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Serviços de gestão das publicações periódicas

CAPITULO III- SERVIÇOS DE PRODUÇÃO E DE GESTÃO DAS PUBLICAÇÕES

2. Serviços de gestão das publicações periódicas

A Biblioteca do Arquivo Histórico Nacional foi criada a partir da portaria nº51/92 de 7/09/1992. Tem por missão recolher, organizar, conservar, preservar e difundir o património documental nacional. A responsável é Maria da Luz Pires, Técnica Superior

em Ciências de Informação e Comunicação Documental. Dispõe de cinco técnicos: uma Directora, um responsável da sala de pesquisa (Historiadora), um responsável da sala de leitura (Arquivista), um responsável da Biblioteca e de Apoio a Sala de Leitura (Bibliotecária).

Relativamente aos equipamentos, a Biblioteca, dispõe de vinte e quatro cadeiras, seis mesas na sala de leitura, oito cadeiras, um call-center (sala de pesquisa), cinco secretárias, estantes metálicas e de madeiras e seis computadores. Actualmente, a Biblioteca dispõe de 5.740 títulos de monografias e 839 títulos de periódicos cabo- verdiano e estrangeiro.

Esta instituição tem cooperação com outras bibliotecas e arquivos, como, o Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro (IBNL), a Biblioteca do Governo (BG), a Biblioteca da Assembleia Nacional (BAN), a BAD (Banco Africano de Desenvolvimento), a IFLA (International Federation of Library Associations), Arquivos de Portugal, França entre outros.

Os únicos constrangimentos apontados por esta responsável, são sobretudo a inexistência de um Site Web para disponibilizar as informações sobre o seu funcionamento e acervos para aos seus utilizadores.

2.2. Biblioteca de Assembleia Nacional

Foi criada através da Lei Orgânica nº 18/IV/ 91. É situada na Cidade da Praia, na localidade da Achada Santo António.

Tem como objectivo recolher, seleccionar, indexar, armazenar e difundir a informação científica, económica, social, jurídica e estatística necessária para o desempenho da competência da instituição e seus órgãos. Publica também regularmente boletins de informação bibliográfica.

Esta Biblioteca é dirigida por Albertina da Graça, com licenciatura em Biblioteconomia e tem como colaboradores quatro técnicos: uma bibliotecária, duas secretarias parlamentares e um auxiliar de Biblioteca. Ela dispõe de alguns equipamentos como estantes galvanizadas para a colocação dos livros, mesas, cadeiras, máquina fotocopiadora, computadores, televisão, entre outros materiais.

Relativamente ao fundo documental, a Biblioteca dispõe de 8.963 títulos de monografias e 193 periódicos e dessas publicações apenas 15 estão activas.

A Biblioteca de Assembleia Nacional tem cooperação com várias instituições nacionais e estrangeiras. No estrangeiro, tem cooperação com Assembleia da República de Portugal, com os PALP’S, com a União Interdepartamental de Associação Francofonia, e também tem cooperação com a biblioteca nacional. Segundo a Bibliotecária um dos constrangimentos neste momento é a falta do pessoal com formação na área.

2.3. Biblioteca Municipal de São Vicente

Foi criada no dia onze de Abril de 1996. Integra a Câmara Municipal de São Vicente que se situa na Praça Pidjiguiti. Algumas das atribuições da Biblioteca Municipal de São Vicente (BMSV) é promover a leitura pública, lazer, investigação entre outros.

Esta Biblioteca é dirigida por Lígia Vera-Cruz Morais Leite, formada em Biblioteconomia e Documentação. Nesta biblioteca há nove: um oficial administrativo, dois assistentes administrativos, um escriturário-dactilógrafo, dois ajudantes dos serviços gerais, um auxiliar administrativo e dois guardas.

Relativamente aos equipamentos, segundo a responsável, há uma boa instalação de estantes, equipamentos adequados, apenas faltam os computadores.

Por ser uma Biblioteca Pública, o seu fundo documental é rico em todas as áreas do conhecimento. Actualmente, dispõe de 13.552 títulos de livros. As publicações periódicas não estão contabilizadas.

Quanto a Cooperação, esta Biblioteca tem tido cooperação com as câmaras de Portugal, algumas instituições em São Vicente e o IBNL. Segundo a responsável, esta Biblioteca por ser ligada à Câmara Municipal, tem vários constrangimentos, isto porque, depende na totalidade da palavra de cultura. Tem falta de um orçamento próprio e sem orçamento não se consegue desenvolver muitas actividades. E explica que para um bom funcionamento, a biblioteca devia estar informatizada e com sala de internet para os utentes. Diz ainda que os políticos deviam ver melhor esta área e que o IBNL devia

apoiar mais as bibliotecas municipais e se um dos objectivos do IBNL é apoiar as bibliotecas públicas na promoção da leitura pública, na prática não é o que está a acontecer, porque a BMSV compra os documentos na feira dos livros feita pela própria IBNL.

