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Entrada e área interna do Movimento Fonte: banco de dados da autora.

Aqui eles dão mais atenção, eles não julgam, eles entendem a gente, compreendem; lá no hospital da polícia eles achavam que a gente ia atrás de folga. Aqui eles procuram entender a gente. [...] E no primeiro dia já vim, e só no ambiente da palhoça já senti uma coisa boa e to aqui desde 2007. (Informante 1)

...lá a estrutura do Movimento é excelente. [...] tem a estrutura maravilhosa do Movimento, muito boa! (Informante 5)

Pois é, eu gosto muito daqui, gosto! Aqui é um lugar que a gente sente... Tem paz, aqui, tranquilidade. (Informante 8)

O Movimento foi um espaço acolhedor e que eu pude me cuidar um pouco, olhar pra mim e assim, faço parte do Movimento, trabalho na horta comunitária e eu uso o espaço do ‘saúde mental’ [...] acho que o Movimento foi um novo começo assim da minha vida, foi uma coisa que apareceu assim pra dar um rumo pra minha vida de novo e é isso. (Informante 4)

Outra dimensão presente nos depoimentos é experienciação do dispositivo como algo mais familiar, de um sentir-se em casa, onde são maiores os contatos e as trocas de afeto, e menores os preconceitos:

Eu acho que o Movimento se preocupa mais, o Movimento tem mais essa coisa do abraço, do contato mais próximo com a pessoa, talvez assim o serviço público eu vejo a ssim que é aquela coisa mais, você é um usuário, você é um profissional. [...] No Movimento é aquela coisa mais irmão mesmo assim como uma família, as pessoas têm mais sentimento. (Informante 4)

Tal fato nos leva à discussão empreendida por Portugal (2011) sobre as relações sociais, denominadas pela autora como nós da rede social, ao considerar os laços familiares representantes de segurança, permanência e confiança. É exatamente nesse espaço onde a maioria das pessoas encontra resposta as suas necessidades de apoio material e afetivo:

Por isso, quando alguém fora das relações familiares é um nó importante da rede, um amigo próximo, um colega com quem se pode contar [ou um dispositivo de saúde], essa pessoa “é como se fosse da família”. Por outro lado, os nós que pertencem à rede familiar tendem a assumir a representação de um “nós” – um colectivo de pertença e de referência. (PORTUGAL, 2011, p. 41)

Entrelaçado à perspectiva de reconhecimento do quanto as relações ali construídas são significativas na história de vida dos informantes, foram manifestadas vivências de extrema gratidão pelo espaço do Movimento que se propõe a ofertar autonomia e oportunidades de concretização de sonhos, tais como revelam os trechos seguintes:

[Tenho] Gratidão por tudo que fizeram aqui. Porque pelo apoio que eles me deram, por tudo que fizeram por mim, por ter me dado minha vida de volta. Tenho muita gratidão a esse espaço. (Informante 1)

Eu sou grato pelas coisas que o Movimento já me ofereceu e tem me oferecido até hoje, [...] principalmente assim meu lado psicológico que eu consegui muito pra mim e foi tudo que eu queria receber do Movimento. (Informante 4)

O Movimento pra mim [pausa] ele é tudo... Ele me deu uma autonomia, ele me deu trabalho [risos], ele me deu profissão que eu não tinha, eu era analfabeta ‘de pai e mãe’ [...] comecei a trabalhar na roça eu tinha 7 anos, eu não tive oportunidade de estuda r ai meu sonho era estudar e o Movimento me proporcionou tudo isso assim: meu sonho que eu queria. (Informante 10)

Estreitamente relacionada a essa subdimensão de gratidão ao dispositivo, também foram desveladas ainda neste primeiro tema uma significativa gratidão à presença de RB, considerado referência para muitos dos informantes que lhe associaram termos como anjo,

salvador, Moisés, Jesus e seus discípulos, entre outros. Importante ressaltarmos aqui que tais significados, já presentes neste primeiro eixo da rede interpretativa, aparecerão novamente no terceiro tema, quando abordaremos As Lutas na Rede, ressaltando a marca própria dessa rede, que se inspira também no pensamento complexo com seu emaranhamento de interações e interdependências contínuas (MORIN, 1996).

