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Política Fiscal a Médio Prazo

2.4. Estimular a competitividade empresarial.

O modelo de crescimento histórico de Portugal, baseado no estímulo à procura interna e no endividamento externo, está esgotado. De forma a crescer, Portugal tem uma necessidade imperiosa de alavancar o crescimento externo e, portanto, incrementar a sua capacidade de exportar (e substituir importações).

Para conseguir tal crescimento é fundamental inverter a tendência de queda de competitividade a que temos assistido na última década – o incremento do custo laboral por unidade produzida foi de 35% em Portugal, um valor substancialmente superior quando comparado com a Espanha (27%), e França (19%) e, sobretudo, a Alemanha (0%). Esta perda de competitividade implicou uma perda de quota de Portugal nas importações mundiais, de 0,43% em 2001 para 0,33% em 2009 e tem um conjunto de causas raiz bem identificadas:

A subida dos custos salariais (3,7% ao ano na última década) muito acima dos aumentos de produtividade (apenas 0,9% ao ano), por acção conjunta de ineficiências no mercado laboral e da capacidade dos sectores não transaccionáveis e públicos absorverem as ditas ineficiências (transmitindo-as aos consumidores e contribuintes), e provocando a migração de recursos (“crowding out”) dos sectores transaccionáveis – que observaram uma redução de 5% do emprego – para os sectores não transaccionáveis – que obtiveram um incremento do emprego na ordem dos 17%;

Ineficiências a montante dos mesmos sectores transaccionáveis decorrentes dos custos e da ausência de qualidade da prestação pública (por exemplo, em áreas críticas como a educação, o licenciamento e a justiça), ou mesmo privada (sectores regulados);

E, por último, debilidades no tecido empresarial transaccionável decorrentes da interacção histórica das situações anteriores, resultando na prática num tecido empresarial relativamente descapitalizado, fragmentado, centrado em actividades de menor valor e pouco propenso à inovação e internacionalização.

A resolução dos dois primeiros problemas é, sem dúvida, uma condição sine qua non da resolução da equação da competitividade de Portugal e remete, no essencial, para um conjunto de áreas de actuação abordadas noutros pilares deste programa e que incluem: a) a modernização das leis laborais e de protecção social, b) a reforma do sector público com vista a aumentar a eficiência e a qualidade da prestação de serviços essenciais à actividade empresarial (por exemplo, na área da justiça) e c) a melhoria da regulação e concorrência em sectores domésticos também essenciais (por exemplo, na área energética).

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Neste contexto o objectivo deste pilar no presente programa de governo é o de apresentar um conjunto de medidas orientadas para a resolução do terceiro problema acima enunciado, i.e., a aumentar a competitividade do País mediante o apoio ao tecido empresarial português na sua modernização e internacionalização.

Para Portugal voltar a crescer a um ritmo médio anual da ordem dos 3% é necessário encontrar mais de 50 mil milhões de Euros de VAB em oportunidades de crescimento.

Esta oportunidade de crescimento existe. O mundo, no seu conjunto, está a crescer e as exportações portuguesas estão muito concentradas num conjunto de mercados restrito (Espanha, Alemanha, França, etc.), que não são nem os maiores (como os Estados Unidos) nem os de maior crescimento (como a China, a Índia e o Brasil). Neste contexto, é possível catapultar as exportações e crescimento de Portugal para um patamar significativamente superior ao actual.

Assim, o caminho para a competitividade e o crescimento mediante a internacionalização deverá estar suportado em duas avenidas complementares:

Objectivo 1: Assegurar um aumento claro da penetração das exportações portuguesas nos mercados de maior

dimensão (Estados Unidos), crescimento (China e Índia) e no “mundo que fala português” (Angola, Brasil, etc), mantendo a penetração actual nos mercados core (Espanha, Alemanha, França, etc);

Objectivo 2: Conseguir o objectivo anterior mediante uma aposta na internacionalização, valor acrescentado e

competitividade daqueles sectores onde Portugal tem ou pode ter uma base para competir a nível global, incluindo:

Os sectores exportadores tradicionais do País (p.ex., Têxtil, Calçado, Fileira Florestal, Mar e Agro-alimentar);

Os sectores domésticos onde existem capacidades demonstradas e com a possibilidade de ser aplicadas noutros

mercados (p.ex., Distribuição, Engenharia, Construção);

Os “novos” sectores de forte crescimento global que encaixem com as vantagens comparativas do País e onde existam capacidades ainda que embrionárias em Portugal (p.ex., Turismo direccionado ao segmento sénior e de negócios, Saúde como “destino” para o tratamento e acompanhamento de doenças crónicas).

