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IGPM/ IPCA aprovado pela ANEEL nos termos dos contratos de concessão; e (iii) a aplicação pelas autoridades monetárias brasileiras de política de aumento de juros, o que também teria efeito negativo sobre os resultados da Companhia.

Riscos relacionados à inflação e à taxa de juros

No passado, o Brasil registrou índices de inflação extremamente altos. A inflação e algumas medidas tomadas pelo governo brasileiro no intuito de controlá-la, combinada com a especulação sobre eventuais medidas governamentais a serem adotadas, tiveram efeito negativo significativo sobre a economia brasileira, contribuindo para a incerteza econômica existente no Brasil e para o aumento da volatilidade do mercado de valores mobiliários brasileiro. Mais recentemente, a taxa anual de inflação medida pelo IGP-M caiu de 20,10% em 1999 para 5,53% em 2013, e o índice anual de preços, por sua vez, conforme medida pelo IPCA, caiu de 8,9% em 1999 para 5,91% em 2013. As medidas do governo brasileiro para controle da inflação frequentemente têm incluído a manutenção de política monetária restritiva com altas taxas de juros, limitando assim a disponibilidade de crédito e reduzindo o crescimento econômico. Como consequência, as taxas de juros oficiais no Brasil no final de 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013 foram de 11,25%, 13,75%, 8,75%, 10,75%, 11,00%, 7,25% e 10% ao ano, respectivamente, conforme estabelecido pelo COPOM. Na hipótese de ocorrerem aumentos sucessivos na inflação, os custos e despesas da Companhia poderão aumentar e o seu desempenho financeiro, como um todo, poderá ser adversamente afetado.

Eventuais futuras medidas do Governo Federal, incluindo a redução das taxas de juros, intervenção no mercado de câmbio e medidas para ajustar ou fixar o valor do real, poderão desencadear aumentos de inflação. Se o Brasil experimentar inflação elevada no futuro, o mecanismo de reajuste anual das receitas da Companhia e de suas Controladas com base na inflação, previsto em seus respectivos contratos de concessão, poderá não ser suficiente para protegê-las inteiramente contra os efeitos do aumento de inflação.

Além disso, na hipótese de aumento de inflação, o Governo Federal poderá optar por elevar significativamente as taxas de juros oficiais. A alta das taxas de juros poderá impactar não somente o custo de captação de novos empréstimos pela Companhia, como também o custo de seu endividamento atual, vindo a causar aumento de suas despesas financeiras. Este aumento, por sua vez, poderá afetar adversamente a capacidade de pagamento de obrigações assumidas pela Companhia, na medida em que reduzirá sua disponibilidade de caixa. Em 31 de dezembro de 2014, as dívidas em reais da Companhia eram atreladas principalmente à taxa de juros associada ao CDI e IPCA, as quais totalizavam R$486.146 mil.

Crises políticas no País poderão afetar a economia brasileira e o mercado de valores mobiliários de Companhias brasileiras.

Nos últimos anos, figuras do governo, parlamentares e dirigentes de partidos políticos têm sido alvo de várias alegações de conduta antiética ou ilegal. Essas acusações envolvem violações a leis eleitorais e de financiamento de campanhas, influência de dirigentes do governo e parlamentares em troca de apoio político e outros comportamentos supostamente antiéticos ou corruptos. A Companhia não tem condições de avaliar o impacto que tais acusações e investigações possam ter sobre a avaliação do Brasil nas classificações de risco país efetuadas por instituições financeiras e agências de classificação de risco internacionais. O aumento do risco país representado pelo Brasil em função destas avaliações poderá afetar adversamente os negócios, fluxo de caixa, situação financeira e, consequentemente, a capacidade de pagamento das obrigações da Companhia, na medida em que poderá: (i) representar uma elevação dos custos de captação de recursos das companhias brasileiras no mercado internacional; e (ii) impactar negativamente a demanda por valores mobiliários de emissores brasileiros.

Alterações na legislação tributária do Brasil poderão afetar adversamente os resultados operacionais da Companhia.

