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Regime Urbanístico

No documento Prefeitura Municipal de Guaíba (páginas 41-50)

Art. 144 - Regime urbanístico é a maneira que a edificação ocupa o lote, em função das normas e parâmetros denominados instrumentos urbanísticos de controle, previstos no quadro do anexo 04.

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§ 1° - Para usos mistos, os valores dos instrumentos urbanísticos serão aplicados para o uso predominante.

§ 2° - Por uso predominante entende-se aquele que corresponda ao valor maior que 50% da área total da edificação no imóvel.

§ 3° - Nos casos em que houver sobreposição de regime urbanístico em um lote, deverá ser avaliado pela Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal a compatibilização dos usos previstos.

Art. 145 - Os elementos morfológicos fundamentais das edificações são:

I - base - volume de altura contado a partir da Referência de Nível (RN) até o corpo da edificação, com altura máxima equivalente a 2 pavimentos – de 6,00m (seis metros) a 8,00m (oito metros);

II - corpo - volume de altura e projeção variáveis, destinados a abrigar principalmente as unidades;

III - volume superior - volume variável acima do forro do último pavimento do corpo, destinado a abrigar áreas de equipamentos;

IV - Subsolo - volume de altura e projeção variáveis, situados abaixo da Referência de Nível do terreno.

Art. 146 - A cada zona corresponderá um regime urbanístico composto pelos seguintes instrumentos urbanísticos, constantes da tabela do anexo 4, com a especificação dos seguintes instrumentos:

I - Índice de Aproveitamento – I.A II - Taxa de Ocupação – T.O III - Altura das Edificações – H

IV - Recuo de Frente de Ajardinamento - R.A V - Afastamentos – Af

VI - Tamanho mínimo do lote – L.min VII - Testada mínima do lote – T.min VIII - Densidade - D

Art. 147 - O Índice de Aproveitamento (IA) é o instrumento urbanísitico que estabelece a relação entre as áreas máximas computáveis de construção permitidas e as áreas dos terrenos sobre os quais ascendem as contruções, definida pela fórmula:

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Art. 148 - A Taxa de Ocupação (TO) é a relação entre as projeções horizontais máximas de construção permitida das edificações e as áreas dos lotes sobre os quais ascendem as construções, definida pela fórmula:

Parágrafo único. A definição do IA e da TO deve ser coerente com as dimensões e áreas dos lotes e com as atividades a que se destinam, não podendo ser modificados isoladamente sem a consideração dos demais itens.

Art. 149 - A Altura da Edificação (H) é a máxima distância vertical permitida entre o ponto médio do meio-fio determinado como referência de nível – RN e o nível inferior do forro do último pavimento ocupado.

a) a Referência de Nível (RN) é definida em qualquer ponto do terreno natural; b) a distância vertical entre a RN e o Perfil Natural do Terreno (PNT) não poderá, em qualquer ponto do terreno, ser superior a 4,00m (quatro metros);

18%A

b

c) a altura máxima da edificação poderá ser acrescida em 2,00m (dois metros) para definição do ponto máximo do telhado ou platibanda;

d) a altura máxima da base poderá ser acrescida em 2,00m (dois metros) para definição do ponto máximo do telhado, muros ou platibanda.

I.A = Amc ÷ At

Onde:

Amc = Área máxima computável = m²; At = Área do terreno = m²;

I.A = Índice de Aproveitamento da zona em que está inserido o lote= adimensional;

100% x T.O = Amp ÷ At

Onde:

Amp = Área máxima de projeção = m²; At = Área do terreno = m²;

T.O = Taxa de ocupação da zona em que está inserido o lote=%;

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e) nas construções com fachadas de grande dimensões, as quais ascenderem sobre terrenos inclinados, cada trecho de 30,00m (trinta metros) deverá ser considerado como fachada independente, para efeito dos dispositivos relativos a alturas;

f) a Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal manterá a limitação de altura das edificações decorrentes de normas relativas aos serviços de tele-comunicações, aos serviços e instalação elétrica, a navegação aérea, casa de máquinas de elevadores, reservatórios e outros serviços gerais dos prédios, expedidas pelos órgãos ou entidades competentes, quanto à altura.

g) não serão computados no cálculo da altura da edificação os pavimentos superiores destinados a casas de máquinas de elevadores, reservatórios, chaminés e torres para antenas.

§ 1° - Nas edificações destinadas às atividades residenciais e de escritório, exceto residências unifamiliares isoladas, a altura do pé direito dos pavimentos será de, no mínimo, 2,60m.

§ 2° - No pavimento térreo das edificações, quando destinadas à atividades comerciais, a altura mínima do pé direito será de 3,00m (três metros) para construções com área de até 30,00m² (trinta metros quadrados); 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) para construções com área de até 80,00m² (oitenta metros quadrados) e 4,00m (quatro metros) para construções com área superior a 80,01m² (oitenta metros e e um centímetro).