É importante ressaltar que a filosofia deste programa não é a de um Estado-Empresário que define as apostas que devem guiar o desenvolvimento do sector privado, mas, tão somente, a de apoiar a mesma iniciativa privada nas suas apostas, sabendo à partida que caberá ao mercado determinar quais serão os empreendimentos vencedores.

Neste sentido, identificamos 4 eixos de acção que, por sua vez, se desagregam em 8 grandes áreas de política económica de apoio à renovação e crescimento do tecido industrial português:

Eixo de acção 1: Lançamento de um conjunto de actuações transversais orientadas a eliminar as distorções competitivas que impedem o desenvolvimento do sector externo:

1.1: Plano de incentivos e apoio à mobilização do trabalho e talento em direcção às oportunidades de crescimento internacional – promover o emprego e o fluxo de recursos humanos qualificados para os sectores de

exportação;

1.2: Plano de incentivos e apoio à mobilização do capital em direcção às oportunidades de crescimento externo –

direccionar e aumentar o investimento nos sectores internacionais;

1.3: Plano de incentivos e apoio à reestruturação e renovação do tecido empresarial nacional – promover o ganho

de escala no tecido empresarial que permita competir a nível global;

Eixo de acção 2: Desenvolvimento de um Plano Integrado de Inovação e Empreendorismo – promover o

rejuvenescimento do tecido empresarial Português;

Eixo de acção 3: Desenvolvimento de um plano de acção nos mercados chave externos e reforço e profissionalização das estruturas de execução para assegurar o seu êxito – ir de encontro à procura latente;

Eixo de acção 4: Desenvolvimento de um conjunto de actuações sectoriais para apoiar os três pilares sectoriais fundamentais para a captura destas oportunidades externas:

4.1: Recuperação e dinamização dos clusters tradicionais de exportação – diferenciar e promover o produto

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4.2: Aposta na exportação de serviços e competências de excelência desenvolvidas no mercado doméstico –

assegurar novos mercados para capacidades com procura deprimida em Portugal;

4.3: Promoção de novos clusters orientados às novas tendências globais – lançar os novos produtos Portugal. Plano de incentivos e apoio à mobilização do trabalho e talento em direcção às oportunidades de crescimento externas

Objectivo: reduzir os custos e aumentar a qualificação da contratação de capital humano pelas empresas com perspectivas de desenvolvimento internacional.

Estudar a introdução de estímulos temporários (i.e. ao longo de 2 anos) para a contratação de trabalhadores à procura de emprego há mais de 6 meses (equivalente a 50% do subsídio de desemprego) em empresas com variação líquida de

postos de trabalho. Esta medida deverá ser de aplicação genérica (permitindo reduzir o custo do desemprego para o Estado e da contratação para a empresa, num contexto em que Portugal apresenta hoje a maior taxa de desemprego de longa duração na OCDE), mas ter uma forte ênfase na colocação de recursos de valor acrescentado actualmente no desemprego ao serviço de empresas com perspectivas de desenvolvimento internacional;

Estudar, para aplicação logo que possível, a criação de uma taxa única reduzida de IRS para quadros estrangeiros altamente qualificados que aportem capacidades de elevado valor acrescentado ao País (incentivo restrito a uma quota

limitada de colaboradores e da massa salarial por Empresa);

Gerir proactivamente o balanço entre procura e oferta de competências em Portugal promovendo a criação de vagas no

ensino superior e profissional em áreas técnicas e com orientação ao exterior, e reduzindo progressivamente o excesso de oferta em áreas com menor procura.

Plano de incentivos e apoio à mobilização do capital em direcção às oportunidades de crescimento externas

Objectivo: facilitar o acesso ao crédito e capital por parte das empresas e projectos orientados à exportação e internacionalização.

