• Nenhum resultado encontrado

III. A EDUCAÇÃO

3.5 A EDUCAÇÃO ENQUANTO FUNÇÃO ESTATAL

É o Estado a mais complexa das organizações criadas pelo ser humano228, daí ser objeto de estudo por várias áreas do conhecimento, a exemplo da sociologia, ciência política, antropologia, direito.

A educação, a partir do momento que é dever do Estado, faz parte desse complexo organizacional, pois há em cada país um sistema educacional embutido dentro do Estado, fazendo parte do sistema maior de sua organização política, tendo objetivos e mecanismos para alcançá-los, tanto que, como visto, em grande parte dos Estados o dever de proporcionar a educação a seu povo é prevista constitucionalmente, como no Brasil onde o direito,

correspondente ao dever Estatal, é estendido a ‘todos’, cidadãos ou não (Art. 205).

No Brasil os princípios fundamentais do Estado estão previstos no Título I, artigos 1 a 4 da Constituição Federal, é o ‘espírito’ da constituição política nacional que implica na necessidade de sua observância em tudo e no todo a determinar que, também, a educação seja promovida com fundamento na soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, no pluralismo político, tendo como todo o poder estatal proveniente do povo a ser exercido nos termos da mesma Carta. E não é só, pois os objetivos do Estado estão descritos e parece impossível de serem alcançados sem um engajamento comprometido, realista, permanente e convicto do sistema educacional. De outra forma não será possível construir uma sociedade livre, justa e solidária, capaz de garantir o desenvolvimento nacional, erradicando a pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades e promovendo o bem de todos sem qualquer espécie de preconceito, como consta dos dispositivos assinalados.

Foi o consagrar constitucional e convencional no âmbito internacional do direito do indivíduo à educação que fez nascer ao Estado tal dever, no entanto o modo e limites de tal exercício são de fundamental importância.

A educação vazada em moldes oficiais, medida e dosada pelo Estado, o que tende a acontecer numa nação em que o ensino, mais que dever do Estado é de seu monopólio, acaba por caracterizar o Totalitarismo229, tal qual deu-se na Alemanha de

Weimar (1.919)230, onde a educação estava sob o completo controle do Estado e sob uma ‘obrigação escolar geral’231.

Exatamente por isso, a educação é fundamental à democracia232, pois sendo ministrada dentro dos ideais de solidariedade humana, confraternização universal, da paz entre os povos, por exemplo teria impedido a efetivação do holocausto, horror da Segunda Guerra Mundial; mas não é só, pois como defende Theodor Adorno ao discorrer sobre o assunto, indispensável a evitar a repetição de Auschwitz, que a educação tenha sentido como educação dirigida a uma auto-reflexão crítica, capaz de trazer autodeterminação ao indivíduo233, impossibilitando que as pessoas agreguem-se inconscientemente ao coletivo.

O Artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos do Homem dispõe: “A educação deve visar ao pleno desenvolvimento da personalidade humana e ao reforço do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais.” Ocorre que ao referir-se a ’personalidade’ refere-se ao pleno desenvolvimento do indivíduo,

em suas características personalíssimas, investindo na

personalidade do homem, na originalidade do ser particular enquanto patrimônio vocacional. Mas não é só, pois quando o dispositivo refere-se ao ‘direitos do homem’ e ‘liberdades fundamentais’ impõe a observação da contrapartida necessária, da reciprocidade no respeito e desenvolvimento do outro, e de todos, na mesma proporção, em intensidade e igualdade.

230 Cujo Artigo 120 (Segunda Secção) dispunha: “A educação das jovens gerações, com vista a fazer- lhes adquirir as qualidades físicas, intelectuais e sociais, é o primeiro dever e o direito natural dos pais; a sociedade política vigia o modo como eles os cumprem.”

231 Respectivamente: Artigos 144 e 145 da Quarta Secção. 232 MALUF, Teoria Geral ..., obra citada, página 450. 233 Obra citada, páginas 121 e seguintes.

Tal preocupação aponta Jean Piaget234, está presente no próprio termo ‘personalidade’, vejamos:

Com efeito, do ponto de vista psicológico, como do sociológico, é essencial que se estabeleça a distinção entre o indivíduo e a personalidade. O indivíduo é o eu centrado sobre si mesmo e obstaculizando, por meio desse egocentrismo moral ou intelectual, as relações de reciprocidade inerentes a toda vida social evoluída. A pessoa, ao contrário, é o indivíduo que aceita espontaneamente uma disciplina, ou contribui para o estabelecimento da mesma, e dessa forma se submete voluntariamente a um sistema de normas recíprocas que subordinam a sua liberdade ao respeito de cada um. A personalidade é pois uma certa forma de consciência intelectual e de consciência moral, igualmente distanciada da anomia peculiar ao egocentrismo e da heteronomia das pressões exteriores, porque ela realiza a sua autonomia adaptando-a à reciprocidade.

