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Foi realizada uma pesquisa de campo com o intuito de coletar evidências empíricas que demonstrem a importância do tema em questão, bem como permitam responder à questão de pesquisa.

A empresa estudada tem uma linha de produtos que compreende carros e caminhões leves e pesados. Sua participação de mercado em 2003 aproximou-se dos 11% para automóveis e tende a crescer nos próximos anos. Cerca de 36% da produção de automóveis destina-se à exportação.

Em 1957, há aproximadamente 46 anos, em São Paulo, a empresa lançou seu primeiro caminhão no mercado brasileiro. Desde então, vários outros modelos e aperfeiçoamentos deram continuidade à produção desses veículos, hoje fabricados na planta de São Bernardo do Campo (SP).

Atualmente, 21 modelos com mais de 350 configurações de produção, além de modelos especiais para vários tipos de aplicação, podem ser produzidos pela empresa. Aproximadamente 19% dos caminhões e caminhonetes (pick-up) são destinados ao mercado externo.

Os frutos de um investimento de US$ 200 milhões na nova fábrica já estão sendo colhidos. Em 2001, a empresa vendeu 13.000 unidades no mercado nacional e em março de 2003, registrou seu segundo melhor desempenho em vendas no varejo dos 45 anos de existência, elevando sua participação no mercado de caminhões para 23%.

A nova fábrica de São Bernardo do Campo foi inaugurada início de 2001 e tem capacidade para produzir vinte unidades por hora. Uma de suas maiores inovações é o

sistema de montagem modular. Diferentemente da maneira tradicional, na qual as peças ficavam estocadas ao longo da linha de produção, nesse novo sistema, os componentes caminham junto com o veículo em um carrinho especial. As peças são separadas previamente em um local alcunhado de "supermercado".

A principal vantagem desse modelo de produção é a agilidade do trabalho de montagem, pois o operador não precisa se preocupar com a seleção das peças, bem como seu controle de estoque. Isso contribui para a melhoria da produtividade e qualidade, visto que o risco do operador montar uma peça errada é mínimo.

Os processos produtivos da montadora estão fundamentados nos conceitos de um sistema de produção próprio, identificado neste trabalho pelo nome fictício de Sistema de Produção da Empresa (SPE), que segue o princípio da pirâmide invertida22.

O SPE sugere, além de treinamentos em organização, gerenciamento visual e manutenção de equipamentos, o atendimento às normas de gestão ambiental, ISO 14001, e de controle da qualidade, ISO 9002. Dentre os programas de melhoria, além dos métodos inerentes ao SPE, destaca-se o Six Sigma.

4.2.1 Pessoas entrevistadas na empresa

Dentre os entrevistados está incluso o pessoal da planta de caminhões e da planta de automóveis, aliás, muitos deles atuam em ambas. No entanto, o gerente de manufatura afirma que a organização da produção para as duas plantas é praticamente a mesma, com algumas particularidades da fábrica de caminhões, citadas no item anterior. O contato inicial com a montadora foi feito começando pelo gerente de manufatura de caminhões; as demais pessoas entrevistadas – gerente de SCM, gerente de vendas, supervisor de planejamento da produção, supervisor de assistência técnica ao fornecedor, supervisor de operações de vendas - foram sendo indicadas por ele. Ainda, para a coleta de dados, além do roteiro, foi possível utilizar gravador. As entrevistas procederam na seguinte ordem:

Gerente de Manufatura

22

Significa dizer que as equipes de trabalho controlam as operações de sua área, podendo sugerir alterações nas rotinas de operação. Uma escala mundial de pontuação avalia, constantemente, o desempenho da planta em relação ao SPE.

Responsável por toda a área de manufatura da planta de caminhões leves e pesados. Tem por objetivo disponibilizar os veículos para vendas para atender aos pedidos dos clientes nos mercados internos e externos.

