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Prefeitura Municipal de Guaíba

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

“O povo Construindo Cidadania” ADMINISTRAÇÃO 2005/2008

LEI MUNICIPAL 2.146, de 11 de outubro de 2006.

Com as alterações feitas pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008.

PLANO DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO MUNICIPAL

Define os objetivos da política de desenvolvimento urbano, rural, social, ambiental, econômico, histórico, cultural e industrial, e institui o PLANO DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO do Município de Guaíba, e dá outras providências.

MANOEL STRINGHINI, Prefeito Municipal de Guaíba, Estado do Rio Grande do Sul.

FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições legais que me confere a Lei Orgânica do Município, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E PRELIMINARES

Art. 1º - O Plano Diretor é o instrumento global e estratégico de implementação da política municipal de desenvolvimento econômico, social, urbano e ambiental do Município de Guaíba, integra o processo de planejamento e gestão municipal, sendo vinculado para todos os agentes públicos e privados, tendo por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções urbanas, econômicas, sociais e ambientais da cidade e da propriedade.

Parágrafo único. O processo de planejamento municipal deverá considerar também os planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.

Art. 2º - As disposições desta lei deverão ser observadas obrigatoriamente quando houver:

I - concessão de alvarás de construção, reforma e ampliação;

II - concessão de alvarás de localização e funcionamento de atividades urbanas e rurais;

III - execução de planos, programas, projetos, obras e serviços referentes a edificações de qualquer natureza;

IV - urbanização do solo; V - parcelamento do solo;

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II - Mapa de Zoneamento e Ocupação do Uso do Solo – Anexo 02; III - Mapa de Corredores de Comércio e Serviços – Anexo 03; IV - Quadro de Usos e Regime Urbanístico – Anexo 04; V - Mapa do Sistema Viário – Anexo 05;

VI - Gabarito do Sistema Viário – Anexo 06;

VII - Planilha dos logradouros com isenção de recuo – Anexo 07; VIII - Mapa das Áreas Especiais de Interesse Específico – Anexo 08;

IX - Planilha de Exemplares com valor Cultural, Histórico e Arquitetônico – Anexo 09;

X - Planilha de padrões para garagens – Anexo 10;

XI - Enquadramento das Atividades Econômicas no Uso do Solo – Anexo 11; XII - Listagem das atividades sujeitas a Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV – Anexo 12;

XIII - Classificação e Afastamentos para depósitos e postos de revenda de GLP – Anexo 13;

XIV - Multas Aplicáveis – Anexo 14;

XV - Mapa do Perímetro Urbano e Levantamento Aerofotogramétrico – Anexo 15; XVI - Planilha de documentos para aprovação de loteamentos – Anexo 16;

XVII - Gabarito de passeios e arborização – Anexo 17.

XVIII – Quadro do regramento de Condomínios – Anexo 18. (Acrescentado pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008)

CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO Art. 4º - Constituem objetivos da política de desenvolvimento urbano:

I - reordenar o uso e ocupação do solo, compatibilizando o desenvolvimento urbano com os recursos ambientais e os equipamentos urbanos e promover a racionalização da distribuição de infra-estrutura, serviços e equipamentos públicos, através das seguintes ações:

a) criação dos centros de bairro, descentralizando a economia;

b) hierarquização e compatibilização dos usos, com incentivo a diversidade; c) promover a implementação e preservação das áreas de recreação, incentivando a criação dos espaços verdes;

d) definição de áreas com interesse especial (Áreas Especiais com Interesse Arquitetônico, Urbanístico, Paisagístico-Ambiental e Social), visando o desenvolvimento urbano – ambiental – social – industrial, através de pontos de atratividade, com o incentivo a implantação de equipamentos de turismo, eventos, negócios, indústria e cultura, garantindo o desenvolvimento do município enquanto pólo regional de comércio, serviços, turismo e produção industrial;

e) articulação viária – projeção de novas vias, acessos e alargamentos;

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g) distribuição de usos e intensidades de ocupação do solo de forma equilibrada em relação à infra-estrutura disponível, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar ociosidade e sobrecarga dos investimentos coletivos;

h) intensificação da ocupação do solo condicionada à ampliação da capacidade de infra-estrutura;

1. regular a verticalização e a ocupação intensiva dos lotes de acordo com os padrões de densidade compatíveis com a oferta de transporte público, serviços de infra-estrutura e a capacidade do sistema viário da cidade consolidada;

2. permitir maior adensamento, estimulando a ocupação dos vazios urbanos e serviços de infra-estrutura nas zonas contíguas e internas à cidade consolidada;

i) ordenação da ocupação, parcelamento e uso do solo, impedindo a ampliação dos vazios urbanos e revertendo os existentes mediante a indução da ocupação compatível com a função social da propriedade urbana, incentivando a ocupação das áreas dotadas de infra-estrutura e reforçando a identidade da paisagem urbana;

II - proporcionar a ordenação do território, visando o desenvolvimento compatibilizado com a preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural, através das seguintes ações:

a) estímulo à preservação e valorização do Patrimônio Arquitetônico e/ou Histórico do Município;

b) projeto único para o Lago Guaíba, com tratamento global para a margem, respeitando as diversidades da cidade consolidada e potencializando a vocação turística da paisagem;

c) preservação e recuperação do Patrimônio Ambiental Natural identificado por lei, com estímulo a manutenção dos recursos hídricos naturais;

d) adequação das condições de ocupação do sítio às características do meio físico, para impedir a deterioração e degeneração de áreas do Município;

e) melhoria da paisagem urbana, preservação dos recursos naturais e, em especial, dos mananciais de abastecimento de água do Município;

f) recuperação de áreas degradadas ou deterioradas visando à melhoria do meio ambiente e das condições de habitabilidade.

III - garantir o bem estar e a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes; IV - promover a realização da função social da propriedade, especialmente através da regularização fundiária, da urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda, da regulamentação do parcelamento, uso e ocupação do solo de modo a ampliar a oferta de habitação para a população de baixa renda;

V - estimular operações consorciadas para minimizar os efeitos da falta de recursos públicos, permitindo a articulação estratégica dos atores sociais públicos e privados;

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VII - valorização do meio rural, com integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, sem a descaracterização deste meio;

VIII - elaboração de um Plano dinâmico e flexível, que efetive as estratégias de desenvolvimento urbano de forma democrática e participativa;

IX - garantir a gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano, principalmente aqueles que trazem riscos ou alterem o ambiente natural ou espaços e edificações públicos;

X - fortalecer a identidade do Município, sua cultura, história, paisagem, inclusive como meio de aumentar a atratividade turística.

