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Entende-se a cultura como sendo o produto, o resultado, a modificação que ocorre no sujeito, ou no meio ambiente graças à ação do seu imaginário, da educação ou da sua instrução, podendo compreendê-la sob dois pontos de vista. O primeiro ponto de vista, de cunho relativista, entende a cultura como qualquer produção humana, desvinculando-a do valor e aceitando também como suas manifestações o nocivo, o erro lógico, o feio e o mau. Já o segundo ponto de vista entende que a cultura seria uma produção humana adequada ao seu aprimoramento enquanto “pessoa” e enquanto “personalidade”. Sob esse prisma, não se entenderia a cultura como toda e qualquer produção humana, mas apenas as que correspondessem às suas necessidades enquanto “pessoa” e enquanto “personalidade”, ou seja, as que de algum modo agregassem valor à natureza ou ao próprio sujeito. Assim, cultura pode ser considerada um conjunto de ações resultante do comportamento humano, em diferentes espaços e época.

Cultura é tudo o que resulta do agir humano, englobando valor. Assim, seria, então, o resultado da construção do sujeito que se tornará culto quando tiver enriquecido a sua personalidade pela assimilação dos saberes academicamente constituídos e aculturados; quando tiver apreendido, empiricamente, o modus vivendi do seu grupo social e for capaz de utilizar-se das conquistas tecnológicas da sua geração (CANDAU, 2003).

Pode-se, ainda, considerar como cultura o resultado das modificações feitas pelo homem na natureza, assim como as suas produções na área da ciência e da tecnologia; os sistemas de leis e códigos e a interpretação da vida gerada pela sua reflexão filosófica. Seria considerada como cultura, também, a produção decorrente do imaginário, como o folclore; da sensibilidade, como a arte, e os movimentos afetivos sociais e religiosos e da razão, como a ciência e a tecnologia.

A cultura, por si só, traz a complexidade de definição e o limite filosófico, ocasionados pelas implicitudes que existem nas relações que envolvem pessoas, sua ação em grupos e na sociedade, cujo aspecto social é exclusivamente humano. Para estudá-la, é preciso sobrepor lapsos temporais e históricos além de buscar formas

elementares que caracterizam um indivíduo em determinado grupo, independentemente, de sua fase histórica. Por exemplo, um sertanejo não deixa de ser o que ele é simplesmente por viver em uma cidade grande, que aos poucos ou assimilou como seu habitat natural, ou se habituou ao local porque foi obrigado a migrar. Portanto, suas crenças, seus valores e hábitos se fundamentam no aprendizado histórico que vai se acumulando por toda sua trajetória e que o identifica e o caracteriza com determinados grupos humanos nas suas práticas e comportamentos.

Ao tratar sobre a temática cultural, alguns problemas conceituais são levantados, já que uma definição exata desse termo ainda é muito discutida, haja vista as diversas compreensões e possibilidades de culturas existentes no mundo. A contextualização de sentido desse termo considera algumas características pertinentes à atividade humana e a transmissão de conhecimentos apreendidos na vida cotidiana, ressaltando que a construção do perfil de uma comunidade poderá ser considerada como uma eterna e profunda exploração da construção participativa de todos os membros, podendo continuamente receber contribuições pela prática coletiva da sociedade.

A Antropologia – seu termo etimológico, Anthropos, deriva do grego e significa “estudo do homem” ou “ciência do homem” – é a ciência que estuda o homem em sua especificidade e discute todos os comportamentos e práticas que o caracterizam no grupo ao qual está inserido. Possui diversas ramificações, já que o estudo do homem não envolve apenas aspectos culturais, mas também aspectos físicos, biológicos, linguísticos etc. Para uma melhor compreensão a respeito do termo, a Figura 1 ilustra a concepção do campo antropológico e suas ramificações.

ANTROPOLOGIA

Antropologia física Antropologia Cultural

Arqueologia Etnologia geral Linguística

Etnografia Etnologia Antropologia

Figura 1: Desdobramento do campo antropológico.

Fonte: Barrio (2005, p. 22).

