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A década de 1980 iniciou trazendo no “centro” do sistema capitalista a intensificação das crises do estado de “bem-estar-social”, cenário este que intensificou as pressões internas e acelerou a chegada de partidos ultraconservadores ao poder, alegando a falência desse sistema28. Segundo Eric Hobsbawm29, esse quadro social e econômico também foi responsável, entre outras coisas, pela difusão do termo pejorativo de “subclasse”, que, por sua vez, abarcou os sujeitos em vulnerabilidade social, agenciando pessoas dos setores pobres da população urbana, categorizadas como “um corpo de cidadãos praticamente fora da sociedade oficial, não fazendo parte real dela, nem – no caso de muitos de seus homens jovens – do mercado de trabalho”30. Contudo, advertiu o autor que essa era uma característica que se fazia global, embora fosse praticamente impossível falar de “subclasse” num país como o Brasil, “onde, em meados da década de 1980, os 20% do topo da população ficavam com mais de 60% da renda do país, enquanto os 40% de baixo recebiam 10% ou até menos?”31.

Nesse sentido, é oportuno destacar que o Brasil iniciou a referida década sendo governado pelo ditador João Batista Figueiredo (1979 – 1985), que deu prosseguimento ao tímido cenário de abertura política iniciado por Geisel. Para Boris Fausto, uma das ações mais emblemáticas desse governo está inscrita na lei de anistia, que embora tenha indultado os responsáveis pela prática da tortura, também possibilitou a volta dos exilados políticos, caracterizando um “passo

28

Conforme Eric Hobsbawm nesse cenário o caso mais emblemático foi o da Inglaterra. Cf. HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 245.

29

HOBSBAWM, Eric. op. cit, loc. cit. 30

Ibidem, p. 333-4. 31

importante na ampliação das liberdades públicas”32. No período, também foi notável a aprovação da Nova Lei Orgânica dos Partidos, resultando no fim da dualidade partidária centrada no MDB e na Arena, o que abriu espaço para a postulação de novos partidos33.

Esse quadro de abertura política incidiu, nos anos seguintes, no surgimento de novos partidos, que passaram a encabeçar uma articulação em prol de eleições presidenciais diretas. Sob o slogan de “Diretas Já”, tal movimentação ganhou forte apelo popular, sobretudo em decorrência da insatisfação dos trabalhadores urbanos, os mais afetados pela recessão interna do período 1981 e 1983, que afetou principalmente a indústria, com destaque para o setor de bens duráveis34, e intensificou o desemprego nas grandes cidades.

Embora o movimento pelas “Diretas Já” não tenha tido efetivo êxito, ao menos culminou na eleição indireta de um presidente civil, Tancredo Neves, que nem mesmo chegou a ser empossado. Em seu lugar assumiu José Sarney (1985 – 1989), cuja principal marca foi a desastrosa política econômica caracterizada pela “inflação galopante” na casa dos três dígitos35.

No tocante ao panorama historiográfico da década de 1980, ainda situava a França, como principal polo irradiador de perspectivas teórico/metodológicas para a escrita da História. Muito disso credita-se à série de debates — leia-se ataques extra-disciplinares —, que incidiram em profunda reflexão acerca do fazer histórico, desde o final da década de

32

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995. p. 504. 33 Ibidem, p. 506. 34 Ibidem, p. 503. 35 Ibidem, p. 521 – 3.

195036 naquele país. Por conta disso, em especial a partir da década de 1970, esse campo do conhecimento tivera ali todas as condições para refletir acerca de novos objetos e novas abordagens37.

Nesse sentido, Roger Chartier elucidou que “a resposta dos historiadores foi dupla. Puseram em prática uma estratégia de captação, colocando-se nas primeiras linhas desbravadas por outros. Dai a emergência de novos objetos no seio das questões históricas”, assim “as atitudes perante a vida e a morte, as crenças e os comportamentos religiosos, os sistemas de parentesco e as relações familiares, os rituais, as formas de sociabilidade, as modalidades de funcionamento escolar”38 tornaram-se, a partir de então, territórios do historiador, constituindo, dessa forma, caminhos a serem trilhados por intermédio das “novas” ferramentas analíticas que eram tomadas de “empréstimo às disciplinas vizinhas: foi o caso das técnicas de análise linguística e semântica, dos meios estatísticos utilizados pela sociologia ou de alguns modelos da antropologia”39.