Art. 5º - Para a obtenção dos objetivos gerais, serão adotadas as seguintes diretrizes:

I - implementar e modernizar o sistema de informações geo-referenciadas - SIG, garantindo o processo permanente de planejamento e gestão urbana;

II - priorizar e implantar programas, projetos e ações estratégicos que atribuam qualidade e modernidade à cidade, fortalecendo a atratividade do turismo com o conseqüente aumento da oferta de trabalho, emprego e renda;

III - aplicar os instrumentos de gestão da política urbana do Estatuto da Cidade para a implantação de políticas fundiárias e dos programas, projetos e ações estratégicos;

IV - ampliar a oferta de espaços públicos qualificados de uso comum do povo, integrados ao ambiente natural, adequados à circulação de pedestres e ao convívio, lazer e cultura da comunidade local, buscando a inserção social e um uso mais qualificado do solo urbano;

V - melhorar a oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;

VI - promover a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de desenvolvimento urbano;

VII - recuperar os investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos;

VIII - criar parâmetros diferenciados na execução de loteamentos populares a fim de disponibilizar valores acessíveis às camadas sociais de menor poder aquisitivo;

IX - desenvolver e atualizar as legislações afins ao Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal de Guaíba, estabelecendo prazos para as mesmas vigorarem;

X - implementar e qualificar tecnicamente o melhor funcionamento da estrutura de fiscalização e de seus agentes, criando mecanismos eficazes.

CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

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I - Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal, instituído por esta Lei; II - Programas e projetos especiais de urbanização;

III - Lei Orçamentária Anual (LOA) e Lei do Plano Plurianual (PPA); IV - planos, projetos e programas setoriais;

V - planos de desenvolvimento econômico e social; VI - Códigos e Leis Municipais:

a) Código de Obras e Edificação; b) Código Ambiental Municipal; c) Código Sanitário Municipal; d) Código de Trânsito;

e) Código de Posturas; f) Código Tributário;

g) Lei de Parcelamento de Solo e de Condomínios, ambas instituídas por esta Lei; h) Caderno de Encargos.

VII - Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU;

VIII - imposto progressivo no tempo sobre a propriedade territorial urbana, de acordo com o artigo 182, § 4º, da Constituição Federal, e com a Lei Federal 10.257/01 – Estatuto da Cidade;

IX - incentivos e benefícios fiscais financeiros, considerando a Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar 101/2000, de 04 de maio de 2000;

X - Contribuição de Melhoria para os imóveis que se valorizarem em decorrência de investimentos públicos, conforme previsto no Código Tributário Municipal;

XI - desapropriação por interesse social, necessidade ou utilidade pública; XII - servidão administrativa;

XIII - limitações administrativas;

XIV - tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;

XV - instituição de áreas especiais (Social, Ambiental, Paisagística, Arquitetônica, Urbanística e Histórico/Cultural);

XVI - concessão de direito real de uso;

XVII - concessão de uso especial para fins de moradia; XVIII - usucapião especial de imóvel urbano;

XIX - direito de superfície; XX - direito de preempção;

XXI - outorga onerosa do direito de construir, que deverá ser regulamentada por legislação municipal específica;

XXII - transferência do direito de construir; XXIII - operações urbanas consorciadas; XXIV - regularização fundiária;

XXV - assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais que possuam renda familiar não superior a três salários mínimos mensais, cujo piso seja o nacional;

XXVI - referendo popular e plebiscito;

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“O povo Construindo Cidadania” ADMINISTRAÇÃO 2005/2008 XXIX - consórcios intermunicipais;

XXX - sistema de informações geo-referenciadas;

§ 1° - Os instrumentos mencionados neste artigo e não regulamentados por esta lei, reger-se-ão por legislação própria, devendo ser observado o disposto neste Plano, sendo que na redação da lei específica deverá constar a descrição das áreas prioritárias para a aplicação.

§ 2° - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a celebrar convênios, contratos e consórcios com outros Municípios e órgãos da Administração Direta, Indireta e Fundacional do Estado e da União, para a obtenção dos objetivos e diretrizes definidos nesta Lei, respeitadas as disposições da Lei Orgânica do Município.

Seção I - Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios

Art. 7º - O Poder Executivo Municipal poderá determinar o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de imóveis considerados vazios urbanos, situados dentro do perímetro urbano, dentro da área de ocupação prioritária, quando considerados sub-utilizados e quando houver interesse da coletividade para sua ocupação, não cumprindo a função social da propriedade urbana, por não atender às exigências de ordenação da cidade, terrenos ou glebas totalmente desocupadas, ou onde o coeficiente de aproveitamento mínimo não tenha sido atingido, ressalvadas as exceções previstas nesta Lei, sendo passíveis, de parcelamento, edificação e ou utilização compulsórios.

§ 1º - Lei Municipal específica determinará o perímetro da área onde se aplicará o instrumento e estabelecerá os prazos e condições para a implementação das medidas por parte dos proprietários.

§ 2º - Após a promulgação da Lei Municipal específica, os proprietários serão notificados na forma estabelecida pela Lei Federal n.º 10.257 de 10 de Julho de 2.001, e suas eventuais alterações.

§ 3º - Consideram-se vazios urbanos, glebas localizadas na Macrozona de Ocupação Prioritária que se encontram não edificadas, sub-utilizada ou não utilizada, com área acima de 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados), cujos índices de aproveitamento estejam igual ou abaixo de 30% (trinta por cento) dos coeficientes definidos para as zonas de usos, na qual estão inseridos, excluídos os imóveis destinados a usos que não necessitem de área edificada, determinada pela fórmula abaixo:

Art. 8º - O proprietário, que notificado, não cumprir com a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel nos prazos estabelecidos por lei específica, terá aplicado sobre o

Atc

At x I.A x 30%

Onde:

Atc = Área total construída; At = Área do terreno;

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imóvel, através da Prefeitura Municipal de Guaíba, o “Imposto Predial Territorial Urbano” progressivo no tempo, com alíquota majorada, por cinco anos consecutivos, na forma estabelecida pela Lei Federal n.º 10.257, de 10 de Julho de 2.001, e suas eventuais alterações.

Art. 9º - Imóveis sujeitos por lei a parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, sobre os quais tenham sido aplicadas por cinco anos consecutivas alíquotas progressivas do “Imposto Predial Territorial Urbano” sem que o respectivo proprietário tenha cumprido as exigências legais, poderão ser objeto de desapropriação por parte do Município, com pagamento em títulos da dívida pública, atendidas as disposições da Lei Federal n.º 10.257, de 10 de Julho de 2.001, e suas eventuais alterações.

Seção II - Operações Urbanas Consorciadas

Art. 10 - Operação Urbana Consorciada é o processo pelo qual se estabelecem as condições e compromissos entre o Município e a iniciativa privada, firmados em Termos de Ajustamento, e necessários para a implementação:

I - de edificações e parcelamentos que possuem características especiais;

II - do desenvolvimento de áreas da Macrozona de Ocupação Prioritária que necessitem acordos programáticos;

III - da superação de efeitos negativos sobre o espaço urbano, decorrente de investimentos privados.

Art. 11 - A Prefeitura Municipal de Guaíba poderá instituir e regulamentar, através de Lei Municipal específica, Operações Urbanas Consorciadas, delimitando as áreas a elas destinadas no interior da Área Urbana.

Parágrafo único. As Operações Urbanas Consorciadas contarão com a participação de proprietários, moradores, usuários e investidores privados, sendo as partes coordenadas pela Prefeitura Municipal de Guaíba.