Todas as ramificações da Antropologia expressas na figura acima são objetos de estudo do homem, feitos individualmente ou em grupo, com o objetivo de analisar, a priori, aquilo que o identifica como indivíduo e como isso implica nas relações socioculturais com as quais está envolvido. Seguindo esse raciocínio, é possível afirmar que a Antropologia Cultural, como uma subárea da Antropologia, está assentada nos elementos históricos, linguísticos, simbólicos etc., como ensina Laplantine (2003, p. 97):

A Antropologia Cultural estuda os caracteres distintivos das condutas dos seres humanos pertencendo a uma mesma cultura, considerada como uma totalidade irredutível à outra. Atenta às descontinuidades (temporais, mas sobretudo espaciais), salienta a originalidade de tudo que devemos à sociedade à qual pertencemos.

Laplantine (2003) esclarece ainda que apesar de a Antropologia Cultural ser apenas um dos aspectos da Antropologia, sua abrangência é considerável, pois

seu foco

[...] diz respeito a tudo que constitui uma sociedade: seus modos de produção econômica, suas técnicas, sua organização política e jurídica, seus sistemas de parentesco, seus sistemas de conhecimento, suas crenças religiosas, sua língua, sua psicologia, suas criações artísticas. (LAPLANTINE, 2003, p. 11)

Assim, a Antropologia Cultural identifica os caracteres distintivos relacionados às condutas dos indivíduos, sendo a pesquisa das informações feita por meio de observações diretas dos comportamentos da comunidade na sua totalidade, valorizando os aspectos sociais, a evolução histórica e demais contribuições nos aspectos de difusão, interação e aculturação. O antropólogo cultural exerce a função de agente de transformação da sociedade, reunindo todas as obras elaboradas pelo homem que permita alcançar uma visão do futuro relacionado com o presente.

A priori, não é observado, no contexto científico e acadêmico, um consenso

acerca do conceito de cultura, visto que não é tarefa fácil definir uma ação de cunho simbólico com aspectos religiosos e tribais; ademais, a sinergia que envolve a prática social carrega valores, padrões e significações próprias.

Denota-se, portanto, que a noção de cultura resulta da análise e interpretação de inúmeras formas e processos interativos que historicamente foram desenvolvidos por diferentes sistemas sociais, mediante os quais os indivíduos em sociedade se relacionam entre si.

Por outro viés, é possível resgatar algumas noções sobre a forma de se compreender cultura desde algum tempo atrás. O entendimento a esse respeito, no período moderno, baseia-se no ato de cultivar, sendo empregado até os dias de hoje na área da agricultura, como, por exemplo, o cultivo de soja ou cultura de hortaliças. Se nos debruçarmos sobre esse conceito a partir da perspectiva iluminista, perceberemos que as palavras cultura e civilização ganham outro significado, pois, nesse contexto, estão interligadas ao desenvolvimento do indivíduo nos aspectos de refinamento e maior busca de conhecimento científico.

Também é importante asseverar que quando a palavra cultura começou a ser relacionada a produtos intelectuais, artísticos e espirituais, seu sentido foi notadamente empregado de forma estereotipada para enaltecer indivíduos de cultura erudita, e essa noção de cultura sempre penetrou nos aparelhos culturais, notados como lugares de pessoas providas de muito conhecimento, em detrimento dos

chamados não cultos.

No Brasil, conforme relatos bibliográficos, os primeiros registros culturais se deram na segunda metade do século XVI, quando os jesuítas começaram a atuar na educação do povo residente no país e, assim como procediam em outras colônias ibéricas, possuíam aqui a missão de instruir o não culto, introduzindo a cultura estrangeira e seu refinamento tanto nos costumes como no modo de pensar.

Essa instrução aos gentios nas colônias era imposta porque as manifestações culturais encontradas nesses locais se contrapunham ao conceito de civilização e cultura da época. Isso porque os estudos de pessoas abastadas eram realizados no exterior e a importação do pensamento europeu sempre marcou e determinou a visão cultural das colônias das quais o Brasil fazia parte. Nesse aspecto, principalmente no Brasil, os resquícios desse pensamento perduram até os dias atuais, pois o diferente ou estranho ainda causa desconforto porque não parece se adequar aos padrões legitimados e historicamente impostos.

