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10.3 Eventos com efeitos relevantes, ocorridos e esperados, nas demonstrações financeiras

10.3. Comentários dos diretores sobre efeitos relevantes que os eventos abaixo tenham causado ou se espera que venham a causar nas demonstrações financeiras e nos resultados da Companhia

a. introdução ou alienação de segmento operacional

Em 31 de outubro de 2011, a Brasiliana concluiu a venda, para a TIM Celular S.A. (“TIM”), de sua controlada direta Eletropaulo Telecomunicações Ltda. ("AES EP Telecom") e de sua controlada indireta AES Communications Rio de Janeiro S.A. ("AES Com Rio"), nos termos do Contrato de Compra e Venda de Ações e Quotas celebrado entre Brasiliana e TIM em 8 de julho de 2011.

b. constituição, aquisição ou alienação de participação societária

Em 31 de outubro de 2011, a Brasiliana concluiu a venda, para a TIM Celular S.A. (“TIM”), das quotas da Eletropaulo Telecomunicações Ltda. ("AES EP Telecom") e ações de emissão da AES Communications Rio de Janeiro S.A. ("AES Com Rio"), nos termos do Contrato de Compra e Venda de Ações e Quotas celebrado entre Brasiliana e TIM em 8 de julho de 2011.

c. eventos ou operações não usuais

A Companhia não passou por eventos ou realizou operações não usuais que possam impactar suas demonstrações financeiras ou resultados, com exceção do seguinte evento relacionado com sua controlada AES Uruguaiana:

(i) Em 2008, em virtude dos crescentes problemas de fornecimento de gás natural pela YPF, a AES Uruguaiana assinou aditivos contratuais (i) com a AES Eletropaulo, (ii) com a AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. (“AES Sul”), e (iii) com a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (“CEEE”) para redução do prazo e dos volumes de energia. O término do contrato com a AES Eletropaulo permaneceu inalterado, ou seja, junho de 2009 e da AES Sul, RGE e CEEE foram antecipados para dezembro de 2009.

(ii) Paralisação das atividades da Usina - desde 2004 a controlada AES Uruguaiana enfrenta problemas com fornecimento de gás importado da Argentina, que passou a priorizar seu mercado interno e deixou, por longos períodos, de atender de forma contínua ao contrato com a Usina. Desde então, a operação e a rentabilidade da Usina ficaram fragilizadas. O cenário agravou-se em maio de 2008, com a interrupção total no fornecimento de gás.

Para que a controlada AES Uruguaiana pudesse honrar os compromissos com as distribuidoras de energia elétrica (AES Sul, AES Eletropaulo, CEEE e RGE), a controlada AES Uruguaiana foi obrigada a comprar energia a um custo, por vezes, maior e sem possibilidade de repasse no preço cobrado às distribuidoras, desencadeando significativa deterioração econômico-financeira da controlada AES Uruguaiana.

Nesse período a controlada AES Uruguaiana envidou todos os esforços na busca por alternativas que pudessem viabilizar a continuidade das operações da Usina, mas nenhuma delas com êxito. Durante o ano de 2008, foram reduzidos todos os contratos de energia com distribuidoras e alterado seu término para 30 de dezembro de 2009, mediante o reconhecimento, por parte da ANEEL, de exposição involuntária das distribuidoras e da impossibilidade de manutenção desses contratos.

Todos os acontecimentos determinaram a paralisação das atividades operacionais (hibernação) da Usina a partir de 01 de abril de 2009. A partir dessa data estão previstas somente as manutenções necessárias para que a planta possa ainda retornar a sua operação normal. A Administração da controlada AES Uruguaiana continua estudando alternativas que garantam a sustentabilidade das suas operações.

Com essa paralisação, foi revisto o quadro de colaboradores da controlada AES Uruguaiana, dentre eles 13 colaboradores foram transferidos para outros negócios do grupo controlador, restando em 31.12.2010 13 colaboradores para fazer as manutenções previstas. Para os 29 colaboradores desligados foram consideradas todas as oportunidades de realocação, que contam com o apoio do grupo controlador no processo de recolocação profissional. Em 2011 a planta continuou no estado de hibernação e foram transferidos mais 3 colaboradores para outras empresas do grupo, ficando 10 colaboradores na usina.

Baseada nos eventos descritos acima e de acordo com o disposto nos parágrafos 66 a 69 do CPC 14 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, aprovado pela Resolução CFC nº 1.180/09e o parágrafo 12.b do CPC 01- Redução ao valor recuperável de ativos aprovado pela Resolução CFC nº 1.110/07, a Companhia concluiu que, em razão dos ambientes econômico-financeiro e operacional não terem se alterado em relação aos exercícios anteriores

10.3 - Eventos com efeitos relevantes, ocorridos e esperados, nas demonstrações

financeiras

não há indicativo para revisão da provisão para redução do provável valor de realização de ativos, registrada no exercício findo em 31 de dezembro de 2007, sendo mantida provisão para cobertura integral do ativo imobilizado.

Os planos da controlada AES Uruguaiana para equacionamento de suas operações no atual cenário estarão focados nas seguintes principais ações:

• Negociações acerca do Contrato de Fornecimento de Gás com seu fornecedor a YPF, tendo em vista as

contínuas falhas no fornecimento de gás natural à UTE Uruguaiana; e

• Solucionado o suprimento de gás natural, a controlada AES Uruguaiana continuará envidando esforços para

buscar uma alternativa que viabilize a remuneração dos ativos da usina.

Em 26 de março de 2009, a controlada AES Uruguaiana apresentou requerimento de arbitragem perante a Câmara de Comercio Internacional (ICC), contra a Yacimientos Petrolíferos Fiscales (“YPF”), empresa argentina responsável pelo fornecimento de gás, pleiteando o pagamento de indenização relacionada ao término do contrato de exportação de gás firmado em setembro de 1998 entre YPF, a controlada AES Uruguaiana e a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (“Sulgás”).

Em 6 de abril de 2009, a YPF apresentou requerimento de arbitragem contra a controlada AES Uruguaiana e as empresas Sulgás e Transportadora de Gás Del Mercosur S.A. (TGM) perante a Câmara de Comercio Internacional (ICC) requerendo, dentre outros pedidos, o reconhecimento de que a Companhia e a empresa Sulgás repudiaram e, unilateralmente e ilegalmente, rescindiram o contrato de exportação de gás firmado em setembro de 1998, e de que seriam elas as responsáveis por todo e qualquer dano experimentado pelas partes por conta de tal término.

Em abril de 2011, os dois procedimentos arbitrais foram consolidados em procedimento único, tendo sido estabelecido um novo cronograma processual para o procedimento unificado. Em dezembro de 2011 foram realizadas as audiências para que fossem ouvidos os peritos e em janeiro de 2012 foram apresentadas as alegações finais de todas as partes.

10.4 - Mudanças significativas nas práticas contábeis - Ressalvas e ênfases no parecer do

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