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O STF entende que, embora o parlamentar licenciado tenha suas imunidades suspensas, este deve manter o decoro mesmo durante a licença, sob pena de se sujeitar à perda do cargo (súmula 4, STF está

(6) Imunidades dos congressistas (A) Primeiras palavras

4. O STF entende que, embora o parlamentar licenciado tenha suas imunidades suspensas, este deve manter o decoro mesmo durante a licença, sob pena de se sujeitar à perda do cargo (súmula 4, STF está

cancelada).

Aliás, vamos aproveitar o ensejo e lembrar que a perda do mandato parlamentar poderá ser: (i) Declarada pela Casa Legislativa, nos casos dos incisos III, IV e V do art. 55 (art. 55, § 3º).

(ii) Decidida pela Casa Legislativa, nos casos dos incisos I, II e VI do art. 55, em votação que, desde novembro de 2013 (EC 76), é aberta (art. 55, § 2º).

Isso significa que, em algumas situações (dos incisos III a V), a perda do mandato é automática e a Casa nada pode fazer, a não ser declarar. Em outras (incisos I, II e VI), a perda só acontecerá se a Casa votar nesse sentido.

Desses incisos todos, o mais polêmico é o VI, que indica que em se tratando de condenação criminal imposta ao parlamentar, a Casa decide se ele perde ou não o mandato. Na Constituição, essa hipótese é tratada como ‘cassação’, isto é, a Casa deverá votar e decidir se haverá ou não a perda -- o que significa que a perda do mandato não é automática, como efeito decorrente da prolação da sentença condenatória. No entanto, o STF tem entendido (desde maio de 2017) que quando a condenação ultrapassar 120 dias em regime fechado, a perda do mandato será sim uma consequência lógica da condenação, em razão de o caso migrar do inciso VI para o inciso III (já que se ele está condenado a mais de 120 dias em regime fechado, certamente ele faltará a mais de 1/3 da sessão legislativa, logo, a hipótese passa a se enquadrar em um caso de extinção do mandato, em que a Casa só declara que houve a perda, sem precisar votar). Veja em que termos nossa Corte Suprema explicou o tema:

AP 694/MT, Rel. Min. Rosa Weber: A Primeira Turma, em conclusão e por maioria, julgou procedente ação penal e condenou deputado federal à pena de 12 anos, 6 meses e 6 dias de reclusão, em regime inicial fechado, mais 374 dias-multa no valor de 3 salários mínimos, pela prática dos crimes de corrupção passiva [Código Penal, art. 317 (1)] e lavagem de dinheiro [Lei 9.613/1998, art. 1º, V (2)]. Como efeitos da condenação foram determinadas a perda do mandato parlamentar e a interdição para o exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de diretor, membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas jurídicas citadas na lei de combate à lavagem de dinheiro (redação anterior), pelo dobro da duração da pena privativa de liberdade. (...) O Colegiado, nos termos do voto do ministro Roberto Barroso e por decisão majoritária, decidiu pela perda do mandato com base no inciso III do art. 55 da Constituição Federal (CF) (3), que prevê essa punição ao parlamentar que, em cada sessão legislativa, faltar a 1/3 das sessões ordinárias. Nesse caso, não há necessidade de deliberação do Plenário e a perda do mandato deve ser automaticamente declarada pela Mesa

Diretora da Câmara dos Deputados. (...) Salientou que, como regra geral, quando a condenação ultrapassar 120 dias em regime fechado, a perda do mandato é consequência lógica. Nos casos de condenação em regime inicial aberto ou semiaberto, há a possibilidade de autorização de trabalho externo, que inexiste em condenação em regime fechado.

Ressaltou que a CF é clara ao estabelecer que o parlamentar que não comparecer a mais de 120 dias ou a 1/3 das sessões legislativas perde o mandato por declaração da Mesa, e não por deliberação do Plenário. Assim, para quem está condenado à prisão em regime fechado, no qual deva permanecer por mais de 120 dias, a perda é automática. Vencido, quanto à interdição, o ministro Marco Aurélio. Por último, a Turma assentou a perda do mandato e sinalizou a necessidade de declaração pela Mesa da Câmara, nos termos do § 3º do art. 55 da CF (4).

