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P ROMOÇÃO DA S AÚDE EM M EIO E SCOLAR

No documento PLANO DE AÇÃO março de 2012 (páginas 63-71)

ACES/ ULS

III. Á REAS DE I NTERVENÇÃO EM S AÚDE

3. I NTERVENÇÃO S OBRE OS D ETERMINANTES DE S AÚDE

3.2 P ROMOÇÃO DA S AÚDE EM M EIO E SCOLAR

A Organização Mundial da Saúde (OMS) no documento “Health for All” estabeleceu metas de saúde para os próximos anos, em que os estilos de vida saudáveis e a promoção da saúde têm uma abordagem privilegiada no ambiente escolar, e em que os serviços de saúde têm um importante papel na promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento, no que se refere à saúde das crianças e à escolarização.

Tal como o Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) refere, "o trabalho de saúde

escolar desenvolve-se prioritariamente na escola, em equipa, respeita sempre a relação pedagógica existente com os docentes, envolvendo a família e restante comunidade educativa”. Visa promover e proteger a saúde, bem-estar e sucesso educativo das crianças

e jovens escolarizados apoiando a inclusão escolar das crianças com NSE, promovendo um ambiente escolar seguro e saudável, reforçando os factores de proteção relacionados com os estilos de vida saudáveis e contribuindo para o desenvolvimento dos princípios das escolas promotoras da saúde.

Objetivo

 Melhorar as taxas de cobertura e a qualidade das intervenções realizadas nas atividades de saúde escolar, na comunidade educativa da Região Centro.

Estratégias/atividades a desenvolver

 Apoiar a implementação do PNSE em todos os ACeS da Região Centro;

 Promover uma articulação efetiva com os parceiros relevantes (sector educativo e outros);

 Promover uma articulação efetiva com outros programas/projetos dirigidos à população escolar;

 Apoiar no desenvolvimento, monitorização e avaliação de projetos regionais/locais no âmbito da saúde escolar, nomeadamente como o projeto “+ Contigo”;

 Avaliar no final de cada ano lectivo o cumprimento do PNSE;

 Formação dos profissionais de saúde que integram as equipas de saúde escolar nas áreas consideradas prioritárias.

Metas

Ano 2012

 ACeS a implementar o PNPSE 100%

 Escolas abrangidas por SE 90%

Alunos do pré-escolar abrangido por SE 85%

Alunos do 1º ciclo do EB abrangidos por SE 88%

Alunos do 2º ciclo abrangidos por SE 67%

Alunos do 3º ciclo abrangidos por SE 65%

Alunos do Secundário abrangidos por SE 55%

 Escolas avaliadas e introduzidas no formulário da DGS (segurança, higiene e saúde) 10%

Alunos do Jardim-de-infância abrangidos pelo PBSO 55%

 Alunos do 1º ciclo abrangidos pelo PBSO 70%

Alunos de 6 anos com EGS 73%

Alunos de 13 anos com EGS 57%

Alunos de 6 anos com PNV atualizado 95%

 Alunos de 13 anos com PNV atualizado 92%

3.3SAÚDE ORAL

O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO)assenta numa estratégia global de promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças orais, desenvolvendo-se ao longo do ciclo de vida e nos ambientes onde as crianças e jovens vivem e estudam.

A sua finalidade consiste em assegurar a prestação equitativa de cuidados de saúde oral, ao longo do ciclo de vida, com base em procedimentos simplificados e orientados para a satisfação de necessidades de saúde oral nas idades de maior vulnerabilidade, garantido um melhor acesso aos serviços e um alargamento progressivo das populações abrangidas.

Assim, a partir de 2009, e após reformulação médico-dentária, o programa passa a abranger, de acordo com o mesmo modelo contratual de utilização (cheque-dentista), três segmentos populacionais prioritários dos utentes do SNS:

 Crianças e jovens que frequentam escolas públicas e instituições privadas de solidariedade social – SOCJ;

 Mulheres grávidas – SOG;

 Pessoas idosas beneficiárias do Complemento Solidário – SOPI;

 Crianças com idade menor ou igual a 6 anos – SOSI.

A partir de 2010, ano lectivo 2009/2010, passaram a ter acesso a tratamento dentário as crianças de 8, 11 e 14 anos, com situações de cárie em dentes permanentes, que tiveram acesso ao programa através da saúde escolar, no ano anterior e que terminaram os respetivos planos de tratamento.

Deu-se, assim, lugar ao alargamento do programa a crianças e jovens de 8, 11 e 14 anos (Saúde Oral Crianças e Jovens Idades Intermédias – Circular Normativa da Direção-geral da Saúde nº 08/DSPP/DCVAE de 20/04/2010).