Ademais, é possível depreender, segundo Hall (2011), que a partir da ação de um poder dominante sobre um ser dominado – além das interações contextuais e culturais – é que a identidade de um sujeito sofre vários deslocamentos e mutações ao longo do tempo, uma vez que este interage com diferentes sistemas culturais.

Ainda segundo Hall (2011), mas sob um viés sociológico, o núcleo interior do sujeito não é autônomo e autossuficiente, mas é formado na relação com outras pessoas que para ele são importantes. Além disso, a identidade do indivíduo possui características comuns relacionadas a valores, sentidos e símbolos que se relacionam a idioma, cultura, renda per capita, entre outros elementos que delimitam a identificação com um grupo de indivíduos que comungam da mesma situação. Nesse âmbito, as relações em grupos ou comunidades, bem como as ações culturais e históricas, são fatores diferenciadores, prevalecendo suas manifestações como símbolo de autoafirmação de sua existência.

Seguindo a história, a época da pós-modernidade mostra, conforme aborda Hall (2011), uma verdadeira crise de identidade influenciando intensas transformações que alteram o ciclo cultural, quando se compreende que as diferentes manifestações culturais podem deslocar as identidades de um sujeito para um leque de opções, ou seja, ora se identifica com a cultura popular, ora possui mais ligação com a cultura erudita, o que nos remete à expressão “diversidade cultural”, que é utilizada em vários meios de comunicação – porém, é fato que aquilo que foge dos padrões culturais

tradicionais parece estranho e muitas vezes incompreendido. As culturas cabocla, campesina, ribeirinha indígena e sertaneja carregam estereótipos que são gerados pela própria mídia, que, de uma forma ou de outra, reforça categorias culturais no meio dessa diversidade.

A cultura popular, também, chamada de folclore, foi conceituada no século XX, motivada por razões epistemológicas. O termo “popular”, inicialmente permeia uma visão de algo relacionado às camadas mais baixas da sociedade. No sentido econômico, está relacionado ao sucesso ou aceitação comum de algo. Essa concepção traz consigo diversas definições nos mais variados contextos e tempos históricos. Já o termo “cultura” está relacionado a sentidos eruditos ou clássicos, correspondentes à literatura, à música e às artes. Posteriormente, o termo “popular” foi vinculado semanticamente à ideia de folclore, trazendo simbolismos tradicionais comuns e religiosos como forma de afirmação.

No percurso da história, os aparelhos culturais sempre reforçaram o conceito de estratificação social percebido pela noção de civilização e cultura. Isso determinou o que era cultura e quem tinha direito à cultura: o simples ato de falar bem em público sobre assuntos atuais e dinâmicos era entendido como uma qualidade cultural e, de certo modo, essa compreensão ainda se afirma. Assim, sobre a cultura popular, Domingues (2011, p. 2) afirma:

No folclore foi destacada a limitação das manifestações culturais advindas das camadas sociais pobres em comparação com aquelas com maior poder aquisitivo. No século XIX, a população da zona rural teve difundido sua produção cultural classificada como pura e natural. Essa idealização serviu de alicerce para o início de muitas pesquisas folclóricas que se dedicaram em descobrir uma cultura considerada pelos estudiosos como primitiva. Segundo alguns estudiosos da época, as manifestações folclóricas originadas em ambiente rural, estavam condenadas à morte, devido ao seu crescente contato com influências deletérias dos centros urbanos.

Foi sentindo esse aspecto das influências deletérias de uma cultura moderna agindo de forma avassaladora sobre a sua cultura tradicional, cabocla e regionalizada que poetas populares nordestinos expressaram em versos e canções a visão de um conflito cultural, sem que houvesse uma análise aprofundada de suas causas e consequências.