Assegurar um acesso facilitado ao crédito e ao capital para as empresas em sectores exportação de bens e serviços:

Alargamento da oferta de seguros de crédito, de coberturas cambiais, de factoring internacional, de linhas de crédito e programas de financiamento de encomendas e contractos de exportação;

Acesso facilitado a fundos de garantia mútuos e ao crédito bancário, através da concessão de uma garantia do Estado às operações de titularização de créditos a empresas (exemplo Espanha);

Promoção da entrada em bolsa, permitindo (i) deduções fiscais especiais de despesas de emissão; (ii) definindo regras mais simples para entrada em bolsa (p.ex., relacionadas com a publicação de informação); (iii) apoiando a entrada de empresas em mercados específicos (exemplo Alternative Investment Market de Londres);

Incentivar projectos com elevado potencial de exportação;

Concentrar a gestão de incentivos nacionais e comunitários, maximizando a sua utilização;

Renegociar com a UE no sentido de direccionar os vários sistemas de incentivos actuais (nomeadamente, o QREN, o PRODER e o PROMAR) para o desenvolvimento de actividades com vista à inovação e à exportação;

Concentrar, num portal único, toda a informação relativa a apoios comunitários e estatais, permitindo o acompanhamento de processos de candidatura e verificação do estado de processamento/aprovação.

Plano de incentivos e apoio à reestruturação e renovação do tecido empresarial nacional

Objectivo: acelerar a consolidação, reestruturação e criação de empresas e facilitar o seu funcionamento no quotidiano.

Promover o ganho de escala das empresas portuguesas, permitindo a amortização fiscal do goodwill e aceitando, para

efeitos tributários, a declaração de prejuízos na aquisição de empresas;

Constituir Fundos de Capitalização, garantindo a participação do sector financeiro (via reconversão de crédito em

capital) e de outros investidores nacionais e internacionais;

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Continuando a redução do nível de despesas e do tempo necessário para o registo, constituição e arranque de empresas;

Tornando mais expedito o processo de encerramento (e potencial absorção) de empresas não viáveis;

Incentivando a utilização de meios alternativos para a resolução de conflitos e de processos de falência através do aumento do número de centros de arbitragem;

Assegurando níveis de serviço da Autoridade da Concorrência e outras entidades reguladoras (3 meses de tempo máximo de decisão, sem hipótese de prorrogação);

Criar a “Loja da Empresa”, concentrando num local e interlocutor único todas as funções chave do Estado para as

empresas – finanças, inspecção do trabalho, segurança social, pedidos de licenciamento, etc. (exemplo do Small Business Service Britânico e do balcão único para PMEs do Luxemburgo);

Promover a criação de redes de empresas de serviços partilhados, capazes de prestar serviços de apoio ao

funcionamento de pequenas e médias empresas, incluindo gestão administrativa, financeira, de recursos humanos, infra-estrutura de sistemas e comunicações, etc. (exemplo shared service units de Singapura).

Na secção seguinte aborda-se, especifica e detalhadamente o universo empresarial das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) que representam mais de 90% do tecido produtivo do País.

Desenvolvimento de um Plano Integrado de Inovação e Empreendedorismo

Objectivo: impulsionar o financiamento, a colaboração universidade/empresa, a procura e mentalidade empreendedora nos âmbitos da inovação e empreendorismo em Portugal.

Atrair capital de risco (inicial e de desenvolvimento) junto de instituições nacionais e internacionais

Criação de um “seed” fórum para apresentação de ideias de negócio a potenciais investidores nacionais e internacionais (exemplo Noruega);

Criação de uma rede nacional público-privada de incubadoras de negócios e de um pacote dirigido a start-ups, incluindo micro crédito e micro capital de risco (exemplo “small business act” dos EUA);

Reformular o capital de risco público, concentrando numa única entidade os vários veículos (Caixa Capital, AICEP Capital e InovCapital), e reforçando os fundos afectos e procurando atrair outros investidores;

Privilegiar abordagem indexada a resultados na atribuição de subsídios em detrimento de apoios 100% a fundo perdido;

Criar incentivos fiscais à inovação e ao empreendedorismo como mais adiante se caracteriza.