O Governo Federal regularmente implementa alterações no regime fiscal que afetam a Companhia. Estas alterações incluem mudanças nas alíquotas e, ocasionalmente, a cobrança de tributos temporários, cuja arrecadação é associada a determinados propósitos governamentais específicos. Algumas dessas medidas poderão resultar em aumento da carga tributária, o que poderá, por sua vez, influenciar a lucratividade e, consequentemente, o resultado financeiro da Companhia e de suas Controladas. Não há garantias de que a Companhia e suas Controladas serão capazes de obter um reajuste tempestivo e integral de sua RAP, o

conjunto.

Riscos relacionados à percepção do risco em outros países, especialmente mercados emergentes, poderão afetar negativamente a economia brasileira.

O valor de mercado de valores mobiliários de emissão de companhias brasileiras é influenciado, em diferentes graus, pelas condições econômicas e de mercado de outros países, incluindo países da América Latina, outros países de economia emergente, os Estados Unidos e a União Europeia. Embora a conjuntura econômica desses países seja significativamente diferente da conjuntura econômica do Brasil, a reação dos investidores aos acontecimentos nesses outros países poderá causar um efeito adverso sobre o valor de mercado dos valores mobiliários de companhias brasileiras, inclusive das ações da Companhia. Crises nesses países poderão reduzir o interesse dos investidores nos valores mobiliários das companhias brasileiras, inclusive os valores mobiliários da emissão da Companhia.

No passado, o desenvolvimento de condições econômicas adversas em outros países do mercado emergente resultou, em geral, na saída de investimentos e, consequentemente, na redução de recursos externos investidos no Brasil. A título de exemplo, os investimentos diretos estrangeiros no País somavam US$45,1 bilhões em 2008, enquanto em 2009 e 2010 somavam US$25,9 bilhões e US$48,4 bilhões, respectivamente, refletindo o cenário de crise mundial. Já em 2011, o país que mais recebeu investimentos na América Latina foi o Brasil, com US$66,6 bilhões, recuando 2% em 2012, para US$65,2 bilhões. Em 2013 os investimentos diretos estrangeiros reduziram ainda mais, chegando a aproximadamente US$ 63 bilhões, o que representou um recuo de 3,9%. A crise financeira originada nos Estados Unidos no terceiro trimestre de 2008 resultou em um cenário recessivo em escala global, com diversos reflexos, que, direta ou indiretamente, afetaram, e afetam, de forma negativa o mercado acionário e a economia do Brasil, tais como oscilações nas cotações de valores mobiliários de companhias abertas, falta de disponibilidade de crédito, redução de gastos, desaceleração generalizada da economia mundial, instabilidade cambial e pressão inflacionária. Como consequência, em 2009, o PIB do Brasil apresentou a primeira variação negativa desde o ano de 1992, oscilando -0,2% em relação a 2008. Além disso, as instituições financeiras podem não estar dispostas a renovar, estender ou conceder novas linhas de crédito em condições economicamente favoráveis, ou até mesmo ser incapazes ou não estar dispostas a honrar seus compromissos.

Qualquer dos acontecimentos acima mencionados poderá prejudicar o preço de mercado dos valores mobiliários da Companhia, além de dificultar o acesso ao mercado de capitais e ao financiamento das operações da Companhia no futuro, em termos aceitáveis ou absolutos. Não há como garantir que futuros acontecimentos em países emergentes, bem como as medidas a serem adotadas pelos governos desses países, não afetarão a oferta de crédito nos mercados local e internacional de modo adverso, causando um efeito prejudicial relevante nos negócios e resultados da Companhia.

Risco de crédito

A Companhia poderá incorrer em perdas decorrentes de um cliente ou de uma contraparte em um instrumento financeiro, decorrentes da falha destes em cumprir com suas obrigações contratuais. Para maiores informações sobre a relação de cobrança e a execução de garantias do sistema de transmissão de energia elétrica, vide seção “7.5. Efeitos relevantes da regulação estatal sobre as atividades da Companhia - a) necessidade de autorizações governamentais para o exercício das atividades e histórico de relação com a administração pública para obtenção de tais autorizações - Acesso ao Sistema de Transmissão”, deste Formulário de Referência.

