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Evolução da distribuição dos Diretórios Zonais na cidade (1982 e 2014).

A região central, onde os Diretórios Zonais foram fundados “artificialmente” por grupos de ativistas que não residiam nem estavam envolvidos em movimentos políticos locais perdeu nove dos dez diretórios. O Diretório restante absorveu um perfil de ativista distinto, de filiados ligados às organizações de movimentos sociais existentes, principalmente ligados à habitação popular

A região Sudoeste, que compreende boa parte dos bairros do centro expandido, teve redução não apenas no número de diretórios, que passou de oito para dois, como no número de filiados, que diminuiu de pouco mais de 3,2 mil para cerca de mil. Nessa região o apoio médio ao PT sempre foi baixo, passando poucas vezes dos 30%. Em 1988 o PT conquistou média de 24,5% dos votos na região, número que decresceu continuamente, com exceção da eleição municipal de 2000, quando o partido conquistou média de 27,4% dos votos.

Essa baixa adesão e a ausência de organizações de movimentos sociais com atuação no bairro devem ter colaborado para a diminuição do número de filiados. Os Diretórios foram sendo continuamente incorporados pelo Diretório Zonal de Pinheiros, único que apresentou o quórum necessário para a realização de encontros e, posteriormente, chapas para a disputa do Diretório. Perdizes não incorporou nenhum outro Diretório. Permaneceu em funcionamento, garantindo os números necessários pelo estatuto para sua manutenção.

Reflexo da população local, os militantes destes Diretórios eram provenientes da esquerda organizada que combateu a ditadura e a única base social organizada era o movimento estudantil, que envolvia as universidades e

colégios secundaristas da região68. Apesar da disputa entre si, os grupos sempre

mantiveram uma boa relação. Em 1987, com a unificação dos Diretórios Distritais no Zonal, a presidência, que até então era da Articulação, foi sugerida à OSI para uma melhor acomodação dos demais grupos. A Articulação permaneceu com a presidência até 2005, quando assumiu um grupo estudantil ligado à Mensagem ao Partido que permaneceu até 2019 no comando. A composição das diretorias foi aderindo ao novo perfil, composto em sua maioria por jovens

oriundos do Movimento Estudantil (VICTAL, 2017). A presença de muitos quadros históricos ligados à intelectualidade orgânica do partido somada à juventude universitária faz com que o tipo de atividade comum no Diretório sejam debates e proposição de políticas públicas mais amplas, de forma distinta dos Diretórios periféricos, que têm como pauta a atuação local. Também ocorrem

panfletagens e mutirões de filiação, além de churrascos e festas69.

Na região Noroeste há duas realidades. O DZ Lapa, dentro do centro expandido, se assemelha aos da região Sudoeste. Nele a mudança de perfil se deu de um ativismo mais ligado aos trabalhadores fabris da região, que o destacava como um dos grandes Diretórios no período de fundação do PT, para um ativismo mais intelectualizado, próximo ao existente nos Diretórios de

Pinheiros e Perdizes, com um número comparativamente baixo de filiados70. Os

demais Diretórios, periféricos, foram formados a partir dos movimentos sociais existentes nos bairros se reordenaram espacialmente. Dos nove Diretórios permaneceram quatro, mas houve aumento do número de filiados e melhora nos resultados eleitorais até 2008, com alguma oscilação local em virtude da relação centro-periferia verificada na desagregação das Zonas Eleitorais.

A região Norte manteve seus quatro diretórios, mas triplicou o número de filiados. O apoio ao PT é baixo nas Zonas Eleitorais do primeiro arco periférico janista, como Vila Maria e Casa Verde, bem como na região mais central, mais rica, como Santana, e é mais alto nas regiões mais periféricas, como Jaçanã e Tucuruvi. O número de filiados acompanha essa distribuição.

A região Leste também manteve 13 Diretórios, mas três mudaram. Belenzinho, Alto da Mooca e Cangaíba deixaram de existir. No lugar foram fundados os Diretórios de Sapopemba, Cidade Tiradentes e São Mateus sendo, os dois últimos, resultado dos desmembramentos das Zonas Eleitorais. O número de filiados nos Diretórios passou de pouco menos de 7 mil em 1982 para pouco mais de 57 mil em 2014, um aumento de pouco mais de 800%.

Seguindo o padrão existente na cidade, os Diretórios com menor número de filiados correspondem aos mais próximos do centro, e são os que

correspondem às zonas eleitorais em que o partido tem menor votação, do primeiro arco periférico, janista, como Mooca, Tatuapé, Penha, Vila Matilde e Vila Formosa. Nessas Zonas Eleitorais, o PT só conseguiu a liderança de votos em eleições municipais nos anos de 1988 e 2000, quando conquistou a prefeitura. Na região mais periférica da Zona Leste, os Diretórios Zonais possuem grande número de filiados, chegando a 8,5mil filiados em São Miguel. Nesta região, o PT tem apoio eleitoral, com votação média alta na maioria das Zonas Eleitorais.