Art. 12 - As Operações Urbanas Consorciadas poderão ser propostas com as seguintes finalidades:

I - intervenção urbanística para melhorias de setores urbanos, podendo abranger, entre outros, programas voltados para espaços de uso público e outros elementos da paisagem urbana, sistemas de transporte público e individual e de circulação de pedestres, imóveis de interesse cultural e empreendimentos ou concentrações de empreendimentos - privados, comunitários ou governamentais - considerados de interesse público;

II - proteção de recursos naturais e paisagísticos, tais como matas e outras formas de vegetação significativa, formações especiais do relevo e corpos d'água;

III - criação e implementação de áreas verdes públicas e unidades de conservação, prioritariamente em áreas de interesse social e ambiental, tais como Áreas de Preservação Ambiental;

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V - regularização de construções e assentamentos existentes em desacordo com a legislação.

Art. 13 - As Operações Urbanas Consorciadas poderão estabelecer a modificação de índices e normas de parcelamento, uso e ocupação, bem como alterações nas normas edílicas, devidamente avaliadas e considerados os seus impactos ambientais e de vizinhança.

Art. 14 - Para orientar e disciplinar cada operação urbana a Prefeitura Municipal de Guaíba elaborará um plano, que será parte integrante da Lei Municipal específica, cujo escopo deverá abranger, no mínimo:

I - a exposição dos objetivos a serem alcançados;

II - a delimitação com descrição precisa da área e/ou perímetro objeto da operação;

III - o programa básico de ocupação da área;

IV - os índices urbanísticos e características de uso e parcelamento do solo estabelecido especificamente para a área, bem como as condições para sua adoção;

V - as condições para a aplicação da outorga onerosa e/ou da transferência do direito de construir, especialmente no que se refere às contrapartidas;

VI - a equação financeira da operação, com o estabelecimento dos direitos e obrigações de cada interveniente;

VII - o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV da operação urbana; VIII - Estudo de Impacto Ambiental, na forma da legislação vigente;

IX - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação;

X - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhada com representantes da sociedade civil.

Art. 15 - Para áreas que incluem edificações ou conjuntos de edificações de preservação históricas ou elementos ambientais naturais poderão ser propostas Operações Urbanas Consorciadas, envolvendo outorga onerosa e transferência do direito de construir.

Parágrafo único. Mediante Operações Urbanas Consorciadas, os imóveis de valor histórico-cultural poderão estar sujeitos a condições especiais de uso e ocupação definidas pela Prefeitura Municipal de Guaíba, desde que garantida a integridade do patrimônio artístico ou histórico-cultural e sua fruição por parte da população.

Seção III - Transferência do Direito de Construir

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§ 1° - A capacidade construtiva é definida pelo Índice de Aproveitamento – I.A em função da área do terreno;

§ 2° - A transferência do direito de construir poderá ocorrer apenas internamente à zona correspondente e sua utilização não poderá ultrapassar em 50% (cinqüenta por cento) os metros quadrados de construção permitidos da área computável, no lote de destino, mantendo-se os demais índices urbanísticos e regras de ocupação vigentes;

§ 3° - A transferência deverá ser escriturada e devidamente registrada na matrícula do lote cedente e na do lote receptor desta transferência.

Art. 17 - Por solicitação do proprietário, o Poder Executivo Municipal poderá emitir uma ou mais Cartas de Crédito de Áreas que conterá o total de metros quadrados (m²) que foi permitida a transferência do direito de construir.

Parágrafo único. A Carta de Crédito, com a descrição da metragem permitida para transferência do direito de construir será o documento oficial que o proprietário poderá utilizar ou negociar livremente para acréscimo construtivo em qualquer terreno da mesma zona de origem, e terá validade de 4 anos contados da emissão.

Art. 18 - O Poder Executivo Municipal poderá, tanto no âmbito dos diferentes tipos de Operações Urbanas Consorciadas previstas nesta lei quanto para fins de preservação dos imóveis tombados pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, autorizar o proprietário de imóveis urbanos, situados no interior do perímetro da operação urbana ou tombados, a exercer em outro local, ou alienar mediante escritura pública, integral ou parcialmente, o direito de construir previsto no presente Plano Diretor e na legislação urbanística municipal decorrente.

Art. 19 - Os prédios considerados e aprovados pelo Município como sendo integrantes do Patrimônio Histórico, assim definidos em lei específica, poderão vender o índice de aproveitamento, não utilizado no próprio terreno, transferindo o potencial construtivo para outros terrenos, conforme institui o artigo 16 da presente Lei.

§ 1° - A comercialização do índice do Patrimônio Histórico depende da prévia autorização da Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor e do Conselho do Plano Diretor;

§ 2° - Uma vez transferido o potencial construtivo, o proprietário poderá dispor do prédio para uso próprio, locação ou alienação, mas sem direito de efetuar novas edificações com ampliação de área construída no mesmo lote;

§ 3° - O limite de transferência corresponderá ao Índice de Aproveitamento, do terreno, até o limite necessário para preservação do prédio.

Seção IV - Estudo de Impacto de Vizinhança

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geradas, a fim de indicar ações para potencializar os efeitos positivos e neutralizar os negativos, a partir daí contando com a participação da comunidade atingida no processo de tomadas de decisões.

Art. 21 - A apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), na forma e aspectos estabelecidos pela Lei Federal n.º 10.257, de 10 de Julho de 2.001, e suas eventuais alterações, é requisito essencial para aprovação de licenças, permissões ou autorizações urbanísticas de obra ou atividade que afete a cidade de forma significativa.

Art. 22 - Deverão ser objeto de prévio Estudo de Impacto de Vizinhança, todos: I - os empreendimentos públicos que por suas características peculiares de porte, natureza ou localização possam ser geradores de grandes alterações no seu entorno, notadamente, componentes de sistemas de infra-estrutura e serviços públicos, estações de tratamento de esgoto ou lixo, aterros sanitários, vias expressas, terminais de transporte público;

II - os empreendimentos privados que por suas características peculiares de porte, natureza ou localização possam ser geradores de grandes alterações no seu entorno, notadamente, Centros de Compras e Hipermercados, Terminais de Cargas ou similares localizados fora de Zona Industrial, condomínio em glebas com área superior a 0,5 ha;

III - os empreendimentos beneficiados por alterações das normas de uso, ocupação ou parcelamento vigente na zona em que se situam, em virtude da aplicação de um ou mais instrumentos urbanísticos previstos em Lei Municipal específica.

IV - as intervenções e medidas urbanísticas estabelecidas por operações consorciadas;

V - construção ou ampliação de indústrias ou instalação de atividades industriais em quaisquer locais já existentes;

VI - construção, ampliação ou alteração da destinação ou uso de qualquer imóvel que importe em alteração de qualidade ou quantidade do fluxo de pessoas, veículos e cargas, bem como na emissão de ruídos e resíduos sólidos, líquidos ou gasosos;

VII - construção, demolição ou alteração do uso de áreas privadas habitualmente abertas ao público, de clubes, associações, sociedades civis ou entidades que congregam número significativo de pessoas;

VIII - construção, demolição ou alteração de qualquer porte, em área de relevante valor histórico, cultural ou arquitetônico, seja ou não objeto de ato de preservação promovida por qualquer entidade pública;

IX - as atividades constantes do anexo 12.

