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Das moedas ideais

No documento O Espírito das Leis (páginas 183-195)

Existem moedas reais e moedas ideais. Os povos policiados, que usam quase todos moedas ideais, só o fazem porque converteram suas moedas reais em ideais. Primeiro, suas moedas reais são um certo peso e um certo título de algum metal. Mas logo a má-fé ou a

necessidade fazem com que se retire uma parte do metal de cada moeda, na qual se deixa o mesmo nome: por exemplo, de uma moeda com o peso de uma libra de prata retira-se a metade da prata e ela continua a ser chamada libra: a moeda que era a vigésima parte da libra de prata, continuamos a chamá-la soldo, embora ela não seja mais a vigésima parte dessa libra. Então, a libra é uma libra ideal, e o soldo, um soldo ideal; e assim também com as outras subdivisões; e isto pode chegar ao ponto de que o que chamarmos de libra não será mais do que uma parte muito pequena da libra; o que a tornará ainda mais ideal. Pode até mesmo acontecer que não se cunhará mais moeda que valha precisamente uma libra e não se cunhará também moeda que valha um soldo: então, a libra e o soldo serão moedas puramente ideais. Dar-se-á a cada moeda a denominação de tantas libras e de tantos soldos quantos se quiser: a variação poderá ser contínua, porque é tão fácil dar outro nome para uma coisa quanto é difícil mudar a própria coisa.

Para secar a fonte dos abusos, será uma lei muito boa em todos os países onde quiserem fazer com que o comércio floresça aquela que ordenar que se empreguem moedas reais e que não se farão operações que possam torná-las ideais.

Nada deve ser tão isento de variação quanto o que é a medida comum de tudo.

O comércio, em si mesmo, é muito incerto, e é um grande mal somar uma nova incerteza àquela que está fundada na natureza da coisa.

CAPÍTULO IV

Da quantidade de ouro e de prata

Quando as nações policiadas são senhoras do mundo, o ouro e a prata aumentam todos os dias, quer porque elas os tirem de seu próprio território, quer porque vão busca-los onde eles estão. Eles diminuem, pelo contrário, quando as nações bárbaras vencem. Sabemos qual foi a carência destes metais quando os godos e os vândalos, por um lado, os sarracenos e os tártaros, por outro, invadiram tudo.

CAPÍTULO V

Continuação do mesmo assunto

A prata tirada das minas da América, transportada para a Europa, daí também enviada para o Oriente favoreceu a navegação da Europa: é mais uma mercadoria que a Europa recebe em troca da América e envia em troca para as índias. Uma quantidade maior de ouro e de prata é, então, favorável quando estes metais são considerados como mercadorias; ela não o é quando são tomados como signo, porque sua abundância fere sua qualidade de signo, que se baseia muito em sua raridade.

Antes da primeira guerra púnica, o cobre estava para a prata assim como 960 estão para 1; está hoje mais ou menos assim como 73 1/2 estão para 1. Mesmo que a proporção fosse como era antigamente, a prata cumpriria até melhor sua função de signo.

Porque razão o preço da usura diminuiu de metade quando da descoberta das Índias

O roca Garcilasso conta que na Espanha, após a conquista das índias, as rendas, que estavam em 10 por cento, caíram para 5 por cento. Devia ser assim. Uma grande quantidade de prata foi de repente levada para a Europa: rapidamente, menos pessoas precisaram de dinheiro; o preço de todas as coisas aumentou, e o dinheiro diminuiu; logo, a proporção foi rompida, todas as dívidas antigas foram extintas. Podemos lembrar-nos da época do Sistema, quando todas as coisas tinham grande valor, exceto o dinheiro. Após a conquista das índias, aqueles que possuíam dinheiro foram obrigados a diminuir o preço ou o aluguel de sua mercadoria, ou seja, os juros.

