsa surgiu porque vários com erciantes se reuniam em praça pública para negociar títulos de dívida e cotas de em presas e proj etos. Quando chovia e fazia frio, o senhor Van Der Burse convidava esses com erciantes am igos seus para a casa dele, onde servia com idas e bebidas.

Im agine o cansaço da anfitriã, a senhora Burse... Supõe-se que, em algum dia, ela tenha protestado de form a veem ente contra aquela situação. Qual foi a solução então? Os com erciantes se reuniram e decidiram com prar a casa dos Burse, em form a de condom ínio. A fam ília Burse, então, m udou-se e foi inaugurado em sua antiga casa um local privado de negociações. Só podiam entrar na casa aqueles com erciantes que fizessem parte do condom ínio – ou sej a, som ente quem pagou pela residência tinha direito de negociar naquele local.

Atualm ente não se negociam m ais ações de form a presencial, e sim por m eio de um instrum ento eletrônico de negociações. E, nesse m eio eletrônico, som ente as corretoras podem atuar.

Se quiser com prar um a ação, a prim eira coisa a fazer é se tornar cliente de um a corretora. Você pode estar perguntando: “não posso com prar ações por interm édio de m eu banco?”. A resposta é “não”. Você só pode com prar ações se for cliente de um a corretora. Porém , a m aioria dos grandes bancos tam bém possui corretora própria. Assim , um a alternativa é você se tornar cliente da corretora de seu banco.

Dica

Confira um a listagem das corretoras no site da BM& FBovespa: www.bm fbovespa.com .br

Com o escolher um a corretora?

Não existe corretora ideal. Cada um a tem suas particularidades e elas precisam ser consideradas. A seguir você encontra algum as dicas de com o escolher um a corretora.

1. Solidez e segurança vêm em prim eiro lugar. Só aceite negociar com um a corretora m em bro da BM& FBovespa.

2. Preste atenção nos custos cobrados. Cada corretora tem seus próprios custos. Geralm ente cobra-se taxa para m anutenção m ensal da conta e taxa de corretagem a cada com pra ou venda de títulos. Algum as corretoras não cobram pela m anutenção da conta. Isso é particularm ente im portante se você está iniciando seus investim entos, pois esses custos podem com prom eter seu rendim ento. Há casos de corretoras que cobram percentual decrescente sobre o volum e negociado. Assim , quanto m aior a quantia negociada, m enor o percentual cobrado. Outras corretoras cobram um valor fixo, independentem ente da quantia negociada – algo em torno de R$ 15 por cada negócio.

3. Com odidade. Escolher a corretora vinculada ao banco do qual você j á é cliente pode facilitar as transferências de dinheiro entre a conta-corrente e a conta da corretora.

4. Segregação. Escolher um a corretora diferente da de seu banco dificulta a retirada de dinheiro de seus investim entos quando você se desorganizar em suas contas. Isso pode ser bastante positivo, porque faz você pensar bem m ais antes de retirar seus investim entos para cobrir o orçam ento m ensal ou para consum ir algum item supérfluo por im pulso.

Escolher um a corretora é com o escolher um banco, cada um tem suas vantagens e desvantagens. Existem corretoras que são especializadas em grandes clientes e outras m ais especializadas em clientes iniciantes. Algum as oferecem

m ais serviços com preços m aiores, e outras, serviços m enos personalizados com preços m enores. Escolha com calm a, analise bem . Se possível, converse com pessoas que j á são clientes da corretora em questão e vej a o que elas acham dos serviços prestados.

Após abrir a conta na corretora, você precisa fazer um depósito inicial para poder com prar ações. Essa transferência pode ser feita por um Docum ento de Ordem de Crédito (DOC), Transferência Eletrônica de Disponível (TED) ou por um a ordem direta, caso a corretora sej a vinculada a seu banco.

Tão logo o dinheiro estej a em sua conta da corretora, você j á estará pronto para a prim eira com pra. E então...

Chega a hora de escolher!

Será que você está pronto para iniciar sua vida de investidor?

