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CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO

1.4. ETAPAS DA COLETA DE DADOS

A Figura 1 ilustra as etapas de execução desta pesquisa, com o intuito de melhorar a compreensão do estudo como um todo.

1a Etapa

2a Etapa

3a Etapa

Figura 1 – Representação esquemática das etapas da coleta dos dados. Fonte: DADOS PRODUZIDOS PELO AUTOR.

ARTICULAÇÃO DOS CONTEÚDOS, CONTRIBUIÇÃO À TEORIA E REDAÇÃO FINAL PESQUISA DE CONHECIMENTO PREEXISTENTE FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO- METODOLÓGICA COMPARAÇÃO DO ATUAL MODELO DE ASSISTÊNCIA DAS SREs COM O ANTERIOR

DEFINIÇÃO DAS DIMENSÕES E DOS INDICADORES EDUCACIONAIS COLETA DE DADOS SOBRE OS INDICADORES (1999 a 2005) LEVANTAMENTO DOS DADOS PRIMÁRIOS (Percepção dos diretores)

AVALIAÇÃO/COMPARAÇÃO DOS INDICADORES ANTES E

DEPOIS DO PCG

INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

1a Etapa

O objetivo da primeira etapa foi comparar, com base numa pesquisa documental, o atual modelo de assistência das SREs às escolas estaduais, bem como a forma de organização administrativa da SEE/MG e das SREs com o que era determinado pela Lei no 13.391, de 27 de julho de 2001, e utilizado na gestão anterior do governo mineiro (1999-2002). Além disso, analisou-se a evolução real dos gastos com as atividades-fim e meio da SEE/MG, no período de 2000 a 2005. Os valores dos gastos efetivamente executados foram obtidos no Balanço Geral do Estado de Minas Gerais e deflacionados pelo Índice Geral de Preços (IGP/DI –

2005=100).

Menezes e Santos (2006) mostraram que as atividades-fim são aquelas representadas pela relação ensino-aprendizagem que acontecem predominantemente em sala de aula e que estejam permanentemente impregnadas dos fins da educação.

Já as atividades-meio são aquelas relacionadas com as ações de direção, serviços de secretaria, assistência escolar e atividades complementares, como zeladoria, vigilância, atendimento de pais (MENEZES; SANTOS, 2006).

Para a análise dos gastos com as atividades-fim da SEE/MG, foram construídos os indicadores de coeficiente físico (K físico) e de coeficiente humano (K humano).

O coeficiente físico (K físico) diz respeito à parte de infra-estrutura das escolas e

inclui os gastos com a construção, ampliação e reforma de escolas dos ensinos fundamental e médio. Já o coeficiente humano (K humano) se refere ao desenvolvimento dos docentes, uma vez que inclui os gastos com a carreira, a capacitação e a formação continuada de professores dos ensinos fundamental e médio e, ainda, com a democratização da gestão escolar dos ensinos fundamental e médio.

2a Etapa

A segunda etapa de coleta dos dados foi realizada de 29 de novembro de 2005 a 03 de julho de 2006 e envolveu o levantamento de valores sobre os indicadores educacionais de produtividade, qualidade e transparência na SEPLAG/MG, na SEE/MG e na SRE Ponte Nova, obtendo-se informações na SEE/MG, por meio de três Superintendências5, a saber: na Superintendência de Finanças, na

5 Estas superintendências pertencem à Subsecretaria de Administração do Sistema da Educação na

Superintendência de Planejamento e na Superintendência de Gestão. Esses dados foram obtidos por meio de entrevistas, utilizando-se um roteiro prévio que incluiu algumas questões formuladas durante a entrevista. Todas as entrevistas foram previamente agendadas e não foram gravadas, porém todas as respostas foram documentadas. No dia 29 de novembro de 2005, foram entrevistados os servidores responsáveis pelos indicadores do setor de educação da SEPLAG/MG, obtendo-se os seguintes documentos relativos ao Programa Choque de Gestão:

- Publicações de alguns projetos do PCG (Gestão Estratégica dos Recursos e Ações do Estado – GERAES, Manual PPAG de 2004, Avaliação de Desempenho, Acordo de Resultados etc.).

