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Dos Loteamentos

No documento Prefeitura Municipal de Guaíba (páginas 59-68)

Art. 201 - Loteamento é a subdivisão de área em lotes destinados a edificação de qualquer natureza, com a abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação.

Parágrafo único. Não caracteriza loteamento a execução de vias públicas de circulação compreendendo abertura, prolongamento, modificação ou ampliação efetivada

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pelo Município, de acordo com planos de prioridades, com vistas a dar continuidade à malha viária.

Art. 202 - Qualquer gleba objeto de parcelamento para fins urbanos deve ter acesso por via oficial de circulação.

Art. 203 - Todo o parcelamento do solo deverá ser justificado na sua necessidade, e submetido ao parecer dos órgãos técnicos competentes, ficando a critério do Poder Executivo Municipal a sua aprovação, em consonância com a presente lei, bem como respeitada a legislação Federal e Estadual.

Art. 204 - Os arruamentos, loteamentos, aberturas de vias e logradouros, assim como, escavações ou aterros, na zona urbana e rural, ficam sujeitas às diretrizes estabelecidas nesta lei, e condicionados à aprovação do Poder Executivo Municipal no que se refere às vias de comunicação, sistema de águas pluviais e domiciliares, esgotos sanitários, iluminação, arborização, áreas de recreação e proteção ambiental, arqueológico paisagística e monumental.

Art. 205 - No parcelamento do solo, sob a forma de loteamento, é obrigatória a implantação de equipamentos para o abastecimento de água potável, energia elétrica e iluminação pública, esgotamento pluvial e esgotamento sanitário, bem como pavimentação e tratamento paisagístico dos logradouros públicos e das áreas de recreação, de acordo com as especificações técnicas estabelecidas pelos órgãos competentes.

§ 1° - A implantação da infra-estrutura poderá ser feita por etapas, de acordo com cronograma de execução aprovado e registrado nos prazos estabelecidos na legislação pertinente.

§ 2° - Cada etapa deverá compreender a realização de todas as obras previstas no respectivo projeto aprovado.

§ 3° - Será exigido sistema de tratamento de esgoto cloacal coletivo para todos os novos loteamentos e, no caso de haver estação de tratamento de esgoto pública com capacidade de atender a demanda do loteamento, a ETE do loteamento poderá ser substituída pela implantação, à custa do loteador, de ramal devidamente dimensionado para transporte do esgoto até a ETE pública, desde que devidamente autorizado e aprovado pelo órgão responsável pela concessão do esgoto sanitário.

§ 4° - As vias deverão ser calçadas ou pavimentadas pelo proprietário do loteamento, em conformidade com o artigo 185 da presente lei, não sendo permitido calçamento com pedra irregular, exceto nas Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS.

§ 5° - Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias, dutos e transmissão elétrica, será obrigatória a reserva de uma “faixa não edificável” em ambos os lados, cuja largura será indicada pelos órgãos competentes e em conformidade com os artigos 191 e 192 da presente lei.

Art. 206 - Não serão permitidos bloqueio, obstrução ou eliminação de talvegue, valas, cursos d’água ou canalizações pluviais já existentes, salvo se o interessado apresentar projeto de alteração do sistema existente e, este for aprovado pela Prefeitura. As

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obras decorrentes de projeto acima mencionado serão custeadas pelo interessado e incorporados à Rede Pluvial Pública.

§ 1° - No caso de haver necessidade de utilização do sistema de esgoto pluvial público para despejo de águas pluviais do Loteamento, o Poder Público solicitará as intervenções necessárias no sistema a fim de viabilizar a implantação do Loteamento.

§ 2° - As custas decorrentes dos estudos e das obras necessárias para as intervenções descritas no paragrafo anterior, ocorrerão por conta do Empreendedor, do Poder Público ou ainda por parceria de ambos, a ser regulamentada por legislação especifica com parecer das Secretarias envolvidas e do Conselho do Plano Diretor.

Art. 207 - Todos os esgotos deverão ser tratados previamente quando lançados no meio ambiente.

Parágrafo único. Todos os prédios situados em logradouros que disponham de redes coletoras de esgotos sanitários deverão ser obrigatoriamente ligados a elas, às expensas dos proprietários, excetuando-se da obrigatoriedade prevista no “caput” apenas as situações de impossibilidade técnica, que deverão ser justificadas perante os órgãos competentes.

