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Equivalência complexa

No documento Hora de mudar.pdf (páginas 151-156)

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K. Equivalência complexa

A equivalência complexa é essencialmente encontrar os quatro sistemas que uma pessoa tem para uma palavra específica ou generalização. Quando uma pessoa diz "ela não está me olhando, ela não está prestando atenção em mim", está falando que prestar atenção a ela significa estar olhando para ela. Ou: "Ela não me ama. Ela nunca me fala de seus sentimentos." Para a pessoa, amar é falar para o outro sobre seus sentimentos. Ou: "Ela nunca me toca" ou "Ela está sempre atrasada, ela não me ama" ou "Dói tanto que deve ser amor." Quando alguém torna duas experiências equivalentes, como, por exemplo, "ser tocado significa amor", você pode desafiá-lo dizendo: "Você já soube algum dia que era amado embora não fosse tocado?" Desafie a conexão.

Outra coisa que se pode fazer é usar a pergunta como-você-sabe. Para ter eficiência com a mulher que tinha excesso de peso, precisei descobrir o que significava em sua mente uma terapia eficiente. Em outras palavras, qual o complexo equivalente da pessoa que devo usar para ajudá-la? "O que preciso fazer? O que é equivalente para a sua mudança?" Uma das primeiras coisas que se faz na indução hipnótica é perguntar: "Como você saberia se estivesse em transe?" "Qual é a sua equivalência, em termos do que sentiria, ouviria ou veria em estado de transe?" Faça a mesma coisa para "mudança". "O que você precisaria ver, ouvir ou sentir para fazer a mudança que quer?" É necessário encontrar os tipos de experiência que significarão "mudança," que farão entrar em "transe", ou o que for. Você está obtendo informação. Em alguns casos, você vai precisar fazer desafios, dependendo de como perceber o que está se passando com a pessoa e dependendo da intervenção que quiser fazer.

Comentário da audiência:

- Dê alguns exemplos de equivalência complexa.

Resposta: se você faz essa pergunta, não está entendendo alguma coisa.

Estou dizendo que fazer essa pergunta significa que você não entendeu algo. Isto pode ser muito válido (de novo, isso não é necessariamente inválido). Se digo "você está afirmando com sua cabeça, deve ter entendido alguma coisa da minha resposta", posso estar sendo exato. Estou dizendo que balançar a cabeça significa que você realmente compreendeu ou que aproveitou alguma coisa. Outro exemplo: se eles estão inquietos, é porque estão nervosos, o que significa que inquietação quer dizer nervosismo. Pode haver alguma superposição com a leitura da mente.

Mas se estou falando sobre mudança e digo "eu posso desafiar as nominalizações, eu mudei", então não estou fazendo leitura da mente, mas estou falando porque posso fazer, o que significa que mudei.

Isso me lembra uma história que ouvi John Grinder contar. Um professor de psicologia que ele tinha na faculdade estava ensinando sobre limitação da atenção.

- Você só pode prestar atenção durante quarenta e cinco minutos ou coisa semelhante - dizia. Esse professor falou duas horas e meia sem parar sobre como só conseguimos ficar atentos por 45 minutos (risos). Portanto, estava pensando que deveríamos fazer uma pausa, dar a nós mesmos uma pausa. Gostaria que formassem grupos de quatro e fizessem alguns exercícios nos quais aprenderão a identificar esses padrões.

O que quero que façam é o seguinte: cada um pega um desses padrões, gera uma porção deles e faz com que a outra pessoa identifique o padrão que você está usando e a quantidade de cada Um. Quero que todos pratiquem a geração e o desafio.

Vamos fazer uma pausa de cinco minutos e voltar em dez minutos (risos). Quem estudou metamodelo antes levante a mão. Gostaria que deixassem a mão levantada até se tomarem catalépticos (risos). Na verdade, gostaria de ter pelo menos uma dessas pessoas em cada grupo. Uma pessoa que soubesse bem. Vamos, façam!

Depois do exercício: no outro dia John estava realizando um seminário para advogados e meu pai, que é advogado de patentes, mostrava um truque que muitos advogados chamam de "perguntas duplas". Falo para a pessoa que está sendo interrogada: "Você fez 'x' e depois foi para a casa, não foi?" A pessoa pode ter ido para a casa, mas estou incluindo que fez 'x' na mesma pergunta. Em seguida, o advogado diz: "Responda simplesmente sim ou não" ou "Responda agora somente à pergunta." Se a pessoa disser "não, não fiz", ela age como se estivesse sendo incongruente ou mentindo, porque havia esta representação incongruente. Parte da declaração era correta. Essa é uma escolha de padrão muito interessante. Não acho que pessoas normais a usem muito.

