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Capítulo 2 Contextualização Prática

2.3.1. Desenvolvimento da aprendizagem dos alunos

Esta proposta de intervenção dedicada ao desenvolvimento de aprendizagem está de acordo com os resultados obtidos no primeiro estudo relativo à utilização do blog, em sala de aula, tendo em consideração a faixa etária dos alunos dos ciclos de ensino mencionados.

Importa salientar que a tecnologia não substitui a educação, contudo auxilia a prática educativa aperfeiçoando o ensino e permitindo a vivência de novas experiências educativas para os alunos (Liu, 2010).

No caso da Matemática, encontram-se diversas plataformas online, nomeadamente para os conteúdos de geometria, tal como o Geogebra, Cinderela, Geometer Sketchpad e Cabri, que abordam conceitos abstratos construindo, manipulando figuras geométricas, facilitando, assim, a compreensão desses conceitos. Refira-se, também, a plataforma Laboratório de Geometria na Rede (http://hilbert.mat.uc.pt/WebGeometryLab/, sediado em Coimbra) que, permite a interação entre os alunos, constituindo-se como um ambiente colaborativo. Salienta- se também uma grande quantidade de jogos lúdicos e software tal como o Régua e Compasso

2.3. Proposta de intervenção nos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico

49 que aumentam o interesse dos alunos pela Matemática (Cabral et al., 2010; Paixão et al., 2012; V. Santos, 2015; V. Santos, Quaresma, Maric, & Campos, 2016).

Além destas plataformas idealizadas para serem utilizadas em educação Matemática, existem outras plataformas e redes sociais que, também se poderão usar de forma a potenciar a aprendizagem dos alunos em Matemática.

Como o Facebook constitui uma rede social destinada, oficialmente, a maiores de 13 anos, e a faixa etária dos alunos que frequentam os ciclos de ensino referidos ser inferior, sugerimos outras redes sociais adequadas à idade dos alunos como o blog.

Após a análise dos resultados relativamente ao blog, verificámos que os pais não permitiram que os educandos participassem de forma assídua, o que pressupomos ser devido a esta página ser aberta a todas as pessoas. Desta forma, sugerimos um diálogo com os pais expondo as nossas intenções de criação um blog, ou de outra plataforma. Assim, questionamos os pais sobre a sua permissão para os seus filhos comentarem e realizarem tarefas propostas pelo professor nessas páginas. O principal objetivo era o de aumentar a interação entre professor e aluno, bem como auxiliar os alunos na aprendizagem e os pais no acompanhamento dos seus filhos.

Na possibilidade de os pais não permitirem determinadas páginas por serem abertas a todos, como o caso do blog, poder-se-á optar por utilizar uma plataforma, que apenas tivemos conhecimento já no fim da realização deste relatório e por esse motivo não foi desenvolvida ao longo deste, intitulada Google Classroom.

O Google Classroom consiste numa plataforma que permite a interação entre professores e alunos, na qual os alunos são adicionados pelos professores nas respetivas turmas. Caso seja a escola a criar a página, esta pode criar, ver ou excluir qualquer turma, adicionar ou remover alunos e professores das turmas, permitir ou restringir o envio de resumos por email aos pais, e ver os trabalhos de todas as turmas. Os pais não poderão aceder à página, contudo, caso a escola tenha criado a página, e não apenas o professor, os pais poderão receber um resumo por email relativamente aos trabalhos propostos nesta plataforma do seu educando, quer os trabalhos pendentes, próximas tarefas e, ainda, atividades da turma.

Por sua vez, os professores podem criar e gerir turmas, agendar trabalhos, criar tópicos, disponibilizar materiais, corrigir os trabalhos, verificar, automaticamente, os alunos que fizeram os trabalhos, dar feedback direto e em tempo real, quer através dos comentários ou por email e atribuir notas. Por fim, os alunos conseguem acompanhar os materiais e as tarefas

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disponíveis, partilhar recursos, interagir no mural da turma, enviar trabalhos, receber notas e dar e receber feedback dos colegas e dos professores.

Após uma pequena experiência com esta plataforma, embora não a tenhamos testado, ainda, numa turma, consideramo-la uma boa oportunidade de interagir com os alunos, e ver a interação entre os alunos na realização de trabalhos, ou discussão de temas.

Deste modo, é possível abordar problemas e explorar questões que os estudantes proponham, bem como investigações matemáticas que provenham de situações reais ou lúdicas, como jogos e curiosidades matemáticas. Os alunos além de cooperarem uns com os outros, analisam a resolução dos restantes colegas por forma a darem a sua opinião ou a corrigirem se necessário (Bona & Koehler, 2013).

Destacamos que esta plataforma permite excluir as eventuais “desculpas” dos alunos de se esquecerem de que havia um determinado trabalho para fazer, ou que se esqueceram desse trabalho em casa, ou até mesmo de uma prova de avaliação. De facto, a plataforma inclui um calendário, no qual o professor agenda eventos que ficam disponíveis para a turma, além disso o professor, ao pedir a realização de um trabalho tem a possibilidade de colocar um limite para a sua realização.

É importante ressaltar que o professor deve ter sempre em conta as características da turma, assim como, os objetivos pré-definidos para a utilização de redes sociais conjuntamente com os conteúdos programáticos lecionados em sala de aula. Contudo, consideramos que, independentemente, dos objetivos do professor, este poderá incluir o uso de uma das redes sociais disponíveis, pois permitem uma maior interação entre a turma, desde a troca de ideias, exposição de dúvidas, e eventuais soluções. Potencia, também, uma relação mais próxima com o professor, que colaborará de forma mais ativa na aprendizagem dos alunos. De facto, passa a estar disponível durante mais tempo, mesmo aquando da realização dos trabalhos de casa, podendo esclarecer dúvidas em tempo real e dar feedback imediato (Bona et al., 2014; Ponte, 2000).

Caso seja possível, consideramos ideal uma plataforma que permita os pais acompanharem o desenvolvimento escolar dos seus filhos, permitindo aos pais, que não têm facilidade de se deslocarem à escola, tomarem conhecimento dos trabalhos desenvolvidos pelos seus filhos (Wagner, 2003). Assim sendo, caso optem pela plataforma Google

Classroom sugerimos dar conhecimento aos responsáveis da escola ou agrupamento, para que

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51 Deste modo, acreditamos que as redes sociais, as plataformas e o software auxiliam a cooperação e desenvolvem o pensamento crítico dos alunos.

A escola, e em especial, o professor devem incorporar as novas tecnologias no processo educativo dos alunos, com o intuito da escola acompanhar a sociedade, contribuindo para o crescimento dos alunos tornando-os cidadãos críticos, que ajudam os outros, tendo sempre em conta os riscos que estão sujeitos ao utilizar diariamente estas ferramentas.

2.3.2. Partilha de experiências por professores no ensino do 1.º e do 2.º Ciclos do

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