A região Sul foi a que mais teve alterações: passou de três Diretórios em 1982, com pouco menos de 3 mil filiados, para sete Diretórios somando, em 2014, 31 mil filiados. As alterações se devem, principalmente ao aumento da população, que se refletiu, inclusive, no aumento das Zonas Eleitorais e à presença de lideranças que se mantiveram no controle do partido na região e com espaço na face pública do partido por um grande período. As regiões mais centrais, Santo Amaro e Butantã, têm Diretórios menores e um perfil de filiado parecido com os da região Sudoeste. A votação no partido nas Zonas Eleitorais correspondentes também é mais baixa do que no conjunto da região. Das regiões mais periféricas, se destaca o DZ Capela do Socorro, com 11,4 mil filiados (8,7% dos filiados na cidade). A Zona Eleitoral da Capela do Socorro e as Zonas dela desdobradas são as regiões em que o PT teve, a partir de 2000, as proporções de votos mais altas na cidade, ultrapassando 60% dos votos no partido, no primeiro turno das eleições municipais de 2008, nas Zonas Eleitorais de Grajaú e Parelheiros.

As mudanças nos Diretórios ao longo do tempo, apresentados na tabela, mostram que o partido cresceu com a cidade e seguindo o perfil dos eleitores petistas. O PT cresceu nas regiões em que possuía maior base social, com lideranças que passaram da estrutura partidária para a face pública do partido: as regiões Sul e Leste, em suas áreas mais periféricas. São essas regiões que, pelo expressivo número de votos, conseguem eleger parlamentares locais. Nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste o PT cresce principalmente nas zonas eleitorais periféricas. Na região Sudoeste, que corresponde a grande parte das Zonas Eleitorais do Centro Expandido, o PT diminuiu o número de ativistas, mantendo as atividades de formulação e ação local, estas com menor impacto,

tendo em vista que a sua principal base social é o Movimento Estudantil. Há representantes de sindicatos ligados à saúde, à educação, sem a mesma dinâmica dos movimentos dos bairros periféricos. A tabela reporta, assim, os lugares em que há maior atividade partidária nos dois momentos e a adequação do partido às suas bases sociais ao longo do tempo.

Na cidade de São Paulo, como observado, o desenvolvimento partidário petista ocorreu de forma heterogênea. Ainda que seja possível apontar semelhanças entre regiões a partir de critérios socioeconômicos, as diferenças internas a elas levariam a generalizações ou invalidariam os resultados. É possível afirmar que as regiões mais ricas da cidade são as que menos apoiam o PT. A área que compreende esses territórios se expandiu com a melhora na economia e nos indicadores sociais durante a primeira década dos anos 2000 (MARQUES, 2014), sendo visível nos mapas com a votação na cidade a ampliação de uma área central em que o PT perde o apoio, bem como em centralidades de regiões periféricas.

No sentido inverso, em regiões mais periféricas, mais pobres, há o aumento gradativo e constante dos votos no PT até 2008, o que poderia sugerir a periferização do partido (MEDEIROS, 2013). Mas esse aumento ocorreu de forma diferente em cada lugar. Nas periferias tradicionais, do primeiro arco periférico, janista, tanto à Leste quanto ao Norte da cidade, a votação oscila com momentos de maior ou menor apoio; nas periferias da região noroeste há o aumento do apoio eleitoral sem, no entanto, haver uma liderança destacada. Na Zona Sul, os diferentes lugares se desenvolveram a partir do fortalecimento das lideranças locais, resistindo e aumentando o apoio ao PT, sendo ele governo ou oposição, reforçando o papel das lideranças locais. Na Zona Leste, há um conjunto de realidades em disputa constante de lideranças locais, que vem modificando com certa regularidade a representação pública do partido.

Em meio a essas especificidades um elemento constante é a relação entre o número de estruturas partidárias e, nelas, a quantidade de filiados, com o apoio eleitoral. Essa observação poderia reforçar a tese de que onde o partido possui maior organização, com estruturas organizacionais, a votação no partido é melhor. Mas, no sentido inverso, poderia ser o resultado eleitoral que motivasse o partido a estabelecer estruturas em algumas regiões, buscando coordenar

nelas suas ações. Observando os dados eleitorais no município e levando em conta a institucionalização do PT, é possível afirmar que a primeira alternativa reflete melhor a realidade, mas deve ser atualizada, já que as lideranças locais não tem independência na condução dos Diretórios, como tinham no início da década de 1980, mas agem sob a tutela da face pública do partido, em especial dos parlamentares eleitos, que disputam espaço no DZ de sua região para legitimar sua presença local.