Mais recentemente através da Norma da DGS nº 002/2010 de 27 de outubro, o programa passou a abranger os doentes infectados pelo VIH/SIDA.

A OMS aponta, para 2020, metas para a saúde oral que exigem um reforço das ações de promoção da saúde e prevenção das doenças orais, e um maior envolvimento dos profissionais de saúde e de educação, dos serviços públicos e privados.

Assim, a intervenção de promoção da saúde oral, que se inicia durante a gravidez e se desenvolve ao longo da infância, em Saúde Infantil e Juvenil, consolida-se no jardim-de- infância e na escola, através da Saúde Escolar.

Também o Programa Envelhecimento Ativo da OMS recomenda a promoção da saúde oral neste grupo populacional, sendo que a ausência parcial ou total de dentes traz graves consequências a nível da saúde física e emocional, dificultando a comunicação interpessoal e promovendo o isolamento.

Os cuidados dentários, não satisfeitos no SNS, serão prestados através de contratualização.

Objetivo geral

 Implementar o PNPSO como programa prioritário em todos os ACeS e ULS da Região Centro.

Objetivos específicos

 Dotar os ACeS com material e equipamento médico-dentário;

 Promover estágios de higienistas orais nos ACeS e dotar estes serviços desconcentrados com, pelo menos, um higienista oral;

 Garantir o acesso das grávidas da Região Centro, utentes do SNS, aos cuidados médico-dentários;

 Garantir o acesso dos idosos beneficiários do Complemento Solidário da Região Centro, utentes do SNS, aos cuidados médico-dentários;

 Garantir o acesso das crianças e jovens das coortes definidas em circular normativa (CN) da DGS, da Região Centro, aos cuidados médico-dentários;

 Garantir o acesso dos doentes infectados pelo VIH/SIDA da Região Centro, aos cuidados médicos dentários.

Atividades a desenvolver

 Participar nas reuniões da DGS/Saúde Oral e reunir com os responsáveis dos ACeS/ULS;

 Articulação com outras entidades/instituições/profissionais;

 Articulação com outros programas/projetos;

 Fazer avaliação e monitorização do programa de saúde oral;

 Reuniões regulares com a DGS e ACeS/ULS, para implementação do processo de auditoria ao programa.

3.4SAÚDE OCUPACIONAL

A Saúde Ocupacional (SO) é uma área de intervenção multidisciplinar que tem como finalidades, segundo a OMS/OIT, a prevenção dos riscos profissionais e a vigilância e promoção da saúde dos trabalhadores. A qualidade de vida no trabalho, conducente à realização pessoal e profissional, tem de se inserir numa matriz de desenvolvimento que integra como pilar fundamental as adequadas condições de segurança e saúde nos locais de trabalho.

A Lei-quadro de segurança, higiene e saúde no trabalho (Decreto-Lei nº 441/91 de 14 de novembro) contém os princípios que visam promover a segurança, higiene e saúde no trabalho, consagrados nos artigos 59º e 64º da Constituição da República Portuguesa.

Os princípios normativos desse diploma e demais legislação complementar, exigem que se adaptem conceitos e se explicitem algumas das obrigações e inerentes responsabilidades dos empregadores e trabalhadores no âmbito da Administração Pública.

A ARSC, de acordo com a legislação em vigor (número 2 do artigo 221º da Lei nº 59/2008 de 11 de setembro), é responsável pela política de promoção e proteção da saúde dos seus trabalhadores, bem como pela organização das atividades de segurança, higiene e saúde do trabalho, que visem a prevenção de riscos profissionais e a promoção da saúde dos trabalhadores.

Nos estabelecimentos de saúde, face à existência de áreas de risco elevado e ao número de trabalhadores tanto dos ACeS como dos serviços centrais da ARSC, justifica-se, de acordo com a legislação vigente, a organização de serviços internos, próprios ou comuns a vários ACeS/serviços da sede da ARSC, independentemente do modelo organizacional – centralizado, descentralizado ou misto – que venha a ser considerado oportuno implementar.

Face à previsão nos normativos aplicáveis de que, por um lado, haja responsabilização da entidade empregadora pelo não cumprimento das normas legais sobre segurança, higiene e saúde no trabalho, e de que, por outro haja fiscalização do cumprimento dessas regras por parte da Inspeção-geral do Trabalho e da Direção-Geral da Saúde, no âmbito das respectivas atribuições, torna-se imperiosa e urgente o desencadear dos procedimentos tendentes à criação e organização dos serviços de segurança e saúde no trabalho da ARSC (SSSTARSC).

Estrategicamente, do ponto de vista organizacional, estes serviços deverão funcionar como uma assessoria técnica dos órgãos dirigentes.