Art. 23 - O Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, deverá analisar aspectos ambientais, biológicos, físicos e sócio-econômicos, tendo como critérios mínimos a considerar:

I - descrição da área do empreendimento e abrangência da área de entorno afetado;

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III - análise dos serviços de abastecimento de telefonia, energia elétrica, água, o escoamento das águas pluviais, a coleta e o lançamento de efluentes sanitários, a permeabilidade do solo, o estacionamento e o fluxo de trânsito;

IV - análise da demanda dos equipamentos urbanos e comunitários, públicos e privados, no setor social, da educação e saúde;

V - considerações contemplando os efeitos positivos e negativos do empreendimento, incluindo, no mínimo, a análise dos impactos quanto ao adensamento populacional, os equipamentos urbanos e comunitários, o uso e ocupação do solo, a valorização imobiliária, a geração de tráfego, a demanda por transporte público, a paisagem urbana, o patrimônio natural e cultural.

§ 1° - As conclusões do Estudo de Impacto de Vizinhança poderão aprovar o empreendimento ou atividade, estabelecendo condições ou contrapartidas para seu funcionamento, ou impedir sua realização;

§ 2° - A partir do Estudo de Impacto de Vizinhança poderá ser exigido alterações no projeto do empreendimento, como diminuição de área construída, reserva de áreas verdes ou de uso comunitário no interior do empreendimento, alterações que garantam para o território do empreendimento parte da sobrecarga viária, aumento no número de vagas de estacionamento, medidas de isolamento acústico, recuos ou alterações na fachada, normatização de área de publicidade do empreendimento.

Art. 24 - No caso de empreendimentos privados, o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV deverá ser elaborado pelo empreendedor, cabendo ao Município:

I - a expedição de diretrizes para o projeto do empreendimento;

II - a análise do anteprojeto e respectivo Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, deverão ser apresentados aos Conselhos Municipais afins, que poderão aprová-los ou solicitar alterações e complementações, após as quais será feita nova análise.

Art. 25 - No caso dos empreendimentos públicos, o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV deverá ser elaborado pela Prefeitura Municipal de Guaíba ou empresa de consultoria contratada, e deverá ser apresentado aos Conselhos Municipais afins.

Art. 26 - Para garantir a participação popular, os documentos relativo à análise e respectivo parecer do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV ficarão disponíveis para consulta pelo prazo de 15 (quinze) dias, contados da data de afixação no mural do saguão da Prefeitura Municipal de Guaíba.

Art. 27 - O EIV deverá ser apresentado juntamente com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), sempre que a atividade seja potencialmente lesiva ao meio ambiente.

Seção V - Direito de Preempção

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10.257, de 10 de Julho de 2.001, e suas eventuais alterações, através de Lei Municipal específica.

Parágrafo único. O direito de preempção poderá ser exercido para fins de regularização fundiária, execução de programas habitacionais de interesse social, implantação de equipamentos urbanos e comunitários, criação de espaços públicos de recreação e lazer, bem como criação de unidades de conservação ambiental e proteção a áreas de interesse cultural ou paisagístico, devendo o motivo ser especificado na lei que definirá os perímetros onde o direito será exercido.

CAPÍTULO IV – DO ZONEAMENTO

Art. 29 - O território do Município de Guaíba fica dividido em: I - Zona Rural;

II - Zona Urbana.

Seção I – Zona Rural

Art. 30 - A Zona Rural é aquela definida pelo Decreto Estadual 3.697 de 14 de outubro de 1926, e suas eventuais alterações, excluídas as áreas definidas nos artigos 39 e 40 da presente lei.

Art. 31 - Não será permitida incorporação de área rural ao perímetro urbano a pedido de empreendedores privados.

Art. 32 - A Zona Rural é destinada predominantemente a atividades econômicas não urbanas.

§ 1° - Na Zona Rural, serão admitidos imóveis e parcelamentos do solo destinados a atividades rurais, bem como estabelecimentos isolados e equipamentos urbanos cuja localização em áreas densamente povoadas seria inadequada;

§ 2° - Na Zona Rural, qualquer parcelamento do solo deverá observar o módulo mínimo rural, definido pelo INCRA;

§ 3° - O parcelamento, para fins agrícolas, de imóvel rural localizado fora de zona urbana ou de expansão urbana, assim definidas, rege-se pelas disposições do art.6l da Lei n.º 4.504, de 30 de novembro de 1964; do art. 10 da Lei n.º 4.947, de 06 de abril 1966; dos arts. 93 e seguintes do Decreto nº 59.428, de 27 de outubro de 1966 e do art. 8º da Lei nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972, conforme INSTRUÇÃO Nº 17-b, de 22 de dezembro de 1980, e suas eventuais alterações;

§ 4° - Na hipótese de parcelamento, caberá ao INCRA a prévia aprovação do projeto;

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Art. 33 - Com o objetivo de promover o desenvolvimento integrado e sustentável da zona rural, visando à inclusão social, a geração de renda, a potencialização da vocação das regiões nela incluídas e o desenvolvimento de novas formas de gestão pública, o Executivo poderá:

I - promover políticas para a permanência do agricultor na terra, valorizando suas atividades;

II - estimular a substituição progressiva do uso do agrotóxico pela agricultura orgânica;

III - promover políticas de incentivo ao agroecoturismo;

IV - incentivar a criação e o desenvolvimento de agroindústrias familiares;

V - valorizar o espaço produtivo predominantemente agrícola e agroindustrial, com a introdução de novas atividades dessa natureza;

VI - valorizar o espaço de proteção ambiental como base para sustentabilidade dos assentamentos humanos e desenvolvimento de atividades de agricultura e agroindústria, assegurando a proteção dos recursos naturais;

VII - disciplinar e gerenciar o uso e ocupação do solo na área rural através do mapeamento de suas vocações;

VIII - Incentivar a criação de cooperativas agropecuárias;

IX - Priorizar o recadastramento geo-referenciado das propriedades rurais do município.

Art. 34 - Na Zona Rural os usos permitidos em quaisquer edificações, são:

I - aqueles necessários ao assentamento de atividades agropecuárias ou extrativistas e agro-industriais, com área construída não superior a 10.000m² (dez mil metros quadrados);

II - de recreação e turismo;

III - estabelecimentos de comércio e serviços de apoio ao tráfego rodoviário nas glebas lindeiras às rodovias;

IV - os constantes do quadro Usos Especiais, anexo 11;

V - Indústrias, desde que devidamente licenciadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais competentes.

Parágrafo único. Consideram-se estabelecimentos de comércio e serviços de apoio ao tráfego rodoviário os postos de venda de combustíveis, oficinas mecânicas, borracharias, bares, restaurantes, hotéis e motéis.

Art. 35 - Na Zona Rural, o regime urbanístico será aplicado de acordo com o quadro Usos e Regime Urbanístico, do anexo 04, conforme zoneamento no mapa do Município de Guaíba, do anexo 15.

Parágrafo único. Entende-se por NÚCLEO HABITACIONAL RURAL aquela concentração de unidades residenciais na Zona Rural, identificadas pelo mapa do anexo 15 desta lei.

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Art. 37 - As construções na Zona Rural, deverão obedecer aos mesmos procedimentos para aprovação de construções e liberação de alvará de funcionamento, daquelas localizadas dentro do perímetro urbano, conforme disciplina o artigo 276 da presente lei.