A espacialidade da presença dos parlamentares revela que nem todo lugar é passível de disputa, o que reforça a tese de que o contexto importa. A distribuição desigual dos filiados entre os diretórios permitiria, por exemplo, que as lideranças da Zona Sul, região com número alto de filiados, migrasse seus ativistas para outras regiões com menor número de filiados em busca de ampliar sua área de atuação. Mas isso não acontece. A desproporção no número de filiados entre as regiões tem resultados na disputa pelo Diretório Municipal, mas não nos Diretórios Zonais. Neles, os filiados têm um perfil singular e próprio ao lugar correspondente. E as atividades são pertinentes a esse ethos.

Os Diretórios Zonais da Capela do Socorro e de Pinheiros, por exemplo, cada um à sua maneira, estruturam as atividades locais. Em comum os dois DZs possuem histórico de representação pública. A Capela do Socorro tem parlamentares eleitos nas casas Legislativas municipal, estadual e federal. Pinheiros, por sua vez, dificilmente elege um vereador com filiação local. No entanto os senadores eleitos por São Paulo pelo PT eram todos filiados nele, bem como os candidatos à prefeitura, com exceção da Erundina. Também têm em comum a presença de jovens nas direções partidárias. No primeiro caso, pela transmissão do comando local a membros mais jovens da família, e no segundo pela presença do movimento estudantil. Nesses quesitos ambos Diretórios se distanciam dos vizinhos diretórios do M’Boi Mirim e de Perdizes, com quadros partidários mais velhos e pouca presença pública, para ficar em poucos exemplos. Desta forma busca-se caracterizar a forte relação entre as estruturas partidárias e o contexto no qual se inserem.

O partido se desenvolve em todas as suas esferas. Suas principais estruturas organizacionais, como o Diretório Nacional e alguns de seus Diretórios estaduais se institucionalizam, profissionalizando seu quadro

funcional, racionalizando as finanças, como descrito por Ribeiro (2010). Essas ações são acompanhadas na atuação dos seus representantes públicos e operam a normalização da agremiação (HUNTER, 2010), que atua de forma responsável inclusive quando na oposição (NYLEN, 2000). Mas a atividade política na base do partido ocorre de maneira voluntarista, em grande medida pela ação de ativistas crentes, que atuam no partido em função da ideologia e que compartilham incentivos coletivos, e como compromisso laboral dos ativistas carreiristas, que tem no partido um objetivo profissional e buscam incentivos seletivos, cargos, para sua ascensão profissional, com relação de pertencimento a algum determinado lugar.

As finanças dos Diretórios Zonais ainda eram, em 2019, majoritariamente recolhidas a partir de contribuições espontâneas dos filiados mais ativos, servindo para arcar com as despesas imediatas, como a manutenção de uma sede, quando é possível, a confecção de alguns documentos e a aquisição de material de escritório. Em anos eleitorais é comum que o Diretório Municipal repasse verba para a manutenção dos Diretórios durante o período de campanha, que acabam funcionando como comitês, mas esse repasse não é constante e nem relacionado a alguma porcentagem da contribuição dos parlamentares e dirigentes em nível municipal.

Em relação à profissionalização das direções partidárias, também avulta a distância entre a estrutura nacional e a local. Enquanto há no nível nacional houve a profissionalização (RIBEIRO, 2010), no nível local o ativismo é marcado pelo amadorismo daqueles que se dispõem a ocupar os cargos no Diretório ou na Executiva. Não há remuneração pelo exercício dos cargos, ainda que grande parte das atividades sejam obrigatórias, já que estatutárias ou convocadas por instâncias superiores. O que permite alguma profissionalização para o exercício do cargo é a manutenção de lideranças por parlamentares, em uma relação que se por um lado permite a dedicação da liderança à política, por outro vincula as

ações partidárias às diretrizes de algum mandato71.

Desta forma, é possível afirmar que os Diretórios Zonais se desenvolvem,

71 Em situação semelhante, Monroe (2001) apresenta a relação entre os escritórios locais dos

mas não se institucionalizam. Eles se mantêm em virtude do tipo de relação que estabelecem com o lugar e com os militantes que a ele pertencem, mas concorrem com outras estruturas do partido, que existem em função da institucionalização do partido no nível nacional. Por esse motivo há um desbalanceamento que permite a ingerência das estruturas estatais do partido (party in the public office), como mandatos parlamentares e governos, sobre os Diretórios Municipais e Zonais, distorcendo inclusive os instrumentos de democracia interna do partido.