Esse alargamento do campo de trabalho do historiador, bem como a apropriação de ferramentas analíticas das demais Ciências Humanas, em especial daquelas que vieram da Antropologia e da Linguística, diretamente influenciaram a formulação das bases daquilo que se convencionou chamar de História Cultural. Destarte, José D’Assunção

36

Nesse propósito destaca-se o trabalho de Fernand Braudel publicado originalmente em 1958, Cf. BRAUDEL, Fernand. História e Ciências Sociais. A longa duração. In: Escritos sobre a história. 2ª. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992. p. 41-78. 37

Esta proposição é inaugurada a partir do célebre debate presente na obra: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (org). Faire de l'histoire. Paris: Gallimard, 1974.

38

CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre práticas e representações. 2ª ed. Algés – Portugal: Difel, 2002. p. 14.

39

Barros40 destaca que “ideologia, símbolo, representação, prática” constituem as bases do horizonte teórico inaugurado na década de 1980 por Roger Chartier, que teve “na noção de ‘representação’ um dos seus alicerces fundamentais”41. Além disso, passaram a reverberar naquela década, em torno do signo da História Cultural, autores como Michel Certeau42 e Michel Foucault43.

Por mais que a França ainda fosse o principal polo de difusão de novas proposições historiográficas, ao longo da década de 1980, se fortaleceram e/ou emergiram contribuições significativas acerca do fazer História em outras partes do mundo. Nesse sentido, destaca-se a consolidação das perspectivas trazidas pela escola inglesa, principalmente por intermédio das obras de Edward Palmer Thompson44, bem como as proposições de caráter metodológico advindas da micro-história italiana, em que se destacaram em especial as formulações de Carlo Ginzburg45 e Jacques Revel46.

Contudo, nada abalou tanto as estruturas da Ciência Histórica quanto as formulações que vieram dos Estados Unidos da América, e foram articuladas em torno da noção de “pós-modernismo” que foi inaugurado, ainda em 1979, pelo célebre artigo de “The revival of narrative: reflections

40

BARROS, José D’Assunção. A história cultural francesa: caminhos de investigação. Fenix: Revista de História e Estudos Culturais, Uberlândia/MG, v.2, n. 4, p. 01- 17, out./dez. 2005.

41

Ibidem, p. 16. 42

Cf. CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.

43

Cf. FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1986.

44

Cf. THOMPSON, Edward Palmer. A Formação da Classe Operária Inglesa: A Árvore da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

45

Cf. GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

46

Cf. REVEL, Jacques. Microanálise e construção social. In:________. (org.) Jogos de escala: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2004.

on a new old history”, de Lawrence Stone47, que estabeleceu as bases iniciais para o debate em torno da discursividade implícita ao trabalho do historiador. Nesse sentido, contribuíram para o mesmo debate, com maior destaque Hayden White48 e Dominick LaCapra49.

Em complementariedade, acerca da dita “ameaça pós-moderna” que vinha da historiografia americana, José Antônio Vasconcelos50 observou que:

A década de 1980, em especial, é um período em que diversas teorias hermenêuticas e epistemológicas confrontam-se, constituindo, assim, um campo propício para o debate interdisciplinar. Encontrando afinidades com o pós-modernismo, um difuso conjunto de posicionamentos que pretendia romper com os paradigmas da modernidade, muitas dessas tradições intelectuais ameaçavam seriamente solapar os fundamentos da pesquisa historiográfica. Para uma “velha guarda” acadêmica, o desconstrucionismo era visto como esotérico, algo que se deveria evitar por uma questão de higiene intelectual. Para os jovens acadêmicos, porém, as novas ideias representavam uma tentação irresistível.

Embora a década de 1980, no panorama global, tenha sido extremamente rica na formulação e estabelecimento de novas proposições acerca do fazer histórico, boa parte dessas discussões só chegaram aqui ao Brasil tardiamente, ainda em decorrência do conturbado cenário político que o país atravessava.