A cultura popular na história do Brasil, sob a perspectiva antropológica, reconstrói alguns conceitos de cultura que foram impostos verticalmente sem considerar as crenças e costumes de pessoas que possuíam sua própria identidade

enquanto indivíduo e povo, afinal, as concepções sobre cultura naturalmente envolvem pensamentos sobre manifestações tradicionais em determinadas comunidades. Nesse sentido, esta não deixa de parecer comum, pois as expressões simbólicas que marcam algumas manifestações geram sentimento de identificação com o que é exposto.

Vale ressaltar que as discussões acerca da cultura popular têm alçado voos que se sobrepõem ao discurso folclórico. É sabido, inclusive, que a cultura é marcada por aspectos capitalistas, ideológicos e religiosos cujas movimentações impositivas e determinantes do mercado cultural têm ditado o que pode ser reconhecido ou não pelos sujeitos envolvidos. Assim, o teatro, a música, a literatura, o cinema e as artes – compreendidos como elementos culturais históricos – são modelados pelos investimentos que os mantêm.

É pertinente trazer à baila, também, que a cultura vem sistematicamente alterando as relações de reconhecimento de identidades nativas, cujos elementos – artistas, cantores, escritores e produtores –, que são sucesso de bilheteria, têm aculturado os sujeitos que não compõem o universo em que esses produtos culturais surgiram. De mais a mais, a importação de modelos culturais continua alterando as identidades locais e a cultura nativa de determinados grupos, e essa identificação com padrões incompatíveis com a realidade do ambiente em que o indivíduo se insere é um dos motivos do conflito.

No que concerne à prática colonizadora, pode-se afirmar que esta nunca considerou a cultura local do colonizado, seja em tribos africanas, das quais negros eram traficados por colonizadores, seja em relação aos índios, que por sua vez eram oprimidos em sua terra durante a exploração.

Certamente, as tradições que se mantiveram ao longo do tempo resistiram como forma de preservação da identidade desses grupos, sendo que a cultura popular pode ser vista como um marco de cada povo, conseguindo se destacar em relação à cultura dominante de cada região e à cultura erudita. Dessa maneira, constata-se que a cultura popular sempre sofreu marginalização pelo contexto social em que surgiu, podendo se afirmar que a resistência histórica dessa cultura foi o que gerou a grande diversidade cultural presente em nosso país e que, paulatinamente, tem se afirmado, ainda que de maneira esporádica em eventos religiosos ou datas comemorativas de comunidades locais.

A designação de cultura popular entre os intelectuais ao longo da história sofreu algumas permutações de sentido, que em alguns momentos significa alienação, em outros, resistência. Esta mudança de sentido fundamenta os três modos de pensar a cultura como arte que são: folclore, arte popular ligada à indústria cultural e característica dos meios urbanos e, por fim, a arte popular revolucionária ligada aos intelectuais e artistas com o intuito de produzir a consciência entre classes contribuindo significativamente para a transformação da realidade social (ROCHA, 2009, p. 227).

Portanto, cabe inferir, com base na citação acima, que a cultura popular incita o sujeito a reconhecer elementos que são encontrados dentro de suas identidades e do seu folclore, podendo ser um elemento real que começa a interagir com algo abstrato dentro do ser, que pode ser provocado por memórias experienciais não isentas da relação com outras formas de cultura, afinal, como afirma Hall (2011), a identidade de um sujeito não é única. Aliás, a identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia. Por outro lado, a interação comum entre cultura popular e identidade gera um ponto de consistência e afirmação que define o homem enquanto sujeito.

Ainda sobre a cultura popular, é importante salientar que tem uma natureza multifacetada, pois caracteriza-se na literatura de cordel, na canção popular, na medicina popular, na arte cerâmica etc., não sendo, portanto, restrita a limites conceituais.

