• Nenhum resultado encontrado

Etiópia (Abissínia) Uma Breve Sinopse Histórica

No documento Kebra Nagast - A Glória Dos Reis(1) (páginas 137-141)

ETIÓPIA (ABISSÍNIA) - Uma Breve Sinopse Histórica Área: 1.221.900 Km quadrados.

População: 27.000.000 (aproximadamente) Capital: Addis Ababa (“nova flor”)

Idiomas: Quase cem idiomas diferentes e mais vários dialetos. Os principais idiomas são: Amharic, Tigrinya e Gurage. O Geez, a linguagem do antigo império Aksumita sobreviveu como idioma litúrgico e literário, e agora é chamado de Etiópico.

Economia: baseada quase que exclusivamente na agricultura.

A Etiópia teve uma contínua existência enquanto nação por dois mil anos, e durante a maior parte deste tempo seu contato com o resto do mundo foi mínimo. Conhecida na antiguidade como ponta, ou “terra de Deus”, a Etiópia conseguiu preservar uma cultura rica e única, graças ao seu isolamento geográfico, e ao fato de que era o único país negro africano a manter sua independência contra as invasões estrangeiras.

O Cristianismo foi e ainda é a religião dominante, e foi introduzido no século IV, o que torna a Etiópia a nação cristã mais antiga do mundo. O Islamismo foi introduzido no século VII.

A influência judaica penetrou a Etiópia durante a era do reino Aksum, e deixou uma importante marca nos costumes religiosos da nação. Uma reminiscência destes convertidos persiste até hoje nos “Falashas”, do norte etíope, dos quais a preservação e a aderência do Antigo Testamento Judeu são inegáveis, pois eles ainda observam o Sabbath, praticam a circuncisão, possuem serviços na sinagoga, seguem certas dietas do Judaísmo, observam sacrifícios no Nusan 14, no ano religioso judeu, e observam os maiores festivais judaicos. Eles foram descobertos por Joseph Halevy em 1867, e somam aproximadamente vinte mil pessoas vivendo nas regiões do norte do Lago Tana, geralmente distante de outros etíopes. Eles se chamam de Beta Israel (Casa de Israel), apesar de não conhecerem o hebraico e serem de locais de traços étnicos.

Tentativas dos portugueses, que buscavam o legendário reino cristão do monarca Prester (pastor) João e de notórios jesuítas, para converter o país ao catolicismo romano, levaram sérios conflitos, culminando na expulsão dos jesuítas em 1633.

A RESTAURAÇÃO SALOMÔNICA

Mias tarde, no século XIII, os Zagwe, usurpadores do trono foram varridos, e Yekuno Amlak (reinou de 1270 a 1285) restaurou a dinastia salomônica dos reis, legítimos herdeiros da linhagem aksumita, como foi definido pelas tradições no KEBRA NEGAST.

Teodoro II (reinou de 1855 a 1868): Como consequência do atraso de dois anos da Rainha Vitória da Inglaterra em responder a uma carta enviada pelo imperador, vários oficiais britânicos foram aprisionados em Magdala. Em julho de 1867, uma força militar britânica, liderada por Robert Napier foi despachada para a Etiópia, para assegurar a soltura dos ingleses. Após corajosa resistência, o último forte da montanha foi capturado em abril de 1868, e o Imperador Teodoro cometeu suicídio para evitar sua captura.

Em 1889, Menyelek II ascendeu ao trono, e em março de 1896 ele impôs uma derrota esmagadora contra as forças invasoras italianas. Menyelek morreu em dezembro de 1913, seu sucessor, o muçulmano Lij Yasu foi forçosamente destronado, e a filha de Menyelek, Imperatriz Zauditu, foi coroada, com Ras Tafari, filho do primo de Menyelek, Ras Makonnen, como regente e herdeiro do trono.

Em 1982, Ras Tafari foi coroado Negus (Rei) e dois anos depois, a 2 de novembro de 1930, seguindo a morte da Imperatriz Zauditu, ele foi coroado imperador da Etiópia e pegou o nome de Haile Selassie I (poder da Santa Trindade) e herdou os títulos salomônicos, “Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Eleito de Deus e Leão Conquistador da Tribo de Judah”, ele sendo o ducentésimo vigésimo quinto renascido de Salomão, e descendente direto da união do Rei Salomão com a rainha de Sheba.

Muito crédito é concedido a este último governante da linhagem salomônica dos reis pela modernização do Império Real, pela publicação de uma Constituição, pelo papel ativo da Etiópia nos assuntos mundiais, pela política de pacífica neutralização e pelo desenvolvimento em geral da qualidade de vida de seu povo.

A voraz invasão e ocupação da Etiópia pelas forças italianas fascistas em 1935, evidenciaram a impotência da Liga das Nações em proteger seus membros mais fracos. A Etiópia resistiu por sete meses até a queda de Addis Ababa, a 5 de maio de 1936. Mas algumas regiões da Etiópia nunca foram conquistadas. Este ataque, que foi abençoado pelo pontífice romano e chamado de “cruzada católica”, foi particularmente cruel em sua execução. Os italianos assassinaram p arcebispo Petros (o cóptico abuna) e massacraram os monges do grande monastério de Debre Libanos, e após um golpe, dizimaram toda a população de Addis Ababa, durante uma orgia frenética de assassinatos em fevereiro de 1937. Com a ajuda da França e da Inglaterra, a Etiópia se libertou da invasão italiana, e o Imperador Haile Selassie I retornou à sua capital a 5 de maio de 1941. A renovação do relacionamento com o papado, quebrada desde 1632, foi

aprovada em junho de 1969, culminando com a visita do imperador ao Vaticano a 9 de novembro de 1970.

Em 1974 houve a abolição da monarquia na Etiópia, pelo governo comunista-marxista- moscovita-tirano, após a derrota do imperador e da Dinastia Salomônica Real Etíope, e o aprisionamento da família imperial.

Houve por toda a Etiópia uma enorme resistência às políticas comunistas de trabalho escravo em áreas remotas, resultando na degradação do solo, fome, e empobrecimento geral da nação. Eventualmente, o governo comunista foi derrotado, e hoje a Etiópia tem a autoridade para determinar seu futuro político, incluindo a solução para a espinhosa questão da Eritrea.

Muitas organizações patrióticas estabelecidas por etíopes exilados em outros países, estão lutando pelo restabelecimento da monarquia e da Dinastia Real baseada nas antigas tradições do KEBRA NEGAST.

S. M. I. Negusa Negast, Sua Majestade Imperial Haile Selassie I (Poder da Santa Trindade) Imperador da Etiópia, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judah, Eleito de Deus, Luz do Universo – ostenta aqui a mística e metafísica “Saudação da Paz” ou Sinal da Santa Trindade. O triângulo descendente é um símbolo esotérico que representa a fase material do Selo de Salomão, a estrela de seis pontas também é conhecida como a Estrela de Davi.

No documento Kebra Nagast - A Glória Dos Reis(1) (páginas 137-141)