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Das Áreas Especiais de Interesse Cultural, Histórico e

No documento Prefeitura Municipal de Guaíba (páginas 30-35)

Art. 102 - O município, no âmbito de suas competências, poderá instituir áreas especiais de interesse Cultural, Histórico e Arquitetônico, conforme a necessidade de cada área, que deverá ser regulamentada por lei específica, devendo observar acordos e condicionantes específicos, através de operações consorciadas.

Parágrafo único. Os bens tombados e seus respectivos entornos, constituirão AEICHA.

Art. 103 - São áreas especiais de interesse cultural, histórico e arquitetônico as porções do território municipal definidas em função do interesse social de preservação, manutenção e recuperação do patrimônio histórico, cultural e arquitetônico, que devam ser objeto de ações visando a:

I - necessidade de preservação do patrimônio cultural, histórico e arquitetônico em geral;

II - ao suprimento de equipamentos urbanos e comunitários; III - implantação e operação de equipamentos de grande porte.

Parágrafo único. As Áreas Especiais de Interesse Cultural, Histórico e Arquitetônico – AEICHA, constarão em lei específica, que obrigatoriamente determinará:

a) área do entorno com delimitação física através de mapa; b) histórico da edificação;

c) características arquitetônicas da construção; d) inventário das alterações e ampliações do imóvel; e) regime urbanístico incidente;

f) Incentivos; g) contrapartidas.

Art. 104 - O Município poderá promover a preservação dos prédios por ele considerados de valor histórico e cultural através de mecanismos tributários de redução ou isenção de alíquotas e pertinente tombamento.

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Art. 105 - O Município poderá promover o tombamento de imóveis de interesse histórico, cultural e arquitetônico, conforme as seguintes diretrizes:

I - criar um programa de incentivo à manutenção de fachadas dos edifícios de interesse histórico;

II - dar incentivos fiscais aos proprietários de bens imóveis tombados que estejam preservando seus imóveis;

III - estimular usos adequados, tanto pelo Poder Público quanto por particulares, dos imóveis de interesse histórico, de forma que uma parcela maior da população tenha acesso ao patrimônio histórico existente no município;

IV - desenvolver uma política de incentivo à preservação do patrimônio histórico como apoio à atividade de turismo.

§ 1° - O Município poderá dar incentivos fiscais aos proprietários que fizerem a manutenção do patrimônio histórico, como percentual de desconto do IPTU enquanto o imóvel estiver em boas condições, e ainda maior, se abrigar atividade onde a comunidade em geral tenha acesso, nos termos previstos no Código Tributário Municipal, sujeitos à avaliação e fiscalização do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural – COMPHAC, a ser instituído por lei específica.

§ 2° - Os exemplares listados no anexo 9, deverão ser objeto de lei específica no prazo máximo de 48 meses.

§ 3° - Novos exemplares poderão ser acrescidos ao anexo 9, devendo obrigatoriamente serem aprovados pela Secretaria responsável pelas políticas culturais, com parecer de seu respectivo Conselho.

§ 4° - Antes de qualquer ato de tombamento Federal, Estadual e Municipal, o exemplar deverá ser elencado junto a listagem do anexo 09 – Identificação de Exemplares com Valor Histórico-Cultural-Arquitetônico do Município, da presente lei.

Art. 106 - Cabe ao Poder Executivo Municipal, através da Secretaria Responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal e Secretaria responsável pelas políticas Culturais e seus respectivos conselhos, a delimitação dos bens tombados e dos listados como de interesse artístico, histórico, arquitetônico e cultural para fins de tombamento.

Art. 107 - Nos terrenos e glebas total ou parcialmente atingidos pela Zona de entorno de Patrimônio Cultural, Histórico e Arquitetônico, ou nos casos de prédios de interesse de preservação pelo patrimônio histórico-cultural, será permitida a transferência do potencial construtivo, conforme define os artigos 16 e seguintes da presente lei.