Art. 208 - A utilização da rede de esgotos pluviais para o transporte e afastamento de esgotos sanitários somente será permitida mediante licenciamento pelo órgão ambiental e cumpridas as seguintes exigências:

I - será obrigatório o tratamento prévio ao lançamento dos esgotos na rede;

II - o processo de tratamento deverá ser dimensionado, implantado, operado e conservado conforme critérios e normas estabelecidas pelos órgãos municipais e estaduais competentes ou, na inexistência destes, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

III - qualquer que seja o processo de tratamento adotado, deverão ser previamente definidos todos os critérios e procedimentos necessários ao seu correto funcionamento, em especial: localização, responsabilidade pelo projeto, operação, controle e definição do destino final dos resíduos sólidos gerados no processo;

IV - as bocas de lobo e outras singularidades da rede condutora da mistura de esgotos deverão possuir dispositivos que minimizem o contato direto da população com o líquido transportado.

Art. 209 - Lei municipal, na forma definida pelo Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal ou pelas diretrizes gerais de ocupação do território, poderá simplificar os requisitos urbanísticos previstos nos artigos 120 e seguintes desta lei para parcelamentos de interesse social ou regularização fundiária, com iniciativa do poder público ou parcerias.

Parágrafo único. O Conselho do Plano Diretor determinará o prazo em que o poder público e ou os beneficiados terão que executar a infra-estrutura.

Dos Espaços Reservados

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ser transferida ao patrimônio público Municipal, num total mínimo de 35% (trinta e cinco por cento), da seguinte forma:

I - 10% (dez por cento), no mínimo, para espaços livres de uso público recreacional;

II - 5% (cinco por cento), no mínimo, para uso institucional, destinada a equipamentos comunitários, exceto para os loteamentos industriais;

III - o restante para o sistema viário, atendendo às diretrizes expedidas pela Prefeitura Municipal de Guaíba;

§ 1º - Os espaços livres de uso público e os terrenos destinados a equipamentos comunitários devem ter frente para via oficial de circulação em extensão compatível com sua dimensão e condições topográficas que garantam pleno acesso aos mesmos.

§ 2º - As exigências quanto à conformação dos espaços livres de uso público e dos terrenos destinados a equipamentos comunitários e dimensões de suas respectivas testadas serão estabelecidos pela Prefeitura Municipal de Guaíba quando da emissão das diretrizes para o parcelamento.

§ 3° - É vedada a localização de áreas verdes e uso institucional na divisa da gleba, exceto em caso de existência de logradouro público, área pública, área de preservação ou áreas especiais de interesse específico em suas adjacências.

Art. 211 - Estas áreas, bem como as das vias de comunicão, passarão ao Poder Executivo Municipal, mediante escritura pública de doação e averbação no Registro de Imóveis, sem ônus para a Prefeitura Municipal.

Art. 212 - Os espaços livres de uso público deverão atender os seguintes critérios:

I - a área total a ser doada para espaços livres de uso público, poderá ser subdividida no máximo em 3 partes, sendo que, cada parte não poderá ter área inferior a 500,00m² (quinhentos metros quadrados) e equivalência a no mínimo 2,5% (dois e meio por cento) da área total a ser loteada;

II - Rua por no mínimo 2 lados;

III - inclinação máxima de 20% (vinte por cento);

IV - configuração que permita a implantação de equipamentos urbanos;

V - do total destinado a espaços livres de uso público, 40% (quarenta por cento) deverá apresentar área verde, e o restante dos 60% (sessenta por cento), deverá ser destinado à área útil Equipada, devendo constar a demarcação e áreas de ambas, nos projetos urbanístico e paisagístico.

VI - dois equipamentos urbanos;

VII - os espaços livres de uso público, deverão ser distribuídos de forma que todos os lotes estejam a um raio de no máximo 600,00m (seiscentos metros) de pelo menos um dos espaços;

VIII - as exigências dos incisos de número I ao VII, deverão ser contempladas por projeto paisagístico a ser elaborado pelo loteador, e aprovado pela secretaria responsável pelo meio ambiente.

