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Capítulo IV – Metodologia

4.1. Participantes

4.1.1. Docentes de Língua Inglesa do Ensino Superior

Passamos, agora, a proceder à caracterização dos docentes participantes no estudo (n=70). Quanto à idade, de entre os dados registados (houve três respondentes que não a indicaram), foi

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possível constatar que a média se encontra nos 46,1 anos (desvio-padrão de 8,47), sendo que o elemento mais jovem contava 31 anos, enquanto 62 foi a idade máxima registada. A grande maioria dos participantes é de nacionalidade portuguesa (87,1%), havendo ainda registo de nove elementos de outras nacionalidades (dois norte-americanos e sete britânicos).

No que respeita ao género, predomina o sexo feminino, com 78,6% de respondentes, ao passo que o sexo masculino perfaz um total de 21,4% dos inquiridos, conforme se pode verificar na figura seguinte (figura 8).

Figura 8: Distribuição dos docentes por género (n=70).

Em relação às habilitações literárias, a maioria dos participantes é detentora do grau de doutoramento (45,7%), seguindo-se o mestrado (42,9%) e, finalmente, a licenciatura (11,4%). Relativamente à divisão por subsistema de ensino, assinalam-se diferenças significativas. No contexto universitário, a maioria dos respondentes é detentora do grau de mestrado (54,5%), seguindo-se o doutoramento (36,4%) e a licenciatura (9,1%); no ensino politécnico, temos metade dos inquiridos com doutoramento (50%), seguindo-se o mestrado (37,5%) e, finalmente, a licenciatura (12,5%). Representamos os dados referidos na figura abaixo (figura 9).

21%

79%

Masculino Feminino

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Figura 9: Percentagem de docentes por grau académico e por subsistema de ensino universitário ou politécnico (n=70).

Quanto à frequência no Ramo de Formação Educacional (RFE), importa referir

antecipadamente que esta foi uma designação dada à componente pedagógica pós-licenciatura em Línguas e nas Faculdades de Letras, na época pré-Bolonha, essencial para a lecionação de línguas e que antecedia o estágio de profissionalização; este ramo corresponde aos atuais mestrados integrados em ensino. Os resultados indicam que 55,7% frequentaram esta componente, enquanto 44,3% não o fizeram.

Figura 10: Distribuição dos docentes consoante a frequência no Ramo de Formação Educacional (n=70). 9,1 12,5 54,5 37,5 36,4 50 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Universitário (n=22) Politécnico (n=48) Licenciatura Mestrado Doutoramento

55,7% 44,3%

Sim Não

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Uma das questões remetia para a formação em TIC no âmbito da formação inicial pedagógica frequentada. Sendo uma questão não obrigatória, houve um total de apenas 38 respostas, sendo que, de entre estas, os resultados indicam que apenas 31,6% recebeu formação em TIC, valor correspondente a 17,1% do universo de respondentes.

Foi colocada uma questão relativa à experiência atual de docência na área da formação inicial de futuros professores ou do mestrado complementar de ensino, sendo que 57,1% referiu não assumir essa tarefa atualmente, por oposição a 42,9% de respondentes que têm esse papel de formar novos docentes.

Quanto ao tipo de lecionação, a maioria dos respondentes provém do ensino politécnico (68,6%), por oposição a um índice de 31,4% de respondentes oriundos do ensino universitário. No que respeita à IES onde os vários docentes lecionam, incluímos duas tabelas, uma referente ao ensino universitário (tabela 1) e outra ao politécnico (tabela 2), que atestam o número de respondentes por instituição. No ensino universitário, de entre as onze instituições existentes, apenas seis ficaram representadas, enquanto no ensino politécnico houve respondentes de treze instituições, sendo que não houve participação por parte de sete instituições.

Tabela 1: Número total de respondentes que lecionam em instituições do ensino superior público universitário.

Instituição N

Universidade dos Açores 2 Universidade do Algarve 3 Universidade de Aveiro 5 Universidade do Porto 3 Universidade Aberta 2 Universidade de Lisboa 7 Total: 22

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Tabela 2: Número total de respondentes que lecionam em instituições do ensino superior público politécnico.