Matadouro São Geraldo

Art. 108 - O Matadouro São Geraldo é um espaço de interesse histórico arquitetônico para o Município de Guaíba.

§ 1° - Poderá ser criado uma área de eventos no Matadouro São Geraldo, dotando-a de área esportiva e de atividades culturais e gastronômicas;

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§ 3° - Não serão permitidas novas edificações que impeçam ou reduzam a visibilidade das edificações incluídas nesta Zona.

§ 4° - Será permitido a Prefeitura Municipal de Guaíba, firmar contrato com a iniciativa privada, através de operação urbana consorciada, visando a construção de um empreendimento, que leve em conta as características arquitetônicas originais da construção, restaurando-a, recuperando-a e reciclando seu interior afim de abrigar novos usos, que poderão ser:

a) cinema; b) teatro;

c) espaço para exposições artísticas; d) espaço externo para apresentações; e) centro comercial;

f) museu relacionado à história local, este sendo obrigatório, e devendo ser mantido pela Prefeitura Municipal após concluída a reforma.

g) Salas de Conferência;

h) Salas de pesquisas técnico-científicas.

§ 5° - O entorno do matadouro São Geraldo é o constante do anexo 08 – Mapa das Áreas Especiais de Interesse Específico, da presente lei.

Casa Gomes Jardim

Art. 109 - Visando a preservação do patrimônio histórico–arquitetônico, tombado pelo Poder Público Estadual, tanto o Cipreste Farroupilha quanto a Antiga Residência de José Gomes de Vasconcellos Jardim, deverão ter respeitado seu entorno e suas características morfológicas relevantes.

Art. 110 - O Cipreste Farroupilha, bem cultural-natural tombado pela Lei Estadual 12.150, de 21 de setembro de 2004, que declara o Cipreste Farroupilha como Patrimônio Cultural e Histórico do Estado, árvore do tipo exótica, constitui referência histórica para a cidade e para o estado, tendo sido tramada à sua sombra a tomada de Porto Alegre, em 19 de Setembro de 1835, que culminou na Revolução Farroupilha.

Art. 111 - A Residência de José Gomes de Vasconcellos Jardim, bem tombado pela Portaria do SEDAC 31/94, em 21 de Novembro de 1994, constitui referência histórica, arquitetônica e turística, uma vez que nela habitou a referida figura conhecida por seus feitos na Revolução Farroupilha.

Art. 112 - Quanto ao sítio em que estão inseridos os bens tombados, há desconfiguração irreversível, pela inserção de novas construções ao longo dos anos e implantação de infra-estrutura, minimizando a importância do entorno na manutenção dos bens, devendo estes serem tratados como exemplares únicos como se fossem esculturas no meio urbano, que suscitam a memória coletiva da comunidade guaibense, porém sem perder os critérios de ambiência no entorno tombado.

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Art. 113 - Considerando as afirmações dos artigos anteriores, fica definido que as edificações novas, dos lotes inseridos no interior da área demarcada como entorno do bem tombado, deverão obedecer as alturas previstas no mapa do anexo 8 – Áreas Especiais de Interesse Específico – Cipreste Farroupilha, de forma a garantir a visualização e característica de singularidade dos bens tombados.

Art. 114 - Os lotes inseridos no interior da área demarcada como entorno do bem tombado, deverão obedecer o regime urbanístico da área em que estão inseridos, conforme quadro de usos e regime urbanístico do entorno do bem tombado “Antiga Residência de José de Gomes Vasconcellos Jardim” constante do anexo 08, observando ainda o artigo anterior e a Portaria 004/05 – SEDAC e suas eventuais alterações.

Art. 115 - Os bens tombados: Cipreste Farroupilha e a antiga Residência de José Gomes de Vasconcellos Jardim, não podem ser demolidos, ampliados, desfigurados ou modificados sem prévia autorização da Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal e pela Secretaria responsável pelas políticas culturais e seus respectivos conselhos.