Desde essa época, o empréstimo não pôde voltar à taxa antiga, porque a quantidade de dinheiro aumentou todos os anos na Europa. Por outro lado, como os fundos públicos de alguns Estados, fundados nas riquezas que o comércio lhes trouxe, renderam juros muito módicos, foi preciso que os contratos dos particulares fossem regulados por isso. Por fim, como o câmbio deu aos homens uma facilidade singular de transportar dinheiro de um país para outro, o dinheiro não poderia ser raro num lugar, que não chegasse de todos os lados daqueles onde era comum.

CAPÍTULO VII

Como o preço das coisas é fixado pela variação das riquezas de signo

O dinheiro é o preço das mercadorias ou gêneros. Mas como este preço será fixado? Isto é, por que porção de dinheiro cada coisa será representada?

Se compararmos a massa de ouro e de prata que está no mundo com a soma das mercadorias que existem, é certo que cada gênero ou mercadoria em particular poderá ser comparado com certa parcela da massa inteira do ouro e da prata. Assim como o total de uma estará para o total da outra, a parte de uma estará para a parte da outra. Suponhamos que só exista um gênero ou mercadoria no mundo, ou que só exista um que se compre, e que ele se divida como o dinheiro; esta parte desta mercadoria corresponderá a uma parte da massa do

dinheiro; a metade do total de uma, a metade do total da outra; o décimo, o centésimo, o milésimo da outra. Mas, como o que forma a propriedade entre os homens não está todo de uma vez no comércio e como os metais ou as moedas, que são seus signos, tampouco estão ali todos a um só tempo, os preços se fixarão na razão composta do total das coisas com o total dos signos e na do total das coisas que estão no comércio com o total dos signos que também estão; e, como as coisas que não estão no comércio hoje podem estar nele

amanhã e os signos que não estão hoje podem da mesma forma nele entrar, o estabelecimento do preço das coisas sempre depende fundamentalmente da razão do total das coisas com o total dos signos.

Assim, o príncipe ou o magistrado tanto não podem taxar o valor das mercadorias quanto não podem estabelecer por decreto que a relação de um a dez é igual à de um a vinte. Juliano, quando abaixou o preço dos gêneros em Antioquia, causou lá uma horrenda escassez de alimentos.

CAPÍTULO VIII

Continuação do mesmo assunto

Os negros da costa da África possuem um signo de valores, sem moeda: é um signo puramente ideal, baseado no grau de estima que têm em seu espírito pela mercadoria, na proporção da necessidade que dela têm. Um certo gênero ou mercadoria vale três macutos; outro, seis macutos; outro, dez macutos; é como se dissessem simplesmente três, seis, dez. O preço é formado pela comparação que fazem de todas as mercadorias entre si; então, não existe moeda particular, mas cada porção de mercadoria é moeda da outra.

Introduzamos por um momento entre nós essa maneira de avaliar e juntemo-la à nossa: todas as mercadorias e gêneros do mundo, ou então todas as mercadorias ou gêneros de um Estado em particular, considerado isoladamente de todos os outros, valerão um certo número de macutos; e, dividindo o dinheiro deste Estado em tantas partes quantos macutos houver, uma parte dividida deste dinheiro será o signo de um macuto.

Se supusermos que a quantidade do dinheiro de um Estado dobra, será preciso para um macuto o dobro de dinheiro; mas se, dobrando o dinheiro, dobrarem também os macutos a proporção permanecerá tal qual era antes de uma e outra duplicação.

Se, depois da descoberta das índias, o ouro e a prata aumentaram na Europa na razão de um para vinte, o preço dos gêneros e mercadorias deveria ter subido na razão de um para vinte. Mas, se, por outro lado, o número das mercadorias aumentou como de um para dois, será preciso que o preço destas mercadorias e gêneros tenha aumentado, por um lado, na razão de um para vinte e tenha baixado na razão de um para dois, e que só esteja

conseqüentemente na razão de um para dez.

A quantidade das mercadorias e dos gêneros cresce por um aumento do comércio; o aumento do comércio, por um aumento do dinheiro que chega sucessivamente, por novas comunicações com novas terras e novos mares, que nos trazem novos gêneros e novas mercadorias.