III. Comentários sobre o uso do metamodelo

Gostaria de saber se alguém encontrou algo interessante. Quero salientar algumas coisas: (1) Gostaria de explicar a diferença entre leitura da mente e performativos perdidos. Quando uma pessoa diz "você está cansado", ela está fazendo leitura da mente. "Você está cansado" significa que estou lendo seu estado interno. Um performativo perdido é algo que julga. Se digo "você é mau". "você é desagradável" ou "você comete fraudes e não é profissional", não estou descrevendo um estado interno, estou fazendo um julgamento.

Se digo "você está confuso", não estou fazendo um julgamento, só estou tentando identificar seu estado interno. Se digo que você é mau, estou fazendo um julgamento sobre você. Se falo que está cansado, esse é um estado em que você pode entrar. Se falo que você é desagradável, eu o estou avaliando. Várias declarações de leitura da mente podem ter conotações de julgamento, mas, geralmente, os performativos perdidos são declarações de julgamentos que parecem uma propriedade da realidade, opostos a uma descrição do que está acontecendo dentro da pessoa.

(2) Palavras como "eu sou paciente", "você está confuso", "me sinto curioso" são adjetivos, uma classe de predicados - você reconhece adjetivos e advérbios, dizendo: "A grama é verde." Não é a mesma coisa que falar: "A grama é uma cadeira." Se isso fosse realmente uma nominaliza- ção, se ajustaria à mesma classe. No metamodelo, você desafia os adjetivos e os advérbios como faria com um verbo não específico. Isto é, "como especificamente?"

(3) Algumas vezes os operadores modais de necessidade podem ter várias âncoras ruins associadas, por exemplo: "Eu deveria fazer isso", "Eu deveria fazer aquilo." Se você mudar para operadores modais de possibilidade: "Eu posso fazer isso", "Eu posso fazer aquilo" - isso fará uma grande diferença na maneira de sentir do cliente ou em seu modo de pensar. Experimente dizer para o cliente: "Estou imaginando se você substituiria a palavra 'posso' ou 'quero' por 'deveria' na declaração que acabou de fazer." Ambas as palavras partilham a mesma classificação, isto é, são operadores modais, mas têm conotações diferentes.

(4) Os padrões de equivalência complexa podem ser uma coisa positiva, mas também causar limitações. Num sentido, envolvem uma limitação. Farei uma equivalência direta. A pessoa auditiva ouve balançando a cabeça para o lado de maneira que seu ouvido fique em direção ao rosto da outra pessoa. Ao visual diz: "Ele não está prestando atenção, ele não está me olhando." Para o visual, prestar atenção é olhar. Para aquela pessoa "atenção" é um conjunto desnecessário e limitado de experiências. A "equivalência complexa" poderia ser mais apropriadamente chamada de "equivalência simplista".

(5) Um princípio de exemplo de organização: você tem que encontrar a equivalência complexa da pessoa para um determinado estado. Pergunte: "Como você vai saber que atingiu seu objetivo?" "O que vai acontecer especificamente quando você atingir seu objetivo?" Esse é um uso positivo disso. importante. O metamodelo não significa que sejam ruins os padrões de que estamos falando. Eu uso muitas nominalizações. John e Richard usam nominalizações. Palavras são etiquetas e etiquetar, em si mesmo, não é bom nem ruim. A coisa importante é saber que reações são eliciadas.

(6) Você está fazendo leitura da mente quando omite a equivalência complexa para fazer a computação da experiência interna da pessoa. Usar as pistas de acesso é um modo de fazer leitura da mente sem omitir aquela computação. Você aprende sobre pistas de acesso para ler mais eficientemente as mentes das pessoas.

(7) Quanto a usar os quantificadores universais: encontre um exemplo oposto: "Houve uma época em que isto não aconteceu?" Se disserem "ninguém nunca gostou de mim", você pode lhe dar um contra-exemplo:

"Como você sabe que eu não gosto de você?" Algo assim. Se alguém diz "todo mundo pensa que sou doido", você fala: "Eu não acho que você seja doido." Em outras palavras, você pode se usar como um desafio.

(8) A fenomenologia é a filosofia das nominalizações.

(9) Talvez o metamodelo seja uma das maneiras mais intensas que conheço para colocar alguém em transe. Você está forçando a entrada no tempo para recuperar toda a estrutura profunda. As pessoas devem ir para dentro e fazer uma busca transderivacional, regressão de idade e todas essas coisas, para encontrar a experiência de referência sobre a qual você está perguntando. É uma das maneiras mais rápidas de levar as pessoas a um estado alterado.

Robert Dilts

Apêndice 3

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