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CUSTOS OPERACIONAIS: CUSTOS COM ENERGIA ELÉTRICA E CUSTOS DE OPERAÇÃO

Receita Operacional Bruta (em R$ milhões)

CUSTOS OPERACIONAIS: CUSTOS COM ENERGIA ELÉTRICA E CUSTOS DE OPERAÇÃO

Energia elétrica comprada para revenda

As despesas com energia elétrica comprada para revenda nos anos de 2011 e 2010 foram de R$ 2.742,2 milhões e R$2.801,1 milhões, respectivamente. A redução, comparando-se 2011 a 2010, foi de 2,1%, sendo explicada principalmente:

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

(i) na controlada AES Eletropaulo, pelas despesas com energia elétrica comprada para revenda nos anos

de 2011 e 2010, que foram de R$4.464,0 milhões e R$4.353,8 milhões, respectivamente. O aumento, de 2,5% é explicado pelos seguintes fatores: (i) aumento de R$ 209,5 milhões na compra de energia em leilões; (ii) crescimento de R$ 127,8 milhões com a compra de energia da AES Tietê relacionados ao aumento de preço anual; compensados parcialmente (iii) pela queda de R$90,0 milhões referente à compra de energia no curto prazo devido ao menor volume de energia comprada; (iv) reversão da provisão de ICMS sobre perdas comerciais em R$ 42,0 milhões; e (v) do decréscimo em R$ 46,6 milhões nos gastos com aquisição de energia advinda de Itaipu, devido ao menor volume de energia comprado.

(ii) na controlada AES Tietê, pelos menores preços médios observados no mercado spot (média de R$

29,55/MWh em 2011 comparado a R$ 70,24/MWh em 2010), parcialmente compensados pelo maior volume de energia comprada (1.569,0 GWh em 2011 ante 966,0 GWh em 2010);

(iii) na controlada AES Infoenergy, pela redução de R$31,5 milhões nos custos com energia elétrica

comprada, devido ao encerramento de contratos em 2011).

Encargo do uso do sistema de transmissão e distribuição

As despesas consolidadas da Companhia com encargo do uso do sistema de transmissão e distribuição nos anos de 2011 e 2010 foram de R$ 1.323,5 milhões e R$ 1.228,4 milhões, respectivamente. A variação de 7,7% é explicada principalmente (i) na controlada AES Eletropaulo, pelo aumento de R$ 70,4 milhões com encargos de Rede Básica, R$5,9 milhões de aumento da conexão de rede básica – CTEEP, além de R$4,5 milhões de transporte Furnas – Itaipu; e (ii) na controlada AES Tietê, pelos reajustes nos encargos de conexão, TUSD-g e TUST-rb de suas usinas.

Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos

As despesas com compensação financeira pela utilização de recursos hídricos para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 foram de R$63,7 milhões representando um aumento de 4,6% em relação ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010, quando a Companhia teve uma despesa de R$60,9 milhões. Este aumento deve-se principalmente pelo reajuste de 5,6% na Tarifa Atualizada de Referência (TAR), que foi fixada em R$ 68,34/MWh a partir de janeiro de 2011, parcialmente compensado pela ligeira redução do volume de energia gerada (13.860,4 GWh em 2011 ante 14.005,6 GWh em 2010).

Pessoal e administradores

As despesas com pessoal e administradores nos anos de 2011 e 2010 foram de R$581,8 milhões e R$550,8 milhões, respectivamente. O aumento de 5,6% é explicado principalmente: (i) na controlada AES Eletropaulo, pelos reajustes salariais ocorridos em 2010 e 2011 (6,5% em 2010 e 8,15% em 2011) e pela internalização de 1,2 mil entregadores de contas e leituristas a partir de agosto de 2010; e (ii) na controlada AES Tietê, devido ao aumento de R$ 4,5 milhões relacionados a despesas com salários, benefícios e provisões de férias e participações nos lucros, influenciado pelo dissídio de 8,15% de 2011/2012, válido a partir de junho/2011 e pelo maior número de funcionários em 2011 em relação a 2010.

Entidade de previdência privada

As despesas com entidade de previdência privada nos anos de 2011 e 2010 foram de R$114,3 milhões e R$169,8 milhões, respectivamente, representando uma redução de 32,7%. De acordo com o cálculo atuarial, houve um aumento na rentabilidade esperada dos ativos do plano em 2011, parcialmente compensado pelo aumento dos custos dos juros para este ano.