Seção II – Zona Urbana

Art. 38 - A Zona Urbana corresponde às porções de território já urbanizadas e àquelas passíveis de urbanização a curto e médio prazo, onde a Prefeitura Municipal de Guaíba e suas concessionárias operam e poderão atender, no âmbito de seus planos vigentes, à demanda de obras e serviços necessários para as atividades urbanas nelas previstas.

Perímetro Urbano

Art. 39 - A Zona Urbana do município de Guaíba é delimitada pelas seguintes poligonais (Nova redação pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008)

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II – PERÍMETRO URBANO CORREDOR INTERMUNICIPAL I: Faz parte da zona urbana do Muncípio de Guaíba, uma faixa de terras de 1.000,00m (um mil metros) de largura, localizada ao longo da Estrada Guaíba-Barra do Ribeiro, representada por duas linhas secas, paralelas e distantes 500,00m (quinhentos metros) do eixo da estrada, por ambos os lados, partindo o eixo deste Corredor Intermunicipal, do ponto de encontro da linha da poligonal descrita no inciso I, que passa atrás dos lotes com frente para a Rua Amaral Ferrador com o eixo da Estrada Geral Guaíba-Barra do Ribeiro, por esta estrada, em sentido geral sul, até encontrar o limite da divisa entre os Municípios de Guaíba e Barra do Ribeiro, por aproximadamente 6.965,00m (seis mil, novecentos e sessenta e cinco metros).

(Acrescentado pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008)

III – PERÍMETRO URBANO CORREDOR INTERMUNICIPAL II: Faz parte da zona urbana do Muncípio de Guaíba, uma faixa de terras de 1.000,00m (um mil metros) de largura, localizada ao longo da Estrada que liga a Rodovia BR-116 com a Rodovia BR-290, continuação da Av. Santa Maria, representada por duas linhas secas, paralelas e distantes 500,00m (quinhentos metros) do eixo da estrada, por ambos os lados, partindo o eixo deste Corredor Intermunicipal, do ponto de encontro da linha da poligonal descrita no inciso I, localizada ao limite leste da faixa de domínio da rede de alta tensão da CEEE com o eixo da dita estrada, por este, em sentido geral noroeste, até encontrar o limite da divisa entre os Muncípios de Guaíba e Eldorado do Sul, por aproximadamente 2.210,00m (dois mil, duzentos e dez metros).

(Acrescentado pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008)

IV – PERÍMETRO URBANO CORREDOR INTERMUNICIPAL III: Faz parte da zona urbana do Muncípio de Guaíba, uma faixa de terras de 1.000,00m (um mil metros) de largura, localizada ao longo da Estrada Costa Gama, representada por duas linhas secas, paralelas e distantes 500,00m (quinhentos metros) do eixo da estrada, por ambos os lados, partindo o eixo deste Corredor Intermunicipal, do ponto de encontro da linha da poligonal descrita no inciso I, localizada ao limite leste da faixa de domínio da rede de alta tensão da CEEE com o eixo da dita estrada, por este, em sentido geral Sudoeste, até encontrar a Vila conhecida como Logradouro, por aproximadamente 2.800,00m (dois mil e oitocentos metros). (Acrescentado pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008)

Art. 40 - É parte integrante da zona urbana do Município de Guaíba, a Vila Pedras Brancas, situada junto a Rodovia BR-116, distante aproximadamente 6.800,00m (seis mil e oitocentos metros) do acesso principal da cidade delimitado pela seguinte poligonal:

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Ribeiro. Deste ponto, continua por linha seca de sentido geral sudoeste por aproximadamente 1.315,00m (um mil, trezentos e quinze metros), continuando pela divisa das terras de João José Ribeiro com o limite sul da Quadra 22 até o limite sul da quadra 32. Deste ponto prossegue por linha seca de sentido noroeste, por aproximadamente 1.665,00m (um mil, seiscentos e sessenta e cinco metros) pelo prolongamento da Estrada B, divisa da propriedade de João José Ribeiro com o Loteamento Pedras Brancas, até atingir o vértice noroeste da quadra 148 deste loteamento. Deste ponto segue pelo limite norte da quadra 148, por linha seca de sentido geral nordeste por aproximadamente 955,00m (novecentos e cinqüenta e cinco metros), atravessando o lago até a divisa das terras que são ou foram de Ernesto da Costa Gama. Deste ponto, pela divisa entre estas terras e o loteamento, prossegue em sentido geral leste por aproximadamente 1990,00m (um mil, novecentos e noventa metros), até atingir o vértice sudeste do Lote 11 da Quadra15. Deste ponto continua por outra linha seca de sentido geral sudoeste por aproximadamente 460,00m (quatrocentos e sessenta metros), passando pelas quadras 16,17,18 até o vértice nordeste do lote nº 13 situado na quadra 18. Prosseguindo por linha seca de sentido geral sul por aproximadamente 860,00m (oitocentos e sessenta metros), limite do loteamento com as terras de Ernesto da Costa Gama, até atingir o vértice sudeste do Lote nº 1 da Quadra 1, ponto inicial da descrição.

Art. 41 - As áreas descritas nos artigos 39 e 40 da presente lei, estão devidamente identificadas nos seguintes anexos:

I - no mapa onde constam os vértices das poligonais e suas coordenadas UTM, constante do anexo 15 desta Lei;

II - no levantamento aerofotogramétrico, na escala 1:40.000 com a delimitação gráfica do perímetro urbano, constante do anexo 15 da presente Lei.

Art. 42 - A transformação de Zona Rural em urbana ou de expansão urbana, através da delimitação e alteração do perímetro urbano, deverá obedecer aos requisitos desta lei e demais legislações atinentes à matéria.

§ 1º - Somente poderão ser acrescidas à Zona Urbana as áreas contíguas a Macrozona de Ocupação Prioritária, definida nos artigos 68 e 69 da presente lei, mapa do anexo 1;

§ 2º - Toda área acrescida à zona urbana, com modificação do perímetro urbano, assim definidos nos artigos 39 e 40 da presente lei, deverá ser objeto de zoneamento do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal, com definição de regime urbanístico incidente.

Art. 43 - A Zona Urbana deverá corresponder às superfícies territoriais já urbanizadas, parcial ou totalmente.

Parágrafo único. Considera-se parcialmente urbanizada a superfície territorial que conte com, pelo menos, 2 (dois) dos equipamentos públicos seguintes:

I - via pública pavimentada;

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“O povo Construindo Cidadania” ADMINISTRAÇÃO 2005/2008 V - sistema de drenagem pluvial;

VI - Escola primária ou posto de saúde, a uma distância máxima de 3Km do imóvel considerado.

CAPÍTULO V – MACROZONAS

Art. 44 - Visando o ordenamento do Município, são instituídas cinco categorias de macrozonas, distribuídas no território do município conforme mapa do anexo 1.

Seção I - Macrozona Industrial 1 – MCZI1

Art. 45 - Distrito Industrial destina-se à instalação de atividades industriais de qualquer porte e natureza, desde que dentro dos padrões ambientais exigidos, sendo permitida a implantação de atividades de comércio e serviço de suporte, mediante apresentação de justificativa.