CAPÍTULO IX

Da raridade relativa do ouro e da prata

Além da abundância e da raridade positiva do ouro e da prata, existe também uma abundância e uma raridade relativa de um destes metais em relação ao outro.

A avareza guarda o ouro e a prata, porque, como não quer consumir, gosta dos signos que não se deterioram. Ela prefere guardar o ouro a guardar a prata porque sempre teme perder e pode esconder melhor o que tem um volume menor. Assim, o ouro desaparece quando a prata é comum porque todos que o possuem tratam de escondê-lo; volta a aparecer quando a prata é rara porque são obrigados a retirá-lo dos esconderijos.

Logo, é uma regra: o ouro é comum quando a prata é rara, e o ouro é raro quando a prata é comum. Tal coisa evidencia a diferença entre a abundância e a raridade relativas e a abundância e a raridade reais: coisa da qual vou falar muito.

CAPÍTULO X Do câmbio

A abundância e a raridade relativas das moedas dos diversos países formam o que chamamos câmbio.

O câmbio é uma fixação do valor atual e momentâneo das moedas.

A prata, como metal, tem um valor como todas as outras mercadorias; e ainda tem um valor que vem de que é capaz de se tornar o signo das outras mercadorias; e, se tosse apenas uma simples mercadoria, não se deve duvidar de que perderia muito de seu preço. A prata, como moeda, tem um valor que o príncipe pode fixar em algumas relações e que não poderia fixar em outras.

O príncipe estabelece uma proporção entre uma quantidade de prata como metal e a mesma quantidade como moeda; 2º fixa aquela que existe entre diversos metais usados como moeda; 3º estabelece o peso e o título de cada moeda. Por fim, ele dá a cada moeda o valor ideal de que falei. Chamarei o valor da moeda nestas quatro relações valor positivo, porque pode ser fixado por lei.

As moedas de cada Estado têm, além disso, um valor relativo, no sentido de que são comparadas com as moedas cie outros países: é este valor relativo que o câmbio

estabelece. Ele depende muito do valor positivo. É fixado pela estima mais geral dos negociantes e não pode sê-lo por ordenarão do príncipe, porque varia incessantemente e depende de mil circunstâncias.

Para fiar o valor relativo, as diversas nações regular-se-ão bastante sobre aquela que possuir mais dinheiro. Se ela possuir mais dinheiro do que todas as outras juntas, será realmente preciso que todas se meçam por ela, o que fará som que elas se regulem mais ou menos entre si como elas se mediram com a nação principal.

No estado atual do universo, a Holanda é a nação da qual estamos falando. Examinemos o câmbio em relação a ela.

Existe na Holanda uma moeda que se chama um florim; o florim vale vinte sols, ou quarenta meios-soldos, ou gros. Para simplificar as idéias, imaginemos que não existem florins na Holanda e que só existem gros: um homem que tiver mil florins terá quarenta mil gros, e assim por diante. Ora, o câmbio com a Holanda consiste em saber quantos gros valerá cada moeda dos outros países; e, como contamos normalmente na França em escudos de três

estiver em cinqüenta e quatro, o escudo de três libras valerá cinqüenta e quatro gros; se estiver em sessenta, valerá sessenta gros; se o dinheiro estiver escasso na França, o escudo de três libras valerá mais gros; se existir em abundância, valerá menos gros. Essa raridade ou essa abundância, de onde resulta a mutação do câmbio, não são a raridade ou a abundância reais; são uma raridade ou uma abundância relativas: por exemplo, quando a França precisa mais ter fundos na Holanda do que os holandeses precisam ter na França, o dinheiro é chamado comum na França e escasso na Holanda, et vice versa.