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Vejamos agora quais são as tipologias de imunidades conferidas pelo constituinte aos parlamentares federais:

25 Em prova, o tema pode aparecer da seguinte maneira:

Questões para fixar

[CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção - Adaptada] Acerca da imunidade parlamentar, julgue a assertiva:

O suplente do detentor de cargo legislativo, enquanto nessa condição, não goza de qualquer tipo de imunidade parlamentar.

[MPE-BA - 2018 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto] No que diz respeito à imunidade parlamentar, julgue a assertiva:

A imunidade parlamentar não se estende ao suplente de Deputado, independentemente do conteúdo das ofensas.

[FUNIVERSA - 2015 - SEAP-DF - Agente de Atividades Penitenciárias] No que se refere ao Poder Legislativo, julgue o item subsequente:

Conforme a jurisprudência do STF, aos suplentes de senadores e de deputados federais, encontrando-se eles ou não no exercício do mandato, garantem-se as mesmas prerrogativas dos titulares.

Comentário:

Como o suplente de parlamentar federal, enquanto ostentar esta condição, não possui qualquer tipo de imunidade, podemos responder as três questões acima reunidas da seguinte forma: as duas primeiras são verdadeiras e a segunda é falsa.

Vale lembrar que, segundo o STF, se o suplente estiver no exercício do mandato (substituindo ou sucedendo o titular), ele fará jus às prerrogativas que cercam o cargo de titular.

Gabarito: Certo/Certo/Errado

[MPE-GO - 2014 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto - Adaptada] Em matéria de prerrogativas dos membros do Poder Legislativo, julgue o item:

Segundo o STF, a imunidade parlamentar material se estende ao deputado ou senador licenciado para ocupar cargo no Executivo.

[FAPEMS - 2017 - Polícia Civil-MS - Delegado de Polícia - Adaptada] Sobre o Poder Legislativo, julgue a assertiva:

Segundo o STF, Deputado ou Senador quando assume o cargo de Ministro de Estado não carrega o bônus das imunidades parlamentares, mas carrega o ônus de poder perder o mandato por quebra de decoro parlamentar, ainda que tenha praticado atos apenas enquanto Ministro de Estado.

Comentário:

Quanto à essas duas questões, podemos marcar que a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. Aliás, a segunda questão foi redigida de maneira exata: de fato, nossa Corte Suprema entende que o parlamentar federal, quando assume outro cargo, não assume consigo o bônus das imunidades, mas segue com o ônus de ter que manter o decoro parlamentar, sob pena de perder o mandato.

Gabarito: Errado/Certo

[IADES - 2019 - AL-GO – Procurador - Adaptada] No que se refere à imunidade parlamentar, considerando-se o previsto na Constituição Federal de 1988 e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), julgue a assertiva:

Em relação à imunidade material, vigora o princípio da disponibilidade, permitindo-se ao parlamentar, livremente, renunciar a certas garantias conferidas constitucionalmente.

Comentário:

Item falso, pois as imunidades são irrenunciáveis.

Gabarito: Errado

(B) Inviolabilidade (ou Imunidade material)

Prevista no art. 53, caput, CF/88, a imunidade material impede a responsabilização penal e cível

do congressista por suas palavras, opiniões e votos (desde que ele esteja no exercício das funções parlamentares)26.

26. Em que pese a Constituição (art. 53, caput, CF/88) somente relacionar a imunidade material às esferas penal e civil, a doutrina (Kildare; Moraes; Bulos) a estende também para o âmbito político-administrativo. Estaria o parlamentar, portanto, protegido contra qualquer responsabilidade penal, civil, bem como política (impossibilidade de ser destituído pelos eleitores ou partido que o elegeu) ou administrativa (impossibilidade de sofrer sanções disciplinares) por suas opiniões, palavras e votos – se prolatados, reitere-se sempre, no desempenho do mandato. A questão, todavia, não é pacífica: há autores (BERNARDES, Juliano Taveira; FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves) que entendem que a incidência da imunidade material foi

Segundo entendimento firmado pelo STF, se o parlamentar está no recinto congressual podemos presumir o exercício da função e, por consequência, a incidência da imunidade.