Instituição N

Escola Superior Náutica Infante D. Henrique 1 Instituto Politécnico de Bragança 3 Instituto Politécnico de Castelo Branco 5 Instituto Politécnico de Coimbra 1 Instituto Politécnico da Guarda 1 Instituto Politécnico de Leiria 13 Instituto Politécnico de Portalegre 8 Instituto Politécnico de Santarém 2 Instituto Politécnico de Viana do Castelo 2 Instituto Politécnico de Viseu 3 Instituto Politécnico de Tomar 3 Instituto Politécnico do Cávado e do Ave 3 Universidade do Algarve (Ensino Politécnico) 3

Total: 48

Relativamente à área de docência, a maioria dos inquiridos leciona na área das Humanidades (57,1%), seguindo-se as Ciências Sociais (28,6%), Ciências Médicas (7,1%), Ciências da Engenharia (4,3%), Ciências Exatas e Ciências Agrárias (ambas com 1,4%). Numa análise mais pormenorizada, por subsistema de ensino, temos apenas três áreas de ensino representadas no contexto universitário, designadamente as Humanidades, com um valor bastante expressivo (90,9%), em contraste com as Ciências Médicas e as Ciências Sociais, cada uma com 4,5% de respondentes. Já no ensino politécnico, a maioria dos respondentes também leciona na área das Humanidades (41,7%), seguindo-se as Ciências Sociais (39,6%), as Ciências Médicas (8,3%), Ciências da Engenharia (6,3%), Ciências Exatas e Ciências Agrárias (ambas com 2,1%). Os dados estão patentes na próxima figura (figura 11).

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Figura 11: Percentagem de docentes segundo a área de lecionação, por subsistema de ensino (n=70)

Um dos aspetos que nos interessa analisar prende-se, também, com o regime de docência. A grande maioria dos respondentes indicou lecionar no regime presencial (um valor na ordem dos 88,6%), sendo que apenas dois elementos referiram ensinar no EaD (2,9%) e seis

respondentes assinalaram a lecionação em ambos os regimes (8,6%). Em virtude do baixo número de respondentes que lecionam exclusivamente no EaD, considerámos vantajoso para a análise, neste caso, agrupar o número de respondentes a lecionar em EaD ou em ambos os regimes, perfazendo o total de respondentes a lecionar em EaD e/ou em ambos os regimes um total de 11,4%. Na figura abaixo (figura 12) estão patentes os dados respeitantes a este tema.

Figura 12: Distribuição dos docentes consoante o regime de docência (presencial vs EaD/ambos) 90,9 41,7 4,5 39,6 4,5 8,3 6,3 2,1 2,1 0 20 40 60 80 100 Universitário (n=22) Politécnico (n=48) Humanidades Ciências Sociais Ciências Médicas Ciências da Engenharia Ciências Exatas Ciências Agrárias

88,6% 11,4%

Presencial EaD ou ambos

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Finalmente, fazemos alusão aos anos de atividade dos respondentes, podendo concluir-se um pendor para uma forte experiência letiva. Mais concretamente, a nível geral, quase um terço do total de respondentes indica lecionar há mais de 20 anos (28,57%), seguindo-se a experiência entre 16 e 20 anos (27,14%), 6 a 10 (20%), 11 a 15 anos (14,29%) e até 5 anos (10%). Na análise efetuada por subsistema de ensino, assinalam-se algumas diferenças. No ensino universitário, temos a maioria dos docentes a lecionar há 16-20 anos (31,8%), seguindo-se o grupo que leciona há mais de 20 anos (27,3%), depois o conjunto de 6-10 anos (22,7%) e, finalmente, os respondentes que lecionam há 11-15 anos e os que têm experiência até 5 anos, ambos com 9,1%. Por outro lado, no contexto politécnico, temos a grande maioria a lecionar há mais de 20 anos (29,2%), seguindo-se a experiência de 16-20 anos (25%), 6-10 anos (18,8%), 11-15 anos (16,7%) e até 5 anos (10,4%), dados representados na figura abaixo (figura 13).

Figura 13: Percentagem de docentes segundo anos de atividade, por subsistema de ensino (n=70) 9,1 10,4 22,7 18,8 9,1 16,7 31,8 25 27,3 29,2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Universitário (n=22) Politécnico (n=48) 0-5 anos 6-10 anos 11-15 anos 16-20 anos > 20 anos

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