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Das Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS

No documento Prefeitura Municipal de Guaíba (páginas 35-38)

Art. 120 - O município, no âmbito de suas competências, poderá instituir áreas especiais de interesse Social, conforme a necessidade de cada área, que deverá ser regulamentada por lei específica, devendo observar acordos e condicionantes.

Parágrafo único. As Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS são situações de assentamentos auto-produzidos por população de baixa renda em áreas públicas ou privadas; bem como as áreas destinadas a programas habitacionais de interesse social, todos carentes de infra-estrutura básica, que venham a ser destinados a implantação de habitações de interesse social com intervenção do poder público.

Art. 121 - As porções do território destinadas, prioritariamente, à recuperação urbanística, à regularização fundiária e produção de habitações e lotes, exclusivamente para a população de baixa renda, identificadas no mapa de Áreas Especiais de Interesse Especial – anexo 08.

Art. 122 - São áreas especiais de interesse social, as que devam ser objeto de ações visando a:

I - legalização da ocupação do solo;

II - adequação à legislação e especificações urbanísticas próprias;

III - implantação de equipamentos urbanos comunitários e de infra-estrutura viária; IV - melhoria de condições urbanas deterioradas;

Art. 123 - Nas AEIS, o parcelamento, uso e ocupação do solo, bem como os planos de urbanização, deverão observar a legislação federal e estadual pertinente e, quando houver, as Leis Específicas das Áreas de Proteção e Recuperação dos Mananciais.

Art. 124 - Aplicam-se nas AEIS, de acordo com o interesse público, os instrumentos previstos nesta lei e na Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade e Lei 6.766 – Lei Federal de Parcelamento do Solo, e suas eventuais alterações.

§ 1° - Na regularização de vilas e invasões o Poder Público procurará manter os moradores nos locais onde se encontram, salvo se os terrenos estiverem localizados em locais insalubres, áreas de risco e de preservação, quando deverão ser removidos.

§ 2º - Será dada prioridade à manutenção dos atuais moradores no processo de urbanização e regularização fundiária.

§ 3º - A regularização fundiária de área pública deverá ser feita, preferencialmente, através da Concessão de Direito Real de Uso.

§ 4° - A Concessão do Direito Real de Uso deverá obedecer à legislação federal vigente, podendo ser elaborada lei municipal específica pelo Município.

Art. 125 - A delimitação de novas AEIS obedecerá os seguintes critérios: I - áreas ocupadas por favelas, aptas à urbanização;

II - áreas usucapidas coletivamente e ocupadas por moradores de baixa renda; III - loteamentos e parcelamentos irregulares e precários, ocupados por famílias

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interesse público na promoção da regularização jurídica do parcelamento, na implantação ou complementação da infra-estrutura ou de equipamentos comunitários, ou na recuperação ambiental;

IV - áreas localizadas dentro do perímetro urbano do município, assim definido por lei, terrenos públicos ou particulares invadidos por população de baixa renda ou assentamentos similares, onde haja interesse público em promover a urbanização e a regularização jurídica pela posse da terra.

Art. 126 - O Poder Executivo Municipal implantará programas de habitação de interesse social de acordo com as seguintes diretrizes:

I - elaborar e implementar uma política habitacional de interesse social;

II - implantar áreas de lazer e preservação na beira dos córregos e monitorar a ocupação a fim de evitar novas ocorrências de ocupações irregulares;

III - coibir a ocupação de áreas públicas institucionais, dando-lhes o uso adequado de acordo com a função social da propriedade; de áreas de lazer e preservação, com construções irregulares, dando imediatamente o uso mais adequado a estas áreas;

IV - firmar convênio com conselhos e entidades de classe para garantir a qualidade das construções da população de baixa renda mediante a aplicação de um programa de engenharia pública, orientação à população quanto às normas legais de construção, aprovação de projetos, qualidade de projeto e construção de forma a alcançar melhores resultados na qualidade da habitação e na paisagem urbana;

V - apoiar e desenvolver programas de cooperativas de habitação popular mediante assessoramento para a obtenção de melhores padrões de assentamento, o aperfeiçoamento técnico de suas equipes e a obtenção dos objetivos de proporcionar moradia de qualidade e custo justo;

VI - desenvolver programas de transferência das habitações localizadas em áreas de risco.