Parágrafo único. No caput deste artigo entende-se por equipamentos urbanos como sendo o seguinte: playground, quadra poli – esportiva, campo de futebol, pista de

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skate, quiosque, banheiro público e calçamento dos passeios públicos com largura mínima de 1,60m (um metros e sessenta centímetros).

Art. 213 - Deverá ser apresentado e executado pelo loteador Projeto Paisagístico para as vias, passeios e canteiros, áreas verdes e parques existentes no projeto de loteamento, devendo obedecer os gabaritos previstos no anexo 17.

§ 1º - A arborização das vias e canteiros, áreas verdes e parques será feita de acordo com as especificações emitidas pela Secretaria responsável pelo Meio Ambiente, que determinará as características das vegetações a serem implantadas, através de certidão de diretrizes, tendo como exigência mínima:

I - altura da copa; II - largura do tronco; III - tipologia das folhas; IV - tipologia das raízes. V - espaçamento;

VI - altura mínima de plantio das mudas;

§ 2º - O projeto paisagístico deverá ser aprovado e fiscalizado durante sua execução pela Secretaria responsável pelo Meio Ambiente.

§ 3º - A aprovação do projeto de loteamento ficará vinculada à aprovação do projeto paisagístico, bem como todos os demais projetos complementares.

Dos Quarteirões Residenciais

Art. 214 - O comprimento dos quarteirões residenciais não poderá ser superior a 300,00m (trezentos metros).

Art. 215 - Os quarteirões com mais de 240m (duzentos e quarenta metros) de comprimento deverão ter passagem para pedestres no seu terço médio, ao máximo, com calçamento e obstrução para veículos, conforme inciso VII do artigo 179 da presente lei, devendo os lotes lindeiros estar em conformidade com o artigo 220 da presente lei.

Art. 216 - A largura máxima admitida para os quarteirões normais residenciais será de 100,00 m (cem metros).

Art. 217 - Os alinhamentos deverão ser fixados por meio de marcos de pedra, concreto, ou madeira.

Dos Lotes

Art. 218 - Na zona urbana, os lotes resultantes tanto de loteamento como de desmembramento deverão observar as dimensões mínimas definidas para cada zona de uso e apresentadas no quadro do anexo 4.

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Parágrafo único. É exceção a norma deste artigo os lotes registrados até a promulgação desta lei.

Art. 220 - Os lotes lindeiros a passagens de pedestres deverão obedecer os seguintes critérios:

§ 1º - Nestas passagens os recuos laterais das construções terão no mínimo 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros);

§ 2º - Não poderá haver frente de lotes voltados para as mesmas.

§ 3º - A testada mínima admitida para lotes lindeiros às passagens de pedestre deverá ser de no mínimo 12,00m (doze metros).

§ 4º - A vedação lateral dos lotes lindeiros as passagens de pedestre, deverão ser executadas em elementos construtivos onde predominam os cheios, até uma altura máxima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) e, acima disto, até uma altura máxima de 2,10m (dois metros e dez centímetros) desde que utilizados elementos construtivos onde predominam os vazios.

Dos Loteamentos para fins Industriais nas MCZI 2

Art. 221 - Os loteamentos para fins industriais obedecerão ao que dispõe esta lei de forma geral com exceção das peculiaridades quanto a dimensão mínima dos lotes e sua relação entre testada e profundidade, e quanto à largura máxima dos quarteirões que deverão obedecer ao disposto neste capítulo.

Art. 222 - Os loteamentos para fins industriais terão como dimensões mínimas de seus lotes uma testada de 25,00m (vinte e cinco metros) e uma área de 1500 m² (Um mil e quinhentos metros quadrados), conforme quadro do anexo 04 – Quadro de Usos e Regime Urbanístico.

Art. 223 - A relação entre a testada e a profundidade não poderá ser superior a 1/3 (um terço).

Art. 224 - Dimensão máxima de quadra admitida é de 500,00m (quinhentos metros), não sendo obrigatória a execução de passagem de pedestre conforme artigo 215.

Art. 225 - A projeção do arruamento dos loteamentos industriais deverá obedecer as vias projetadas conforme anexo 5 – Mapa do Sistema Viário.

Parágrafo único. Na Macrozona Industrial 2 (MCZI 2) não será permitida a execução de vias locais, sendo que o mínimo gabarito permitido nessa macrozona é o VC2 de 18,00m (dezoito metros).