Art. 46 - Esta Macrozona está definida nos mapas dos anexos 1 e 2, possuindo a seguinte descrição:

I - terreno localizado no Município de Guaíba, ao Norte da sede municipal e a leste da Rodovia federal denominada BR-116, com área aproximada de 8.820.000,00m² (oito milhões, oitocentos e vinte mil metros quadrados), delimitada ao Norte pelo Arroio do conde; ao sul pela Avenida Nei Brito, e seu prolongamento a Leste pelo Rio Guaíba, e ao Oeste pela linha delimitadora de bordo leste da faixa de domínia da Rodovia Federal BR-116; área pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, conforme Decreto Estadual 38.033, de 15 de dezembro de 1997.

Art. 47 - Todo o projeto a ser implantado nesta Macrozona, deverá ser aprovado pela Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal, com parecer do Conselho do Plano Diretor e aprovação do órgão ambiental competente.

Art. 48 - Os usos admitidos para esta macrozona são os constantes no anexo 4. Art. 49 - Novos Distritos Industriais poderão ser criados em Zona Urbana, mediante apresentação de um projeto de novo loteamento, com Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, parecer fávoravel dos Conselhos do Plano Diretor e Meio Ambiente e Licença Ambiental correspondente.

§ 1º - A área bruta a ser loteada para Distrito Industrial será de no mínimo 50ha (cinquenta hectares);

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Art. 50 - São áreas dispostas de forma a concentrar as atividades industriais, sem o prejuízo da qualidade de vida, da flora e fauna, que pela sua atividade e níveis de poluição, tenham seu funcionamento compatível com a tranqüilidade exigida nas áreas residenciais, podendo localizar-se próximo das mesmas.

Art. 51 - As Zonas Industrias são de dois tipos, definidas no mapa do anexo 2, diferenciadas da seguinte forma:

I - Zona Industrial Aberta: destinado à tipologia restrita de uso industrial, desde que se enquadrem na legislação vigente situado em zona predominantemente industrial;

II - Zona Industrial Fechada: área delimitada pelo terreno de indústrias existentes anteriormente à vigência desta Lei.

§ 1° - A anexação de terrenos contíguos às indústrias instaladas nas Zonas Industriais Fechadas, para ampliação de suas atividades, somente será permitida mediante apreciação da Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal, com parecer do Conselho do Plano Diretor, que juntos poderão estabelecer exigências para minimizar a interferência com o entorno, tais como área para estacionamento, área verde arborizada e cerca verde, visando diminuição de ruído e impacto visual, devendo ser, logo após, promovida audiência pública pelo Poder Executivo Municipal;

§ 2° - Qualquer construção, reforma ou ampliação de edificações situadas nesta zona deverá ser submetida à aprovação da Prefeitura Municipal, com parecer do Conselho do Plano Diretor.

Art. 52 - A implantação e ampliação de indústrias na Macrozona Industrial 2 se dará segundo os índices urbanísticos do quadro do anexo 4.

Art. 53 - Os usos para a Macrozona Industrial 2 são os constantes do quadro de Usos e Regime Urbanístico do anexo 04.

Parágrafo único. A inclusão de usos não especificados serão definidos pelo Conselho do Plano Diretor, caso a caso, com base em parecer prévio da Secretaria Municipal responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal e órgão ambiental competente, e aprovados através de lei específica.

Art. 54 - As atividades a se instalarem nas zonas industriais deverão assegurar internamente aos respectivos lotes:

I - espaços para carga e descarga de produtos e mercadorias;

II - estacionamento para veículos particulares próprios e, quando ocorrer, para o transporte coletivo fretado;

III - cinturão verde em todo o perímetro da área da indústria, com largura mínima de 5,00m (cinco metros), com espécies compatíveis com a necessidade do empreendimento com base em critérios técnicos definidos por profissional habilitado da área.

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estes se fizerem necessários, obedecendo as Leis Ambientais: Federal, Estadual e Municipal, devendo ser aprovados pelos órgãos competentes.

Art. 56 - Poderão ser criados novas Zonas Industriais, desde que atendam às seguintes exigências:

I - ter acesso no mínimo por vias estruturais;

II - ter o trevo de acesso à zona aprovado pela Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal, e, quando for o caso, pelo Departamento de Estradas de Rodagem Estadual ou Federal;

III - dispor de parecer favorável à sua implantação, tanto da Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal, quanto do Conselho do Plano Diretor e Secretaria de Políticas Ambientais, que poderão estabelecer outras exigências para minimizar a interferência com o entorno;

IV - apresentar Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e licença ambiental correspondente;

V - Deverá ser realizada audiência pública pelo Poder Executivo Municipal.

Art. 57 - O parcelamento urbano para o fim de instituir novas Zonas Industriais, deverá obedecer a diretrizes do poder público municipal quanto:

I - ao sistema viário existente ou previsto; II - à proteção Ambiental;

III - à localização de equipamentos urbanos e comunitários; IV - ao Impacto de Vizinhança.

Art. 58 - Nas Zonas Industriais, composta por áreas com concentração industrial já estabelecida e áreas a serem destinadas para expansão destas atividades, as normas de parcelamento, uso e ocupação do solo devem:

I - reservar os terrenos exclusivamente à implantação de indústrias e instalações correlatas;

II - fixar afastamentos e recuos visando a segurança e a redução de conflitos de vizinhança;

III - os recuos laterais e de fundos deverão ser arborizados;

IV - viabilizar a circulação e as operações de carga e descarga de veículos de grande porte sem conflitos com o tráfego geral.

Seção III - Macrozona de Interesse Ambiental - MCZIA

Art. 59 - Macrozona de Interesse Ambiental é a área destinada à proteção do Patrimônio Ambiental do município de Guaíba.

Parágrafo único. As Macrozonas de Interesse Ambiental são as localizadas no mapa do anexo 1 e 2, que é parte integrante da presente lei .

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“O povo Construindo Cidadania” ADMINISTRAÇÃO 2005/2008 I - Código Florestal Federal e Estadual;

II - Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama;

III - assim identificadas pelo órgão ambiental municipal competente, situadas: a) em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com largura mínima, de:

1. Trinta metros, para o curso d`água com menos de dez metros de largura; 2. Cinqüenta metros, para o curso d`água com dez a cinqüenta metros de largura; 3. Cem metros, para o curso d`água com cinqüenta a duzentos metros de largura; 4. Duzentos metros, para o curso d`água com duzentos a seiscentos metros de largura;

5. Quinhentos metros, para o curso d`água com mais de seiscentos metros de largura;

b) ao redor de nascente ou olho d`água, ainda que intermitente, com raio mínimo de cinqüenta metros de tal forma que proteja, em cada caso, a bacia hidrográfica contribuinte;

c) ao redor de lagos e lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de: 1. Trinta metros, para os que estejam situados em áreas urbanas consolidadas;

2. Cem metros, para as que estejam em áreas rurais, exceto os corpos d`água com até vinte hectares de superfície, cuja faixa marginal será de cinqüenta metros;

d) em vereda e em faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de cinqüenta metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado;

e) no topo de morros e montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura mínima da elevação em relação à base;

f) nas linhas de cumeada, em área delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura, em relação à base, do pico mais baixo da cumeada;

g) em encosta ou parte desta, com declividade superior a cem por cento ou quarenta e cinco graus na linha de maior declive;

h) nos locais de refúgio ou reprodução de aves migratórias;

i) nos locais de refúgio ou reprodução de exemplares da fauna ameaçadas de extinção que constem de lista elaborada pelo Poder Público Federal, Estadual ou Municipal;

§ 1° - Na ocorrência de dois ou mais morros cujos cumes estejam separados entre si por distâncias inferiores a quinhentos metros, a Área de Preservação Permanente abrangerá o conjunto de morros, delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura em relação à base do morro de menor altura do conjunto, aplicando-se o que segue:

a) agrupam-se os morros cuja proximidade seja de até quinhentos metros entre seus topos;

b) identifica-se o menor morro;

c) traça-se uma linha na curva de nível correspondente a dois terços deste; e d) considera-se de preservação permanente toda a área acima deste nível.

