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4. RESULTADOS

4.2 Escala de Maturidade para Escolha Profissional – EMEP

Em relação a Escala EMEP, os resultados serão apresentados na Tabela 7, de modo descritivo: Média, Desvio Padrão, Pontuação Mínima, Máxima e Mediana, pontuação bruta nas cinco subescalas e na pontuação da maturidade total dos estudantes, por origem escolar. Os dados foram apresentados em forma de pontuação, em razão do tamanho da amostra, para que assim fossem melhor visualizados e interpretados.

Tabela 6. Estatística descritiva dos alunos por subescala do EMEP e origem escolar

Subescalas EMEP - Escola particular

Estatística Det. Resp. Ind. Aut. C.R M.T Média 33,2 41,4 29,4 23,3 31,3 158,2 Desvio Padrão 9,2 5,5 6,9 5,8 6,9 21,2 Mínimo 16,0 28,0 15,0 11,0 19,0 105,0 Mediana 34,0 42,5 29,0 24,5 31,5 160,5 Máximo 46,0 49,0 40,0 30,0 48,0 189,0

Subescalas EMEP - Escola pública

Média 34,6 39,5 28,0 22,6 27,8 152,7 Desvio Padrão 10,2 6,4 4,8 5,4 7,5 25,1 Mínimo 17,0 24,0 21,0 10,0 15,0 102,0 Mediana 37,0 40,0 27,5 23,0 27,0 157,0 Máximo 50,0 49,0 38,0 31,0 45,0 203,0 Subescalas EMEP: Det. – Determinação; Resp. – Responsabilidade; Ind. – Independência;

Aut. – Autoconhecimento; C.R – Conhecimento da Realidade; M.T – Maturidade Total Fonte: A própria autora, 2020.

Os alunos da escola particular alcançaram média de 158,2 pontos, que indica classificação média de maturidade para escolha profissional. A pontuação mínima de maturidade total deste grupo foi de 105 pontos e a máxima de 189 pontos. É possível observar que nas subescalas Responsabilidade (M = 41,4), Independência (M = 29,4) e Conhecimento da Realidade (M = 31,3) os alunos obtiveram Médias que correspondem aos percentis 40 e 50, alcançando classificação de maturidade média, conforme tabela normativa de referência (Neiva, 2014). Já na subescala Autoconhecimento (23,3), a pontuação condiz com o percentil 25, e determina classificação de maturidade média inferior. Em relação às pontuações máximas de cada subescala, alcançaram pontuação máxima na subescala Independência (40 pontos), alcançando o percentil 99 que condiz com a classificação de maturidade muito superior (Neiva, 2014). Mesmo não alcançando pontuações máximas nas subescalas Determinação (46), Responsabilidade (49), Autoconhecimento (30) e Conhecimento da Realidade (48), as pontuações também foram elevadas. Estas pontuações correspondem aos percentis 75 e 80 (classificação médio superior) e 95 com classificação superior. Já em relação às pontuações mínimas, nas subescalas Determinação (16 pontos) e Autoconhecimento (11 pontos) a pontuação mínima foi inferior à pontuação do percentil 1 do grupo normativo (17 e 14 pontos, respectivamente), indicando, desta maneira, maturidade muito inferior nestas duas subescalas. As subescalas Responsabilidade (28) e Conhecimento da Realidade (19) atingiram pontuações mínimas referentes ao percentil 5, ou seja, maturidade inferior, e a subescala Independência (15) atingiu a pontuação mínima do percentil 1 (Neiva, 2014), que determina maturidade muito inferior nesta subescala.