Se estiver fora do Congresso, deverá o parlamentar comprovar o nexo causal entre o ato praticado e a função parlamentar para que haja a incidência da imunidade.

Conforme prevê o art. 14, § 6º, da CF/88, o membro do Poder Legislativo não precisa se desincompatibilizar (renunciar até 6 meses antes do pleito) para concorrer a outros cargos ou a sua reeleição. Todavia, durante a campanha, os atos praticados na condição de candidato não estarão amparados pela imunidade.

Inq. 1.400-PR, STF, Rel. Min. Celso de Mello: A garantia constitucional da imunidade parlamentar

em sentido material (CF, art. 53, caput) - destinada a viabiliza r a prática independente, pelo membro

do Congresso Nacional, do mandato legislativo de que é titular - não se estende ao congressista, quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem a ofender, moralmente, a honra de terceira pessoa, inclusive a de outros candidatos, em pronunciamento motivado por final idade exclusivamente eleitoral, que não guarda qualquer conexão com o exercício das funções congressuais. Importante mencionar que as entrevistas jornalísticas (em qualquer meio de comunicação, na imprensa televisiva, falada ou escrita), se conectadas com a função, estão amparadas pela imunidade material.

Para finalizar o estudo da imunidade material, deve-se registrar que ela possui eficácia temporal permanente ou absoluta, ou seja, a conduta protegida pela imunidade não gera responsabilização nunca, nem mesmo após o término do mandato parlamentar.

expressamente contida aos âmbitos civil e penal, de modo que teria sido uma opção consciente do legislador constituinte excluir a proteção às demais esferas (político e administrativa).

Questões para fixar

[Quadrix - 2018 - CRM-DF - Assistente Administrativo] Acerca das garantias de independência asseguradas ao Poder Legislativo, julgue o item a seguir:

A imunidade material garantida ao parlamentar afasta a responsabilidade cível e criminal por palavras, opiniões e votos, desde que expressos no espaço da Casa Legislativa por ele integrada.

Comentário:

A imunidade material acompanha o congressista ‘extra muros’, desde que ele esteja no exercício da função, isto é, desde que ele consiga comprovar que entre o ato praticado e a atribuição parlamentar existe nexo. Por essa razão o item deverá ser assinalado como falso.

Gabarito: Errado

[CESPE - 2016 - DPU - Técnico em Assuntos Educacionais] Em relação ao Poder Legislativo no Brasil, julgue o item subsequente:

A imunidade material conferida aos parlamentares não alcança a área administrativa.

Comentário:

Em que pese haver divergência doutrinária, de modo majoritário entende-se que a inviolabilidade conferida aos congressistas alcança também a área administrativa, nada obstante não haver previsão expressa no

texto constitucional (art. 53, caput da CF/88).

[IADES - 2019 - AL-GO – Procurador - Adaptada] No que se refere à imunidade parlamentar, considerando-se o previsto na Constituição Federal de 1988 e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), julgue as assertivas:

(I) A ofensa irrogada em plenário, independente de conexão com o mandato, elide a responsabilidade civil por dano moral.

(II) A garantia constitucional da imunidade parlamentar em sentido material se estende ao congressista, quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem a ofender, moralmente, a honra de terceira pessoa, em pronunciamento motivado por finalidade exclusivamente eleitoral, que não tem relação com o exercício das funções congressuais.

Comentário:

Quanto ao primeiro item podemos considerá-lo verdadeiro. É tradicional no STF a percepção de que a ofensa irrogada em plenário afasta a possibilidade de responsabilização, sendo que, nesse caso, não há que se falar em necessária comprovação de nexo entre o ato praticado e a atribuição parlamentar (tal conexão é presumida).