Eu tive o apoio do padre R., que acreditou em mim, que me ajudava muito... Me dava muito incentivo pra que eu continuasse... (Informante 11)

É onde [pausa] eu tenho apoio de ‘tudo’ [maior ênfase]. Com o padre R., de tudo, de todo mundo me apóia aqui. Tem me ajudado muito. (Informante 8)

O padre R. chegou aqui em 96 e como eu pa rticipava das pa storais, ele quando ia celebra r missa ficava observando né e ai ele foi convidando um por um, tipo Jesus fez com os discípulos... Ele fez um grupo muito grande de pessoas que eram exatamente as pessoas que já faziam parte, já tinham um envolvimento na comunidade: ‘Você quer ser terapeuta comunitário? Tô formando um grupo’. E formou esse grupo. (Informante 2)

Às vezes eu digo assim que o padre R. não veio da Itália pra cá e num libertou um monte de gente que precisava? Que muita gente, depois que o padre veio, que eu digo que ele é o Moises que veio libertar [risos]... Que tem muita gente que já fez faculdade depois que ele veio pra cá, entendeu? Porque ele incentiva. (Informante 10)

Relacionada a palavras de fé e a uma esfera mais religiosa, outra perspectiva importante que se expressa de modo transversal no dispositivo é a espiritualidade: “Embora haja uma influência missionária importante no MSMCBJ pelo vínculo com a Congregação Comboniana de base católica [citada anteriormente], diversas formas de espiritualidade também se expressam na experiência do MSMCBJ.” (BOSI, 2011, p. 45). Reconhecida por RB como marca singular do dispositivo, a questão da espiritualidade é via de reconexão com as raízes e o sagrado. Sobre essa questão, RB afirma em sua entrevista ao grupo de pesquisa (BOSI, 2011): “queríamos uma religiosidade, queríamos uma espiritualidade, queríamos uma luz, uma transcendência re-conectar com as minhas raízes espirituais...”.

Quando abordamos espiritualidade, porém, não tratamos especificamente de religião ou de religiosidade, pois embora reconheçamos suas proximidades, não são termos sinônimos. Fenômeno eminentemente humano, religião é elemento complexo, constitutivo da subjetividade e doador de significado plausível e de apaziguamento da dor e do sofrimento, implicando ainda uma resposta “a um desejo por transcender a vida cotidiana, a uma avidez por mistério, por acolher e ao mesmo tempo ir ao encontro do absurdo de nossa condição.”, explicita Dalgalarrondo (2008, p. 261).

Diferente dessa instância central da vida que é a religião, importante para ordenação de seus vieses e sofrimentos, a noção de religiosidade tem caráter mais pessoal e menor associação a entidades religiosas, tendo maior proximidade com a dimensão da espiritualidade – ambas são mais amplas e independentes de formas institucionalizadas específicas de religião. De uso mais recente, espiritualidade tem caráter mais pessoal e existencial, tal como a crença ou relação com Deus ou um poder superior; religiosidade, por sua vez, além de incluir essas crenças pessoais, também implica “crenças e práticas institucionais, como a pertença a denominações religiosas, a frequência a cultos e o

compromisso com um sistema doutrinário de uma igreja ou de uma religião organizada.” (DALGALARRONDO, 2008, p. 24).

A espiritualidade, segundo cita o mesmo autor, é constituída por noções como transcendência, cuja ordem é mais externa ou para além da experiência concreta, escapando a qualquer verificação objetiva, já que se assenta na fé, que implica uma invocação do mundo espiritual como resposta aos eventos da existência cotidiana. Em Foucault (2006), esse tema da espiritualidade, encontrado na cultura ocidental, é demarcado como uma visão do alto sobre o mundo: “Visão do alto de si e sobre si que engloba o mundo de que se faz parte e que assegura assim a liberdade do sujeito nesse próprio mundo.” (p. 344).

