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D OENÇAS O NCOLÓGICAS

No documento PLANO DE AÇÃO março de 2012 (páginas 50-55)

ACES/ ULS

III. Á REAS DE I NTERVENÇÃO EM S AÚDE

1. D OENÇAS DE E VOLUÇÃO P ROLONGADA

1.3 D OENÇAS O NCOLÓGICAS

1.3.1PROGRAMA DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA DA DOENÇA ONCOLÓGICA

A nível dos cuidados de saúde primários têm sido desenvolvidos programas e projetos de prevenção primária e de promoção da saúde, de uma forma transversal, sobre fatores de risco e fatores condicionantes da doença oncológica. Destacam-se os projetos de intervenção comunitária pão.come e sopa.come, prevenção do tabagismo, prevenção e controlo da obesidade, promoção da saúde em meio escolar, prevenção do cancro da pele, programa de vacinação contra o HPV, entre outros. Estes programas assentam no âmbito comunitário e intersectorial de intervenção em parceria com diversos organismos de outros ministérios e entidades da sociedade civil.

1.3.2PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DA MAMA

O cancro da mama em Portugal contabiliza cerca de 4 900 novos casos/ano (mais de 12 novos casos por dia, e mais de 3 na Região Centro) (Rastreio Oncológico Nacional 2005). Morrem no nosso país aproximadamente 1 400 mulheres por ano devido a esta doença (INE, 2007). A incidência aumenta ao longo da vida, com 75% dos casos a aparecerem depois dos 50 anos.

Desde 1990 que decorre na Região Centro o Programa de Rastreio de Cancro da Mama (RCM).

Para a eficiência e efetividade do rastreio, com elevados níveis de qualidade, é necessária a manutenção e desenvolvimento de uma forte articulação entre as entidades envolvidas neste processo (LPCC/ARSC-ACeS/ACSS).

Objetivos

 Reduzir a mortalidade por cancro da mama feminina na Região;

 Atingir uma cobertura superior a 65% da população rastreável;

 Incrementar o diagnóstico precoce de cancro da mama (estádios 0 e I);

 Garantir o tratamento atempado e de qualidade das situações detectadas;

 Submeter o programa às normas e procedimentos de controlo e garantia de qualidade.

Estratégias

 Realização do rastreio de cancro da mama, de base populacional, através de convite bienal às mulheres de 45-69 anos, inscritas nos ficheiros clínicos do SNS;

 Responsabilidade de coordenação e execução do Núcleo Regional Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC/LPCC), em estreita colaboração com a ARSC;

 Monitorização, controlo e garantia de qualidade do programa aos vários níveis: ACeS, LPCC (execução, leitura, aferição e coordenação), hospitais de referência.

Metas

 Taxa de cobertura geográfica do RCM nos ACeS da Região Centro de 100%;

 Taxa de participação da população elegível de 65%;

 Tempo médio entre mamografia de rastreio e aferição nos casos suspeitos de 21 dias;

 Tempo médio entre aferição positiva e 1ª consulta no hospital de referência de 28 dias;

 Aumentar a taxa de participação no rastreio em 1.as fases para 32%;

 Aumentar a taxa de detecção de lesões Estádio 0 e I para 75%;

 Aumentar a taxa de detecção de casos sem metastização ganglionar para 80%;

 Atingir taxas de Mortalidade por cancro da mama feminina de 18%000.

1.3.3PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO

Na Região Centro, os últimos dados publicados no Registo Oncológico Regional (ROR) apontam para uma incidência de cancro invasivo de 8,9 por 100 mil mulheres (2008).

Portugal continua a ser dos países europeus com uma das mortalidades mais elevadas por cancro do colo (3,2 por 100 mil, contra 2,6 por 100 mil na U.E.). A Região Centro apresenta mortalidade mais baixa que o país: em 2008 era de 2,4 por 100 mil.

Em 1990 e de acordo com o Plano Oncológico Nacional (PON), teve início o primeiro Programa de Rastreio na Região Centro.

Relativamente à incidência de cancro do colo, Portugal manteve na última década valores mais elevados que a média europeia (aproximadamente 15 por 100 mil contra 12 por 100 mil na Europa). Na Região Centro, tem havido consistência na redução do nº de casos, que

permitem à Região resultados melhores que os da média europeia (8,9 por 100 mil em 2008).