Quanto ao item II, lembremos que a imunidade material não alcança o congressista quando este se encontra na condição de candidato.

Sendo assim, o primeiro item é verdadeiro e o segundo é falso.

Gabarito: Certo/Errado

[FAPEMS - 2017 - Polícia Civil-MS - Delegado de Polícia - Adaptada] Sobre o Poder Legislativo, julgue a assertiva:

Segundo o STF, a garantia da imunidade material se estende ao congressista, quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem ofender, moralmente, a honra de terceira pessoa, inclusive a de outros candidatos, em pronunciamento motivado por finalidade exclusivamente eleitoral, que não guarda nenhuma relação com o exercício das funções congressistas.

Comentário:

Também este item é falso, haja vista o fato de a imunidade material não abraçar os atos praticados pelo congressista quando este se encontra na condição de candidato a cargo eletivo.

Gabarito: Errado

[CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador - Adaptada] Julgue a assertiva com relação às denominadas prerrogativas parlamentares:

A imunidade material contempla eficácia temporal absoluta no sentido de que, mesmo após o término do mandato, os Deputados e Senadores conservam a imunidade material sobre as opiniões ou palavras proferidas no exercício deste.

Comentário:

De fato, a doutrina indica (em associação com a jurisprudência do STF) que a inviolabilidade possui eficácia temporal permanente ou absoluta. Isso significa que a incidência da imunidade material impede a responsabilização, penal e cível, pela prática de um determinado ato e, mesmo após o término do mandato,

aquele ato que foi amparado pela inviolabilidade não ensejará responsabilização para o congressista (justamente em razão desta eficácia temporal absoluta).

Gabarito: Certo

(C) Imunidade formal referente a prisão (freedom from arrest)

A imunidade formal referente a prisão não exclui o crime, antes o pressupõe, e importa na impossibilidade de o parlamentar federal ser preso, salvo em flagrante pela prática de crime inafiançável (art. 53, § 2°, CF c/c com art. 5°, XLII a XLIV, CF e artigos 323 e 324 do CPP).

Aliás, os crimes inafiançáveis listados pela Constituição no art. 5° podem ser resumidos na seguinte frase: Ra Ação He TTT (Ra- racismo; Ação- ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; He- hediondos; TTT= Tráfico, Tortura e Terrorismo).

Em havendo a prisão, os autos deverão ser encaminhados (em 24h) à Casa Legislativa respectiva (Câmara ou Senado), para que, pelo voto (aberto) da maioria de seus membros, resolva sobre o tema.

Se a Casa Legislativa afastar a prisão por entendê-la inconveniente, libertará o agente, expedindo por força própria alvará de soltura. Em contrapartida, pode a comissão decidir pela manutenção da prisão.

Um caso interessante: em novembro de 2015 a Segunda Turma do STF manteve por unanimidade a prisão do então Senador Delcídio do Amaral, referendando a decisão do Ministro Teori na Ação Cautelar 4.039. Segundo a Corte o crime era permanente, logo estava o Senador em estado de flagrância. Quanto à inafiançabilidade, ela foi determinada tendo por sustentação teórica o art. 324, IV, do CPP, que informa que não será concedida fiança se estiverem presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva. Nas palavras do Min. Teori Zavascki:

Ante o exposto, presentes situação de flagrância e os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, decreto a prisão cautelar do Senador Delcídio do Amaral, observadas as especificações apontadas e ad referendum da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal.

Há algumas últimas observações importantes acerca dessa imunidade: (i) é a diplomação o termo inicial da imunidade quanto à prisão;

(ii) o STF consignou ser possível a prisão do parlamentar federal também em decorrência da prolação de sentença penal condenatória.