47

Esta discussão de retorno à narrativa ganhou maior notoriedade em torno do célebre e polêmico artigo STONE, Lawrence. The revival of narrative: reflections on a new old history. Past & Present, Oxford, v. 85, n. 1, p.3-24. 1979.

48

Cf. WHITE, Hayden: Meta-história: A imaginação Histórica do Século XIX. São Paulo: EdUSP, 1995.

49

Cf. LaCAPRA, Dominick. Intellectual history and ists ways. American Historical Review. v. 97, n. 2, p.425-439.

50

VASCONCELOS, José Antônio. A ameaça do pós- modernismo na historiografia americana. São Paulo: Annablume, 2005; p. 23.

No que concerne à produção do conhecimento histórico no Brasil, a década de 1980 verteu-se num período de transição, mesclando a permanência de tendências historiográficas já consolidadas, com uma tímida abertura a novas perspectivas teórico/metodológicas de escrita da História. Nesse sentido, José Roberto do Amaral Lapa51 havia observado que, no final da década de 1970, ainda predominava a História Política em relação às demais áreas de investigação da História, quadro que permaneceu estável até meados do início da década de 1980, pois as temáticas políticas ganharam novo fôlego, em função da abertura que o país atravessava. Assim, temas como o dito “movimento de 64” despertavam o interesse do grande público e consequentemente do mercado editorial.

Ao longo da década de 1980, no Brasil, foi notável uma intensa mudança na sistemática de produção historiográfica, primeiramente resultante do fortalecimento dos programas de pós-graduação, que, a partir de então, passaram a concentrar a maior parte da produção acadêmica na área de História, ao passo que, até a década anterior, esta produção estava concentrada principalmente nas editoras.

Outra importante mudança nesse período ocorreu no que concerne aos temas de estudos recorrentemente escolhidos pelos historiadores. Nesse sentido, Ângela de Castro Gomes observou que a luta pelo fim do regime militar e a posterior campanha pelas "Diretas já" influenciando decisivamente as temáticas das pesquisas desenvolvidas pelos discentes dos programas de pós-graduação, em especial de História e Ciências Sociais. Privilegiando temas como “movimentos sociais urbanos e rurais, bem como uma história social do trabalho, na qual os protagonistas

51

LAPA, José Roberto do Amaral. Tendências atuais da historiografia brasileira. Revista Brasileira de História, São Paulo, n. 2, p. 153-172, set. 1982.

eram escravos, libertos, homens livres, camponeses, artesãos, operários e assalariados em geral”52, assuntos estes que propunham abrir novos caminhos para reflexão daquela sociedade.

Em complementariedade, Ronaldo Vainfas53 também salientou que, naquele contexto, o fundamental era “fazer uma história que buscasse as raízes socioeconômicas de nosso atraso, subdesenvolvimento ou dependência do imperialismo, em especial o norte-americano”, desvelando “uma história engajada, portanto, uma história militante”. Tais proposições se justificavam pelo fato de a produção historiográfica brasileira estar “de certo modo, hegemonizada pelo marxismo, ou pelas várias correntes marxistas54”.

Contudo, para o autor, essa forma de concepção do fazer historiográfico, em partes, dificultou a entrada de novas tendências historiográficas no Brasil, que por sua vez já estavam consolidadas na Europa. Em meio a esse cenário, novos temas relativos a “mobilizações feministas, ecologistas ou do movimento gay” eram entendidos como temas reacionários e/ou desmobilizantes. De modo que o “tom geral foi, assim, o de condenação dos chamados novos paradigmas não marxistas”55, resultando num atraso de 10 a 15 anos, em relação ao tempo de formulação das novas correntes historiográficas na Europa, e sua efetiva difusão no Brasil, fato que “foi, em grande parte, responsável por tais confusões, pois todas essas inovações da historiografia, principalmente

52

GOMES, Ângela de Castro. Questão social e historiografia no Brasil do pós-1980: notas para um debate. Estudos Históricos, São Paulo, n. 34, p. 157-186, jul./ dez. 2004, p. 158.