§ 2° - Esta definição é válida para áreas de preservação permanente localizadas na Zona Urbana e na Zona Rural.

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remoção, executar projetos de rearborização no local, priorizando a plantação das espécimes arbóreas nativas que se encontravam originalmente.

§ 4° - Para as áreas privadas ocupadas irregularmente ou depredadas, deverão ser aplicadas as medidas previstas no Código Ambiental Municipal.

Art. 61 - As áreas de mineração existentes nas encostas e morros situados na Zona Urbana e na Zona Rural, deverão obrigatoriamente, após o encerramento daquelas atividades, serem objeto de projetos urbanísticos de recomposição da paisagem e recuperação ambiental, por parte do causador do impacto ambiental.

Art. 62 - No Morro do Maximiliano são consideradas como preservação as áreas assim declaradas pelo Código Florestal (Lei Federal 4.771, de 15 de Setembro de 1.965 e alterações posteriores) e pelas resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente, notadamente o terço superior do morro, a vegetação nativa, as nascentes e olhos d’água e as declividades superiores a 30% (trinta por cento).

§ 1° - As áreas de extração mineral existentes no Morro do Maximiliano deverão ser alvo de projetos que definam os limites admissíveis de exploração, compatíveis com a manutenção dos recursos naturais de preservação existente.

§ 2° - O depósito de resíduos sólidos do Município, localizado em saibreiras do Morro Maximiliano, deverá ser alvo de um plano de disposição do lixo que se inclua técnica de compactação, cobertura, drenagem e tratamento de chorume.

Art. 63 - Poderão ser instaladas atividades portuárias; estaleiros; atividades de educação ambiental; de lazer, recreação e comercial-turística e loteamentos residenciais ecológicos, na Macrozona de Interesse Ambiental estipulada na presente lei; desde que licenciadas pelos órgãos ambientais competentes.

Parágrafo único. Os loteamentos Residenciais Ecológicos deverão obedecer os ditames dos artigos 226 e seguintes da presente lei.

Art. 64 - Para implantação dos usos mencionados no artigo 63, da presente lei, nas áreas da Macrozona de Interesse Ambiental deverá ser apresentado um projeto global, respeitados os princípios desta Lei.

Parágrafo único. Este projeto deverá ser aprovado pela secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal e pela secretaria responsável pelas políticas ambientais, com parecer dos seus respectivos conselhos.

Art. 65 – O projeto deverá estabelecer:

I - área destinada e demarcada como área de preservação florestal;

II - área destinada a equipamentos urbanos de serviços, de lazer e esporte; III - área destinada à circulação interna;

IV - área destinada aos reservatórios de retenção de águas pluviais, resultantes de precipitações intensas e efluentes líquidos tratados;

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VII - Loteamentos Residenciais Ecológicos, definidos pela presente lei nos artigos 226 e seguintes.

Parágrafo único. Deverá ser parte integrante do projeto o Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV e o Estudo de Impacto Ambiental – EIA.

Lago Guaíba

Art. 66 - A partir da margem do Lago Guaíba até 30,00m (trinta metros) fica proibido qualquer tipo de construção, devendo ser preservado o ecossistema natural nesse espaço.

§ 1° - Este artigo não se aplica a área contígua a Macrozona do Distrito Industrial 1, localizada na divisa Norte do Município de Guaíba.

§ 2° - Áreas privadas não poderão obstruir a passagem com qualquer tipo de cerca no limite de 30,00m (trinta metros) a partir da margem do Lago Guaíba.

Art. 67 - As áreas da orla do Guaíba, identificadas no mapa de Áreas Especiais de Interesse Específico, anexo 08, localizado dentro do perímetro urbano terão regulamentação própria conforme decreto municipal 075/2001, e toda a sua legislação complementar, devendo obedecer às diretrizes deste Plano.

Seção IV - Macrozona de Ocupação Prioritária - MCZOP

Art. 68 - Na Macrozona de Ocupação Prioritária objetiva-se alcançar transformações urbanísticas para equilibrar o uso do solo nas diferentes zonas de forma controlada e ordenada, por meio de:

I - controle do processo de adensamento construtivo e de saturação viária nas áreas consolidadas, por meio da revisão de usos geradores de tráfego;

II - preservação e proteção das áreas predominantemente residenciais e das áreas verdes significativas;

III - estímulo ao adensamento populacional onde este ainda for viável como forma de dar melhor aproveitamento à infra-estrutura existente e transporte coletivo;

IV - Promoção da ocupação dos vazios urbanos.

Art. 69 - A Macrozona de Ocupação Prioritária é composta por 7 zonas e 2 corredores de comércio e serviços e 1 um corredor de comércio, serviço e indústria, conforme mapa dos anexos 2 e 3. (Nova redação pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008)

Parágrafo único. Para cada zona serão fixadas condições próprias de uso e ocupação, conforme anexo 4.

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Art. 70 - A Área de Expansão Urbana corresponde às porções do território ainda não urbanizadas, e consideradas passíveis de urbanização a médio e longo prazo, localizadas dentro do perímetro urbano.

Art. 71 - Na macrozona de expansão urbana poderão ser localizados: I - atividades de lazer e recreação;

II - atividades turísticas;

III - atividades de exploração e produção agrícola; IV - habitação unifamiliar;

V - equipamentos urbanos e comunitários;

VI - comércio de abastecimento e varejista de pequeno porte; VII - atividade e comércio de artesanatos;

VIII - atividade de produção, exploração e comercialização extrativista;

IX - implantação de projetos aprovados esportivos e ou recreativos, compatíveis e integrados com a preservação ambiental nas áreas com declividade inferior a 30% e não inundáveis.

Parágrafo único. A inclusão de usos não especificados no caput deste artigo será analisada, caso a caso, pela Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal e pela Secretaria responsável pelas políticas ambientais, mediante parecer dos respectivos conselhos.

Art. 72 - Os parcelamentos urbanos e a ocupação da Macrozona de Expansão Urbana estão sujeitos aos seguintes requisitos:

I - possuírem lotes nunca inferiores a 1.500,00m² (um mil e quinhentos metros quadrados), e testada de 20,00m (vinte metros);

II - apresentarem no mínimo vias do tipo coletora 2, conforme anexo 6, no máximo a cada 300,00m (trezentos metros), permitindo sua conexão às estradas municipais, vias estruturadoras e articulação urbana, existentes ou projetadas;

III - regime urbanístico conforme quadro do anexo 4.