- Arquivos eletrônicos contendo o acompanhamento de alguns resultados do ano de 2004 e das metas previstas para 2005 dos projetos P13 (Ampliação e Melhoria do Ensino Fundamental) e P14 (Universalização e Melhoria do Ensino Médio).

- Buscaram-se informações mais detalhadas sobre o projeto Acordo de Resultados na Superintendência Central de Planejamento (SEPLAG), por definir os indicadores que compõem o Acordo de Resultados, descobrindo-se que ele ainda não havia sido celebrado com a SEE/MG.

Os valores dos indicadores educacionais de produtividade e qualidade, relativos a Minas Gerais e à SRE Ponte Nova, foram obtidos no dia 26 de abril de 2006, na Diretoria de Produção e Difusão de Informações Educacionais (DPRO) da SEE/MG.

Na etapa da coleta dos dados relativos à transparência houve dificuldade em se mensurar a transparência dos serviços educacionais da SEE/MG, da SRE Ponte Nova e das escolas estaduais a ela jurisdicionadas, por falta de dados disponíveis. Em relação aos indicadores de transparência, buscaram-se informações sobre:

1) Publicidade de todos os gastos e investimentos realizados nas escolas da SRE Ponte Nova no site da SEE/MG.

2) Publicidade do Índice de Qualidade do Ensino – IQE das escolas da SRE Ponte Nova no site da SEE/MG.

3a Etapa

A terceira etapa de coleta dos dados foi realizada de 10 de fevereiro a 31 de maio de 2006 e buscou informações sobre a percepção dos diretores da SRE Ponte Nova que já haviam ocupado o cargo de diretor ou vice-diretor em alguma gestão anterior. O objetivo desta etapa foi levantar a percepção dos diretores a respeito dos principais impactos das ações do PCG nas escolas estaduais.

Os dados com os diretores da cidade de Viçosa foram coletados no mês de fevereiro de 2006, com o agendamento diretamente nas escolas. Nos outros municípios da SRE Ponte Nova, a sistemática utilizada para a coleta dos dados primários dos diretores foi contactá-los quando participavam de reuniões promovidas pela própria SRE Ponte Nova, nas cidades de Viçosa e de Ponte Nova.

Com isso, houve grande economia de tempo e de recursos financeiros, dispensando o deslocamento em cada uma das escolas separadamente. As cidades de Viçosa e Ponte Nova foram escolhidas pelo fato de oferecerem grande facilidade de acesso aos diretores vindos de outras cidades, da mesma microrregião.

Mesmo adotando essa sistemática de coleta de dados, não foi possível receber todos os questionários preenchidos nos dias das reuniões. Alguns diretores preferiram levar o questionário para preencher em outro momento e depois e enviá-lo pelo correio. Porém, como alguns desses diretores não retornaram com o questionário, foi necessário enviá-lo novamente pelo correio, já com envelope e selo para postagem de volta. Além disso, no dia 28/04/2006 foi encaminhada uma mensagem eletrônica à assessoria da SRE Ponte Nova, solicitando-lhe apoio para reiterar o pedido àqueles diretores que ainda assim não haviam respondido ao questionário para que o fizessem o mais breve possível.

Outra estratégia utilizada para aumentar a taxa de retorno dos questionários foi o contato telefônico com os diretores, realizado entre os dias 10 e 12 de maio de 2006, reiterando sobre a importância da opinião deles para a continuidade do trabalho de pesquisa.

Dessa forma, como não foi possível o levantamento de todos os integrantes da população-referência pesquisada (censo), estabeleceu-se que uma taxa de 75% do total dos diretores seria bastante representativa em relação ao objeto de estudo e permitiria um aprofundamento das questões propostas. Assim, no dia 31 de maio de 2006, 36 diretores responderam ao questionário, chegando à taxa de resposta de 75%.