2.4. Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro

O IBNL é uma instituição autónoma administrativa e financeira. As suas instalações foram financiadas e construídas pela República Popular da China e inaugurada no dia 21 de Maio de 1999 através da Resolução nº 70/99, aprovada em Conselho de Ministros a sete de Outubro de 1999. Fica situada na Cidade da Praia. A esta Instituição compete a promoção do livro e da leitura pública em Cabo Verde e tem como principal missão apoiar os escritores cabo-verdianos na divulgação dos livros bem como na difusão de toda a memória cultural, técnica e científica dos cabo- verdianos quer nacional quer internacional. O seu papel como difusora e promotora de conhecimento frui de um Depósito legal que lhe compete ter dois exemplares de toda a produção bibliográfica do país.

O responsável desta Biblioteca é Joaquim Morais, com formação em Ciências de Informação Documental e dispõe de quatro direcções e serviços, como os serviços técnicos, comunicação e informação, direcção do livro, direcção administrativa e financeira.

O edifício está dividido em vários compartimentos, com duas salas de leitura, uma sala infanto-juvenil, uma sala multimédia, uma sala de conferências, uma sala de exposições, uma área administrativa com cinco gabinetes, uma secretaria e um depósito de livros com capacidade para armazenar 650.000 volumes. Tendo uma área coberta de 2,600 m2.

As salas de leitura são todas climatizadas, devidamente equipadas com mesas, cadeiras, computadores para a pesquisa bibliográfica e com as estantes para arrumação dos documentos.

Actualmente, a Biblioteca tem no seu acervo 13.680 livros, todos introduzidos na Base de Dados. Quanto aos periódicos, não se sabe quantos volumes a Biblioteca disponibiliza, porque não estão contabilizados.

Esta Biblioteca tem cooperação com instituições estrangeiras como Portugal, Brasil entre outros. A nível nacional, tem o IAHN, a BG, a BAN entre outras.

Segundo a Bibliotecária Isabel Andrade, alguns constrangimentos desta Biblioteca têm que ver com o pouco orçamento que não corresponde as exigências da instituição e também com a falta de pessoal qualificada para trabalhar nesta área.

2.5. Biblioteca do Governo

Localizada na Cidade da Praia, é um serviço que depende da chefia do Governo.

Situa-se no 4º piso do Palácio do Governo. Foi criada em 2002 através do Decreto-lei nº 14/2002. Tem por missão, além de assegurar o apoio documental das actividades, do Governo, promover a edição das obras do governo.

É dirigido por um director, Humberto Elísio, Técnico nível III, licenciado em Ciências de Informação Documental. A sua direcção depende da Chefia do Governo e tem colaboradores um oficial administrativo e um auxiliar de Biblioteca.

A Biblioteca tem uma boa iluminação, com ar condicionado, nove computadores, estantes com capacidade para 20.000 livros, mesas, cadeiras e 70 lugares.

Esta Biblioteca tem 3.500 volumes tratados, 3.200 títulos, sendo 70% da área de Direito, 15% de Ciências Sociais e mais 15% pertences a outras áreas. O seu fundo documental tem cerca de 800 títulos sobre Cabo Verde, sendo que 500 títulos são de literatura cinzenta.

Quanto às Publicações Periódicas, a Biblioteca tem no total 100 títulos, cujo 60 são sobre Cabo Verde e tem boletins oficiais desde 1910, apesar de esta estar incompleta. A BG tem ainda apoio na edição de publicações do Governo e tem cooperação com outras bibliotecas, nomeadamente, a Biblioteca Nacional, a Biblioteca do Arquivo Histórico Nacional, a Biblioteca de Assembleia Nacional e participa na rede de bibliotecas com Base de Dados única.

Os constrangimentos referidos pelo responsável, são sobretudo o pouco orçamento que existe para a aquisição de obras, pouca atenção dos dirigentes políticos da tutela, neste momento, não há fotocopiadora e defende que ainda falta definir uma política clara em relação a Biblioteca.

2.6. Centro de Documentação de INIDA

O Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIDA) foi criado pelo Decreto-Lei nº 101/85. Aprovado o seu regulamento pela Portaria nº 109/87, no seu organograma, cria-se um Centro de Documentação com o objectivo de apoiar as actividades dos investigadores e divulgar a informação no domínio de desenvolvimento rural.

O responsável da biblioteca deste serviço é Abel Monteiro formado em Ciências de Informação Documental e tem como colaboradores dois técnicos. A esta biblioteca comporta três computadores, estantes, mesas, cadeiras, entres outros materiais. O seu acervo, dispõe de um fundo que ultrapassa 6.000 livros e 60 de publicações periódicas especializadas, nacionais e internacionais. Deu uma contribuição valiosa para o bom desempenho do instituto. Esta instituição tem cooperação com alguns organismos como o FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), CTA (Centro Técnico Aeroespacial) entre outros.

Algum constrangimento deixado por este responsável é a falta de pessoal qualificado na área de biblioteca e a inexistência do orçamento para a aquisição das publicações periódicas.

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