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Questões para fixar

[CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador - Adaptada] Julgue a assertiva com relação às denominadas prerrogativas parlamentares:

No sistema brasileiro, a denominada imunidade formal em relação à prisão do parlamentar é absoluta, já que, após a diplomação, os Deputados e Senadores não poderão ser presos.

Comentário:

Não é absoluta, pois eles poderão ser presos em flagrante de crime inafiançável (conforme indica o art. 53, §2º da CF/88), ademais, a jurisprudência do STF, edificou uma outra possibilidade de prisão, que é aquela decorrente de uma sentença condenatória definitiva. Item, portanto, falso.

Gabarito: Errado

[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Mogi das Cruzes - SP - Procurador Jurídico - Adaptada] Julgue o item: A prisão cautelar não alcança o parlamentar, que somente pode ser preso por sentença judicial definitiva transitada em julgado.

Comentário:

Item equivocado, em razão do disposto no art. 53, §2º da CF/88 (que autoriza a prisão em flagrante do parlamentar em razão da prática de um crime inafiançável).

Gabarito: Errado

[MPE-RS - 2016 - MPE-RS - Agente Administrativo] A denominada imunidade parlamentar que impede a prisão do congressista tem início a partir da:

A) posse. B) eleição. C) diplomação. D) inscrição. E) declaração.

[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Mogi das Cruzes - SP - Procurador Jurídico - Adaptada] Julgue o item: A posse é o termo inicial que garante a imunidade formal relativa à prisão ao parlamentar.

Comentário:

Conforme prevê o art. 53, §2º, a imunidade formal referente à prisão dos congressistas de inicia com a diplomação, por essa razão, a primeira questão tem por resposta a letra ‘c’ e a segunda deve ser considerada falsa.

Gabarito: C/Errado

[Quadrix - 2018 - CRM-DF - Assistente Administrativo] Acerca das garantias de independência asseguradas ao Poder Legislativo, julgue o item a seguir:

A imunidade formal garantida aos congressistas não alcança a prisão civil do parlamentar que seja devedor inescusável de prestação alimentícia.

Comentário:

Este é um tema bastante divergente na doutrina constitucionalista pátria. Majoritariamente entende-se que a imunidade forma referente à prisão dos congressistas alcança também a prisão civil do parlamentar que

seja devedor inescusável de prestação alimentícia. Entretanto, existem vozes na doutrina que indicam o contrário, permitindo tal prisão civil.

A banca optou pela segunda corrente (que, inclusive, sempre nos pareceu ser a mais adequada).

Gabarito: Certo

[FCC - 2018 - DPE-AM - Defensor Público] Durante deslocamento em carro de sua propriedade, no período noturno, por estradas do território nacional, determinado Deputado Federal é parado por policiais rodoviários, para averiguação aleatória e de rotina da documentação veicular, e acaba sendo preso em flagrante, em virtude de terem os agentes identificado, no interior do veículo, elementos de prova que revelavam a prática de conduta tipificada em lei como tráfico ilícito de drogas. Nessa situação, em conformidade com a Constituição Federal, a prisão é

A) ilegítima, uma vez que Deputado Federal goza de imunidade, não podendo ser preso nessas condições. B) legítima, devendo, no entanto, os autos referentes à prisão do Deputado Federal ser encaminhados dentro de vinte e quatro horas à Câmara dos Deputados, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre sua manutenção.

C) ilegítima, em função de não disporem os policiais rodoviários de competência para efetuar a prisão. D) ilegítima, em função de a conduta ter sido identificada no interior do veículo, que goza, por extensão, da proteção outorgada à inviolabilidade de domicílio, em que não pode a prisão ser efetuada independentemente de mandado judicial, no período noturno.

E) legítima, não dispondo, ademais, a Câmara dos Deputados de competência para resolver sobre a prisão, por ter sido esta efetuada em decorrência de ato estranho ao exercício das funções parlamentares.

Comentário:

Tal prisão é legítima, pois realizada em flagrante pela prática de um crime inafiançável (tráfico ilícito de drogas), podemos, portanto, assinalar a letra ‘b’.

Gabarito: B