Parágrafo único. Para qualquer intervenção deverá ser apresentado projeto formal constituído dos desenhos, memorial descritivo e anotação de responsabilidade técnica - ART, acompanhado de laudo técnico, a ser elaborado por técnico devidamente habilitado.

Seção IV - Das Áreas Especiais de Interesse Paisagístico Ambiental - AEIPA Art. 116 - O Município promoverá a valorização, o planejamento e o controle do meio ambiente de acordo com as seguintes diretrizes:

I - considerar o meio ambiente como elemento fundamental do sistema do planejamento e desenvolvimento sustentável do Município, inclusive da área rural;

II - criar os instrumentos necessários ao exercício das funções de planejamento, controle e fiscalização de todas as atividades que tenham interferência no meio ambiente do Município;

III - mapear as áreas ambientais frágeis, de forma a especificar os usos adequados relativos ao solo, procurando preservar ou restabelecer a vegetação original;

IV - ampliar a oferta de áreas verdes públicas qualificadas implantando equipamentos de lazer, esportes e infra-estrutura e criar praças nos bairros carentes de área verde com mobiliário urbano adequado e tratamento paisagístico, garantindo o acesso de toda a população;

V - preservar as áreas ambientalmente frágeis ocupadas e recuperar as degradadas, especialmente as margens dos córregos urbanos;

VI - implantar o aterro sanitário, promovendo a disposição adequada dos resíduos sólidos;

VII - dar apoio a iniciativas particulares de coleta seletiva associada a programas de reciclagem de lixo;

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vegetação seja disposto irregularmente em terrenos vazios, sítios rurais, áreas verdes e logradouros públicos;

IX - incrementar a arborização viária com espécies adequadas.

Art. 117 - O município, no âmbito de suas competências, poderá instituir áreas especiais de interesse Paisagístico Ambiental, as porções do território municipal, definidos em função do interesse social de preservação, manutenção e recuperação do patrimônio paisagístico ou ambiental, conforme a necessidade de cada área, que deverá ser regulamentada por lei específica, devendo observar acordos e condicionantes, através de operações consorciadas.

Art. 118 - As Áreas Especiais de Interesse Paisagístico Ambiental são aquelas:

I - com vulnerabilidade a alagamentos, desmoronamentos ou outras condições adversas;

II - com necessidade de proteção aos mananciais, às margens fluviais e lacustres; III - com necessidade de defesa do ambiente natural;

IV - com necessidade de desenvolvimento de eco turismo;

V - declaradas de preservação de acordo com o Código Florestal (Lei Federal Número 4.771, de 15 de Setembro de 1965 e alterações posteriores), e Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente;

VI - em locais impróprios para ocupação do ponto de vista geotécnico, ou nas quais seja recomendada a recuperação das características naturais;

VII - em reservas e parques públicos com área superior a 10.000m²;

VIII - em áreas propícias para o implemento dos usos citados no inciso VII deste artigo;

Art 119 - Nas Áreas de Proteção a Mananciais, que são mais suscetíveis à erosão superficial quando sob processos de urbanização, as regras de ocupação deverão obedecer às seguintes diretrizes:

I - proibir a ocupação das várzeas;

II - exigir nos empreendimentos urbanos a reserva de espaços para futura construção de reservatórios de contenção;

III - transformar o Lago Guaíba, em torno do qual a cidade se desenvolveu, em ponto de interesse visual:

a) valorizando-o através da restrição de sua cobertura, permitindo somente muros de arrimo quando indispensável tecnicamente;

b) instituindo tratamento paisagístico nas suas margens;

c) remoção gradativa das construções residenciais sobre seu leito permitindo apenas obras de conservação e reforma e, nunca de ampliação das mesmas;

d) fiscalização que exija a adequação quando possível ou remoção das atividades com potencial poluidor existente na bacia;

e) recuperar a vegetação de suas margens através de programas instituídos pela municipalidade.

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