Gerente de Supply Chain e Desembaraço Aduaneiro

Responsável pelo abastecimento de peças e componentes nas fábricas de carros e caminhões, por todo o desembaraço aduaneiro e condução do material para a planta. Cabe a ele definir os modais de transporte para cada material.

Supervisor de Planejamento de Produção

Centralizador de todas as informações das plantas de automóveis e caminhões. Todas as outras áreas da empresa recorrem a essa pessoa para tomarem suas decisões. Correspondente ao "sistema nervoso" da montadora.

Gerente de Planejamento de Vendas / Operações de Importação e Exportação

Responsável pelo planejamento e previsão do volume de vendas para automóveis e caminhões.

Supervisor de Operações de Vendas

Depois que o produto está pronto, a venda dos veículos é responsabilidade dessa área. O cargo anterior planeja e este distribui.

Supervisor de Supplier Technical Assistance – STA (Assistência Técnica ao Fornecedor)

Faz parte da área de Qualidade de Fornecedores. Tem como objetivo o desenvolvimento, suporte técnico e avaliação dos fornecedores-chave da empresa.

Gerente de Planejamento de Processos e Processos da Rede de Distribuição, Marketing e Vendas

Opera a partir do carro pronto. É responsável pelo desenvolvimento da rede de distribuidores. Tem o objetivo de oferecer comodidade ao cliente final em função da disponibilidade de um concessionário o mais próximo possível do cliente.

A Figura 4.2 mostra a macroestrutura organizacional da planta da montadora. Todas as áreas de dentro do escopo da empresa e dispostas na região mais escura dessa figura contribuíram para a realização do trabalho.

FIGURA 4.2 - Esboço da estrutura organizacional da montadora. Fonte: Empresa Estudada. Um roteiro para dirigir as entrevistar foi elaborado a partir da questão de pesquisa e será apresentado a seguir.

4.2.3 Roteiro de entrevista

A Figura 4.3 apresenta um diagrama de árvore que desdobra o objetivo da pesquisa e dá origem a um roteiro para as entrevistas. Primeiramente, foi subdividida a questão de pesquisa em quatro áreas-chave sendo elas: integração, coordenação, SMD’s e SCM. A partir dessa subdivisão, originou-se um roteiro para os entrevistados (Apêndice I) e um roteiro de controle (Apêndice II), que serviu de suporte para o pesquisador conduzir as entrevistas.

O roteiro de entrevistas possibilita uma maior visualização das informações que precisam ser coletadas em campo de modo a encaminhar respostas adequadas às questões de pesquisa. Além disso, evita o distanciamento dos objetivos do trabalho.

Distribuidores Logística de Distribuição de Veículos Manufatura e Logística de Fábrica Logística e SCM Fornecedor Planejamento de Produção e Programação Vendas Compras e Supplier Tecnical Assistance - STA Distribuidores Logística de Distribuição de Veículos Manufatura e Logística de Fábrica Logística e SCM Fornecedor Planejamento de Produção e Programação Vendas Compras e Supplier Tecnical Assistance - STA

FIGURA 4.3 - Árvore de desdobramento do objetivo e roteiro para as entrevistas

Como a

Como a

medi

mediçção de ão de desempenho

desempenho

contribui com a

contribui com a

integra

integraçção e ão e coordena

coordenaçção da ão da

cadeia de cadeia de suprimentos de suprimentos de uma montadora uma montadora de autove

de autoveíículos, culos,

coordenadora coordenadora da cadeia? da cadeia? Integração Sistemas de informação utilizados Troca de informações Mudanças de comportamentos

• Meios utilizados para a troca de informações • Forma como são obtidas essas informações

• Aspectos comportamentais que afetam a troca de informações • Confiabilidade das informações trocadas no do(s) sistema(s)

• Como são utilizadas essas informações

Coordenação

• Imposições dos elos mais fortes sobre clientes e fornecedores • Confiabilidade das informações

• Cooperação e parcerias entre as empresas • Cooperação e parcerias

• Origem e tipo das informações necessárias • Desenvolvimento de novos produtos

• Gestão das competências na cadeia visando a sinergia do todo • As relações contratuais

Informações Gestão dos relacionamentos Formas utilizadas (JIT,

MRP, ISO, QS etc.)