Na secção seguinte abordar-se-á mais em pormenor a ligação do empreendedorismo e capital de risco às MPME

Aproximar definitivamente as universidades e a comunidade empresarial, transformando o modelo de gestão de

recursos associados a programas de inovação

Criar incentivos à colaboração entre empresas e Universidades, definindo áreas concretas de actuação (p.ex., eficiência energética e reabilitação urbana) e adoptando sistemas de candidatura competitivos com total transparência nos critérios de escolha;

Introduzir incentivos salariais para investigadores em função da capacidade de mobilizar recursos e desenvolver investigação de alta qualidade e impacto numa lógica de cooperação Empresarial;

Criar regime especial de vistos de residência para quadros e investigadores estrangeiros, incluindo contexto fiscal favorável (vide medida no eixo III.1.1);

Introduzir no plano curricular disciplinas e métodos de ensino que promovam a criatividade e o empreendedorismo e, no caso específico de licenciaturas de engenharias e ciências, instituir a disciplina obrigatória de empreendedorismo;

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Utilizar o “procurement” público para promover a inovação, alocando uma parcela dos orçamentos públicos e dos

processos de contratação ao estímulo de novas soluções que garantam, a prazo, processos mais eficientes e eficazes e que possam ser adoptados posteriormente pelo sector privado (exemplo do programa Norte-Americano SBIR que gera 1.800 novos produtos anualmente, a maior parte dos quais desenvolvidos por pequenas e médias empresas inovadoras)

Impulsionar o "procurement" de soluções e serviços inovadores por parte das grandes empresas portuguesas,

assegurando a informação sobre a oferta existente e incentivando a compra e/ou o desenvolvimento conjunto de soluções com elevado potencial de mercado, mediante mecanismos de co-financiamento

Desenvolvimento de um plano de acção nos mercados externos chave e reforço e profissionalização das estruturas de execução para assegurar o seu êxito

Objectivo: suprir o deficit de escala das pequenas e médias empresas portuguesas, apoiando-as no seu acesso a oportunidades nos mercados de maior potencial, e desenvolver o IDE, tornando a "Diplomacia Económica" numa das principais prioridades do Estado Português como também vai ser enfatizado no pilar externo “Política Externa ao Serviço do Desenvolvimento”.

Reforçar a proactividade e a promoção de Portugal em 8 mercados externos chave (Estados Unidos, Brasil, China, Índia, Angola, Alemanha, Espanha e França)

Estabelecer um “plano de negócio” de promoção das exportações e atracção de investimento externo para cada mercado;

Transformar as delegações comerciais da AICEP em veículos efectivos de dinamização de negócios – profissionalização acrescida, introdução de métricas objectivas de desempenho e remuneração orientada a resultados;

Reforçar a orientação da diplomacia Portuguesa à vertente económica em coordenação com o AICEP (exemplo Reino Unido);

Instituir um “Advisory board” em cada mercado, i.e, um conselho de assessores de elevado impacto e acesso;

Desenvolver redes de promotores de apoio ao intercâmbio Portugal – País;

Criar grupos de acompanhamento em Portugal para cada mercado, integrando as entidades públicas e empresariais com o objectivo de identificar barreiras e formular sugestões para implementação pelas delegações e promover o respectivo mercado;

Criar o “Passaporte à Exportação” para facilitar o acesso das empresas a especialistas em comércio internacional e nos

mercados prioritários (lei, processos, oportunidades), em parceria com a banca e outras instituições interessadas (exemplo do UK Trade & Investment);

Reforçar serviço de “one stop-shop” para investidores externos, garantindo o acompanhamento efectivo nas várias

fases: pré-investimento, investimento e operação. Recuperação e dinamização dos clusters tradicionais de exportação

Objectivo: desenvolver as infra-estruturas essenciais para a exportação e trabalhar com as diferentes associações sectoriais para o desenvolvimento das estratégias de desenvolvimento respectivas e a aplicação consentânea das políticas transversais definidas nos eixos anteriores.