No mesmo sentido dispõe o Artigo 205 da Constituição Federal Brasileira, ao determinar enquanto objetivo da educação o pleno desenvolvimento da ‘pessoa’, apontando ainda para o efetivo exercício da cidadania, de onde decorre a observância dos direitos individuais em sociedade. Lida, com isto, com valores extremos mas interdependentes, ao mesmo passo que a plena liberdade não é possível ao indivíduo em vida social, moldá-lo aos padrões sociais significaria tirar-lhe o desenvolvimento do maior patrimônio que o indivíduo pode deixar à sociedade, o aperfeiçoamento proveniente,

jamais daquele conformismo, mas da liberdade intelectual e criadora, da originalidade inconformista, da participação democrática consciente e bem intencionada capaz de tornar-se maioria pelo esclarecimento, pela educação, pois é o mecanismo originador do comportamento em consonância com os princípios transmitidos do e no ensinamento.

Ao Estado, falando de seu elemento diretivo, cabe esta obrigação pela disposição constitucional, tarefa árdua, mas indispensável, pois tal atividade é necessária ao reflexo no progresso generalizado da vida nacional, afinal

...não há nenhum conflito necessário entre a concepção de que cada indivíduo tem direito à

educação capaz de lhe assegurar pleno

desenvolvimento pessoal e a concepção de que ele tem o dever de desenvolver-se de modo a contribuir para o progresso da sociedade onde vive. ... constatação de que todos os homens têm possibilidade de alcançar um melhor nível de vida, desde que a educação desenvolva sua inteligência e capacidade de adaptação, necessárias à economia complexa de nossos dias, a qual exige, mais do que aconteceu em qualquer outro período da história humana, a rápida aquisição de novas habilidades e de novas atitudes.235

Exigindo a educação continuada, as tendências universais permitiram à UNESCO “...distinguir uma das características essenciais da evolução das instituições educativas, ou seja, a expansão do domínio da educação para muito além dos limites da família e da escola. A educação passa a caracterizar-se como uma Braga, Rio de Janeiro, página 60.

atividade contínua, necessária a todo ser humano, do início ao fim de sua vida. De fato, todos os países evidenciam atualmente preocupações nesse sentido.”236.

E não é outra a necessidade vista por Jacques Lambert237 ao apreciar a condição brasileira:

“Também em matéria de instrução pública existem dois Brasis e para que o complexo cultural do país novo possa estender-se e abranger todo o país, não basta o crescimento econômico; é preciso ainda que se torne possível a extensão desse crescimento econômico ou, pelo menos, que ele seja acelerado pela difusão geral de instrução adaptada às novas necessidades. O país novo tem de transformar a velha sociedade, fazendo-a participar da sua rápida ascensão e, para transformá-la o progresso da instrução é tão necessário quanto o progresso econômico, do qual não se pode separar.”.

E é ao Estado - por intermédio da educação de infantes, jovens e adultos com os fins dispostos no Artigo 3º da C.F. - que cabe a tarefa de superar os problemas decorrentes da configuração social e cultural determinada pelo nosso modelo de colonização a gerar no Brasil, conforme Darcy Ribeiro, um povo heterogêneo e desigual, havendo:

1. Povos transplantados: vindos quando da colonização e da imigração, com o claro objetivo de crescer, inaceitando a condição de ‘proletários externos’, mas trazendo e implantando sua cultura originária.

235 UNESCO, obra citada, volume 3, páginas 19 e 20.

236 Obra citada, página 20. 237 Obra citada, página 198.

2. Os povos testemunhos: sendo os espoliados da terra (índios) que presenciaram a colonização sofrendo a força do processo que combateu sua cultura, tecnologia

e erradicando suas lideranças, a implantar

forçosamente aristocracia estrangeira e escravizá-los enquanto força de trabalho – dado estatístico apontado pelo autor, em um século de colonização a população indígena havia sido reduzida a 1/20.

3. Povos novos: Formados da conjunção de matrizes étnicas distintas a partir da colonização escravagista e da deculturação e da aculturação determinada pelo ‘caldeamento racial’ a formar novas etnias.238

A escola, direta ou indiretamente, é mandatária dos poderes públicos na questão educacional, não serve à substituição da família mas à complementação e igualitarização da educação plural que esta proporciona239, atuando em induzir o aprendizado ativo,

238 RIBEIRO, Darcy. TEORIA DO BRASIL, editora Paz e Terra, 1972, passim.

239 Na família reside o maior poder educativo e formativo entre todos os demais fatores da formação humana, posto que pela constituição física e psíquica, inclusive no que respeita ao desenvolvimento, o homem nasce em inteira dependência, a ser suprida pela família. Esta é a mais forte, senão única, influência ambiental, determinando um quase monopólio educativo sobre a idade pré-escolar, ou primeira infância, período a que a psicanálise atribui o poder decisivo para a saúde ou lesão da estrutura psíquica do ser humano.