Parágrafo único. Os loteamentos na Macrozona de Expansão Urbana deverão ter a mesma infra-estrutura exigida dos loteamentos da Macrozona de Ocupação Prioritária.

Art. 73 - Para a implantação dos empreendimentos mencionados no artigo 71 da presente lei, será exigido do responsável, o projeto, a execução e o custeio das extensões de infra-estrutura até atingir o limite da área a ser parcelada, notadamente:

I - implantação da rede de captação de águas pluviais e suas conexões com o sistema público;

II - implantação de rede de distribuição de energia elétrica e de iluminação pública e suas conexões com a rede de energia elétrica existente;

III - pavimentação do leito carroçável das vias;

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Parágrafo único. Para as obras mencionadas no caput deste artigo, a Prefeitura Municipal de Guaíba, suas autarquias e concessionárias fixarão prazo, normas e especificações técnicas de execução.

Art. 74 - A incorporação de parcelas da Macrozona de expansão Urbana a Macrozona de Ocupação Prioritária poderá ocorrer quando:

I - as áreas a serem incorporadas forem contiguas à Macrozona de Ocupação Prioritária;

II - a proporção da área a ser acrescida em relação à área urbana, não poderá ser superior à taxa de crescimento de população urbana prevista pelo órgão oficial estadual de estatística para o período considerado;

III - para efeito de apuração do limite previsto no inciso anterior não será computada a Macrozona de Expansão Urbana;

IV - as áreas a serem incorporadas estejam sofrendo intensa pressão para parcelamento, detectada pela Secretaria responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal.

Art. 75 - Somente será permitida a transformação de Área de Expansão Urbana em Área Urbana a pedido de loteadores quando:

I - seja contígua à malha urbana consolidada;

II - houver parecer favorável do Conselho do Plano Diretor;

III - tenha condições favoráveis para implantação de infra-estrutura urbana.

Parágrafo único. A extensão da Macro Zona de Ocupação Prioritária só poderá ser feita mediante parecer favorável da Secretaria Municipal responsável pela gestão do Plano Diretor de Planejamento e Gestão Municipal e do Conselho do Plano Diretor, com apreciação e aprovação da Câmara Municipal de Vereadores.

CAPÍTULO VI – ZONAS

Art. 76 - As zonas serão delimitadas por vias, logradouros públicos, acidentes geográficos e outros elementos constantes na planta de zoneamento de uso e ocupação do solo, anexo 02.

Parágrafo único. As zonas serão constituídas de todos os lotes com frente para o logradouro público que a limita.

Art. 77 - Nos casos de ruas com encontro de zoneamentos, os lotes com frente para estes logradouros deverão obedecer o regime mais permissivo.

Art. 78 - Para efeito de ordenação de parcelamento, uso e ocupação do solo, a Área Urbana do Município de Guaíba é subdividida em zonas, conforme mapa do anexo 02, a saber:

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“O povo Construindo Cidadania” ADMINISTRAÇÃO 2005/2008 a) Zona Central 1;

b) Zona Central 2.

II - Zonas Mistas, onde as atividades comerciais, de serviços e industriais são executadas em equilíbrio com o uso residencial, existindo 5 subdivisões:

a) Zona Mista 1; b) Zona Mista 2; c) Zona Mista 3; d) Zona Mista 4; e) Zona Mista 5.

III - Corredores de Comércio e Serviços e Corredor de Comércio, Serviços e Indústria Intermuncipais, são vias que possuem condições favoráveis para o desenvolvimento da atividade comercial e de serviços no interior de áreas residenciais no primeiro tipo, e desenvolvimento de atividade comercial, de serviços e industrial, na proximidade de áreas residenciais no segundo caso, servindo como suporte desta última, existindo três subdivisões (Nova redação pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008):

a) Corredor de Comércio e Serviços Local; b) Corredor de Comércio e Seviços Urbano;

c) Corredor de Comércio, Serviços e Indústria Intermunicipais. (Acrescentado pela Lei Municipal 2.382 de 27 de novembro de 2008)

Seção I - Zona Central 1

Art. 79 - Na Zona Central, que compreende o centro histórico da cidade e as áreas contíguas, caracterizada pela coexistência de edificações térreas e verticalizadas, comércio e serviços diversificados e indústrias de portes variados, destacando-se equipamentos e edifícios de valor histórico e arquitetônico, as normas de parcelamento, uso e ocupação do solo devem:

I - incentivar a manutenção da grande variedade de usos;

II - permitir a verticalização e a ocupação extensiva e intensiva dos lotes, com padrões de densidade compatíveis com a oferta de transporte público e a capacidade do sistema viário;

III - estimular a criação de praças de estacionamentos e acessos ao interior das quadras, afim de suprir a escassez de vagas para estacionamento.

Art. 80 - Nesta zona serão estimulados altas Taxas de Ocupação e Índices de Aproveitamento, resultando em altas densidades, tendo como atividade predominante a ser estimulada a comercial, principalmente nos pavimentos com acesso direto a rua.

Seção II - Zona Central 2

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I - concorrer para a consolidação e expansão de um novo centro administrativo e de negócios, estimulando a localização de comércio e serviços diversificados em empreendimentos de médio e grande porte;

II - estimular a ocupação verticalizada e uma grande disponibilidade de espaços não construídos, combinando coeficientes de aproveitamento relativamente altos com taxas de ocupação baixas;

III - estimular a execução de habitações multifamiliares verticalizadas.

Art. 82 - Nesta zona serão estimulados baixas Taxas de Ocupação e altos Índices de Aproveitamento, resultando em altas densidades, tendo como atividade predominante a ser estimulada o uso misto, com comércio nos pavimentos com acesso direto a rua e residencial nos demais.

Seção III - Zona Mista 1

Art. 83 - Esta Zona, é destinada à ocupação mista, em padrões de baixa densidade, com altas taxas de ocupação e pouca altura, em lotes de dimensões menores, sendo que as normas de parcelamento, uso e ocupação do solo devem proporcionar este tipo de ocupação, viabilizando a regularização das ocupações existentes e viabilizando o acesso a terra, as camadas sociais de baixa renda.

Seção IV - Zona Mista 2

Art. 84 - Esta Zona, é destinada à ocupação de uso predominantemente residencial, em padrões de baixa densidade e baixas taxas de ocupação, as normas de parcelamento, uso e ocupação do solo devem:

I - privilegiar o uso residencial em padrões de baixa densidade, sem proibir uso complementar e não incômodo, tal como trabalho de profissional autônomo realizado em sua residência;

II - visar a boa qualidade paisagística e ambiental dos bairros, estimular a formação e manutenção de jardins nos lotes, limitando o percentual dos terrenos que pode ser coberto e impermeabilizado.

Seção V - Zona Mista 3

Art. 85 - Esta Zona, é destinada à ocupação mista, em padrões médios de densidade, taxa de ocupação, altura e dimensões de lotes, sendo que as normas de parcelamento, uso e ocupação do solo devem possibilitar a concretização destas diretrizes.

Seção VI - Zona Mista 4

Referências

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