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Etapa da Implementação das Ações para Melhorias – Iniciativas de Cluster

5.5 DEFINIÇÃO DAS ETAPAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE MODELO

5.5.4 Etapa da Implementação das Ações para Melhorias – Iniciativas de Cluster

A implementação das ações de melhorias é a etapa crucial para a consolidação de um cluster. Como estudado no item 3.7 ela depende do processo de estruturação dos objetivos estratégicos para melhoria do cluster e precisa da presença de lideranças para incentivar e nortear os envolvidos.

Equipes de trabalho precisam ser montadas e orientadas na direção da aplicação de políticas que não só fortaleçam os FCOS, mas que deixem estruturadas ações para consolidação de melhorias recorrentes pós-projeto.

A Figura 34 expõe resumidamente a sequência da etapa de implementação das ações para melhorias dos FCOS. Como visto ao longo do capítulo 3, o resultado final de uma boa estruturação e implementação capacita um cluster atingir competitividade e sua consolidação.

Figura 34 - Implementação das ações para o desenvolvimento dos FCOS

Fonte: O autor

IMPLEMENTAÇÃO

Estruturação

 Construção do comprometimento e dos mecanismos para implementação das ações

IMPLEMENTAÇÃO DAS MELHORIAS RECORRENTES

Os estudos da revisão bibliográfica do item 3.9 concluem que a implementação dos objetivos estratégicas, usualmente ocorrem por meio das iniciativas de cluster, organizadas pelas OGCs, tendo como líder um facilitador ou gerente de cluster.

A meta final é o desenvolvimento dos FCOS. Apesar de todos serem importantes, seus respectivos graus de importância variam de acordo com o estágio de ciclo de vida do cluster.

5.5.4.1 Ordem do Desenvolvimento dos Objetivos Estratégicos

Como visto nos itens 3.7 e 3.8, diversos autores elaboraram propostas de sequências de ações básicas para o desenvolvimento de clusters em estágios embrionários: ITD (2009) estruturou uma sequência básica de objetivos e ações conforme

Figura 14; Andersson et al., (2004) elaboraram uma proposta de sequência de aplicação

das ações com objetivos distintos; Ffowcs-Williams (2014) relacionaram uma série de ações mais usuais em clusters considerando desde seu estágio embrionário; Van Klink; De Langen (2001) relacionaram algumas ações características em diversas etapas do ciclo de vida apresentadas no Quadro 12; Brenner e Schlump (2011) da mesma forma apresentaram (Quadro 11) ações a serem adotadas nas diversas fases de desenvolvimento do cluster; Ingstrup e Damgaard (2013) propuseram, conforme Quadro 14, o papel que o facilitador deve ter durante as diversas fases do ciclo de vida do cluster, o que possibilita deduzirmos suas necessárias ações e; por fim, Tavassoli e Tsagdis (2014) estruturaram um quadro com o nível de importância dos FCOS em função do estágio de vida do cluster. Com base nestes autores, propõe-se uma ordenação das ações conforme o Quadro 25.

Para recuperar-se das fases de declínio e estagnação pressupõe-se que o cluster deva novamente proceder ações para atingir o desenvolvimento, precisando para isso proceder diagnóstico dos seus FCOS.

Quadro 25 - Ordem dos objetivos estratégicos e serem desenvolvidos e suas relações com os FCOS Etapa do

Ciclo de Vida Objetivos Prioritárias

FCOS Relacionados

Embrionária

Desenvolver capital social e criar relações de confiança Adequar infraestrutura

Desenvolver vínculos estratégicos e cooperação Definir estratégia e visão

Desenvolvimento da cultura de inovações

Aumentar número de atores, com start-ups, por exemplo Aumentar foco na especialização

Estruturar o marketing do cluster

Desenvolver capital humano (educação e treinamento) Criar formas de suportar a pesquisa e o desenvolvimento Configuração de institutos de pesquisa

Suporte ao spin-off (financiamento, colaboração, serviços) Desenvolver o empreendedorismo Apoio Governamental Concentração Geográfica Cooperação Capacidade de Inovações Desenvolvimento

Evolução e manutenção das dinâmicas e da capacidade de inovação

Desenvolver a cadeia de valor facilitando acesso a financiamentos

Desenvolver vínculos estratégicos Fortalecer o empreendedorismo Fortalecer o marketing do cluster Aumentar número de atores

Cooperação Capacidade de Inovações Consolidação Independência Apoio Governamental Maturidade

Desenvolver novas dinâmicas e capacidade de inovações Atrair novos entrantes

Aumentar a heterogeneidade de competências

Suporte ao spin-off (financiamento, colaboração, serviços) Projetos de renovação profunda (rompimento com o status

quo)

Configuração de institutos de pesquisa

Capacidade de Inovações Concentração Geográfica Cooperação Apoio Governamental Renascimento

Desenvolver novas dinâmicas e capacidade de inovações e atrair novos entrantes

Definir estratégia e visão Desenvolver capital humano Atrair novos entrantes

Aumentar a heterogeneidade de competências

Suporte ao spin-off (financiamento, colaboração, serviços)

Apoio Governamental Concentração Geográfica Cooperação Capacidade de Inovações Declínio

Rever a base de inicialização do cluster Definir estratégia e visão

Empreender ações de cluster

Desenvolver novas dinâmicas e capacidade de inovações e atrair novos entrantes

Projetos de renovação profunda (rompimento com o status

quo) Apoio Governamental Concentração Geográfica Cooperação Capacidade de Inovações Fonte: O autor

Deve-se ter em mente que como visto no Item 3.6, Menzel e Fornahl (2009); Brenner e Schlump (2011) expressaram que não se pode determinar um ponto óbvio de ruptura que evidencie o momento de mudança do estágio de desenvolvimento de um cluster. Desta forma, as etapas se sobrepõem e os limites físicos das linhas que as separam são meramente para organização e facilitação da visualização de seu sequenciamento.

Também como foi visto ao longo do Capítulo 3, diversos autores se referiram aos FCOS como sendo de ordem geral, presentes em todas as etapas do ciclo de vida do cluster, entretanto, conforme apreciado no Item 3.3, ECOTEC (2004), foi bem específico ao mencionar que suas pesquisas revelaram que os FCOS estavam presentes em maior ou menor grau nos clusters bem-sucedidos, que já passaram pela etapa de crescimento inicial do seu ciclo de vida. Seguindo quase a mesma afirmação, foi visto no Item 3.8 que a pesquisa de Tavassoli e Tsagdis (2014) revelou que os FCOS estavam presentes em maior ou menor intensidade em todas as etapas do ciclo de vida do cluster de tecnologia de informação e comunicação de Linköping, na Suécia.

Dito isto, deve-se considerar que tanto na coluna das ‘Ações Prioritárias’ como dos ‘FCOS Relacionados’ foram considerados apenas respectivamente, as ações e os FCOS prioritários para os respectivos estágios do ciclo de vida do cluster.