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5 O CASO DA FAZENDA CERRO DO TIGRE (FCT)

5.5 Que resultados tangíveis e intangíveis foram obtidos com a implementação da PML?

5.5.3 Corroborar o que dizem os autores

Tendo em vista o que foi identificado, na presente pesquisa, acredita-se poder corroborar o que autores como Berkel, Denton, Donaire, Egri e Pinfield, Epstein, Hartman e Stafford, Hunt e Auster, Hutchinson, Maimon, Porter, Schoemaker, Schmidheiny, Willums e Golüke, dentre outros, vêm afirmando em seus textos. Para estes autores existe a idéia de que, mudanças no modo dominante de pensar e agir dos empresários, com relação as questões ambientais, podem resultar em vantagem competitiva para a empresa.

Isto pôde ser observado no caso da Fazenda Cerro do Tigre. A partir do momento em que as questões ambientais passaram a ser internalizadas com maior vigor na empresa, diversos fatores geradores de vantagem competitiva passaram a ocorrer na FCT. Pode-se resumir, dentre eles, as inovações de processo, de produto e as inovações nas técnicas gerenciais; o surgimento de novas oportunidades de negócios; o fortalecimento de uma imagem positiva da empresa perante seus diversos públicos (interno e externo); o diferencial que ela está tendo perante os integrantes do setor produtivo ao qual ela pertence; o valor agregado e a “ descommoditização” que seu produto ecológico está obtendo (s aindo embalado e com o indicativo de que foi produzido na Fazenda Cerro do Tigre, além do preço diferenciado que ele possui); as reduções de custo que a empresa está conseguindo, ao longo de sua jornada e aprendizado tecnológico, de como lidar melhor com o meio ambiente; a

motivação evidente de seus colaboradores e o orgulho que eles sentem da empresa onde trabalham.

Sem dúvida, a Fazenda Cerro do Tigre está vendo nas questões ambientais uma grande oportunidade de negócio - que está lhe possibilitando melhorar sua competitividade pela intensa geração de inovações - ao invés de ver nas mesmas uma grande ameaça ou o fim de sua rentabilidade e de sua sobrevivência empresarial.

Respondendo-se ao objetivo específico (3), qual seja, identificar os resultados, tangíveis e intangíveis, obtidos com a implementação da PML, pode-se dizer, de forma sucinta, que a FCT está obtendo significativos resultados de natureza tangível e intangível, como foi identificado por este estudo de caso.

Na próxima seção, destinada às conclusões e recomendações, fez-se uma síntese das principais evidências encontradas neste estudo de caso, comparando-as com a teoria. Com isto, visou-se responder ao objetivo geral de pesquisa, estabelecido para esta investigação.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Como foi proposto na seção referente ao método da pesquisa, a identificação de como a adoção da PML pode gerar inovação e competitividade para a empresa que a adota - foi feita através da comparação com o referencial teórico constante do presente estudo.

Resgatando-se as evidências encontradas para cada objetivo específico do trabalho, e que já foram previamente identificadas nas seções 6.3; 6.4 e 6.5, tem-se que a resposta ao objetivo específico (1) - identificar por que a PML está sendo adotada na FCT - pode ser dada nos seguintes termos: identifica-se que a PML está sendo adotada pelos gestores da FCT porque os mesmos estão percebendo que existem fortes ligações entre seus objetivos comerciais (suas expectativas econômicas) e as políticas referentes às questões ambientais.

Pode-se acrescentar, também, que são estas ligações que estão impulsionando todo o processo de inovação da empresa, juntamente com a constante realização da melhoria contínua em seus processos produtivos e gerenciais. Nesse sentido, contribuem de forma significativa, as motivações, as expectativas, as características empreendedoras dos gestores e a visão das novas oportunidades de negócios que eles possuem.

Sistematizando-se uma resposta ao objetivo específico (2) qual seja, descrever como a PML está sendo implementada na FCT, tem-se que, através da pesquisa de campo, foi possível identificar questões relativas às estratégias competitiva, tecnológica e ambiental da empresa. Como estratégia competitiva (Porter, 1986), encontrou-se que a FCT está aplicando, com maior ênfase, a estratégia de enfoque, baseada na diferenciação. Como estratégia tecnológica, descobriu-se que a empresa apresenta características que representam uma mescla dos tipos de estratégias tecnológicas apontados por Freeman (1982), quais sejam, inovadora ofensiva; inovadora defensiva e oportunista. Com relação à estratégia ambiental, identificou-se que a FCT é do “Tipo 3”, utilizando -identificou-se como referência teórica as indicações de Maimon (1994).

