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No curso normal das suas operações, a Companhia é exposta aos seguintes: riscos de mercado (taxa de juros e risco cambial), risco de crédito e risco de liquidez.

Risco de mercado é o risco de que o valor justo ou os fluxos de caixa futuros de determinado instrumento financeiro oscilem devido às variações nas taxas de juros.

• Risco de taxa de juros- risco de taxa de juros é o risco de que o valor justo ou os fluxos de

caixa futuros de determinado instrumento financeiro flutuem devido a variações nas taxas de juros de mercado.

A Companhia utiliza os recursos gerados pelas atividades operacionais para gerir as suas operações e para garantir a renovação de sua frota e parte do seu crescimento. Para complementar sua necessidade de caixa para crescimento, ou para liquidar dívidas e melhorar o perfil do endividamento, a Companhia obtém empréstimos e financiamentos junto às principais instituições financeiras do País, assim como emite títulos de dívida, que são geralmente indexados à variação do CDI ou taxa pré-fixada. O risco inerente surge da possibilidade de aumentos relevantes na taxa do CDI.

Conforme requerido pela ICVM 475/08, a Companhia efetuou testes de sensibilidade para cenários adversos (deterioração da taxa do CDI em 25% ou 50% superiores ao cenário provável), considerando as seguintes premissas:

• Em 31 de março de 2013, a dívida líquida da Companhia somava R$1.193,5 milhões. Deste total exclui-se o valor de R$422,3 milhões, referente às operações de leasing contratadas à taxa pré-fixada e os valores correspondentes à proteção realizada na contratação de operações de swap, trocando taxas indexadas ao CDI por taxas pré-fixadas, de forma que a dívida líquida sujeita à variação do CDI monta em R$771,2 milhões em 31 de março de 2013.

• A expectativa de mercado, conforme dados obtidos do Boletim Focus, emitido pelo Banco Central do Brasil, com data base em 31 de março de 2013, indicavam uma taxa mediana efetiva do CDI estimada em 8,14%, cenário considerado provável para o ano de 2013, ante a taxa efetiva de 7,51% verificada no período de 12 meses findo em 31 de março de 2013.

R$ milhões Consolidado Descrição Cenário Provável (*) Cenário I - deterioração de 25% Cenário II - deterioração de 50%

Dívida líquida em 31 de março de 2013 1.193,5 1.193,5 1.193,5

(-) Leasing a taxa pré-fixada e valores protegidos com swap para

taxa pré-fixada (422,3) (422,3) (422,3)

Dívida líquida sujeita à variação do CDI 771,2 771,2 771,2

Taxa efetiva do CDI no período de 12 meses findos em 31/03/13 7,51% 7,51% 7,51% Taxa anual estimada do CDI, conforme cenários previstos 8,14% 10,18% 12,22% Efeito nas despesas financeiras:

- conforme taxa efetiva (57,9) (57,9) (57,9)

- conforme cenários (62,7) (78,5) (94,2)

(Aumento) nas despesas financeiras anuais (4,8) (20,6) (36,3)

(*) Conforme requerido pelo IFRS 7, a Administração entende que a taxa de 8,14% é o cenário para os próximos 12 meses, razoavelmente possível, conforme Boletim Focus do Banco Central do Brasil.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

• Risco cambial - a Companhia tem exposição cambial visto que possui empréstimos denominados em moeda estrangeira no montante de R$293,0 milhões (valor de Referência nocional).

A instabilidade da taxa de câmbio poderá afetar os negócios da Companhia, seus resultados operacionais e suas perspectivas.

O Real tem apresentado desvalorização periódica em relação ao Dólar e a outras moedas. Periodicamente, houve flutuações significativas na taxa de câmbio entre o Real e o Dólar e outras moedas estrangeiras. Por exemplo, o Real desvalorizou 18,7% e 52,3% em relação Dólar em 2001 e 2002, respectivamente, e valorizou 18,2%, 8,1%, 11,8%, 8,7% e 17,2% em relação ao Dólar em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, respectivamente. Em 2008, principalmente como resultado da crise financeira internacional, o Real apresentou desvalorização de 31,9% em relação ao Dólar e fez com que investidores estrangeiros retirassem bilhões de reais da BM&FBOVESPA. Em 2009 e 2010, o Real tornou a valorizar em relação ao Dólar, fechando em R$1,74 e R$1,67 para cada Dólar, respectivamente.

