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Desenvolvimento do metamodelo

No documento Hora de mudar.pdf (páginas 140-142)

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II. Desenvolvimento do metamodelo

Para aqueles que não tiveram experiência anterior, eu gostaria de começar falando das diversas fases do metamodelo.

Ele foi inicialmente desenvolvido por John Grinder e Richard Bandler. De fato, foi realmente a primeira coisa que realizaram juntos. Todo o resto da PNL foi descoberto e desenvolvido fazendo-se perguntas. Isso deve ser uma boa motivação para vocês. Apesar de haver outras técnicas, tudo foi precipitado pelo metamodelo - que é simplesmente fazer perguntas. Basta recolher informações e perguntar.

John e Richard começaram estudando Virginia Satir e Fritz Perls. Na tentativa de descobrir como esses terapeutas mágicos atuavam, eles notaram que faziam alguns tipos de perguntas. Bem, John era um linguista e tinha todas as categorias da linguagem definidas na cabeça. Havia estudado esse tipo de coisa na faculdade, mas, para ele, elas eram coisas basicamente acadêmicas. Então se juntou a Richard e ambos fizeram o modelo que aplicava o conhecimento de linguística ao comportamento do dia a dia.

Todo metamodelo é baseado na ideia de que o mapa não é o território. Para operar no mundo, nós todos fazemos mapas do que acontece no mundo externo com nossos sistemas sensoriais, nossos olhos, ouvidos, narizes, bocas e corpos. Com nossos sistemas de linguagem, fazemos também mapas desses mapas ou modelos desses modelos. Chamamos isso de metamodelo, um modelo de como modelar.

Fazemos esse mapeamento com a linguagem. Em outras palavras, mapeamos nossa experiência através da linguagem. As palavras são âncoras para a experiência. Uma palavra é tão âncora quanto um aperto no joelho. As palavras tendem a ser o mais comum sistema de ancoragem, pois há muitas mudanças de qualidades tonais e vários tipos de coisas em fonologia que se podem fazer com a boca e os lábios. É um sistema de ancoragem muito refinado. Tanto quanto sei, você organiza as palavras para disparar experiências e as usa do mesmo modo que utilizaria âncoras táteis. As palavras servem como mapa de nossos mapas internos, que são mapas do território a nossa volta. Portanto você está em terceiro lugar em relação ao território, à realidade.

John e Richard estavam sempre mais interessados na forma, nos padrões de linguagem, do que no conteúdo. Eles notaram que as pessoas ao mapear sua experiência deixavam algumas coisas de fora. Em outras palavras, vocês nunca terão um mapa verdadeiro e explícito.

Há uma história sobre um departamento de cartografia de uma pequena cidade europeia. O departamento de mapas era o maior orgulho da cidade e eles passavam um bocado de tempo trabalhando neles. Decidiram então fazer um mapa que fosse perfeito. Para fazê-lo, começaram a recolher uma quantidade enorme de informação. A próxima etapa era guardar a informação e para isso construíram um prédio maior. E continuavam refinando o mapa, tomando-o mais e mais detalhado, e logo tiveram que derrubar as paredes do prédio, estendendo-o por todo o lugar. Naturalmente, o que aconteceu é que ele se tomou tão grande que cobriu totalmente o território.

O importante é que não há necessidade de um mapa tão grande. Na verdade, não há nenhum mal em eliminar coisas. Se a pessoa só quer achar onde fica uma rua, tudo bem. Usa-se um mapa de ruas que elimina informações sobre montanhas, árvores e tipos de folhas. No entanto, se deseja saber. em que área plantar e que tipo de solo, você precisará de um mapa diferente.

As pessoas que preferencialmente usam predicados visuais fazem esse tipo de coisa com seus sistemas representacionais. Elas estão utilizando um predicado que descreve uma parte do território - o aspecto visual do território. Outras pessoas só descrevem os aspectos cinestésicos, outras, o auditivo e assim por diante.

Ao padrão principal a que estou me referindo chamamos de eliminação. A. Eliminação

Eliminação: isto é, deixar alguma coisa de fora. Como disse, não se pode fazer um mapa sem

deixar algo de fora, a menos que queira se tomar ridículo. Você não pode descrever com detalhes todas as suas experiências. Então começa a deixar de lado algumas coisas. O único problema é que, às vezes, você corta informações importantes. Você tem que encontrar a informação correta para o mapa correto. Muitas pessoas ouviram padrões de linguagem como: "Eu estou com medo ... ", "Eu estou confuso ... ", "Eu estou desnorteado ... " ou "Eu estou feliz ... " E todos esses padrões apagam algumas informações sobre o que você está descrevendo. Em certos casos, há vantagens em recuperar alguma dessas informações. As palavras "feliz", "confuso", "desnorteado" e "medo" são classificadas como predicados. São palavras de ação - descrevem relações entre coisas. Uma palavra como "medo" é um predicado de dois lugares. O significado de "lugar" descreve uma ação entre duas coisas. Então, alguém está com medo de algo e isso foi eliminado na expressão vocal: "Eu estou com medo." Portanto, se você quiser recuperar a informação, a pergunta seria:

"Medo de quê, especificamente?" ou "O que é que lhe dá medo?" Do mesmo modo, se alguém diz "eu estou confuso", ele deve estar confuso sobre alguma coisa.

Numa sentença como: "John pediu café e Mary pediu ervilhas", pode-se eliminar alguma informação. Algumas vezes, ela é redundante. Você não precisa dizer "pediu" duas vezes, embora tenha que ser cuidadoso devido à ambiguidade da frase. Se John pediu café e Mary, ervilhas ... (risos). O que estou tentando dizer é que o correto é cortar alguma informação, mas nem sempre, em outra oportunidade, ela pode ser criticamente importante. Um comunicador profissional precisa ser capaz de ouvir o que foi eliminado e ter as ferramentas verbais para recuperar a informação quando necessária.

Uma das coisas que faremos é tentar identificar onde as pessoas eliminam informação importante. Por exemplo, se alguém diz que está com medo, é muito importante eu saber de que tem medo. Ou, e tem dor, o que está causando a dor e como ela está sendo causada. Provavelmente a maioria das pessoas terá intuições sobre isso. Quando alguém eliminar algo, pergunte: "O quê, especificamente?" Você saberá o tipo de informação que deseja.

1. Comparativos e superlativos

Há outra classe de corte sobre a qual quero falar. Se eu dissesse "o metamodelo é o melhor modo de se obter informação", eu estaria usando o superlativo "melhor". Você pode perguntar: "Melhor do quê? Comparado a quê?" Se digo coisas como "isso é realmente bom, é ótimo, isso é ruim, terrível, ou errado", você dirá: "Comparado a quê?" Ou, em resposta às palavras "melhor" e "pior": "Melhor do quê? Pior do quê?" Dessa forma, se tem uma ideia de como a pessoa está fazendo as comparações e quanta informação ela recolheu antes de fazer a comparação. Muitas comparações são uma forma de eliminar.

No documento Hora de mudar.pdf (páginas 140-142)