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Os objectivos estratégicos chave a atingir são: o aumento do peso relativo das exportações no PIB, a dinamização das exportações de maior valor acrescentado nacional, o aumento das quotas de mercado, e a diversificação dos mercados externos especialmente os que apresentam maior potencial de crescimento.

As medidas de política, tendo em vista a concretização destes objectivos, são as seguintes:

 Orientar os recursos de representação económica externa (Embaixadas e AICEP) para as necessidades das empresas exportadoras, definindo programas de acção por Países e zonas geográficas de actuação e um sistema de incentivo remuneratórios em função do desempenho;

Criação, no Ministério da Economia, de um Conselho para Competitividade e Exportações (CCE), com representação adequada das principais empresas exportadoras nacionais e estrangeiras, representantes das MPME com potencial exportador e personalidades com elevadas competências na matéria;

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 Reforçar o apoio financeiro e fiscal às empresas exportadoras, descriminando-as positivamente na medida das restrições existentes, facilitando o seu acesso ao crédito e reduzindo os custos burocráticos, e reestruturando e operacionalizando os incentivos existentes em função das novas prioridades;

 Reforçar os incentivos às políticas de aumento do valor acrescentado nacional incorporado nas exportações dos sectores tradicionais (ex. cortiça, moldes, vidro, têxteis, calçado, mobiliário, alimentação, etc.), nomeadamente estímulos ao desenvolvimento de parcerias entre as empresas nacionais complementares para a facilitação da penetração em mercados alvo;

 Estimular as grandes empresas portuguesas estabelecidas no estrangeiro a facilitar a penetração de MPME com potencial de internacionalização;

 Desenvolvimento de estratégias especificam direccionadas para cada uma das geografias mais relevantes (ex: Angola, China, Brasil, Índia), identificando potenciais oportunidades de exportação para os produtos e serviços portugueses, em todos os sectores da economia, e venda de competências nacionais de que esses Países careçam.

IDE

A captação do investimento directo estrangeiro IDE, seja para projectos de raiz, seja para aquisições e fusões, revela-se essencial na actual fase que o País atravessa, pois traduz-se num conjunto de vantagens:

 Permite a redução do défice comercial e de capitais do País;

 Dá acesso a exportações;

 Permite gerar emprego e gerar actividade produtiva;

 Melhora a competitividade nacional através da introdução de novas tecnologias e métodos de trabalho.

Em resumo, apesar da importância do IDE para o desenvolvimento do País a partir de um influxo de capitais sustentável, no plano pratico Portugal durante a ultima década nem sempre apresentou uma linha condutora que mostrasse capacidade de reconhecimento desta nova realidade que se traduz em:

 Emergência de novos actores com disponibilidade de capital que já não se limitam aos Países desenvolvidos da UE como sejam a China, o Brasil e Países do Médio Oriente;

 Selecção pelos investidores internacionais dos destinos com um grau de desenvolvimento equivalente a Portugal, não pela procura do factor trabalho barato, mas por estes lhes darem acesso a novos mercados, ou pela eficiência do País receptor nesse sector.

Medidas a implementar

As políticas de captação de capitais estrangeiros deverão reconhecer a importância de uma política activa por parte do Estado articulado com os vários actores privados, no sentido de responder aos novos desafios de atracção do IDE. Deste modo propomos o seguinte conjunto de medidas concretas:

 Promoção do País numa óptica selectiva em áreas que tenham demonstrado capacidade de competir segundo padrões internacionais e em que sejam reconhecidas vantagens competitivas de eficiência, como sejam os serviços de valor acrescentado e assistência pós-venda de empresas de tecnologia em que Portugal pode funcionar como plataforma ‘nearshore’;

 Promoção do País como centralidade entre vários continentes e não como periférico, de modo a posicionar-se como plataforma de acesso ao mercado europeu junto de outros Países, como sejam os Países do Sudeste asiático e do Atlântico Sul. As qualidades desta localização deverão ser potenciadas por uma política de acessibilidades, nomeadamente de intermodal idade entre os portos e aeroportos e a rodovia e ferrovia;

 Criação de programas de relacionamento interempresarial ao nível das compras, logística, qualidade, certificação, investimento de I&D, estabelecendo uma ligação entre investidores estrangeiros e empresas nacionais, de modo a captar para o tecido económico nacional os benefícios resultantes do IDE tanto a montante como a jusante;

 Envolvimento com Portugal de líderes de opinião mundial nas várias áreas, como sejam a cultura, desporto, economia, que possam passar uma mensagem positiva sobre o País;

 Realização acções pró-activas de influência positiva junto de grandes órgãos de comunicação internacional com impacto na percepção dos actores económico e das agências de rating;

 A retenção do stock de IDE deverá ser outra das prioridades, em particular evitando o desinvestimento e promovendo a reaplicação dos lucros.

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Um Estado promotor do crescimento económico e do desenvolvimento sustentável é uma componente crítica para uma estratégia de recuperação nacional, para o crescimento económico sustentado e para a melhoria do bem estar económico e social.

O Desafio da Mudança

É urgente modernizar o Estado e controlar a sua dimensão por um largo conjunto de motivos, entre os quais salientamos: a sustentabilidade orçamental, o crescimento económico, a justiça social, a qualidade dos serviços públicos, a sustentabilidade do Estado Social e das políticas sociais.

O Estado atingiu uma dimensão excessiva para as possibilidades do País, sem ter conseguido ser mais eficiente. Com um défice crónico, contribuiu decisivamente para um endividamento insustentável, constituindo, também, um bloqueio ao crescimento da economia e ao caminho da necessária convergência económica com a União Europeia. As transformações necessárias exigem sacrifícios, mas elas são fundamentais para ultrapassar a actual situação financeira do País e para assegurar um futuro mais próspero e justo. Por isso, o Governo do PSD assumirá com coragem, e sem tacticismos eleitorais de curto prazo, a liderança deste processo de transformação.

Os Objectivos Chave para a Mudança

O PSD pretende promover os entendimentos sociais e políticos necessários de forma a obter compromissos políticos estáveis e duradouros e compromete-se a trabalhar activamente, tendo em vista os objectivos ambiciosos de:

Reduzir o peso do Estado para o limite das possibilidades financeiras do País e com vista a um melhor Estado.

O Governo do PSD executará, durante a próxima legislatura (2011-2015), o modelo de consolidação orçamental centrado na redução da despesa.

Afirmar um Estado competitivo e sustentável, que promova o crescimento económico, através da regulação independente, da libertação de recursos económicos e financeiros para as empresas e as famílias, da redução dos custos de contexto, de investimentos produtivos e estruturantes e do correcto planeamento do território e do ambiente;

Desenvolver um Estado ágil e inovador, adaptado aos desafios da sociedade da informação, que preste serviços de qualidade e individualizados aos cidadãos, segundo novos paradigmas de organização e funcionamento em rede, suportados pelas tecnologias de informação e comunicação;

Promover um Estado que dignifique os seus agentes, valorize o seu trabalho, o seu dinamismo e inovação, invista na sua capacitação e motivação, avalie e remunere adequadamente o seu desempenho em prol de objectivos claros e concretos;

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