O risco de crédito é basicamente proveniente de contas a receber de clientes e de instrumentos financeiros, conforme apresentado abaixo. O valor contábil dos ativos financeiros representa a exposição máxima do crédito. Segue abaixo a exposição máxima do risco de crédito da Companhia em 31 de dezembro de 2014:

CONSOLIDADO CONTROLADORA

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

Ativos financeiros

Mensurados a valor justo por meio do resultado

- Caixa e equivalentes de caixa 101.853 121.140 64.190 70.743

- Títulos e valores mobiliários 83.429 238.722 83.429 238.722

- Instrumentos financeiros derivativos 65.343 394 65.343 -

Empréstimos e recebíveis

- Títulos e valores mobiliários - 74.688 - -

- Clientes 217.533 168.337 203.479 158.290

- Ativo financeiro 6.235.113 6.227.752 5.592.246 5.619.465

Mantidos até o vencimento

- Títulos e valores mobiliários 5.932 99.576 5.932 99.576

6.709.203 6.930.609 6.014.619 6.186.796

Para maiores informações sobre o risco de liquidez, vide fatores de risco “A Companhia possui um nível significativo de endividamento, o qual poderá afetar adversamente seus negócios e a capacidade de honrar as suas obrigações, bem como sua situação financeira.” e “Restrições contratuais à capacidade de endividamento da Companhia ou de suas controladas poderão influenciar negativamente sua capacidade de pagamento.”, na Seção 4.1 deste Formulário de Referência.

a) riscos para os quais se busca proteção;

A Companhia está exposta a riscos de mercado resultantes do curso normal de suas atividades, tais como risco cambial, de inflação, de taxas de juros e riscos macroeconômicos, operacionais, de crédito e de liquidez. O gerenciamento de risco da Companhia visa identificar e analisar os riscos aos quais está exposta, para definir limites e controles de riscos apropriados, e para monitorar riscos e aderência aos limites.

b) estratégia de proteção patrimonial (hedge);

A Companhia e suas controladas contratam em determinadas situações instrumentos financeiros derivativos para administrar sua exposição ao risco relacionado à taxa de câmbio (“swap” cambial sem caixa – US$ versus CDI) e taxa de juros (“swap” de taxa de juros Libor). A Companhia e suas controladas não possuem opções “swaptions”, “swaps com” opção de arrependimento, opções flexíveis, derivativos embutidos em outros produtos, operações estruturadas com derivativos e “derivativos exóticos”.

Todas as operações vigentes de instrumentos financeiros derivativos encontram-se registradas em câmaras de liquidação e custódia e não existe nenhuma margem depositada em garantia. As operações não possuem custo inicial.

c) instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge);

Os valores dos instrumentos financeiros derivativos são resumidos as seguir: “Swap” cambial Citibank – Contrato A “Swap” cambial Citibank – Contrato B “Swap” de taxa de juros BID NDF (cambial)

Valor de referência (nocional) em 31/12/2014 US$44.593 US$156.076 - -

Valor de referência (nocional) em 31/12/2013 - - R$138.251 -

Direito de a empresa receber (ponta ativa)

(Libor 3 meses + “Spread”: 0,62%) (1) 1,17647¹ (Libor 3 meses + Spread: 0,89%) (1) 1,17647¹

US$+ Libor US$ 116.420 (1) PTAX

Obrigação de a empresa pagar (ponta passiva) 102,00% CDI 103,50% CDI US$ + Libor limitado a 7% a.a. US$116.420 (1) 2,2350 Vencimento em 10/04/2015 11/04/2016 15/05/2020 14/05/2014 Ponta ativa 118.026 410.428 - - Ponta passiva (102.538) (360.573) - -

“Swap” ativo (passivo) em 2014 15.488 49.855 - -

“Swap” ativo (passivo) em 2013 - - 394 -

Valor a receber (a pagar) em 2014 15.488 49.855 - -

Valor a receber (a pagar) em 2013 - - 394 -