SMD’s

• Medidas de desempenho do ambiente interno; e o

relacionamento entre elas e entre os SMD’s dos principais atores da cadeia de suprimentos

• Medidas de desempenho da cadeia de suprimentos (caso haja) • Uso das informações oriundas das MD’s: quem usa e como usa? • Meios de acesso às informações

• Existência de algum modelo de referência

• Envolvidos no projeto e implementação: quem participa? • Analise e transformação das informações em ações de melhoria • Medidas de desempenho como indutora de novos padrões de comportamentos na empresa

Relação com os SMD’s das empresas da cadeia

Estrutura do SMD da empresa

A gestão do desempenho

SCM

• Gestão das relações de poder entre clientes-fornecedores • Visão do entrevistado sobre SCM

• Informações gerais sobre a implementação do modelo de SCM • Principais barreiras à implementação da SCM

• Principais empresas envolvidas nesse processo • Critérios de escolha dos atores

• Complexidade da cadeia de suprimentos • Estratégias para a cadeia de suprimentos Fase de implementação Visão sobre SCM Gestão do relacionamento Principais atores Como a Como a medi

mediçção de ão de desempenho

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contribui com a

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de autoveíículos, culos,

coordenadora coordenadora da cadeia? da cadeia? Integração Sistemas de informação utilizados Troca de informações Mudanças de comportamentos

• Meios utilizados para a troca de informações • Forma como são obtidas essas informações

• Aspectos comportamentais que afetam a troca de informações • Confiabilidade das informações trocadas no do(s) sistema(s)

• Como são utilizadas essas informações

Coordenação

• Imposições dos elos mais fortes sobre clientes e fornecedores • Confiabilidade das informações

• Cooperação e parcerias entre as empresas • Cooperação e parcerias

• Origem e tipo das informações necessárias • Desenvolvimento de novos produtos

• Gestão das competências na cadeia visando a sinergia do todo • As relações contratuais

Informações Gestão dos relacionamentos Formas utilizadas (JIT,

MRP, ISO, QS etc.)

SMD’s

• Medidas de desempenho do ambiente interno; e o

relacionamento entre elas e entre os SMD’s dos principais atores da cadeia de suprimentos

• Medidas de desempenho da cadeia de suprimentos (caso haja) • Uso das informações oriundas das MD’s: quem usa e como usa? • Meios de acesso às informações

• Existência de algum modelo de referência

• Envolvidos no projeto e implementação: quem participa? • Analise e transformação das informações em ações de melhoria • Medidas de desempenho como indutora de novos padrões de comportamentos na empresa

Relação com os SMD’s das empresas da cadeia

Estrutura do SMD da empresa

A gestão do desempenho

SCM

• Gestão das relações de poder entre clientes-fornecedores • Visão do entrevistado sobre SCM

• Informações gerais sobre a implementação do modelo de SCM • Principais barreiras à implementação da SCM

• Principais empresas envolvidas nesse processo • Critérios de escolha dos atores

• Complexidade da cadeia de suprimentos • Estratégias para a cadeia de suprimentos Fase de implementação Visão sobre SCM Gestão do relacionamento Principais atores lo 4 – P es q u is a d e Ca m p o - 1 0 4 -

O roteiro sofreu várias modificações até chegar à configuração considerada mais adequada, que representa a forma mais generalizada encontrada para abordar diversas áreas e visões dentro da organização. Mesmo assim, durante a aplicação das entrevistas, foram necessárias adaptações de modo a não quebrar o raciocínio lógico do entrevistado. Entretanto, ressalta-se que todos os pontos do roteiro foram abordados com cada entrevistado.