Subestimada pela maioria a importância da ‘identificação social’ da criança, pois é elemento importante para a segura e tranqüila inserção social da criança a identificação de seus pais, inclusive porque é na própria família que a criança aprende a se integrar no mundo, pois é onde aprende a canalizar seus afetos, avaliar e selecionar suas relações, recebendo estímulos para como agir, relacionar-se e a ocupar lugar na sociedade.

Afigura-se nos pais, nos irmãos, na família, portanto, a visão do mundo infantil; passará daí, em crescimento, ao ideal de personalidade formado no mundo familiar, que lhe determinará as convicções éticas e orientará as aspirações da vida para a criança; é de se observar a comparação de Jonas Speyer (SPEYER. W.S. Jonas, PROBLEMAS DA FORMAÇÃO HUMANA, editado pela Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, 1.960, São Paulo, páginas 82/88):

... Na atmosfera há sempre germes de contágio orgânico e, igualmente, germes de decomposição moral. Todos sabem: contra contágios orgânicos, crianças não podem ser protegidas por meio de isolamento; a profilaxia consiste em imunizá-las, fortalecendo-lhes o organismo por alimentação adequada, sono tranqüilo, e movimento abundante ao ar livre. Do mesmo modo, não podendo isolar a criança dos germes onipresentes da decomposição moral, tentaremos imunizá-la (a criança), robustecendo-lhe

profícuo e competentemente orientado, a serviço do preparo para a vida na sociedade adulta e na educação social.

No mesmo diapasão deve ser melhor e mais utilizados todos os recursos e institutos possíveis a exemplo dos meios de

a saúde psíquica pela sanidade moral, serenidade e segurança, cuja atmosfera pura e confortante se respira em qualquer bom convívio familial. ...

No entanto, o dito bom convívio depara-se com problemas, dos quais os mais freqüentes são: a falta de preparo psico-pedagógico; a falta de objetividade dos pais educadores; o reduzido tempo de convívio entre pais e filhos, além decréscimo qualitativo do mesmo; a falta de convívio familiar intimo, muitas vezes substituído por diversões públicas; atritos freqüentes e malignos. Tudo a estimular oposição entre pais e filhos ou, pior, indiferença desesperada, renunciando os pais a qualquer atitude pedagógica, a fim de evitar conflitos, subtraindo dos filhos elemento indispensável à segurança e ao equilíbrio psíquicos: a legítima autoridade paterna e materna, causando o sentimento de abandono, nos filhos, ‘órfãos na própria família’. Em tais circunstâncias, no entanto, o poder formativo da família enfraquece terrivelmente, passando para as instituições educacionais da sociedade; isto é, ao poder público. Vale reproduzir, a respeito outro trecho do Autor:

“A legítima autoridade do educador não tem nada que ver com a tirania ou arbitrariedade; a legítima autonomia do educando não tem nada que ver com indisciplina, relaxamento ou libertinismo. Autoridade emana do educador que se tenha educado, a si mesmo, para modêlo de retidão, coerência, responsabilidade e dedicação abnegada. Êsse educador dá confiança e recebe confiança, pois o educando, sem prejuízo da referida autonomia, se esforçará por seguir-lhe o exemplo.”

Importante ainda ressaltar, com TOSCANO - obra citada páginas 93 e seguintes - que é impossível falar-se de educação sem referir-se à família, pois detém tal função enquanto básica, e é na ação socializadora da família que se desempenha um destacado papel na formação da personalidade dos jovens, decisivamente na primeira infância, pois a visão do mundo que vai se organizando, aos poucos, na mente infantil, não é igual à dos adultos, pois resulta de fatores individuais e sociais, precisando de acompanhamento, portanto, inclusive no que respeita aos valores sociais e morais transmitidos e a correspondência, ou não, com os do meio social onde será inserida, mais tarde, prevendo pontos de conflito e respectivas conciliações, soluções ou contornos, sob pena de rejeição, marginalização e desajustamento. É onde a sociologia auxilia em mostrar os pontos fundamentais na relação família-sociedade. É onde se afigura a preocupação com o equilíbrio psicoemocional da criança, do jovem e do adulto, é aonde a educação é mediação da criança e da sociedade pela família. TOSCANO, obra citada, página 96:

“... Teremos dado um grande passo à frente quando tivermos levado o maior número possível de pais e educadores a compreender quão imperioso é, para o processo de desenvolvimento social, que uns e outros busquem atingir um grau de esclarecimento que os predisponha a não se conformarem mais com o papel de guardiães de uma “velha ordem” ultrapassada, que já prestou os seus serviços, mas, agora, deve dar lugar a outra a outra nova; que os faça compreender que, na medida em que se põem contra a corrente das transformações sociais inadiáveis, estão estrangulando, no nascedouro, a própria sociedade onde vão viver os filhos e, enfim, que nenhuma outra atitude é mais decididamente contrária à marcha da História do que esta.”