Suponhamos que o câmbio com a Holanda esteja em cinqüenta e quatro. Se a França e a Holanda formassem apenas uma cidade, agiríamos como quando damos a moeda de um escudo: o francês tiraria de seu bolso três libras e o holandês tiraria do seu cinqüenta e quatro gros. Mas, como há uma distância entre Paris e Amsterdã, é preciso que aquele que dá por meu escudo de três libras cinqüenta e quatro gros que ele possui na Holanda me dê uma letra de câmbio no valor de cinqüenta e quatro gros sobre a Holanda. Não se trata mais aqui de cinqüenta e quatro gros, e sim de uma letra de cinqüenta e quatro gros. Assim, para avaliar a raridade ou a abundância do dinheiro, é preciso saber se há na França mais letras de cinqüenta e quatro gros destinadas à França do que existem escudos destinados à Holanda. Se existirem muitas letras oferecidas pelos holandeses e poucos escudos

oferecidos pelos franceses, o dinheiro será raro na França e comum na Holanda, e será preciso que o câmbio suba e por meu escudo me dêem mais do que cinqüenta e quatro gros, senão, não o darei; et vice versa.

Podemos perceber que as diversas operações do câmbio formam uma conta de receita e de despesa que é sempre preciso saldar e que um Estado que deve não quita suas dívidas através do câmbio, assim como um particular não paga uma dívida trocando dinheiro. Suponho que só existem três Estados no mundo: a França, a Espanha e a Holanda; que

diversos particulares da Espanha devem na França o valor de cem mil marcos de prata e que diversos particulares da França devem na Espanha cento e dez mil marcos; e que alguma circunstância fez com que cada um, na Espanha e na França, quisesse de repente retirar seu dinheiro: que fariam as operações de câmbio? Elas quitariam reciprocamente destas duas nações a quantia de cem mil marcos; mas a França deveria ainda dez mil marcos na Espanha, e os espanhóis teriam ainda letras sobre a França no valor de dez mil marcos, e a França não teria nenhuma sobre a Espanha.

Se a Holanda estivesse num caso contrário com a França e, como saldo, devesse a ela dez mil marcos, a França poderia pagar a Espanha de dois modos: ou dando a seus credores na Espanha letras sobre seus devedores da Holanda no valor de dez mil marcos, ou então mandando dez mil marcos de prata em espécies para a Espanha.

Segue-se daí que, quando um Estado precisa remeter uma quantia de dinheiro para outro país, é indiferente, pela natureza da coisa, que se transporte dinheiro ou que se levem letras de câmbio. A vantagem destes dois modos de pagar depende unicamente das

circunstâncias atuais; será preciso ver o que, neste momento, renderá mais gros na Holanda, ou dinheiro levado em espécies ou uma letra sobre a Holanda com uma quantia igual.

Quando o mesmo título e o mesmo peso de prata na França rendem para mim o mesmo peso e o mesmo título de prata na Holanda, se diz que o câmbio está em paridade. No estado atual das moedas, a paridade está mais ou menos em cinqüenta e quatro gros por escudo: quando o câmbio estiver acima de cinqüenta e quatro gros, diremos que está alto; quando estiver abaixo, diremos que está baixo.

Para saber se, numa certa situação do câmbio, o Estado ganha ou perde, é preciso

considerá-lo como devedor, como credor, como vendedor, como comprador. Quando o câmbio está mais baixo do que a paridade, ele perde como devedor e ganha como credor; perde como comprador, ganha como vendedor. Podemos perceber claramente quando perde como devedor: por exemplo, se a França dever para a Holanda certo número de gros, quanto menos gros valer seu escudo, de mais escudos precisará para pagar; pelo contrário, se a França for credora de certo número de gros, quanto menos gros valer cada escudo, mais escudos receberá. O Estado também perde como comprador, pois é necessário sempre o mesmo número de gros para comprar a mesma quantidade de mercadorias e, quando o câmbio baixa, cada escudo da França dá menos gros. Pela mesma razão, o Estado ganha como vendedor: vendo minha mercadoria na Holanda pelo mesmo número de gros que a vendia; logo, eu terei mais escudos na França quando com cinqüenta gros eu conseguir um escudo do que quando precisar de cinqüenta e quatro gros para ter esse mesmo escudo: o contrário de tudo isto

acontecerá com o outro Estado. Se a Holanda dever um certo número de escudos, ela ganhará; se os devermos a ela, ela perderá; se vender, perderá; se comprar, ganhará.