Também identificou-se as fontes endógenas e exógenas de geração das inovações tecnológicas de processo, produto e de técnicas gerenciais ocorridas na FCT. Com isto, chegou-se à trajetória tecnológica da empresa, que foi identificada como do tipo “intensiva em produção”.

Identificou-se, também, quais são os tipos de barreiras (internas e externas) à implementação da PML na FCT, onde observou-se que as barreiras consideradas mais fortes

são as de ordem externa à empresa. Todos estes pontos ajudaram a entender e a elucidar o

“como” a PML est á sendo implementada na FCT, sob a ótica da gestão da tecnologia e tendo em vista as questões ambientais.

Desta forma, é possível dizer que o conjunto das atitudes e das decisões tomadas, com relação a estes tópicos estudados, é que possibilitam entender que o “como” implementar a PML é algo complexo, mas, ao mesmo tempo, realizável, se houver um senso de objetivo e de metas a alcançar, dentro da organização. Este senso de objetivo está sendo dado pelas estratégias que a empresa está assumindo para seu futuro em termos da competitividade, da tecnologia e do meio ambiente.

Com relação ao objetivo específico (3) - identificar os resultados, tangíveis e intangíveis, obtidos com a implementação da PML - pode-se dizer que, em síntese, os resultados tangíveis identificados foram os seguintes: ocorrência de inúmeras inovações tecnológicas (de processo, produto e gerencial); redução de custos com insumos, pois deixaram de usar inseticidas e fungicidas, além de diminuir os gastos com óleo diesel;

aumento da margem operacional da empresa em relação ao produto commodity; surgimento de novas oportunidades de negócios; racionalização da infra-estrutura da propriedade (máquinas, mão-de-obra, equipamentos, instalações); aumento da qualidade industrial do produto, bem como da qualidade ambiental. Por tudo isto, pode-se inferir que a FCT está se tornando mais competitiva.

Com referência aos resultados intangíveis, pode-se afirmar, em resumo, que a FCT está encontrando um desenvolvimento econômico mais sustentado; melhorando a qualidade ambiental dos seus produtos; fortalecendo sua imagem pública; aumentando sua eficiência ecológica; melhorando as condições de trabalho dos empregados e aumentando a motivação dos mesmos; gerando diversidade de benefícios para a empresa, bem como para toda a sociedade; incrementando seu processo de inovação; e, aumentando a segurança dos consumidores de seus produtos.

Pelo que foi visto na Parte 2, referente ao estudo de caso, conclui-se que as evidências encontradas apresentaram diversos pontos de interseção com a teoria estudada.

Estes pontos de interseção serviram como orientadores para identificar-se no estudo de caso a resposta ao problema de pesquisa proposto, qual seja, como a adoção da PML pode gerar inovação e competitividade para a empresa que a adota?

Tendo em vista os três objetivos específicos e seus onze parâmetros de investigação (Quadro 7, p. 56) estabelecidos para esta pesquisa, constatou-se que em apenas dois dos parâmetros não ocorreu a interseção com a teoria, quais sejam: o parâmetro 5, relativo à estratégia tecnológica adotada pela empresa e o parâmetro 7, referente à trajetória tecnológica.

Quanto ao parâmetro 5, a teoria diz que as empresas ligadas à agricultura possuem uma estratégia tecnológica “tradicional”, onde não tem qua se nada de inovação e os produtos são padronizados (Freeman, 1982). Como foi mais do que comprovado, esta prerrogativa não aplica-se à FCT, principalmente no que se refere ao seu produto ecológico.

Com relação ao parâmetro 7, a teoria abordada (Pavitt, 1984), propõe que a trajetória tecnológica das empresas pertencentes à área agrícola é do tipo “dominada pelos fornecedores”. Esta também não foi a realidade encontrada na FCT. Pelo contrário, a empresa costuma sugerir, pedir e cobrar alterações tecnológicas de seus fornecedores, exercitando seu papel de “cliente exigente”.

Portanto, identificando-se que ocorreram diversos pontos de interseção entre a teoria abordada e o caso estudado, esboça-se aqui a resposta ao objetivo geral da pesquisa.