Finalmente, todo o exposto nos leva à convicção da importância e indispensabilidade da educação ao adulto, ao pai, à mãe, a toda pessoa, pois a educação sadia começa no lar familiar, onde a única

comunicação de massa, em especial a televisão, para permitir a educação de todos; a exemplo do desenvolver da humanidade em nossa cultura - gênese e mantenedora da sociedade - a proporcionar-lhe saúde, caso contrário, no desenvolvimento do individualismo instintivo e competitivo, torná-la doente e frágil.240

medida estatal em favor da educação dos filhos reside na educação e conscientização da importância do papel assumido, e por assumir, aos pais e adultos.

240 Vale, ainda, embora não tenha relação direta com o presente tema, realçar o papel e a importância da sociedade ao colaborar, consciente ou inconscientemente, na promocão da educação, conforme art. 205 da C.F. 1988.

“Se a educação deve ser sociologicamente analisada como processo social inclusivo, é legítimo conceber a sociedade como sendo, toda ela, uma situação educativa.”(PEREIRA, Luiz e FORACCHI, Marialice M., EDUCAÇÃO E SOCIEDADE – Leituras de sociologia da educação, Companhia Editora Nacional, Quarta edição, São Paulo, página 30, ao referirem-se, os autores à Émile Durkheim.) Inclusive porque a ela cabe a promoção, incentivo e colaboração na educação de todos – Art. 205 da C.F..

Émile Durkheim ao analisar a história afirma que não existe uma educação ideal, pois tem variado infinitamente com o tempo e com o meio, parte do postulado de que de nada serviria uma educação que levasse à morte a sociedade que a praticasse, assim, para que seja formulado o que é a ‘educação ideal’ deve-se levar em consideração, em tal abstração, as condições de tempo e lugar.

A bem de definir educação procura, em todos os sistemas educativos caracteres comuns, encontrando: uma geração de adultos em face da qual há uma geração de indivíduos jovens, crianças e adolescentes, sobre a qual a primeira exerce ação de influência.

Aponta, o Autor, duplo aspecto à educação, o de ser uno, por destinado ao indivíduo, e múltiplo, de acordo com o meio onde se interrelaciona, acaba por definir segundo a seguinte fórmula: “A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine.”( A EDUCAÇÃO COMO PROCESSO SOCIALIZADOR: FUNÇÃO HOMOGENEIZADORA E FUNÇÃO DIFERENCIADORA, ‘Educação e Sociedade’, páginas 34 a 42).

Por tal análise evidente se faz a importância da sociedade na educação do jovem, pois será o meio social em que vive, a determinar-lhe influência educacional (Art. 1 da lei de Diretrizes e Bases da Educação) que, inclusive, propiciará seu acolhimento no mesmo meio. Desconsiderar tal preocupação, é desconsiderar o homem enquanto ser social, e, do contrário, para educação saudável deve haver ambiente capaz de permitir ao educando desenvolver-se com um mínimo de receptividade em seu convívio.

Incompatível com o tempo e lugar em que vivemos, na análise de Durkheim, é que haja uma ‘destinação’ específica para cada educando. A ótica da tão reclamada educação inclusiva, do contrário, nega o Autor qualquer predestinação ao pretender permitir ao excluído, jovem ou adulto, a participação ativa no processo democrático; pois tal se dá na condição de educando escolher e determinar-se diante das opções e possibilidades presentes e ao alcance da pessoa - o cidadão e do indivíduo - de acordo com sua consciência, daí não limitar-se a educação à criança – tratar-se-ia de esquecer do analfabeto, do marginal, do deficiente físico ou mental, do viciado, dentre tantos excluídos que, nem por isso, deixam de ser pais.

A crítica formulada a tal tese por João Francisco Duarte Jr. é de que: “Trata-se, assim, de apresentar ao educando visões ‘parciais’ da realidade, de ‘formá-lo’ para que sua atuação se dê no campo especifico de uma especialidade. O que acentua sobremaneira a cisão da personalidade humana. Por outro lado, ao impedir uma visão totalizante do fenômeno humano, ao desestimular a criação de sentidos individuais com relação ao ‘todo’ da vida. ... Em detrimento de um autoconhecimento, que