Art. 150 - O Recuo de ajardinamento é a distância entre a divisa do lote voltada para logradouro publico e o limite externo da área a ser ocupada pela edificação, onde devem predominar os elementos naturais, sobre os de construção, com vistas a valorização da paisagem urbana, determinado no quadro de usos e regime urbanístico, anexo 04.

§ 1° - O recuo de ajardinamento deverá ter tratamento paisagístico.

§ 2° - Fica vedada a construção em áreas de recuo para ajardinamento, mesmo em subsolo, excetuados:

a) vedação nos alinhamentos em elementos construtivos onde predominam os cheios, até uma altura máxima de 80cm (oitenta centímetros) e acima disto, até uma altura máxima de 2,10m (dois metros e dez centímetros) desde que utilizados elementos construtivos onde predominam os vazios;

b) vedação nas divisas laterais em elementos construtivos onde predominam os cheios, até uma altura máxima 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e acima disto, até uma altura máxima de 2,10m (dois metros e dez centímetros) desde que utilizados elementos construtivos onde predominam os vazios;

c) cerca elétrica, a partir de uma altura mínima de 2,20m (dois metros e vinte centímetros), com colocação e inclinação (se necessário) voltada para o interior do lote, com

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emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART por profissional técnico devidamente habilitado;

d) escadarias ou rampas de acesso, quando necessárias pela conformação do terreno em aclive ou declive;

e) construções destinadas a garagens em terrenos em aclive ou declive, desde que sua cobertura seja constituída por terraço plano ou jardim;

f) pórticos e guaritas nas zonas industriais, escolas, hospitais e condomínios fechados com área máxima de 6,00m² (seis metros quadrados);

Art. 151 - Nos terrenos de esquina serão exigidos os recuos de frente em ambas as testadas.

Parágrafo único. Os terrenos de esquina, onde a testada menor for inferior a 15,00m (quinze metros), no lado maior será admitido redução do recuo de ajardinamento para 2,00m (dois metros).

Art. 152 - As vias constantes do anexo 7, são isentas de recuo de frente de ajardinamento.

Art. 153 - O valor ou local de ocorrência dos recuos para ajardinamento poderão ser alterados, a critério da Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal, mediante solicitação dos interessados, desde que mantida a equivalência de áreas livres com vistas a:

I - preservação de árvores de porte, no interior dos imóveis, em especial aquelas declaradas imunes ao corte, na forma do artigo 7º do Código Florestal instituído pela Lei Federal 4771, de 15 de setembro de 1965, e suas eventuais alterações, face sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-semente.

II - melhor adequação da obra arquitetônica ao sítio de implantação que tenha características excepcionais relativas ao relevo, forma e estrutura geológica do solo.

III - para valorização e manutenção dos prédios de interesse histórico-cultural.

Art. 154 - Nos Corredores de Comércio e Serviços e na Macrozona Industrial 2 – Aberta, os recuos de frente de ajardinamento serão estabelecidos da seguinte forma:

I - Nos Corredores de Comércio e Serviços, em função da altura da edificação a partir de uma linha com inclinação em ângulo de sessenta graus (60º) partindo do alinhamento predial, sendo considerado somente para os pavimentos localizados acima do térreo, e quando de esquina em ambas as testadas, conforme demonstra a figura abaixo:

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ESQUEMA GRÁFICO – RECUO FRENTE x ALTURA

II - Na Macrozona Industrial 2 - Aberta (MCZI 2 - Aberta) o recuo de frente será de, no mínimo, quatro metros (4,00m) e estabelecido em função da altura da edificação a partirde uma linha com inclinação em ângulo de sessenta graus (60º) a partir do alinhamento predial, conforme demonstra a figura abaixo:

ESQUEMA GRÁFICO – RECUO FRENTE x ALTURA

PERFIL 1

h

2

d

2

d

1

h

1 Alinhamento Predial

PERFIL 2

d

2

d

1

h

2

h

1

PERFIL 1

PERFIL 2

Alinhamento Predial

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III - Nos terrenos de esquina com frente para Corredores de Comércio e

Serviços e nos inseridos na Macrozona Industrial 2 – Aberta (MCZI 2 – Aberta) serão

exigidos os recuos de frente de ajardinamento conforme incisos I e II,

respectivamente, em ambas as testadas.

IV - Nas demais Zonas deverão ser obedecidos os recuos de frente definidos no Anexo 4.

Art. 155 - Nos Corredores de Comércio e Serviços, constantes do anexo 3, é dispensado a aplicação de recuo de frente de ajardinamento para o primeiro pavimento, devendo ser respeitado o recuo viário, conforme anexo 5.

Art. 156 - Qualquer construção nos terrenos de esquina situados nos Corredores de Comércio e Serviços – CCS, deverá ter espaço livre no pavimento térreo determinado pela projeção horizontal de um triângulo formado pela intersecção dos alinhamentos do terreno, cujos lados nunca poderão ser inferiores a 2,00m (dois metros).