Do Loteamento Ecológico

Art. 226 - Para implantação de Loteamento ecológico, além da presente Lei, deverá ser observado o Código Florestal, Lei Federal n.º 6. 766, Lei Estadual n.º 10.116, e suas eventuais alterações atinentes à matéria e os critérios abaixo:

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I - sejam atendidas todas as exigências das Leis de preservação, ocupação e uso do solo urbano;

II - as construções deverão obedecer ao Regime Urbanístico do Quadro do Anexo 4 Quadro de Usos e Regime Urbanístico.

III - no máximo 30% (trinta por cento) do terreno poderá ser utilizado como jardim e quintal. No mínimo 50% (cinqüenta por cento) da área do terreno deverá ter cobertura vegetal em espécie nativa nobre que, se não existentes, deverão ser implantadas;

IV - o recuo mínimo de fundo será de 5,00 metros (cinco metros);

V - o recuo mínimo lateral será de 1,50 metros (Um metro e cinqüenta centímetros);

VI - as vias de circulação terão gabarito mínimo de 16,00 metros (dezesseis metros), sendo 8,50 metros (oito metros e cinqüenta centímetros) de pista e dois passeios públicos com 3,75 metros (três metros e setenta e cinco centímetros) em cada lado. Deverão seguir as curvas de nível, preferencialmente e desviarem-se de árvores a serem preservadas.

VII - o passeios deverão ter no mínimo 1,00 metro (um metro) de largura em pavimentação, ficando o restante em gramíneas e árvores nativas que deverão ser preservadas ou implantadas no mínimo duas em cada testada do lote;

VIII - a pavimentação admitida para as vias ser em pedra paralelepípedo ou bloco de concreto intertravados, para possibilitar a infiltração de águas pluviais;

Art. 227 - Para a aprovação dos projetos de construção, o interessado deverá anexar, além da documentação normalmente exigida, um laudo técnico elaborado por engenheiro florestal, agrônomo ou biólogo que ateste a existência ou a necessidade de implantação das espécies nativas nos 50% (cinqüenta por cento) mínimos do lote.

Art. 228 - Os projetos somente serão aprovados após a verificação in loco por profissionais da Secretaria Municipal responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal e Secretaria Municipal responsável pelas Políticas Ambientais.

Art. 229 - O projeto de loteamento deverá ser aprovado, além da Secretaria Municipal responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal, pela Metroplan, Fepam, Ibama, CEEE, Corsan, e seus conselhos afins.

Art. 230 - Os lotes do antigo Loteamento da Cia. Predial e Agrícola, já registrado e individualizado, ficam sujeitas às limitações constar em suas respectivas matrículas.

Art. 231 - As áreas, terrenos e construções que se adequarem a esta Lei poderão ter como benefício fiscal e incentivo à preservação do Meio ambiente, um desconto de 50 % (cinqüenta por cento) no valor do seu respectivo IPTU, respeitando o Código Tributário Municipal Vigente.

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Art. 232 - Todo e qualquer projeto de loteamento para sua aprovação, deverá seguir a tramitação indicada na listagem do anexo 16, que deverá ser entregue ao requerente juntamente com a certidão de diretrizes.

Das Cauções

Art. 233 - A execução das obras de urbanização referidas nos incisos de I a VIII, do artigo 236 da presente lei, será objeto de garantia por parte do loteador, segundo as seguintes modalidades:

I - Garantia Hipotecária; II - Caução em dinheiro; III - Fiança Bancária; IV - Seguro Garantia;

§ 1° - O valor deverá ser equivalente ao custo total orçado das obras, aceito pelo órgão municipal competente, com parecer do técnico responsável pela aprovação do projeto do empreendimento, salvo na garantia hipotecária, que deverá ser no mínimo, equivalente a 30% (trinta por cento) das áreas dos lotes.

§ 2° - A garantia da execução das obras, será calculada de acordo com o orçamento de cada projeto que compõem a infra-estrutura total exigida do empreendimento, de forma independente e com o registro dos lotes, dados em garantia para cada item, no Termo de Compromisso, devidamente firmado no Tabelionato. A garantia poderá ser liberada por etapas conforme descrito no Termo de Compromisso, mediante a entrega da conclusão de cada item, desde que não desconfigure a efetiva garantia para a execução do restante das obras.