Essa dimensão da espiritualidade como palavra de fé e liberdade do sujeito no seu mundo é revelada nos excertos seguintes, nos quais as informantes se sentem agradecidas e disponíveis à criação de uma resposta a Deus no cotidiano dos seus trabalhos:

De eu ter chegado aqui, primeiro agradecer a Deus que Ele dá força pra gente vir e fazer o trabalho que a gente faz. (Informante 9)

Eu tenho que dar uma resposta a Deus pra atender essa gente ai porque são necessitados e eram esses que Ele... A leitura [do Evangelho] de hoje diz que Ele veio pra procurar os doentes e não os sãos. Os que vêm aqui ‘todos’ [dá maior ênfase] eles passaram por problema, todos, todos! Todos eles foram doentes. E acho que Deus me conduziu pra cá, porque o padre me oferecer... Foi o ultimo curso que fez gratuito de terapia e eu justamente cheguei naquele dia que ia começar o curso... (Informante 7)

O último depoimento faz referência ao curso de Abordagem Sistêmica Comunitária que ocorria em três módulos, aberto a toda a comunidade e então gratuito. Inclusive, em um dos momentos iniciais do campo, fomos convidadas a ingressar numa turma, que estava com inscrição aberta, por uma das suas instrutoras que nos pediu “ajuda na divulgação e revelou ainda, ao ser [então] questionada por mim, não ser o curso obrigatório para os trabalhadores do Movimento.” (Registro 3 – Campo).

Sobre a espiritualidade, em sua pesquisa no dispositivo aqui investigado, Carvalho (2010) considera como instrumento de promoção da saúde para alimentar uma mística que leva a uma transformação integral do ser:

Na medida em que lida com dimensões pouco conscientes – ditas pré-reflexivas – do ser, nas quais se fundam, motivações e sentidos humanos relacionados a existência, é via de reconexão com as raízes, com o sagrado, podendo favorecer processos que superem a alienação e desenvolvam o fortalecimento. (BOSI et al., 2011, p. 1246)

A dimensão da espiritualidade, a questão do acolhimento e o próprio ambiente físico são diferenciais significativos do dispositivo, quando comparado a outros serviços de saúde mental. É o que revela um informante na época de sua entrevista grupal: “Eu vim de um hospital público né, do hospital mental... não olhavam pra mim, não conversava, não tinham tempo então eu tive que abandonar aquele tratamento, não tava funcionando, eu só dormia, só vivia dentro de casa.” (Informante 4, GF I, p. 4 – BOSI, 2011). Esse mesmo informante, em outro momento do nosso campo, deixou-nos a seguinte mensagem: “[aqui] não é só remédio” (Registro 10 – Campo).

Nessa arena das práticas de saúde mental, tais diferenciais vão ao encontro do entendimento de RB ao afirmar sobre o Movimento: “nós achamos que já estamos fazendo um trabalho antimanicomial”, conforme Bosi (2011). Essa compreensão é reveladora de um alinhamento com o processo em curso da Reforma psiquiátrica e seu projeto de desinstitucionalização quando ali é assumido o desafio de buscar produzir uma outra resposta social ao problema do adoecimento (BOSI, 2011; BOSI et al., 2011; BOSI et al.,2012; CARVALHO, 2010; GODOY et al.,2012; LIBERATO, 2011). Importante ressaltarmos, todavia, que a reforma não é uma semente originária do MSMC e este não faz parte da rede oficial de saúde mental de Fortaleza.

Ainda na concepção de RB (BOSI, 2011), o Movimento, por possuir uma liberdade maior de ação, tem se diferenciado até mesmo de serviços substitutivos, como os CAPS – exemplo de concretização da proposta de revisão no campo da saúde mental com o processo da reforma (BEZERRA JR, 2007): “Realmente o Movimento já era um CAPS né, já era um CAPS estendido e menos psiquiatrizado, menos hospitalocêntrico [...] porque o CAPS, sem querer mais ou menos, tem algumas obrigações, tem algumas ligações institucionais que às vezes não deixam o CAPS livre como a gente quer, entendeu? Nós temos uma liberdade de ação, de articulação, crítica, de dizer o que a gente pensa e não vamos ser demitido pela prefeitura.”.