53

VAINFAS, Ronaldo. História cultural e historiografia brasileira. História: Questões e Debates, Curitiba, n. 50, p. 217-235. jan./jun. 2009. p. 225.

54

Ibidem, loc. cit. 55

europeia, chegaram juntas ou, pelo menos, se difundiram juntas nos anos 1980”56.

Essas formulações acerca da escrita da História no Brasil na década de 1980 são legitimadas no trabalho quantitativo/analítico realizado por Carlos Fico e Ronald Polito57, que constataram a predominância de temas relativos ao “movimento operário, grupos de trabalhadores, sindicatos e mundo do trabalho” no campo da História Social. No entanto, nesse período também foi possível focalizar o surgimento de algumas pesquisas a respeito de temas como cotidiano, mulheres, família e doenças. Por fim, esses autores também observaram as periodizações que eram privilegiadas pelos pesquisadores que trabalhavam com História do Brasil, observando que (14,1%) dos trabalhos daquela década foram sobre o período colonial, (26,5%) acerca do imperial e sobre o Brasil republicano (59,2%)58, estes que por sua vez privilegiavam majoritariamente a temporalidade da República Velha, nas regiões de São Paulo e Rio de Janeiro59.

A respeito da produção historiográfica neste período, ainda cabe mencionar a emergente produção concernente a História da Música no Brasil, destacando os trabalhos de José Ramos Tinhorão60, José Miguel Wisnik61 e Arnaldo Daraya Contier62, que “em perspectivas distintas foram

56

Ibidem, p. 233. 57

FICO, Carlos; POLITO, Ronald. A História no Brasil (1980 – 1989): Elementos para uma avaliação historiográfica. Ouro Preto/MG: UFOP, 1992. p. 56.

58

Ibidem, p. 53. 59

Ibidem, p. 54. 60

Cf. TINHORÃO, José Ramos. Os sons dos negros no Brasil: cantos, danças, folguedos, origens. São Paulo: Art.Editora, 1988.

61

Cf. WISNIK, José Miguel. O coro dos contrários: Música em torno da semana de 22. 2 ed. São Paulo: Duas Cidades, 1983.

62

Cf. CONTIER, Arnaldo Daraya. Brasil Novo: música, nação e modernidade. Os anos 20 e 30. 1988. Tese (Livre docência) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1988.

os fundamentos para a historiografia acadêmica da música popular que iria se desenvolver a partir da década de 1980”63. Nesse sentido, o historiador Silvano Fernandes Baia elucida que o destaque atribuído a esses autores deveu-se à “originalidade de suas pesquisas, pelas distintas e conflitantes abordagens metodológicas empregadas e diferentes visões da história da música no Brasil”64 que as pesquisas pioneiras nesse campo se davam primordialmente a partir de “discussões em torno do nacional e do popular, tão presentes no Brasil entre as décadas de 1920 e 1960, com reverberações até nossos dias”65.

Em contrapartida, no tocante à produção a historiográfica acerca dos jovens no Brasil, o período entre 1981 e 1990, não apresentou significativa produção, em que parte dessa baixa produção deve-se ao desinteresse pelo tema no bojo das universidades, sendo visto até mesmo como um tema desinteressantes para os novos pesquisadores, pois o paradigma dominante relativo à compreensão social dos jovens ainda66 era baseado na esfera funcionalista67, que constituiu a juventude como “categoria de análise: como um momento de transição no ciclo de vida, da infância para a maturidade, que corresponde a um momento específico e

63

BAIA, Silvano Fernandes. A Historiografia da música popular no Brasil: Análise crítica dos estudos acadêmicos até o final do século XX. Uberlândia/MG, Edufu, 2015. p. 54. 64 Ibidem, p. 107. 65 Ibidem, p. 55. 66

Cabe destacar que na Europa já havia sido publicado a célebre obra: ARIÉS, Philippe. L’Enfant et l avie familiale sous Ancien Régime. Paris, Editions du Seuil, 1973. 67