Com relação à variável “Produção Mais Limpa” (PML), pode -se dizer que ela é constituída pelos dois elementos da tecnologia, quais sejam, o elemento Hard e o elemento Soft. O elemento Hard da tecnologia engloba as máquinas, os equipamentos, os processos e os produtos da empresa. O elemento Soft engloba as técnicas gerenciais, o planejamento, o treinamento, as capacidades e habilidades encontradas na empresa.

Relativamente à variável “Inovação”, pode -se dizer que ela foi identificada nos processos, produtos e técnicas gerenciais implementadas na empresa. Ou seja, ela tanto atinge o elemento Hard da tecnologia como também o elemento Soft. Então, inovação pode ser qualquer tipo de mudança na prática industrial que melhore a produtividade, a competitividade ou o atendimento de demandas de mercado.

A variável “Competitividade”, entretanto, está relacionada com a adaptação das estratégias das empresas individuais ao padrão da concorrência efetiva em um mercado específico.

Fazendo-se uma adaptação do que foi proposto por Ribault et al. (1991), propõe-se a Figura 11, a seguir, para ilustrar o relacionamento que ocorre entre as três variáveis, acima

citadas, e que auxiliam na explicação de como a PML pode gerar inovação e competitividade para a empresa que a adota.

PRODUÇÃO MAIS LIMPA

(PML)

INOVAÇÃO COMPETITIVIDADE

Figura 11. Relação entre PML, Inovação e Competitividade.

Fonte: Adaptado de Ribault et al., 1991, p. 32.

Este esquema explica a formação da competitividade, que é construída pela empresa que possua os meios; os conhecimentos (know-why) e o saber “como fazer” ( know-how) aliados a uma política tecnológica sustentada pela estratégia da empresa.

Assim, a resposta ao como a adoção da PML pode gerar inovação e competitividade para a empresa que a adota, realiza-se em dois tempos. Primeiro, conforme é possível identificar pelo esquema acima, é que não existe um caminho direto entre a Produção Mais Limpa (PML) e a Competitividade. Em segundo lugar, identifica-se que o relacionamento direto só ocorre entre a Produção Mais Limpa (PML) e a Inovação. Com isto, é possível inferir que a Produção Mais Limpa (PML) só gera competitividade para a empresa se passar primeiro pela casa da inovação.

Isto significa que não basta investir em máquinas e equipamentos, em mudança de processos e produtos (os elementos Hard da tecnologia). Faz-se necessário investir, também, nas técnicas gerenciais, em planejamento e em treinamento (os elementos Soft da tecnologia), tendo em vista que quem gera as inovações nas empresas são as pessoas.

Considerando-se que é a inovação que vai propiciar a geração da competitividade, pode-se dizer que, no caso da adoção da Produção Mais Limpa (PML), estas inovações são bastante facilitadas devido ao processo de “melhoria contínua” que é requerido das empresas.

Esta melhoria tem a conformação de um fluxo em forma de espiral (Figura 12, a seguir), sendo que, cada círculo subseqüente da espiral não tem o mesmo tamanho do anterior, pois a melhoria sempre acrescenta um algo a mais na empresa.

Figura 12. Movimento em forma de espiral representando o processo de melhoria contínua.

Fonte: The Clip Art Image Library, 1996, p. 251.

Portanto, o resultado deste estudo indica que a adoção da Produção Mais Limpa (PML) está gerando inovação e competitividade para a empresa FCT. Isto está ocorrendo porque a FCT consegue realizar a ligação entre as variáveis “Produção Mais Limpa” e

“Competitividade” através da variável “Inovação”. A inovação tem sido possível porque na FCT ocorre o processo de “melhoria contínua”, sendo que este é amplamente utilizado e constantemente realizado. Estas melhorias facilitam a geração das inovações e estas, por sua vez, facilitam a geração da competitividade para a empresa.

Entretanto, a competitividade deve ser observada através de duas óticas, (1) a da empresa em relação à sua indústria; (2) a da indústria em relação ao resto. Conforme Porter (1986), a atratividade da indústria é o primeiro determinante fundamental da rentabilidade de uma empresa, sendo esta identificada pela metodologia das cinco forças competitivas. O segundo determinante fundamental é a estratégia competitiva (diferenciação, custos ou enfoque, baseado na diferenciação ou nos custos), que indica a posição relativa de uma empresa dentro de sua indústria.