Art. 127 - Áreas destinadas a novos empreendimentos de caráter social (loteamentos e/ou conjunto habitacionais), a serem executadas pelo poder público, deverão estar localizadas dentro do perímetro urbano, assim definido por lei e contígua as AEIS existentes, localizadas no mapa do anexo 8 da presente lei.

Art. 128 - O Plano de Urbanização das AEIS será estabelecido por lei específica, e deverá prever:

I - diagnóstico da AEIS que contenha no mínimo a análise físico-ambiental, análise urbanística e fundiária e caracterização sócio-econômica da população residente;

II - os projetos e as intervenções urbanísticas necessárias à recuperação física da área, incluindo, de acordo com as características locais, sistema de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos cloacais, drenagem de águas pluviais, terraplenagem dos lotes, coleta regular de resíduos sólidos, iluminação pública, adequação dos sistemas de circulação de veículos e pedestres, eliminação de situações de risco, estabilização de taludes e de margens de córregos, tratamento adequado das áreas verdes públicas, instalação de equipamentos sociais e os usos complementares ao habitacional;

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“O povo Construindo Cidadania” ADMINISTRAÇÃO 2005/2008 IV - condições para o amembramento dos lotes;

V - forma de participação da população na implementação e gestão das intervenções previstas;

VI - forma da integração das ações dos diversos setores públicos que interferem na AEIS objeto do Plano;

VII - fontes de recursos para a implementação das intervenções;

VIII - adequação às disposições definidas neste plano e nos planos regionais; IX - atividades de geração de emprego e renda;

X - plano de ação social.

Art. 129 - Nos planos de urbanização das AEIS o Poder Público Municipal deverá promover a implantação de áreas livres equipadas para uso público na dimensão adequada à população prevista para o respectivo assentamento ou distrito, com prioridade para aquele com menor índice de áreas públicas por habitante.

Art. 130 - O sistema viário deverá seguir os gabaritos constantes do anexo 6. Art. 131 - Para a implantação das AEIS, deverá ser realizado estudo quanto à existência de áreas verdes e equipamentos públicos das áreas contíguas.

Parágrafo único. Constatada a capacidade das áreas públicas adjacentes de atendimento deste acréscimo populacional, não será necessário à previsão de área pública dentro das AEIS.

Art. 132 - Para as AEIS a serem executadas neste Município, fica instituído o seguinte regime urbanístico, desde que atendidas as legislações atinentes à matéria e os critérios abaixo:

I - sejam atendidas todas as exigências das Leis de preservação, ocupação e uso do solo urbano;

II - o lote mínimo para parcelamento não poderá ser inferior a 140,00m² (cento e quarenta metros quadrados), com testada mínima de 7,00m (sete metros) e 9,00m (nove metros) nos lotes de esquina;

III - o lote máximo para parcelamento não poderá ser superior a 250,00m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados);

IV - o índice de aproveitamento (IA) será de 0,7;

V - a taxa de ocupação (TO) será de 70% (setenta por cento);

VI - o recuo de frente de ajardinamento será de 2,00m (dois metros);

VII - nos lotes de esquina o recuo será de 2,00m (dois metros) em ambas as testadas;

VIII - o recuo lateral e de fundos será de 0,00m (zero metros) quando o prédio for de alvenaria e se o prédio for de madeira o recuo será de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros);

IX - a altura máxima da construção será de 6,00m (seis metros) de altura.

Parágrafo único. Não se aplica o recuo de frente de ajardinamento deste artigo, nas áreas identificadas no mapa do anexo 8, como AEIS consolidadas.

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CAPÍTULO VIII – DA FUNÇÃO SOCIAL E SUSTENTABILIDADE

No documento Prefeitura Municipal de Guaíba (páginas 35-38)

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