No entanto, é preciso observar o seguinte. Quando 0 câmbio está abaixo da paridade, por exemplo, se estiver em cinqüenta em vez de estar em cinqüenta e quatro, deveria acontecer que a França, enviando pelo câmbio cinqüenta e quatro mil escudos para a Holanda, só compraria mercadorias no valor de cinqüenta mil; e, por outro lado, se a Holanda mandasse o valor de cinqüenta mil escudos para a França, compraria mercadorias no valor de

cinqüenta e quatro mil: o que daria uma diferença de oito cinqüenta e quatro avos, ou seja, mais de um sétimo de perda para a França; de sorte que seria necessário mandar para a Holanda um sétimo a mais em dinheiro ou em mercadorias do que quando o câmbio estava ao par; e, como o mal aumenta sempre, porque tal dívida faria o câmbio abaixar mais, a

França estaria, no fim, arruinada. Parece, digo eu, que tal coisa deveria acontecer; e isso não acontece, por causa do princípio que ¡á estabeleci em outra parte, que é que os Estados sempre têm tendência a se colocarem em equilíbrio e a se propiciarem a

libertação. Assim, eles só tomam emprestado nar proporção do que podem pagar, e só compram na medida em que vendem. E, tomando o exemplo acima, se o câmbio cair na França de cinqüenta e quatro para cinqüenta, o holandês, alue comprava mercadorias por mil

escudos e pagava por gilas cinqüenta e quatro mil gros, não pagaria mais do que cinqüenta mil, se o francês quisesse consentir. Mas a mercadoria da França aumentará

insensivelmente; o lucro será dividido entre o francês e o holandês, pois quando um negociante pode ganhar ele divide facilmente seu lucro; logo, será feita uma comunicação de lucro entre o francês e o holandês. Da mesma forma, o francês, que comprava

mercadorias da Holanda no valor de cinqüenta e quatro mil gros e chie as pagava com mil escudos quando o câmbio estava em cinqüenta e quatro, seria obrigado a acrescentar quatro cinqüenta e quatro avos a mais de escudos da França para comprar as mesmas mercadorias. Mas o mercador francês, percebendo a perda que terá, irá querer dar menos pelas

mercadorias da Holanda. Então, será feita uma combinação cie perda entre o mercador francês e o mercador holandês; o Estado se colocará imperceptivelmente em equilíbrio e a baixa do câmbio não terá todos os inconvenientes que se deveriam temer.

Quando o câmbio está mais baixo do que a paridade, um negociante pode, sem diminuir sua fortuna, enviar seus fundos para os países estrangeiros; porque, fazendo-os voltar, ganha de volta o que perdeu; mas um príncipe que só manda para os países estrangeiros um

dinheiro que não deve mais voltar sempre perde.

Quando os negociantes fazem muitos negócios num país, o câmbio aumenta infalivelmente. Isto se deve ao fato ele que se fazem muitos contratos e se compram muitas mercadorias; e se tira do país estrangeiro para pagá-las.

Se um príncipe acumular muito dinheiro em seu Estado, o dinheiro poderá tornar-se raro realmente e comum relativamente; por exemplo, se, ao mesmo tempo, esse Estado tivesse de pagar muitas mercadorias no país estrangeiro, o câmbio abaixaria, ainda que o dinheiro fosse raro.

O câmbio de todas as praças tende sempre a se colocar em certa proporção; e isto está na natureza da própria coisa. Se o câmbio da Irlanda para a Inglaterra estiver mais baixo do

No documento O Espírito das Leis (páginas 183-195)