2.5 Metodologias de Desenvolvimento de Sistemas de Informação na Web
2.5.6 Modelo da Engenharia Web
2.5.6.5 Desenvolvimento do Sítio Web
A maior parte do desenvolvimento do sítio Web consiste no design do sítio Web e na sua construção para fornecer os conteúdos e as funcionalidades requeridas.
Ginige (2002) desenvolveu um modelo de desenvolvimento de sítios Web composto por dois estágios: design do sítio Web e construção do sítio Web (Figura 23).
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Figura 23: Modelo dos dois estágios para o design e a construção de sítios Web.
2.5.6.5.1 Design do Sítio Web
O design do sítio Web é a primeira etapa do modelo dos dois estágios proposto por Ginige (2002). Começa com uma análise detalhada dos requisitos e o desenvolvimento apropriado das
especificações. O design das páginas da Web é uma actividade muito importante, pois determina
que informação será apresentada e como será apresentada aos utilizadores. Cria-se um protótipo que contém um conjunto de amostras de páginas para avaliar o layout, a apresentação e a navegação da página, dentro e entre as diferentes páginas. Com base no feedback recebido durante o processo de desenvolvimento, modifica-se o design de forma que atenda todos os requisitos dos envolvidos (Ginige, 2002; Murugesan & Ginige, 2004).
O design de sítios Web é a fase criativa no processo de desenvolvimento de aplicações Web. O desenvolvimento dos conteúdos das páginas Web deve considerar os requisitos dos interessados e as capacidades cognitivas dos utilizadores (Cloyd, 2001), as características técnicas e não técnicas, as experiências anteriores dos produtores e utilizadores e as lições aprendidas a partir de aplicações Web similares (Figura 24).
Especificação
Protótipo Avaliação Design
Design de Produção
Fonte: Adaptado de Ginige (2002).
Desenvolver o Processo Criar os Conteúdos Testar o Processo Design do Sítio Web
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Figura 24: Design das páginas Web.
O resultado do processo de design consiste na estrutura da informação, nos métodos de acesso à informação, na aparência e no guia para o desenvolvimento dos conteúdos.
Deve ser criada uma estrutura de organização dos conteúdos, que depende de factores como, natureza da aplicação e, natureza da informação e da tecnologia que será usada para armazenar os conteúdos.
Uma vez criada a estrutura para armazenar a informação, deve-se escolher os mecanismos de navegação para navegar nos conteúdos.
Nielsen, citado por Kaasgaard (2000), apresenta alguns conselhos importantes em relação ao design de páginas na Web:
Ser breve na escrita dos conteúdos, pois os utilizadores não querem ler muito na Web;
Definir as duas coisas mais importantes a serem apresentadas e colocar as outras um pouco de lado, pois a maioria das pessoas vai ao sítio Web para aprender sobre o produto;
No que diz respeito aos testes com os utilizadores, existe uma regra padrão que aconselha a testar a aplicação com os utilizadores representativos, ou seja, com aqueles que fazem parte do grupo de utilizadores alvo e só depois testar com os outros tipos de utilizadores;
Não usar “plug-ins”, pois os utilizadores resistem em fazer download de plug-ins e não têm paciência para ficar mais de cinco minutos para aceder a um sítio Web;
Usar a simplicidade como regra, para que seja fácil para os utilizadores fazerem o que eles esperam fazer no sítio Web e para que voltem a visitá-lo, pois a simplicidade é o factor-chave para que o utilizador sinta que o sítio Web está sob o seu controlo de navegação;
Lições aprendidas Experiência dos utilizadores e produtores Considerações não técnicas Habilidades e capacidades cognitivas dos utilizadores Guia para o desenvolvimento dos conteúdos Requisitos dos envolvidos Limitações tecnológicas Design das páginas Web Estrutura da informação Métodos de acesso à informação Aparência
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Disponibilizar downloads rápidos, já que os utilizadores não têm paciência para esperar por downloads lentos;
Utilizar cores de boa aparência e que sejam fáceis de ler e
Usar manchetes e outros tipos de micro índices pois, devido à sua impaciência, os utilizadores decidem sobre que páginas vão ler baseados em manchetes e resumos.
Nielsen [14] afirma que as hiperligações (links) textuais devem ser coloridas e sublinhadas, a fim de garantir uma melhor percepção, pois os utilizadores não têm que adivinhar o local que devem clicar na página. Se a hiperligação já for colorida, não é sempre absolutamente necessário sublinhá-la.
Existem dois casos onde se pode eliminar, com segurança, o sublinhado: nos menus de navegação e noutras listas de hiperligação. No entanto, o sublinhado é essencial quando se usam hiperligações com cores vermelhas e verdes, e também para melhorar a acessibilidade de utilizadores com pouca visão. O autor também afirma que não se deve sublinhar qualquer texto que não seja hiperligação, pois os sublinhados devem ser reservados somente para as hiperligações e que é importante usar diferentes tons para hiperligações visitadas e hiperligações não visitadas, onde os tons devem ser variantes da mesma cor, em que as mais intensas e brilhantes devem ser reservadas para hiperligações não visitadas.
Os resultados do processo de design e das especificações originais que foram desenvolvidas no início do processo de desenvolvimento do sítio Web são essenciais para o próximo estágio, o processo de construção do sítio Web.
2.5.6.5.2 Construção do Sítio Web
A segunda etapa do modelo dos dois estágios proposto por Ginige (2002) é a construção do sítio Web. A maioria dos servidores Web fornecem uma interface apropriada de comunicação com os módulos externos de software. Como exemplo tem-se o Application Program Interfaces (API) usado pelo servidor Web Microsoft IIS.
É muito importante, nesta fase, pensar em como minimizar os problemas associados à escalabilidade e à manutenção, pois estas características não podem ser adicionadas posteriormente com grande facilidade.