§ 3º - Cumpridas as obrigações de cada item, e emitidos os Termos de Recebimento Definitivo pelos técnicos responsáveis pela fiscalização das obras do empreendimento, o loteador estará apto para receber a liberação da hipoteca dos lotes dados em garantia.

§ 4° - O loteador perderá a caução, em favor de Prefeitura, a título da penalidade pelo não cumprimento de qualquer obrigação prevista na presente lei.

§ 5° - Fica dispensada a prestação da garantia na implantação de loteamentos executados pelo Município.

Da Execução

Art. 234 - A execução total das obras e serviços relativos a projetos , deverá ser concluída às custas do proprietário, dentro de um prazo proporcional à área do loteamento e que não ultrapasse 3 (três) anos.

Parágrafo único. O prazo estipulado no artigo anterior poderá excepcionalmente ser prorrogado por um ano a critério do órgão técnico competente, devendo ser efetuado o pagamento de novos emolumentos.

Art. 235 - É permitida a execução parcial do loteamento, sendo liberados para o licenciamento de edificações, os quarteirões com os serviços urbanos devidamente executados.

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Art. 236 - São de responsabilidade do loteador, o projeto, a execução e o custeio de:

I - demarcação das vias, dos terrenos a serem transferidos ao domínio do Município, dos lotes e das áreas não edificáveis;

II - abertura das vias de circulação e respectiva terraplenagem;

III - implantação da rede de captação de águas pluviais e suas conexões com o sistema público existente junto ao terreno a parcelar;

IV - implantação de rede de distribuição de energia elétrica e de iluminação pública e suas conexões com a rede de energia existente junto ao imóvel a parcelar;

V - pavimentação do leito carroçável das vias; VI - implantação da rede de abastecimento de água;

VII - tratamento paisagístico das vias e áreas de recreação conforme projeto aprovado pelos órgãos competentes;

VIII - a colocação de placas com a denominação das vias que passarão ao Município, de acordo com as especificações técnicas fornecidas pela Prefeitura Municipal de Guaíba;

IX - Implantação de rede de hidrante para combate a incêndios em conformidade com a Lei 720, de 14 de maio de 1985 e suas eventuais alterações;

X - implantação da rede de esgoto cloacal;

XI - implantação da ETE (estação de tratamento de esgoto) ou ramal até uma ETE pública conforme projeto aprovado por órgão competente.

Da Fiscalização e Penalidade do Loteamento

Art. 237 - Verificada infração de qualquer dispositivo desta lei, expedirá a Prefeitura uma intimação ao proprietário, e ao responsável técnico pela execução (arquiteto ou engenheiro), no sentido de ser corrigida a falha verificada, dentro do prazo que for concedido, o qual não poderá exceder a 20 (vinte) dias corridos, contados da data da emissão da intimação.

§ 1° - A verificação da infração, poderá ser feita a qualquer tempo, mesmo após o término das obras.

§ 2° - No caso do não cumprimento das exigências constantes da intimação dentro do prazo cedido, será lavrado o competente auto de infração e de embargo das obras, se estiverem em andamento, e aplicação de multa, em ambos os casos.

§ 3° - Lavrado o auto de embargo, fica proibida a continuação dos trabalhos, podendo ser solicitado, se necessário, o auxílio das autoridades judiciais e policiais do Estado.

Art. 238 - Da penalidade do embargo ou multa , poderá o interessado recorrer, sem efeito suspensivo, à Prefeitura, dentro do prazo de 15 (quinze) dias decorridos, contados da data do recebimento da notificação, desde que prove haver depositado a multa.

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Art. 239 - Pelas infrações das disposições da presente lei, sem prejuízo de outras providências cabíveis, serão aplicados ao proprietário, as multas conforme anexo 14 – Aplicação de Multas.

Art. 240 - Na reincidência, as multas serão aplicadas em triplo.

Art. 241 - O pagamento da multa não exime o infrator do cumprimento do dispositivo legal vinculado, e nem do ressarcimento de danos eventualmente causados.

Das Disposições Gerais do Loteamento

Art. 242 - Nenhuma construção, reconstrução ou aumento, reforma ou demolição, poderá ser iniciada em qualquer loteamento, sem prévia licença da Prefeitura Municipal.

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