Esse m om ento deixa m uitos investidores apavorados – e m uito provavelm ente esse será seu caso.

A prim eira coisa a fazer é saber que um a ação é o pedacinho de um a em presa. Ao com prar um a ação, você se torna sócio da em presa em questão. Sim ples? Nem tanto... Muitas pessoas negociam anos com ações e não aprendem essa poderosa lição. Com prar um a ação é se tornar sócio de um a em presa. Um a ação não é um papel.

2. O que são ações?

Para um a em presa crescer, ela abre seu capital ao m ercado por m eio da venda de ações. O obj etivo disso é fazer com que a em presa conquiste m ais sócios ou consiga m ais dinheiro para investir.

Ação é um pedaço de uma empresa.

Sendo assim , um a boa estratégia é com prar ações de em presas que você adm ire. No site da BM& FBovespa (www.bm fbovespa.com .br) existe um a lista das em presas que possuem ações na Bolsa.

Classificação das ações

As ações podem ser:

› Ordinárias (ON): concedem àqueles que as possuem o poder de voto nas assem bleias deliberativas da com panhia.

› Preferenciais (PN): oferecem preferência na distribuição de resultados ou no reem bolso do capital em caso de liquidação da com panhia. Não concedem ou restringem o direito de voto.

2.1. Por que com prar?

Por dois m otivos:

1. Para vender as ações por um preço m aior do que quando as com prou.

2. Para participar dos lucros da em presa, que distribui a seus acionistas pelo m enos 25% desse valor líquido. São os fam osos dividendos.

Em geral, os investidores iniciantes tendem a se concentrar no prim eiro m otivo. Querem logo descobrir qual a m elhor em presa para com prar e qual ação subirá de preço em breve, para poder vender por um valor m uito m aior do que o que foi pago por ela.

É norm al que você tam bém queira com prar a em presa m ais barata entre todas e que queira encontrar e com prar a ação que terá m aior aum ento de preço nos próxim os m eses.

Saiba que esse não é um desej o apenas dos novatos, m as de m uitos investidores. Diariam ente, m ilhares de gestores de fundos de investim entos, m uito bem form ados e inform ados, acordam pensando em descobrir de quais em presas devem com prar ações e de quais devem vender.

vendendo ações. Em grandes bancos, é com um que o gestor de um fundo acabe vendendo algum as ações para gestores de outros fundos da m esm a instituição.

E será que esses gestores profissionais sabem qual a m elhor em presa para com prar? Se soubessem , os rendim entos dos fundos adm inistrados por eles deveriam ser m uito superiores à m édia do m ercado. Mas não é isso o que acontece. Lem bre-se do que foi tratado no Capítulo 3 sobre a eficiência do m ercado de capitais.

Im agine um m ercado de carros onde diariam ente ocorrem centenas de m ilhares de negócios. Nesse lugar todos ficam sabendo instantaneam ente os valores das transações e têm inform ações com pletas e disponíveis sobre cada carro. Agora im agine que você tivesse que ganhar dinheiro com prando e vendendo carros nesse m ercado. Não seria nada fácil, não é?

Assim é o m ercado da Bolsa de Valores. Milhares de pessoas tentam ganhar dinheiro com prando e vendendo ações uns para os outros para obter lucros rápidos.

Entretanto, a m aior parte dos investidores não está na Bolsa para com prar e vender ações – ou, com o em nosso exem plo, para com prar e vender carros. O que a m aior parte dos investidores quer é ser dono de partes de algum as em presas para poder ganhar dinheiro quando estas tiverem lucros. É com o se a m aior parte das pessoas que fossem ao m ercado de carros só quisesse com prar um autom óvel para utilizar no seu dia a dia.

Existem dois tipos de negociantes que atuam na Bolsa. O especulador é aquele que com pra e vende para lucrar rapidam ente. O investidor é alguém que com pra para poder aproveitar os frutos das em presas, ou sej a, seus dividendos.

Tornar-se investidor é m uito fácil, m as ser um bom especulador é algo bastante difícil. Mesm o os grandes especuladores, com vasta experiência, podem algum dia perder quase tudo o que ganharam ao longo da vida.

