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4. RESULTADOS

4.3 Escala AIDA

Tipo de

escola

Sexo Estatísticas

Feminino Masculino Mann-Witney d de Cohen

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão Estatística U p-valor d Particular 157,0 22,2 163,0 18,6 27,5 0,71 0,28 Pública 156,0 25,7 146,0 24,0 117,0 0,47 0,37

Fonte: a própria autora, 2020.

Na Tabela acima, pode-se verificar que não houve diferença estatisticamente significativa quando comparados em relação ao sexo. É possível destacar que os adolescentes da escola particular alcançaram médias maiores que os alunos da escola pública na maturidade total, confirmando assim as análises anteriores quanto a origem escolar. Porém, observa-se que o sexo masculino, da escola particular, alcançou média maior que o sexo feminino na maturidade total, apontando maior maturidade para escolha profissional.

4.3 Escala AIDA

Quanto aos resultados da escala AIDA, serão apresentados na Tabela 10 a Média, Desvio Padrão, e estatística Teste T em ambos os grupos, para comparar a formação de identidade dos alunos de diferente origem escolar, como objetivo proposto.

Tabela 9. Média, Desvio Padrão e Test t e d de Cohen das escalas da AIDA por origem escolar

Escalas Escola particular

Escola

Pública Estatísticas M* DP** M* DP** Test t p-valor d

Identidade Continuidade vs. Descontinuidade 55,9 7,4 58,5 8,3 1,18 0,25 0,048 Identidade Coerência vs. Incoerência 52,7 9,8 55,9 10,8 1,09 0,28 0,308 M – Média; DP - Desvio Padrão

Fonte: A própria autora, 2020.

Nas escalas da AIDA é possível verificar que a média dos alunos de escola pública (M=58,5 e DP=8,3 na escala continuidade vs. descontinuidade e M=55,9 e DP=10,8 na escala coerência vs. incoerência) foram maiores que as dos alunos da escola particular (M=55,9 e DP=7,4 escala continuidade vs. descontinuidade e M=52,7 e DP=9,8 escala coerência vs. incoerência). Isso indica que os alunos da escola pública podem ter uma estrutura de identidade mais saudável que os alunos da escola particular. No entanto, por meio da análise do teste t e d de Cohen, não foi observada diferença estatisticamente significativa na estrutura de identidade entre os grupos escolares. Com os dados aqui observados, é possível apontar que ambos os grupos apresentam formação de identidade saudável, pois de acordo com Tardivo (2014) quanto maiores as médias nas escalas, mais saudável se encontra a formação de identidade do adolescente.

Foi realizada análise comparativa por meio do test t e tamanho de efeito, d de

Cohen, para verificar diferença estatística quanto ao sexo em cada escola. Estes dados serão apresentados a seguir, na Tabela 11.

Tabela 10. Média, Desvio Padrão, Test t e d de Cohen Tamanho de efeito das escalas da AIDA por origem escolar e sexo

Escalas Escola Feminino Masculino Test t

p-valor d M DP M DP Identidade Continuidade vs. Descontinuidade Particular 56,2 7,12 54,8 9,57 0,282 0,793 0,190 Pública 59,9 8,95 55,9 6,21 1,409 0,171 0,483 Identidade Coerência vs. Incoerência Particular 52,6 9,83 53,0 11,34 -0,071 0,947 0,043 Pública 57,9 11,44 51,9 8,52 1,602 0,123 0,562 M - Média; DP - Desvio Padrão

Quanto às Médias das escalas em função do sexo, foi observada diferença moderada (d = 0,562) na Escala Identidade Coerência vs. Incoerência. Esta diferença mostra que a categoria sexo feminino da escola pública possui mais coerência nas escolhas, interesses e hobbies que formam sua identidade, comparados aos adolescentes do sexo masculino.

Para que fosse possível uma análise mais detalhada dos aspectos que compõem cada escala, a Tabela 12 apresentará Média, Desvio Padrão e Estatística teste t e Tamanho de efeito - d de Cohen de cada subescala, por tipo de escola.

Tabela 11. Média, Desvio Padrão, Test t e d de Cohen das subescalas da AIDA por origem escolar

Subescalas

Escola

particular Escola pública Estatísticas

M D.P M D.P Test t p-valor d Comportamentos 65,7 7,9 67,2 7,2 0,7 0,49 0,206 Relacionamentos 54,9 8,2 58,9 9 1,64 0,11 0,464 Autorreflexão emocional 53,8 8,9 54,2 9,6 0,17 0,87 0,048 Contradições 54,2 11,8 58,1 11,4 1,18 0,25 0,342 Autonomia 52,1 9,4 52,7 9,1 0,23 0,82 0,066 Autorreflexão cognitiva 52,7 9,8 55,9 10,8 1,09 0,28 0,399

M - Média; DP - Desvio Padrão Fonte: A própria autora, 2020.

Na Tabela acima, a amostra geral obteve maior média na subescala Comportamentos, com valores de M=67,2 e DP=7,9 nos alunos da escola pública e M=65,7 e DP=7,2 nos alunos escola particular. A subescala Relacionamentos obteve Média 58,9 (DP=9) na escola pública e Média 54,9 (DP=8,2) na escola particular. Em seguida a subescala Contradições alcançou a categoria Média 58,1 (DP=11,4) na escola pública e Média 54,2 (DP=11,8) na escola particular.

Nas demais subescalas a ordem se diferencia. Para os alunos da escola particular as Médias nas subescalas foram Autorreflexão emocional/intersubjetividade (M=53,8 e DP=8,9), Autorreflexão cognitiva (M=52,7 e DP=9,8) e Autonomia (M=52,1 e DP=9,4). Já para os alunos da escola pública, as frequências das subescalas ficaram Autorreflexão cognitiva (M=55,9 e DP=10,8), Autorreflexão emocional/intersubjetividade (M=54,2 e DP=9,6) e Autonomia (M=52,7 e DP=9,1).

Os alunos da escola pública alcançaram médias mais elevadas em todas as subescalas, bem como nas duas grandes escalas. Portanto, foi aplicado o Teste t e teste de

tamanho de efeito - d de Cohen, mas não foi observado diferença estatisticamente significativa entre os grupos de alunos.

Na segunda etapa do teste, o adolescente responde perguntas semiabertas sobre si mesmo e sobre seu melhor amigo, na seguinte ordem: Hobbies, grupos especiais e qualidades. Ele é convidado a nomear quantos Hobbies ele tem e quantos Hobbies ele identifica que o melhor amigo possui, da mesma forma nos grupos especiais, ele revela a quantos grupos se sente pertencente e quais grupos ele identifica que o melhor amigo também pertence. E por fim, quantas qualidades ele vê em si e no melhor amigo.

Nos alunos da escola particular, quanto aos Hobbies, os alunos conseguiram identificar mais Hobbies próprios do que do melhor amigo. Igualmente aconteceu em relação aos grupos especiais, pois foi mais fácil identificar quais os grupos que sentem pertencentes, do que identificar em quais grupos o melhor amigo se enquadra. Já em relação as qualidades, este grupo indicou mais qualidades no melhor amigo do que em si próprio.

Para os alunos da escola pública os apontamentos também não foram muito diferentes, conseguiram falar mais sobre os próprios Hobbies do que do melhor amigo. Em relação aos grupos especiais, poucos alunos conseguiram identificar que faziam parte de algum grupo, semelhantemente não identificaram muitos grupos que o melhor amigo poderia fazer parte. Quanto às qualidades, do mesmo modo, identificaram mais qualidades no melhor amigo do que neles mesmos.

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