Serviços de terceiros

As despesas com serviços de terceiros nos anos de 2011 e 2010 foram de R$ 537,3 milhões e R$ 487,0 milhões, respectivamente, apresentando um acréscimo de 10,3%. Este aumento é decorrente principalmente, na controlada AES Eletropaulo,pelas: (i) despesas de R$ 65,7 milhões com o Plano de Ação 2011 – 2012 (R$ 38,0 milhões com turmas de emergência, R$ 19,9 milhões com turmas adicionais de manutenção, construção e podas, além de R$ 7,8 milhões em expansão do call center); (ii) ações de redução de DEC e FEC iniciadas no 2º semestre de 2010, que totalizaram um aumento de R$ 44,6 milhões em relação a 2010; (iii) acréscimo nos gastos com consultoria (+ R$ 6,6 mi), melhoria nos serviços de cobrança (+ R$ 5,9 mi) e iluminação pública (+ R$4,1 milhões); (iv) redução de R$ 22,4 milhões nas despesas com serviços de leitura e entrega; e (v) decréscimo de R$ 8,2 milhões com ações de corte e

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

religa.; parcialmente compensados pela controlada AES Tietê, que apresentou diminuição dos gastos com: (i) manutenção bi-anual das eclusas e foram realizadas somente em 2010; (ii) projeto de reflorestamento, no valor de R$ 3,2 milhões, devido a um elevado número de licenças ambientais para manejo das áreas obtidas no final de 2010.

Material

As despesas da com materiais nos anos de 2011 e 2010 foram de R$ 58,6 milhões e R$ 42,0 milhões, respectivamente, apresentando um acréscimo de 39,5%. Este aumento foi ocasionado principalmente (i) na controlada AES Eletropaulo, devido à maior demanda de aquisição de materiais de consumo (depósito, estoque e manutenção, entre outros); e (ii) na controlada AES Tietê, pela maior aquisição de materiais de uso e consumo na construção civil, reconhecidos diretamente no resultado.

Provisão/Reversão para créditos de liquidação duvidosa

O saldo da conta de provisão/reversão para créditos de liquidação duvidosa nos anos de 2011 e 2010 foi uma receita de R$79,2 milhões e R$145,0 milhões, respectivamente. A redução de 45,4% foi ocasionada (i) pelo efeito positivo e não recorrente de 2010, em função do acordo realizado em maio de 2010 entre a controlada AES Uruguaiana e a AES Sul, com o intuito de por fim a controvérsias geradas quanto à execução do contrato de fornecimento de energia elétrica, sendo o saldo da PCLD revertido integralmente em 2010 no montante de R$85,2 milhões; compensados parcialmente (ii) pela redução de constituição de PCLD na controlada AES Eletropaulo no 4T11. A exemplo de outras distribuidoras, a partir de setembro de 2011, a Companhia passou a constituir PCLD para os clientes residenciais e comerciais apenas considerando as contas vencidas após 90 dias, e não mais as contas vencidas e não pagas em um período menor.

Provisão/Reversão para litígios e contingências

O saldo da conta de provisão/reversão para litígios e contingências nos anos de 2011 e 2010 foi uma receita de R$80,0 milhões e R$61,6 milhões, respectivamente. O aumento de 29,9% é resultado (i) de a controlada AES Tietê ter revertido o montante de R$ 3,7 milhões referente a multa e juros sobre o Despacho ANEEL nº 288, após conclusão de que o valor da provisão está sujeito somente a atualização monetária. Houve, também, redução na provisão relacionada a processos trabalhistas; (ii) na controlada AES Eletropaulo, pelas reversões ocorridas em 2011, de provisões trabalhistas, no valor de R$42,9 milhões, relativas a processos de equiparação salarial e provisões fiscais, no montante de R$ 27,2 milhões, relacionadas à discussão de dívida de IPTU de imóveis.

Provisão/Reversão para redução ao provável valor de recuperação dos ativos

O saldo da conta de provisão/reversão para redução ao provável valor de recuperação de ativos nos anos de 2011 e 2010 foi uma receita de R$20,1 milhões e R$18,1 milhões, respectivamente. O aumento de 11,0% se deve à baixa ocorrida em 2010 de R$ 3,0 milhões remanescentes do ativo intangível da controlada Rio PCH Ltda, devido à baixa probabilidade de retorno do Projeto Piabanha.

Depreciação e amortização

As despesas com depreciação e amortização nos anos de 2011 e 2010 foram de R$ 693,4 e R$ 694,1 milhões, respectivamente. A redução observada é de 0,1%, mantendo-se praticamente no mesmo patamar do ano anterior.

Outras receitas e custos

Este grupo é composto principalmente pelas contas de recuperação de despesas, perdas/baixas no contas a receber, perdas na desativação de bens e direitos, entre outros. Em 2011, atingiu uma despesa de R$307,9 milhões, representando uma redução de 27,9% em relação a 2010, quando atingiu uma despesa de R$427,0 milhões. Esta redução se deve principalmente pelas perdas na desativação de bens e direitos (R$0,1 milhões em 2011 ante R$66,2

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

milhões em 2010), pelas despesas com condenações judiciais (R$30,8 milhões em 2011 ante R$42,5 milhões em 2010), pelas perdas no contas a receber (R$72,8 milhões em 2011 ante R$111,3 milhões em 2010), além da redução de outros custos e despesas operacionais.

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