Tornar mais competitivas as infra-estruturas para a exportação (i.e. portos, transporte intermodal e ferroviário de

mercadorias) e alianças logísticas com operações globais (por exemplo, Flandres, Singapura, Mercosul e Panamá) para agilizar processos de exportação e reduzir custos operacionais;

Promover a definição ou desenvolvimento das linhas mestras da estratégia de diferenciação e desenvolvimento dos sectores transaccionais tradicionais, no sentido de reforçar o valor acrescentado nacional (subida na cadeia de valor) e a competitividade externa na penetração nos mercados com elevado potencial de crescimento, além da execução de programas específicos para as empresas com potencial de crescimento; o desenvolvimento da penetração nos mercados internacionais em rede (cooperação entre empresas complementares); execução de programas específicos para as empresas com potencial de crescimento.

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Aposta na exportação de serviços e competências de excelência desenvolvidas no mercado doméstico

Objectivo: abrir novos mercados para as empresas e profissionais portugueses com capacidades competitivas em sectores com procura doméstica deprimida e com elevados deficits de oferta noutros países, nomeadamente países emergentes (por exemplo, construção, desenvolvimento imobiliário, engenharia, arquitectura, comercio especializado).

Estabelecer acordos bilaterais com autoridades e associações empresariais de mercados de elevado crescimento (via

AICEP) para criar transparência sobre procura de serviços e competências relevantes e disponibilizar essas oportunidades as empresas e profissionais portugueses – criação de um portal com informação sobre procura e ofertas existentes, contactos locais e eventos de networking;

Criar condições transversais que facilitem a exportação destes serviços e competências, concretamente:

Políticas fiscais que facilitem a exportação ou o estabelecimento local destes serviços (nomeadamente acordos de dupla tributação, acesso a segurança social em Portugal), etc;

Reconhecimento no local destino das competências técnicas portuguesas, i.e., permitir a quem esteja habilitado a praticar certas funções em Portugal, a prática dessas mesmas funções no País destino sem necessidade de ser submetido ao processo local de reconhecimento dessas competências;

Facilitação do estabelecimento de empresas e procura de apoios locais para o outsourcing de serviços básicos de funcionamento (administrativos, contabilidade, etc.);

Facilitação do acesso a vistos de trabalho permanente e/ou temporários e à constituição de novas empresas e sucursais.

Promoção de novos clusters orientados às novas tendências globais

“Acarinhar” projectos integrados de criação de redes e clusters em áreas emergentes (em Portugal) e de alto potencial de crescimento, incluindo, como exemplo.

Saúde (incluir Portugal como destino para tratamento de doenças crónicas): (i) desenvolver um pólo de empresas (aliado a Universidades e Centros de Investigação) que concentre todas as actividades de fornecimento de meios de diagnóstico e serviços de saúde; (ii) ampliar capacidade na infra-estrutura; (iii) desenvolver centros de diagnóstico e tratamento de ponta com enfoque em terapêuticas high-tech; (iv) desenvolver centros de I&D; (v) reter e atrair recursos humanos qualificados;

Educação e conhecimento: (i) atrair estudantes estrangeiros (CPLP, Erasmus e “paísesPaíses-alvo”); (ii) estabelecer parcerias com Universidades e Centros de Conhecimentos; (iii) direccionar financiamento público e atrair investimento estrangeiro (IDE) para áreas de investigação prioritárias; (iv) atrair empresas tecnológicas que, estabelecendo bases de I&D em Portugal, possam criar laços com Universidades Portuguesas e atrair talento estrangeiro (TDE);

Tecnologia e entretenimento: (i) criar clusters empresariais na área tecnológica; (ii) desenvolver uma estrutura efectiva de apoio ao “empreendedorismo tecnológico” (revendo incentivos e consequências de insucesso); (iii) canalizar recursos financeiros para o desenvolvimento de tecnologias de ponta (e respectiva aplicação ao serviço das empresas); (iv) fomentar interligação com Universidades e outros Centros de Conhecimento.

Promover 2-3 “mega projectos” empresariais de escala internacional em áreas de desenvolvimento prioritário (ex, Turismo Residencial) – dentro do quadro de incentivos proposto neste programa – que permitam:

Projectar uma imagem de Portugal no Mundo assente na qualidade, diferenciação e especialização;

Construir cadeias de valor de suporte ao tecido empresarial do cluster (a montante e a jusante);

Atrair e desenvolver recursos humanos qualificados.

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