Em relação ao CAPS, há uma parceria com o Movimento em um modelo de co- gestão, no qual MSMC e Prefeitura assumem encargos diferenciados. Em nosso primeiro momento do campo, ficou claro que esses dois dispositivos, naquela realidade do Grande Bom Jardim, caminham muito juntos no cuidado às pessoas com adoecimento a partir da premissa de “não fazer desse CAPS um espaço de descuidado à pessoa com problemas e seus familiares. Então, o Movimento em parceria com a Prefeitura de Fortaleza são os responsáveis pela sua manutenção. Localizado em uma casa que tem ligação direta com a Palhoça – espaço

físico do Movimento –, na verdade, a parte dos fundos do CAPS dá para a Palhoça” (Registro 1 – Campo).

Sobre essa parceria, uma das informantes revela sua preocupação com a possibilidade de ruptura, caso deixe de existir alinhamentos à perspectiva de trabalho do Movimento:

Por ora a parceria é amigável, é uma parceria mesmo, mas depois se não for? A gente não sabe... Isso é um desafio. Eu temo que se a coordenação [do CAPS] for outra pessoa que não for dessa linha de pensamento, que não concordar com esse tipo de trabalho daqui, então essa porta literalmente vai se fechar [refere um portão de acesso que liga o CAPS ao Movimento]... Aí o CAPS vai perder muito também. (Informante 2)

Reconhecemos a importância do CAPS para as questões de saúde mental de uma comunidade e sabemos também, tal como alertou Liberato (2011), haver uma certa indefinição de fronteiras – não apenas física – entre o CAPS do Bom Jardim e o MSMC, pois muitos “paciente do CAPS – que não são chamados de pacientes e sim de usuários – frequentam as atividades do Movimento, bem como muitos que fazem parte do Movimento são também usuários do CAPS.” (Registro 3 – Campo). Discutir, porém, a relação entre esses dispositivos ultrapassa os limites desta investigação – tal empreitada já foi iniciada por Godoy

et al. (2012).

Importante ainda tecermos considerações sobre o momento atual financeiramente mais crítico do dispositivo investigado, contrastando de alguma forma com a ideia expressa por RB de liberdade de ação em relação a serviços substitutivos oficiais e à esfera do poder municipal. Na realidade, há tempos o MSMC passa trabalhadores para a condição de voluntários e reduz os grupos das práticas de cuidado, dadas as diminutas fontes de renda e precárias condições de convênios – como o atual com a Prefeitura de Fortaleza, agravada após a mudança da gestão municipal, materializada nos atrasos de pagamentos e na disponibilização de profissionais.

A precariedade financeira é também uma preocupação dos trabalhadores entrevistados, que sentem necessidade de uma maior sustentabilidade do dispositivo para o mesmo poder andar com as próprias pernas. Uma das informantes, inclusive, expressou seu desejo de ver o Movimento liberto dessas amarras.

Quando eu trabalhei sendo remunerada, era muito pouquinho, porque eu até não me sentia muito bem. Porque foi assim, quando veio o convênio... O convênio com a prefeitura... Quando começou o CAPS, veio o convênio, o padre R. me ofereceu muitas vezes até mesmo

coordenar aqui [...] Aí eu fiquei no CAPS. [P:Era tipo carteira assinada?] Não, era não, era um contrato. Era pelo Movimento. (Informante 3)

(Diz a mesma informante em outro momento de seu depoimento) Às vezes eu pergunto a ssim como é que tá a situação financeira, mas eu acho que ainda tá assim, sabe? Eu não sei como é que vai ficar [tom mais baixo], aí eu a cho que é por isso também que não tem... Porque eu acho que o Movimento [pausa] porque assim, sempre atra sou e quando faltava o Movimento sustentava, sustentava os grupos e eu acho que não tá. (Informante 3)