Neste sentido, tem-se alguns comentários e recomendações a fazer para a FCT. Com relação à identificação das cinco forças competitivas, que determinam a atratividade de uma indústria (Porter, 1986), observou-se que um dos pontos fracos encontrados refere-se à força

“poder de negociação dos compradores” (os clientes da FCT). A empresa não possui bons canais de distribuição e comercialização. Já ocorreu, inclusive, da FCT ter que vender seu produto diferenciado junto com o produto commodity, ou seja, recebendo menos por ele.

Desta forma, o poder dos compradores está mais forte do que o poder do fornecedor - a FCT, o que, em geral, ocorre nesta indústria para o produto commodity. Entretanto, a FCT possui

um produto diferenciado. Assim, entende-se que uma alternativa para minimizar este problema seria a fundação e implantação da Cootigre (a cooperativa da FCT), para atuar, prioritariamente, na comercialização do produto diferenciado. Esta atitude visaria modificar as regras competitivas de sua indústria em relação ao poder dos compradores.

Recomenda-se, neste sentido, que a empresa (FCT ou a Cootigre) exerça uma agressividade maior, a fim de colocar seus produtos diferenciados no mercado e fortalecer a marca própria, pois este ponto está deixando a desejar. A empresa necessita estar atenta para não perder fatias deste importante mercado emergente dos produtos orgânicos e ecológicos.

Entretanto, ressalta-se aqui a atitude correta que os gestores da FCT vêm tomando com relação à difusão dos conhecimentos e da tecnologia da PML aos demais integrantes de sua indústria. Uma empresa sozinha dificilmente torna-se competitiva, pois, em geral, ela precisa fazer parte de um ecossistema produtivo competitivo. Entende-se que a FCT está buscando influir para a geração deste ecossistema em sua indústria, através da difusão da tecnologia e dos conhecimentos por eles adquiridos.

Relativamente à estratégia competitiva adotada pela empresa, recomenda-se que a FCT continue e reforce a manutenção da estratégia de enfoque, baseada em diferenciação.

Recomenda-se, também, que ela continue e reforce, cada vez mais, as estratégias tecnológica e ambiental que foram identificadas neste estudo de caso. Com isso, as inovações continuarão ocorrendo e a possibilidade da empresa tornar-se cada vez mais competitiva é bem maior.

Também recomenda-se que os recursos humanos continuem sendo alvo das modificações, em termos de técnicas gerenciais e treinamento, e que o investimento em suas capacidades e habilidades continuem ocorrendo, pois eles são um dos grandes diferenciais competitivos que a FCT possui.

Salienta-se que os gestores devem ter em mente o seguinte: os elementos Hard da tecnologia são facilmente copiados e imitados. Entretanto, os elementos Soft, oferecem uma dificuldade maior aos concorrentes que quiserem imitá-los. Isto significa que são “as pessoas”, com suas inteligências, idéias e criatividade, que propiciam o diferencial competitivo para as empresas. Elas é que geram as inovações, que por sua vez, geram competitividade.

O estudo de caso realizado propiciou um intenso convívio entre a pesquisadora e toda a família envolvida na gestão da FCT. Entretanto, como a área pesquisada referia-se à orizicultura e esta área é gerida pelo Eng. Agrônomo Ivo Mello, o contato maior foi com este

gestor. Tendo em vista esse convívio, foi possível identificar no mesmo uma visão holística, no que se refere a sua empresa e ao ambiente externo onde a mesma encontra-se inserida.

Acredita-se que esta visão “holística” é que lhe proporciona idéias de c riação de sistemas mais sustentados, dentro da FCT. Esta visão, não apenas agronômica, mas a visão do mundo que o cerca e a visão das tendências deste mundo é que propiciaram e continuam propiciando sua incessante busca por novas possibilidades e novas oportunidades. Portanto, recomenda-se a este gestor que continue neste caminho de buscas, de constante aprimoramento e de inovação.

Com relação às limitações do estudo realizado, tem-se que uma delas refere-se às escalas Likert utilizadas na investigação. Estas escalas foram desenvolvidas a partir da teoria estudada. Contudo não foram testadas ou validadas. Sabe-se que este é um risco considerável.

Entretanto, não encontrou-se material previamente testado e que fosse condizente com o que buscava-se pesquisar. Desta forma, assume-se o risco desta atitude, pois este trabalho é um estudo de caso, o que, de certa forma, proporciona certa liberdade na hora de coletar-se os dados, já que os mesmos podem ser confrontados com outras formas de observações, além das escalas utilizadas.