Sendo assim , será que a m elhor form a de você entrar no m ercado é tentando ser um especulador? É provável que você concorde que não. A seguir, verem os com o você pode se tornar um investidor e lucrar, sendo acionista de grandes e sólidas em presas.

2.2. Por que vender?

Para obter liquidez, ou sej a, converter as ações em dinheiro. Um a ação tam bém pode ser vendida quando o investidor avalia que suas perspectivas a m édio e longo prazos são relativam ente m enos favoráveis em com paração com outras ações ou opções de investim ento.

A com pra e a venda de ações são realizadas por m eio de um pregão.

PREG ÃO

Sessão durante a qual se negociam as ações por m eio de transações eletrônicas (pregão eletrônico).

Com o se form a o preço

Um a característica que assusta m uitas pessoas é a flutuação dos preços das ações. Essa característica afugenta da Bolsa m uitos possíveis investidores. Claro que não é fácil, depois de m uito esforço e sacrifício para poupar, aceitar ver suas econom ias caindo 10% ou 15% em um só m ês. Porém , a flutuação é resultado da liquidez do investim ento, outra característica do m ercado de ações.

Im agine que você com pre um apartam ento e, depois de algum tem po, resolva vender o im óvel. É com um adm itir um a espera de vários m eses até que se possa converter esse apartam ento em dinheiro novam ente. Se o preço que você quiser por seu im óvel estiver acim a do valor de m ercado, é possível que tenha que esperar até m esm o alguns anos para ter o dinheiro na m ão.

Na Bolsa de Valores, em todos os dias há ofertas de com pra e venda de ações. As ações de em presas consideradas de m aior liquidez são negociadas m ilhares de vezes por dia. Assim , você sem pre pode saber quanto conseguiria por seu investim ento naquele dia. Isso faz com que os preços flutuem e causem , assim , sensação de insegurança.

Agora im agine que exista um prédio com 1 m ilhão de apartam entos, todos idênticos. Você com pra um desses apartam entos para m orar e paga por ele R$ 150 m il. No elevador desse prédio existe um painel onde são registrados todos os

negócios feitos por qualquer proprietário. Por um a regra especial, todos os preços dos apartam entos negociados devem ser publicados naquele espaço. E todas as ofertas de com pra e venda tam bém devem ser listadas, antes, no painel.

Suponha que, um dia, você chega à sua casa e vê que um apartam ento foi vendido por R$ 140 m il. O que você faz? Coloca seu apartam ento à venda por R$ 138 m il ou continua m orando nele e vivendo sua vida norm alm ente? E se, em outro dia, você vir que outro apartam ento foi vendido por R$165 m il? Será que você abre um cham panhe para com em orar a valorização do investim ento?

Depois de algum tem po, a m aioria dos proprietários possivelm ente não prestaria m ais atenção à flutuação dos preços. Mas se em determ inado dia você visse um a oferta m uito barata e resolvesse com prar o apartam ento para vender em um m om ento m ais propício? Você estaria se tornando alguém que com prou o apartam ento não para m orar ou alugar o im óvel, m as para ganhar com a oscilação dos preços. Você seria, então, um especulador.

Será que a existência da cotação diária tornaria o investim ento nesses apartam entos m ais arriscado do que em outros edifícios? Claro que não. Porém , a sensação dos proprietários de im óveis seria de um leve desconforto ao ver que, em certos dias, um apartam ento igual ao seu estaria sendo vendido por um preço m uito inferior ao que seu im óvel valia quando foi com prado.

Esse exem plo hipotético ilustra com o funciona a form ação de preços na Bolsa de Valores. Muitos investidores não se preocupam com as flutuações de preços, pois estão m ais interessados em ser sócios dos lucros das em presas. Diariam ente, em m édia apenas um em cada m il investidores negocia suas ações. É com o se, naquele prédio im aginário, apenas dez apartam entos fossem negociados todo dia. Assim com o no prédio havia o painel no elevador com as cotações dos preços dos apartam entos, na Bolsa de Valores existe um sistem a para negociar ações.