No grupo dos alunos da escola pública, a pontuação média da maturidade total foi de 152,7 pontos, que determina maturidade médio inferior no momento de escolher uma atividade profissional. A pontuação mínima dos alunos foi de 102 pontos e a pontuação máxima de maturidade total foi de 203 pontos. As pontuações médias nas subescalas Determinação (34,6), Responsabilidade (39,5) e Independência (28) correspondem aos percentis 40, 30 e 50 respectivamente, demonstrando que nessas subescalas os alunos alcançaram maturidade média. Nas subescala Autoconhecimento 22,6 e Conhecimento da Realidade 27,8, as pontuações equivalem ao percentil 20 (Neiva, 2014), classificado como maturidade média inferior. A única subescala em que estes alunos obtiveram pontuação máxima foi na subescala Determinação, 50 pontos, dessa forma atingiram o

percentil 99 (vide tabela 2) que aponta classificação de maturidade muito superior nesta subescala. Nas demais subescalas as pontuações máximas foram Responsabilidade, 49 pontos, Independência, 38 pontos, e Conhecimento da Realidade, 45 pontos, todas estas alcançaram percentil 95 de maturidade superior, de acordo com a amostra normativa de Neiva (2014). A subescala Autoconhecimento obteve pontuação máxima de 31 pontos, atingindo o percentil 80 que constitui na classificação de maturidade média superior. Sobre as pontuações mínimas, nas subescalas Responsabilidade (24) e Autoconhecimento (10) a pontuação mínima foi inferior à pontuação da amostra normativa, que corresponde a 25 pontos na subescala Responsabilidade e 14 pontos na subescala Autoconhecimento, de acordo com Neiva (2014). As pontuações mínimas nas subescalas Determinação (17) e Conhecimento da Realidade (15) correspondem ao percentil 1, evidenciando classificação de maturidade muito inferior nas duas subescalas. A subescala Independência obteve pontuação mínima de 21 pontos, ficando com percentil 10 que compõe a classificação inferior de maturidade (Neiva, 2014).

Na amostra desta pesquisa é possível considerar que alguns participantes alcançaram pontuação total menor que a amostra normativa, segundo Neiva (2014). Os alunos da escola particular obtiveram nível de maturidade maior para escolha profissional que os alunos da escola pública. Para apresentar os resultados, de comparar alunos de diferentes origens escolares, quanto à maturidade para escolha profissional, foram realizadas estatísticas comparativas, por meio da estatística Mann-Whitney (p < 0,05) e estatística de tamanho de efeito, d de Cohen, que será apresentado na Tabela 8.

Tabela 7. Média, Desvio Padrão e Estatística Mann-Witney e d de Cohen da maturidade total por origem escolar

Tipo de escola Estatísticas

Média Desvio Padrão Estatística U p-valor d

Particular 158 21,2

339 0,446 0,234

Pública 153 25,1

Fonte: A própria autora, 2020.

Na tabela 7, é possível verificar que não existe diferença estatisticamente significativa na maturidade total para escolha profissional entre as duas escolas. Apesar dos alunos da escola particular conseguirem média na maturidade total acima dos alunos da escola pública, e dos alunos de escola pública terem obtido classificação médio inferior na maturidade total, a estatística nos aponta que essa diferença não é significativa.

Também foi realizada análise comparativa quanto ao sexo para averiguar a maturidade para a escolha profissional. Esses resultados são apresentados na Tabela 9 (a seguir).

Tabela 8. Média, Desvio Padrão, Estatística Mann-Witney e d de Cohen da maturidade total em função do sexo por escola

Tipo de

escola

Sexo Estatísticas

Feminino Masculino Mann-Witney d de Cohen

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão Estatística U p-valor d Particular 157,0 22,2 163,0 18,6 27,5 0,71 0,28 Pública 156,0 25,7 146,0 24,0 117,0 0,47 0,37

Fonte: a própria autora, 2020.

Na Tabela acima, pode-se verificar que não houve diferença estatisticamente significativa quando comparados em relação ao sexo. É possível destacar que os adolescentes da escola particular alcançaram médias maiores que os alunos da escola pública na maturidade total, confirmando assim as análises anteriores quanto a origem escolar. Porém, observa-se que o sexo masculino, da escola particular, alcançou média maior que o sexo feminino na maturidade total, apontando maior maturidade para escolha profissional.

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