Outra limitação importante refere-se ao fato de não haver, neste estudo, nenhuma planilha de custos ou nenhuma comparação econômica e financeira mais profunda entre as diferentes tecnologias utilizadas, o que, por sinal, era um dos objetivos do projeto de pesquisa.

Ressalta-se, neste sentido, que pesquisadores da área entendem que comparações de aspectos econômicos entre a Agricultura Alternativa (AA) e a Agricultura Convencional (AC) são relativamente difíceis, pois existem uma série de fatores limitantes. Entre eles, pode-se citar as discrepâncias com relação ao estágio de desenvolvimento de cada tecnologia (Carmo, Comitre e Dulley, 1989).

Salienta-se, contudo, que buscou-se recuperar dados financeiros na FCT tendo em vista este fim de comparação. Mas não foi possível recuperá-los, pois o custeio, na FCT, não é feito de forma separada. Não existem distinções entre as diferentes tecnologias na contabilidade da empresa. Os dados que apresentou-se no estudo, a fim de comprovar-se a geração da competitividade, estão baseados no conhecimento do gestor Ivo Mello, informações de custos prestadas por Dóris Dorneles, bem como em dados de dissertação de mestrado feita por Paulo Rigatto (1992). As evidências que este autor aponta, enquadram-se no caso da FCT, conforme indicado pelo próprio gestor Ivo Mello.

Também não consistiu em objetivo deste estudo realizar comparações entre empresas. Entretanto, admite-se que estas comparações podem gerar dados numéricos mais comprovadores de que a Produção Mais Limpa é, de fato, economicamente e ambientalmente melhor. Espera-se, contudo, que pesquisas futuras realizem este tipo de comparação.

Comparações econômicas entre sistemas de plantio, bem como entre os efeitos ecológicos destes sistemas exigem estudos mais aprofundados nas áreas econômicas, agronômicas, biológicas, ecológicas.

Ainda como limitação do estudo, salienta-se que os resultados encontrados no mesmo não podem ser generalizados para populações ou o universo das empresas. Contudo, conforme Yin (1994, p. 10), os resultados encontrados por um estudo de caso, assim como os experimentos, podem ser generalizados quando realiza-se proposições teóricas.

Como sugestões para estudos futuros entende-se que uma questão que não foi abordada neste trabalho, mas que possui significado relevante, refere-se ao confronto entre a

“consciência ambiental” e a “busca desenfreada do novo”, ou a “obsolescência programada dos produtos”. Hoje isto constitui -se em algo contraditório. Parece que a sociedade precisa desenvolver uma forma mais racional de consumo e que isto venha balisar as novas formas de pensar, agir e produzir dos empresários. Pensar, agir, produzir e consumir deverão adquirir conotações diferentes das atuais, a fim de que a preservação ambiental seja alcançada.

Desta forma, cabe sugerir que estes e outros aspectos sejam analisados em futuros estudos, buscando mapear de forma mais acurada, todas as variáveis relacionadas com o tema em questão. Seria por demais interessante que estes estudos fossem feitos de forma multidisciplinar, pois as questões ambientais requerem, de forma contundente, esta característica.

PARTE 3

ANEXOS

Anexo A Trajetórias tecnológicas setoriais e seus determinantes... 136 Anexo B Folhas de Trabalho do Ecoprofit (1-8)... 138 Anexo C A motivação... 141 Anexo D Algumas características típicas dos empreendedores... 146 Anexo E Um bravo ensina a amar a terra... 148 Anexo F Exemplos de tecnologias mais limpas para a orizicultura... 149 Anexo G Roteiro das entrevistas... 153 Anexo H Troféus, prêmios e títulos da FCT e seus gestores... 160 Anexo I Alguns tipos de venenos químicos e seus efeitos... 161 Anexo J Pesquisa sobre os impactos ambientais de herbicidas... 162 Anexo L Classificação toxicológica dos herbicidas... 163 Anexo M Palestras proferidas por Ivo Mello... 164 Anexo N Artigos e publicações sobre a FCT e seus gestores... 165 Anexo O Categoria dos resíduos... 166

Anexo A - Trajetórias tecnológicas setoriais e seus determinantes

No caso específico do setor agrícola, que é o setor ao qual pertence a empresa

No caso específico do setor agrícola, que é o setor ao qual pertence a empresa