Objetivos

 Diminuir a mortalidade por cancro do colo do útero;

 Diminuir a incidência de cancro invasivo;

 Incrementar o diagnóstico precoce de cancro do colo do útero (estadio 0 e I) para valores superior a 90% dos casos no programa de rastreio organizado;

 Garantir uma taxa de participação da população-alvo superior a 57%;

 Submeter o programa às normas e procedimentos de controlo e garantia de qualidade.

Estratégias

 Informatização do programa de rastreio em todos os centros de saúde da Região;

 Autonomia metodológica dos ACeS, na prossecução das metas e objetivos do rastreio;

 Gestão técnica, científica e organizacional centralizada no grupo de trabalho da COR – ARSC com interlocutores nos ACeS;

 Monitorização e controlo de qualidade do programa, aos vários níveis: CSP, Laboratório, Unidades de Patologia Cervical (UPC).

Metas

 Unidades Funcionais que utilizam o sistema de informação do programa (66%);

 Laboratórios e UPC que utilizam o sistema de informação do programa (100%);

 Taxas de cobertura da população elegível (57%);

 Percentagem de citologias “insatisfatórias” (<1%);

 Taxas de referenciação às UPC (5%);

 Tempo médio entre recepção de citologia e disponibilização do resultado (30 dias);

 Tempo médio entre resultado de citologia e consulta na UPC - cancro (15 dias);

 Percentagem de cancros detectados no estadio 0 e I (>90%);

 Percentagem de cancros detectados no estadio III e IV (<6%);

 Taxa de detecção de Cancro do Colo do Útero invasivo (3%000);

1.3.4PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DO CÓLON E RECTO

O cancro do cólon e recto representa a primeira causa de mortalidade por doença oncológica, quer nos homens (superou o cancro da próstata), quer nas mulheres (ligeiramente superior ao cancro da mama), sendo o tumor que maior número de mortes causa (3 656 óbitos em Portugal em 2009). A mortalidade por esta causa aumentou na última década a uma taxa superior a 2% ao ano.

O grupo de trabalho do rastreio do cancro colo rectal da COR Centro introduziu o rastreio na Região em 2009, envolvendo os serviços de saúde pública e medicina familiar regionais, bem como serviços hospitalares da área de patologia clínica, gastrenterologia e anatomia patológica hospitalares.

Objetivos

 Diminuir a mortalidade por cancro do cólon e recto;

 Diminuir a incidência do cancro invasivo;

 Garantir diagnóstico e tratamento precoce das situações detectadas;

 Proceder ao controlo de qualidade e divulgação bienal de resultados;

 Alargar o programa de rastreio às unidades de saúde de 10 ACeS da região;

 Alargar progressivamente o programa de rastreio do CCR a toda a Região até final de 2013;

 Atingir a população dos grupos etários de 50 a 70 anos em 2012;

 Aumentar significativamente a taxa de diagnóstico do cancro colo-rectal nos estádios precoces da doença (estadiamento 0-I) na Região Centro.

Estratégia

Execução de rastreio de base populacional, centrado nos médicos de família/ centros de saúde, de acordo com os procedimentos metodológicos técnica e cientificamente aceites, possuindo uma relação custo-efetividade comportável, com um sistema de informação dedicado, universal, facilitador do desempenho dos intervenientes e que permita a monitorização do processo e avaliação de resultados.

Metas

 Disponibilizar um sistema de informação fiável de gestão do rastreio;

 Garantir o circuito integral do rastreio, desde o CS até aos serviços de cirurgia;

 Monitorizar os critérios de sucesso do programa;

 Alargar o rastreio a unidades de saúde selecionadas com critérios de excelência;

 Alargar a população alvo ao grupo etário dos 50 aos 70 anos em 2012.

1.3.5REDE DE REFERENCIAÇÃO ONCOLÓGICA REGIONAL

Colaborar com o Ministério da Saúde, através da Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas, na definição de uma rede de referenciação hospitalar para as doenças oncológicas, atendendo às especificidades geodemográficas, à capacidade instalada e à garantia de qualidade no tratamento dos cidadãos.

No documento PLANO DE AÇÃO março de 2012 (páginas 50-55)