Ao longo de 2011 o Governo Brasileiro realizou medidas para conter a valorização do Real frente ao Dólar. Durante o ano, a taxa de câmbio Real/Dólar chegou a apresentar mínima de R$1,53 para cada Dólar. Em 31 de dezembro de 2011, a taxa média de câmbio Real/Dólar fechou em R$1,67, apresentando valorização de 1,05% como resultado das medidas tomadas, em relação à cotação de 31 de dezembro de 2010. Em 31 de dezembro de 2012 a taxa média de cambio Real/Dólar fechou em R$1,95, apresentando desvalorização de 16,77%, em relação à cotação de 31 de dezembro de 2011.

Desvalorizações do Real em relação ao Dólar podem criar pressões inflacionárias adicionais no Brasil com impacto nos preços de aluguel de imóveis, dos preços de serviços e dos preços de produtos, que podem afetar negativamente os nossos resultados operacionais. Por outro lado, a valorização do Real em relação ao Dólar pode afetar as contas correntes no Brasil e a balança de pagamentos, bem como reduzir o Produto Interno Bruto - PIB devido ao aumento das importações. A desvalorização ou valorização do Real pode afetar positiva ou negativamente o crescimento da economia brasileira e os negócios da Companhia, seus resultados operacionais e suas perspectivas.

Desdobramentos e a percepção de risco em outros países, especialmente nos Estados Unidos e em países do mercado emergente, poderão afetar negativamente o negócio da Companhia e o preço de mercado dos valores mobiliários brasileiros.

O valor de mercado de valores mobiliários de emissoras brasileiras é afetado pelas condições econômicas e de mercado em outros países, inclusive os Estados Unidos, a União Europeia e do mercado emergente. Embora as condições econômicas nesses países possam ser significativamente diferentes das encontradas no Brasil, as reações dos investidores aos desdobramentos nesses outros países poderão afetar negativamente o valor de mercado dos valores mobiliários de emissoras brasileiras. As crises financeiras nos Estados Unidos, na União Europeia ou em países emergentes poderão diminuir o interesse dos investidores em valores mobiliários de emissoras brasileiras, incluindo a Companhia. Isso pode dificultar o acesso da Companhia aos mercados de capitais e a novos financiamentos.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

A crise financeira global, que teve início no segundo semestre de 2008, teve consequências negativas significativas, incluindo no Brasil, como volatilidade do mercado de ações e de crédito, indisponibilidade de crédito, aumento das taxas de juros, desaceleração econômica geral, volatilidade das taxas de câmbio e pressão inflacionária, dentre outras. Em 2011 e 2012, a crise da dívida que afeta a zona do Euro freou o crescimento das principais economias mundiais, inclusive a brasileira. O crescimento do PIB brasileiro em 2011 e 2012 foi de 2,7% e 0,9%, respectivamente. Fatos esses que poderão, direta ou indiretamente, afetar negativamente a Companhia e o valor de mercado dos valores mobiliários brasileiros e seu negócio.

• Risco de crédito – o risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir suas obrigações contratuais, levando a Companhia a incorrer em perdas financeiras. O risco de crédito na Companhia recai, em suma, nos créditos a receber de clientes e no caixa e equivalentes de caixa depositados em diversas instituições financeiras de grande porte.

A exposição ao risco de crédito consolidado da Companhia, de acordo com o valor residual dos respectivos ativos financeiros, é como segue:

R$ milhões

31/12/12 31/12/11 Empréstimos e recebíveis

Caixa e equivalentes de caixa Aplicações Financeiras

Aaa.br (na escala da Moody´s) 811,0 694,8

Caixa e bancos 12,9 16,2

Total de caixa e equivalentes de caixa 823,9 711,0

Contas a receber 365,1 353,4

1.189,0 1.064,4

• Risco de liquidez – o risco de liquidez é o risco de escassez de recursos para liquidar obrigações. O gerenciamento do risco de liquidez é efetuado com o objetivo de garantir que a Companhia possua os recursos necessários para liquidar seus passivos financeiros na data de vencimento.