No que concerne à cultura erudita, pode-se afirmar que se baseia no padrão europeu voltado para a originalidade e autenticidade em refletir o prazer de uma produção orgânica pautada na reflexão e no conhecimento da comunidade na qual se insere, assemelhando-se, desse modo, à cultura popular, por vezes tão confundida e vista como algo de difícil definição. A respeito dessa correlação, Domingues (2011, p. 4) assevera:

A relação entre a cultura erudita, conhecida também como intelectual, e a cultura popular baseia-se pelas formas de expressão como também pelos conteúdos dos sistemas de representações. Por este motivo, a relação destas culturas não pode ser vista separadamente e sim como um cruzamento entre o chamado erudito e o popular fortalecendo encontros e reencontros, e trocas de informações culturais. Desta maneira, a cultura erudita é pautada em uma produção mais elaborada, de cunho acadêmico e educacional, exigindo de seus autores mais rigor na elaboração por estar limitada a uma minoria da sociedade. Assim, o termo cultura erudita está ligado a representações ideológicas, consumida essencialmente pela elite cultural e econômica de uma minoria da sociedade, estabelecendo padrões e regras para o comportamento das demais culturas, como exemplo temos as artes plásticas e as músicas clássicas.

Existe uma intrínseca relação entre cultura e educação, visto que a própria educação é considerada como parte da cultura, que pode ser entendida como fruto da inventividade humana – só existe cultura porque existe o homem, e a educação está incluída nesse processo.

Em se tratando de processo, sabe-se que o processo educativo não acontece apenas na escola, embora se tenha convencionado socialmente que a escola é o lugar responsável pelo processo de educação formal, ou seja, pela transmissão do saber sistematizado. Por consequência dessa ideia, os saberes aprendidos fora da escola, na educação informal, são postos em segundo plano.

Nesse sentido, a relação entre cultura e educação é uma ação desafiadora, pois se sabe que o processo cultural ocorre de maneira diversificada e a escola, nem sempre, cumpre esse papel de forma heterogênea. Vale salientar que, nos moldes da sociedade atual, as diferenças culturais têm se tornado mais notáveis do que nunca, pois frequentes e fortes são os embates sobre a diferença e os “diferentes”, assim como as relações entre os humanos nos mais variados aspectos: a opressão de alguns sobre os outros, seja na exploração econômica e material, seja nas práticas de dominação e imposição de valores e nos significados e sistemas simbólicos de um grupo sobre os demais.

Nesse sentido, quando se trata de cultura e educação, pode-se dizer que são esses fenômenos intrinsecamente ligados – a cultura e a educação – que juntos se tornam elementos socializadores, capazes de modificar a forma de pensar dos educandos e dos educadores. Portanto, quando se adota a cultura como uma aliada no processo de ensino-aprendizagem, permite-se que cada indivíduo que frequenta o ambiente escolar se sinta participante do processo educacional.

Outrossim, é importante realçar que constantes são as discussões emblemáticas sobre cultura e educação, pois ainda que não explicitem esse processo, ambas – cultura e educação – fazem parte da vida do homem, afinal, questões culturais estão presentes na política, na educação e na vida cotidiana dos cidadãos, ou seja, estão intrinsecamente ligadas ao espaço social da humanidade e aos fatos que nele acontecem.

Em se tratando de cultura e educação/escola, é notável uma interação entre ambas e as manifestações culturais, manifestações estas que são tradições praticadas no dia a dia da comunidade escolar. Entre elas, podemos citar as que são comemoradas no calendário escolar, tais como: Carnaval, Páscoa, Festas Juninas,

Dia das Mães, Dia dos Pais, juntamente com comemorações cívicas e celebrações religiosas.

Para Candau (2003), a escola é, sem dúvida, uma instituição cultural. Portanto, as relações entre escola e cultura não podem ser dissociadas, mas, sim, entrelaçadas, como se constituíssem uma teia formada no cotidiano e com fios e nós profundamente articulados.

Candau também afirma que as escolas, além de serem instituições educacionais, também são instituições culturais, e dentro delas estão inseridos diversos grupos sociais que não devem ser ignorados pelos educadores e muito menos pela própria instituição, ao contrário, devem ser valorizados por meio da promoção de discussões e feiras, para que as culturas não tradicionais possam ser conhecidas e reconhecidas tanto em suas ideologias quanto em suas formas de ser (CANDAU, 2003).

Essas ações, ainda que resumidamente, possibilitam ao aluno a compreensão do que é cultura e que essas representações, independentemente de épocas, fazem parte da história da humanidade, pois mesmo diante da interpretação