§ 1° - Poderá ser inserido um pilar ou coluna, no espaço descrito anteriormente, desde que seja respeitada a distância mínima de 2,00m (dois metros) da face interna do elemento estrutural até o início da construção, conforme figura.

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distância de 15,00m (quinze metros), contados a partir da esquina pela rua transversal, devendo o restante da edificação respeitar o recuo de frente de ajardinamento da zona em que está inserido.

§ 3º - Deverá ser obedecido o recuo viário quando existente.

Art. 157 - Nos prédios que não atendam as normas desta lei, relativas ao recuo para ajardinamento, não serão permitidas obras de reforma ou ampliação na área correspondente ao recuo, ressalvados serviços de conserto ou manutenção.

Art. 158 - Afastamentos são as distâncias mínimas que as construções devem observar relativamente ao alinhamento com as demais divisas dos terrenos sobre os quais ascenderem.

I - o dimensionamento dos afastamentos laterais e de fundos, faz-se proporcionalmente a altura da construção projetada; conforme as fórmulas:

II - quando um só prédio for constituído de dois ou mais volumes, os afastamentos laterais e de fundos serão medidos em função da altura de cada volume, com relação ao trecho da divisa ou alinhamento que lhe corresponde.

III - no caso de mais de uma edificação no mesmo lote, o afastamento entre as edificações obedecerá a fórmula abaixo:

IV - as edificações destinadas a atividades residenciais/comerciais, comerciais ou industriais, até uma altura máxima de 6,00m (seis metros), terão afastamentos laterais e de fundos dispensados.

V - Os afastamentos laterais e de fundos são obrigatórios para o corpo da edificação, excetuando as edificações inseridas na Zona Central 1 – ZC 1, até uma altura

Afast = __H__ + 1,50m

10

Onde:

Afast = Afastamento total necessário = m; H = Altura da edificação = m;

Afast = __H__ + 3,00m

10

Onde:

Afast = Afastamento total necessário = m; H = Altura da edificação = m;

Afast = __H__ + 1,50m

10

Onde:

Afast = Afastamento total necessário = m; H = Altura da edificação = m;

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máxima de 12,00m (doze metros) desde que respeitadas as demais exigências de ventilação. Após esta altura é obrigatório o afastamento, devendo obedecer as fórmulas previstas nos incisos anteriores.

VI - Na Macrozona Industrial 2 – Aberta (MCZI 2 – Aberta), os afastamentos laterais e de fundos deverão obedecer as seguintes regras:

a) sendo as construções com altura superior a 6,00m as edificações deverão prever os recuos laterais e de fundo de no mínimo 2,00m e estabelecidos em função da altura da edificação a partir de uma linha com inclinação em ângulo de 70º (setenta graus) a partir do alinhamento predial, conforme demonstra a figura abaixo:

ESQUEMA GRÁFICO – RECUO LATERAL/FUNDOS x ALTURA

b) não haverá limite máximo de altura, para as edificações, devendo apenas ser observado as regras quanto aos recuos, a partir de 6,00 metros de altura.

Parágrafo único. Não será permitida a abertura de vão nas fachadas laterais quando as mesmas não forem recuadas em no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).

Art. 159 - Lote mínimo é o tamanho de lote mínimo para parcelamento em cada zona, conforme quadro do anexo 4, de acordo com as características e atividades da mesma.

Parágrafo único. Quando o Quadro de usos e Regime Urbanístico, anexo 04, apresentar dois valores de áreas, a menor medida refere-se as áreas dos lotes de meio de quadra, e as de maior medida, aos lotes de esquina.

PERFIL 1

h

2

d

2

d

1

h

1 Alinhamento Predial

PERFIL 2

70º

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Art. 160 - Testada mínima é o tamanho de testada mínima para parcelamento em cada zona, conforme quadro do anexo 4, de acordo com as características e atividades da mesma.

Parágrafo único. Quando o Quadro de usos e Regime Urbanístico, anexo 04, apresentar dois valores de testadas, a menor medida refere-se as testadas dos lotes de meio de quadra, e as de maior medida, aos lotes de esquina.

Art. 161 - Não será permitida a construção em lotes com área inferior à especificada na zona considerada, salvo em terrenos escriturados ou averbados no Registro de Imóveis.

Art. 162 - Densidade Indica a relação entre a população residente e a área de determinada gleba urbana, podendo ser de dois tipos:

I - Densidade Bruta - indica a relação entre a população total e toda a superfície da gleba (terrenos, praças, parques e ruas).

II - Densidade Líquida - indica a relação entre a população total e a superfície dos terrenos, sem as áreas públicas de uso comum.

Parágrafo único. Vários tipos de densidades podem ser obtidos em uma área urbana, tais como densidade de domicílios, de estabelecimentos comerciais e outros.

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