As atividades deste programa englobam uma dupla vertente:

 Interna, de prestação de cuidados com o objetivo de proteção e promoção da saúde dos trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos da área de influência da ARSC, independentemente do vínculo e contrato laboral; bem como, de apoio técnico em conformidade às Unidades de Saúde Pública;

 Externa, de representação da Direção-Geral da Saúde no processo de licenciamento e auditoria de Serviços Externos de Segurança, e Saúde no Trabalho, de acordo com a legislação aplicável.

Objetivos gerais

 Proteção e promoção da saúde dos trabalhadores da área geográfica de influência da ARSC;

 Proteção e promoção da saúde dos trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos ARSC, independentemente do vínculo e contrato laboral.

Objetivos específicos

 Promoção da vigilância do funcionamento dos serviços de segurança e saúde no trabalho da área geográfica de influência da ARSC;

 Promoção do licenciamento de Serviços Externos de Segurança, e Saúde no Trabalho, bem como das auditorias em conformidade;

 Promoção da implementação de serviços de segurança e saúde no trabalho nos serviços centrais, nos ACeS e nas ULS da ARSC;

 Promoção da monitorização e vigilância dos riscos profissionais e das condições ambientais dos locais de trabalho;

 Promoção da vigilância da saúde dos trabalhadores;

 Prevenção da ocorrência de acidentes de trabalho e de doenças profissionais;

 Promoção da sensibilização, informação e formação sobre riscos profissionais e medidas preventivas face à saúde;

3.5SAÚDE AMBIENTAL

A prossecução do programa de gestão ambiental decorre da necessidade de ser garantida a sustentabilidade das atividades desenvolvidas, tendo como princípio a salvaguarda da saúde humana e da qualidade ambiental, bem como o cumprimento das imposições legais e obtenção de ganhos nas condições de sustentabilidade e funcionamento das unidades de prestação de cuidados de saúde no âmbito dos projetos de qualidade do ar, resíduos hospitalares, prevenção da doença dos legionários, e inventariação de materiais contendo amianto.

A atividade desenvolvida nas instalações é garantia da saúde das populações, indissociável da qualidade de vida e desenvolvimento das comunidades, potenciadora de impactes ambientais negativos, sendo necessária a adequação de metodologias para prevenção da poluição nos vários domínios das fontes de emissão.

A gestão sustentável de instalações e serviços constitui uma preocupação crescente de acordo com as guidelines internacionais para a melhoria contínua da prestação de cuidados de saúde, quer para a população quer para o ambiente, assegurando a qualidade e a eficiência do seu funcionamento.

A análise e avaliação das condições existentes constituem a implementação e desenvolvimento do programa, dando continuidade aos projetos anteriormente iniciados nas áreas fundamentais de aplicação, abrangendo unidades de prestação de cuidados de saúde da Região Centro.

Objetivos

 Dar cumprimento à legislação ambiental aplicável referente às fontes de emissão nos vários domínios, existentes nas instalações da ARSC, com particular incidência para a monitorização trienal das emissões gasosas com a monitorização de todas as fontes fixas de emissão, de acordo com o Decreto-Lei nº 78/2004 de 3 de abril, e redução das emissões de CO2, fomentando a eficiência energética;

 Renovação do parecer de validação da monitorização e cumprimento dos limites de emissão, e definição de periodicidade, da Comissão de Coordenação da Região Centro;

 Proceder à avaliação das condições de funcionamento e estabelecimento de critérios de ecoeficiência e sustentabilidade;

 Implementar novas estratégias de gestão como medida para a progressiva aproximação ao Plano Estratégico do Baixo Carbono;

 Efetivar a monitorização da qualidade do ar interior;

 Melhorar a eficácia das políticas de prevenção, controlo e redução de riscos para a saúde com origem em fatores ambientais, promovendo a integração do conhecimento e a inovação, contribuindo também, desta forma, para o desenvolvimento económico e social da Região e do País;

 Assegurar a implementação e avaliação dos projetos regionais na área da saúde ambiental em curso;

 Prosseguir a implementação da gestão de resíduos em todos os serviços dependentes da ARSC, bem como a formação e divulgação do Programa de Gestão de Resíduos na Administração Pública;

 Dar continuidade às sessões de trabalho descentralizadas, abrangendo várias entidades para além dos serviços operativos de Saúde Pública e serviços técnicos, (ambiente, trabalho, autarquias e serviços da área de educação e segurança social), para divulgação e prevenção de riscos, caraterísticas técnicas de materiais contendo amianto, e avaliação de procedimentos.

No documento PLANO DE AÇÃO março de 2012 (páginas 63-71)