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CAPITULO IV- GESTÃO DAS PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

3. Difusão das publicações periódicas

3.1. Catálogo das publicações periódicas

O Instituto de Arquivo Histórico Nacional é a única instituição que compete conservar e preservar todo o património arquivístico desde a época colonial até a actualidade. E é neste contexto que esta instituição publicou dois Catálogos com

Publicações Periódicas surgidas desde a instalação da Imprensa em de 1842 até ao ano de 2004.

O primeiro Catálogo foi publicado do ano de 1842 até 1998 e o segundo foi editado de 1842 até 200474. Constitui um meio de exposição, gestão e de divulgação das

Publicações Periódicas cabo-verdianas. É, neste sentido, que pretendemos analisar esses dois volumes de Catálogos de difusão das Publicações Periódicas.

O primeiro volume de Catálogo das Publicações Periódicos de 1842-1998 foi publicado em Dezembro de 1998, tendo contado com o patrocínio da BIEF (Baunque d’Information des Etats Francophone). Este Catálogo tem uma introdução (bilingue), português e francês e um índice que remete para a sua organização. O Catálogo está dividido em três partes: a primeira parte é a descrição bibliográfica das publicações de carácter geral e das publicações especializadas. Com base da recolha desses dois catálogos, conseguimos identificar quarenta e quatro publicações de carácter geral, e oitenta e seis publicações especializadas. A segunda parte são os índices que se subdividem em Índice dos Directores com setenta e oito directores de publicação e Índice dos Editores com cinquenta e nove editores de publicação. Por fim, a terceira parte é a Apêndice Documental com cento e sete cópias da capa dos Periódicos expostos no Catálogo.

O segundo volume de 1842-2004 foi divulgado em Junho de 2004. Encontra-se dividida em três partes: a primeira aborda as publicações de carácter geral com cinquenta e três publicações e a outra parte de carácter especializada com cento e quarenta e nove publicações periódicas. Ambas as partes têm os nomes dos periódicos, a data, o local, o estado da colecção, a periodicidade, a tiragem, e os seus respectivos editores e directores. A segunda parte tem um Índice que também subdivide-se em índice dos directores com sessenta e três periódicos e um índice dos editores com noventa e um publicações periódicas. A terceira parte, é um Apêndice Documental, contendo num total cento e vinte cópias da capa dos respectivos periódicos expostos no catálogo.

Da análise feita, verificámos que, no primeiro volume, alguns periódicos têm informações incompletas, como a inexistência de periodicidade, editor, entre outros 74 O Catálogo do volume I (1842-1998) foi revistada e aumentada e mais tarde foi reeditada no volume II (1842-2004).

elementos. Ainda verificámos que, neste Catálogo, apenas estão contidos dois periódicos que surgiram no ano de 1998. Quanto ao Apêndice Documental, ainda faltam fotocópias das capas das respectivas publicações periódicas surgidas nesse ano.

Relativamente ao segundo volume, não há introdução, nem índice capazes de fornecer informações sobre a estrutura do trabalho. Neste Catálogo, não estão introduzidos todos os periódicos que surgiram no ano de 2004, inclusive, na Apêndice Documental falta fotocópias de algumas publicações periódicas surgidas nesse ano. Ainda, constatámos que, neste Catálogo, há muitas informações incompletas, como a falta de data, editor, local, periodicidade, entre outros.

3.2. Boletins de Difusão e outros produtos de Divulgação

Os Boletins de Legislação são as publicações periódicas que contam uma série de legislações por ordem cronológica ou por assunto. São extraídas das publicações oficiais e publicadas num intervalo de tempo regular. A primeira tentativa de difundir a legalização cabo-verdiana foi empreendida pela Direcção dos Estudos, Legislação e Documentação do Ministério da Justiça nos anos 70 e 80. Esta direcção publicava anualmente um boletim que contém a legislação do país saída nos últimos seis meses. Este boletim era classificado por matéria e por ordem alfabética. Após 5 anos, o Ministério da Justiça cessou a sua publicação.

Outro documento importante foi o Boletim de CDID que era notória na disseminação da legislação. O CDID tratava a publicação de leis emanadas do Parlamento periodicamente, através da publicação de um boletim de legislação. Este Boletim foi publicado pela primeira vez em 1989. Com uma periodicidade semestral, ele compreendia duas partes: uma que apresenta as fichas cartográficas e outra que apresentava o índice de descritores. Segundo a antiga bibliotecária, Isabel Andrade, havia vários boletins de difusão como, boletins sobre legislação económica, boletins sobre municípios, entre outros, e nesses periódicos, eram seleccionados os assuntos de interesse e fazia-se o levantamento de tudo o que há sobre esta matéria no BO.

Também disse-nos que o Centro de Documentação tinha um Boletim Bibliográfico, que era publicado anualmente com informações de todos os livros recebidos durante o ano. Havia também um Boletim Analítico publicado anualmente

com entrada de todas publicações periódicas. E com a extinção do Centro de Documentação em 1999, foi transferido todo os documentos para o IBNL e nunca mais foi publicado o Boletim de Difusão.

Uma outra tentativa de divulgação da legislação nacional foi feita pela Biblioteca da Assembleia Nacional, em que era publicada anualmente um boletim com uma listagem de toda a lei aprovada pela Assembleia. Segundo a bibliotecária, Albertina da Graça, apesar da sua curta duração, o Boletim de Legislação da Assembleia Nacional teve algum êxito serviço do público porque era um instrumento bem elaborado com leis e resumos de artigos extraído do BO. Ainda explica que a Assembleia Nacional tem boletins de difusão de legislação desde 1975 até a presente data e que é um serviço feito anualmente pela instituição. Actualmente, o boletim deixou de ser impresso e passou a ser elaborado e publicado internamente nos diversos serviços da Assembleia nacional, através do Outlook, mas que ainda pode ser enviado aos utentes por e-mail.

A experiência de publicação de Boletins de Difusão dos serviços documentais é precária. Os Boletins duram apenas uma dúzia de números, nunca seguem a mesma regularidade e nunca têm um equilíbrio no que diz respeito à qualidade. Como exemplos, podemos citar:

O Loca – Boletim de Informação do Arquivo Histórico Nacional. Surgiu em 1997 e

cessou a sua publicação em 1998. Publicaram-se até ao número três, com uma periodicidade trimestral, contendo oito páginas. Segundo a arquivista, Maria da Luz Pires, essa publicação continha artigos científicos de história e de documentação, artigos de sensibilização e apresentam-nos uma lista das últimas publicações recebidas incluídos os números dos periódicos.

O Boletim de Informação do INIDA – Boletim de carácter mais vasto, continha os

artigos dos investigadores no domínio agrícola e informações sobre as actividades do centro. Com uma periodicidade irregular, cujo primeiro número saiu em 1993 e pela última vez em 1999. Segundo o engenheiro Jacques Tavares, assistente graduado de investigação do Departamento de Ciências do Ambiente, o boletim deixou de ser publicado por várias razões, nomeadamente, a falta de disponibilidade dos investigadores, a demora no tratamento dos dados de investigação e igualmente a escassez de meios financeiros. No entanto, alguns trabalhos de investigação estão sendo divulgados através de seminários, ateliers, revistas internacionais, posters, etc.

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