O funcionalismo pode ser enquadrado como uma condição paradigmática vinculada a certas predisposições autodeterminantes. Com esse efeito o jovem tem uma função determinante que está pautada na sua transição de jovem para vida adulta, e quando esta não ocorresse de modo integrativo afeta a solidariedade e continuidade do sistema social, implicitamente remetendo a juventude como potencialmente problemática. Cf. ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil. Revista Brasileira de Educação. n, 5, 1997.

dramático de socialização”68, uma espécie de período de crise pelo qual o indivíduo precisa passar para se tornar adulto que os primeiros estudos destinados a uma análise social da juventude, geralmente, caracterizavam- na como um período problema, que mereceria atenção apenas quando essa representasse perigo. Portanto, para socióloga Helena Wendel Abramo o conceito majoritariamente utilizado para categorização do juvenil resultava em atribuir a esse o estereótipo de “ameaça de ruptura com a continuidade social”69.

Portanto, os primeiros empreendimentos nessa direção estiveram majoritariamente situados a partir de uma perspectiva jornalística, no qual o objetivo era mais noticiar que efetivamente problematizar os diversos elementos relativos aos agenciamentos coletivos dos jovens. Destacam-se assim os livros produzidos pela Editora Brasiliense, em torno das coleções “Primeiros Passos” e “Tudo é História” destacando- se as obras: “Paris 1968: As barricadas do desejo”, de Olgária Chain Feres Matos (1981)70; “O que é Rock?”, de Paulo Chacon (1983) 71; “O que é Contracultura?”, de Carlos Alberto Maciel Pereira (1983) 72; “Juventude Operária Católica”, de Valmir Francisco Muraro (1985) 73. Nessa mesma linha, mas publicado pela Editora Vozes, também é notável o trabalho:

68

ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil. Revista Brasileira de Educação. n, 5, 1997, p.27.

69

Ibidem, loc. cit. 70

MATOS, Olgária Chain Feres. Paris 1968: As barricadas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1981.

71

CHACON, Paulo. O que é Rock? São Paulo: Brasiliense, 1983. 72

PEREIRA, Carlos Alberto Maciel. O que é contracultura? São Paulo: Brasiliense, 1983.

73

MURARO, Valmir Francisco. Juventude Operária Católica. São Paulo: Brasiliense, 1985.

“Rock, o grito e o mito: a música pop como forma de comunicação e contracultura”, de Roberto Muggiati (1981)74.

Entretanto, é necessário, também, destacar a importância da produção acadêmica que foi desenvolvida juntamente ao Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, uma vez que, ao longo da década de 1980, trouxe diversas contribuições acerca das relações sociais dos jovens brasileiros, com atenção especial para o diálogo estabelecido por esses sujeitos e o meio urbano. Em destaque nessa produção encontram-se as dissertações de Mestrado: “Conversa de Portão: Juventude e Sociabilidade em um Subúrbio Carioca”, de Maria Luiza de Amorim Heilborn (1984)75; “O Baile Funk: festas e estilos de vida metropolitanos”, de Hermano Paes Vianna Jr. (1987)76; “Nos Embalos de Sábado à Noite: juventude e sociabilidade em camadas médias cariocas”, de Cláudia Barcellos Rezende (1989)77; “Moralidade e Sociabilidade: contribuição a uma antropologia da juventude”, de Silvia Regina de Almeida Fiuza (1989)78, todos sob a orientação do professor Gilberto Cardoso Alves Velho.

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MUGGIATI, Roberto. Rock, o grito e o mito: a música pop como forma de comunicação e contracultura. Petrópolis, Vozes, 1981.

75

HEILBORN, Maria Luiza de Amorim. Conversa de Portão: Juventude e Sociabilidade em um Subúrbio Carioca. 1984. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

76

VIANNA JR, Hermano Paes. O Baile Funk: festas e estilos de vida metropolitanos. 1987. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

77

REZENDE, Cláudia Barcellos. Nos Embalos de Sábado à Noite: juventude e sociabilidade em camadas médias cariocas. 1989. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

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FIUZA, Silvia Regina de Almeida. Moralidade e Sociabilidade: contribuição a uma antropologia da juventude. 1989. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.