Eu trabalhava aqui, eu era remunerada [...] Perguntaram não, o R. [então coordenador financeiro] me disse que o Movimento ta va em dificuldade, ai quem quisesse sair... Eu fui e disse pra ele “R., eu to aqui desde a ‘inauguração’ [maior ênfase]... Eu posso dizer que fui uma fundadora aqui do Movimento, eu ganhava, não é porque eu deixei de ganha r que eu vá abandonar o Movimento... (Informante 8)

Vejo o Movimento muito na filosofia dos Combonianos [...] ‘Salvar a África com a África’. Então não é que a África fosse ser salva com o que vinha de fora, mas tentar ali que daquele continente teria que ter a salvação. No mesmo jeito o Movimento é muito importante aqui nesse sentido, de não ser uma coisa que vem de fora [...] E aqui o Movimento descobre muita gente que tem muito talento pra muita coisa... Assim, muita riqueza, tem muito a rtista, pintor, poeta, tem todo tipo de gente, tem os profissionais, tem psicólogo, pedagogo que se agrega ao Movimento, que é daqui e pode dar grande contribuição [...] o Movimento tá aqui e agrega. Vejo assim, de andar com as próprias pernas, com a própria cabeça. (Informante 2)

É, sem ta atrelado com política. Se bem que a gente precisa fazer política, mas não esta r dentro dela. Assim, a gente ajudar as pessoas a pensarem politicamente [...] e não porque um político tal ta dizendo que vai fazer isso ou aquilo... E porque um político me deu um dinheiro pra votar nele, então... Eu vejo diferente. [P: Daqui a 5 anos tu gostarias de...] Que o Movimento tivesse livre disso! (Informante 11)

O atrelamento com essa política partidária se manifestou claramente no campo de nossa investigação – momento 3 – quando não pudemos realizar a observação no grupo de TC, porque o dispositivo fechou as portas no período da tarde para liberar os trabalhadores e usuários. Era época de campanha municipal e todos foram convidados para um comício político que se realizaria no centro da capital com a presença do ex-presidente Lula e assim manifestariam o apoio à reeleição da candidata à prefeitura.

Outra dificuldade que o dispositivo precisa enfrentar no seu desafio cotidiano de desenvolver uma saúde mental comunitária foi desvelada ainda nesse primeiro tema como um certo desconhecimento ou uma diminuta apropriação do MSMC pela comunidade do GBJ, tal como revelam os seguintes depoimentos:

Eu não conhecia, moro aqui no parque São José e não conhecia o Movimento de Saúde Mental [P: É perto daqui o seu bairro?] É e nunca tinha ouvido falar. (Informante 1)

Ela [refere paciente grupo TC] nem conhecia, aí veio. Mora aqui pertinho, mas não conhecia porque ela trabalha va fora e depois ela descobriu aqui... Morando perto [...] não conhecia,

mas não sabia se funcionava esse grupo, aí ela disse que descobriu esse grupo, a terapia, e ela se ajudou aqui. (Informante 3)

O que o dispositivo tem conseguido efetivar para se fazer mais conhecido no GBJ? O que pode fazer a mais para conseguir maior apropriação pelo entorno? Consideramos questões importantes ao dispositivo para, ao interrogar-se sobre as dificuldades aqui apontadas, poder ampliar sua proposta inclusiva assumida na missão de acolhimento operacionalizada nas atividades de cuidado, cuja marca significativa é a abertura a interações com outras linguagens, como expressão artística, trabalho corporal e outras racionalidades terapêuticas.

Essa capacidade de interrogação sobre as relações construídas – seja internamente com os trabalhadores e usuários ou com o próprio entorno – e sobre as próprias práticas de cuidado impulsiona-nos a passar para o próximo tema da rede interpretativa.

4.2 Condições de Acolhimento

TEMA II. CONDIÇÕES DE ACOLHIMENTO

Dimensões IIa O CUIDADO EM SUAS

POSSIBILIDADES

IIb EXPERIÊNCIAS DE

VOLUNTARIADO

IIc OS CUIDADOS

ATUAIS