O desenvolvimento do PT ocorre de forma singular em cada lugar no qual o partido se estabelece, que constitui um contexto local, e leva em conta a história dos sujeitos que dão voz ao partido na região, o enraizamento dos dirigentes da base partidária no local e seu envolvimento com a população, a mobilização da população em relação às demandas locais e à política institucional, a relação da população local com políticos, parlamentares e suas assessorias, o pertencimento e o reconhecimento das populações a determinadas clivagens em virtude da renda, do trabalho, ou ideologia política, entre outras características. Ainda que seja possível identificar características populacionais ou regiões mais favoráveis ao desenvolvimento do PT, em especial regiões mais periféricas, com populações mais empobrecidas, ou com presença de indústrias e populações trabalhadoras identificadas com as propostas do Partido, não é possível apresentar esses fatores como determinantes para o êxito do desenvolvimento petista. Há lugares que apesar destas características o PT tem dificuldades para se desenvolver por questões da história política local e da (não) identificação das lideranças locais com as propostas do Partido. A clivagem socioeconômica, desta forma, mostra-se importante, mas não determinante, na consolidação da preferência partidária.

As regiões em que o PT mais cresceu foram as Zonas Sul e Leste. Nestas regiões, periféricas, com um progressivo aumento populacional e do número de eleitores, há o aumento do número de petistas filiados, de estruturas partidárias e de representantes nos parlamentos. Não foi possível verificar qual dessas características é determinante para o crescimento do partido e o quais seriam favorecidas pelas primeiras. Em relação ao partido na cidade, essas regiões

desequilibram a representação local e garantem boa parte da face pública do partido. As regiões Norte e Noroeste, com uma população menor, vivem o aumento no apoio ao o apoio ao partido no período sem, no entanto, garantirem representação parlamentar. As estruturas organizacionais do partido nestas regiões se mantiveram numericamente estáveis, mas deslocaram sua localização em direção às periferias. A região Noroeste manteve suas estruturas partidárias, mas a pulverização dos votos e a diminuição relativa da população eleitora resultou na perda dos representantes parlamentares, situação semelhante à região Norte. No cinturão janista, historicamente conservador e resistente ao PT, ainda que existam Diretórios, a votação é baixa, não elegendo as poucas lideranças petistas existentes.

Nas regiões centrais a presença do partido decresceu ao longo do tempo com uma grande diminuição de diretórios e de filiados. Em relação aos Diretórios o centro teve a maior diminuição, mas com a manutenção de filiados, ainda que o perfil desta militância tenha mudado. No centro expandido houve, além do decréscimo de estruturas, queda no número de filiados. Estas regiões têm dificuldade em eleger suas lideranças, que possuem votação dispersa e que pouco apoio das populações locais. Essas regiões elegeram vereadores quando o PT conquistou o Executivo Municipal.

É notável que nas eleições municipais há uma maior quantidade de lideranças locais eleitas, bem como grande número de suplentes, com votação expressiva em suas Zonas Eleitorais o que indica haver uma estratégia partidária na seleção de lideranças nos diferentes níveis político-administrativos. Nas eleições para os cargos legislativos estaduais e federais, o número de lideranças que se elegem com votação local é menor, apesar das zonas Sul e Leste manterem constantemente representantes. Vale destacar que no período analisado houve um decréscimo no número de parlamentares paulistanos eleitos com votação expressivamente local e um acréscimo de representantes com base eleitoral em outras regiões do estado.

Em relação às eleições para o Executivo municipal o PT conquistou por três vezes a Prefeitura, mas, como anotaram Limongi e Mesquita, em situações que o campo da direita concorreu dividido. Nas eleições para o governo do Estado a votação no PT sempre foi baixa. O partido chegou ao segundo turno

apenas em 2002, ano que os números do partido aumentaram em todo o país, mas não alcançou uma média de 35% dos votos nas Zonas Eleitorais da cidade. Interessante destacar que nas eleições para o Senado Federal em que havia uma cadeira em disputa, 1990, 1998 e 2006, o candidato petista, Eduardo Suplicy, foi eleito, nas duas últimas com uma média de cerca de 40% dos votos nas Zonas Eleitorais, superando o candidato do partido ao governo em cerca de 5% dos votos. A votação ao Executivo estadual também é inferior ao que o partido conquista para o Executivo federal, ainda que o PT só tenha tido maioria de votos em 2006 na cidade. Em comum há a concentração de votos nas mesmas regiões. O desenho eleitoral, as coligações, a presença em governos, apontam para a normalização do partido.

A institucionalização do partido ganha força nos momentos em que o partido ocupa o Executivo Municipal. Em 1989 muitos filiados com cargos de direção ocuparam cargos na administração pública. Em 2001 e em 2013 isso também ocorreu, mas muitos dos nomeados já atuavam em outros espaços do partido, como em gabinetes parlamentares e, a partir de 2003, no governo federal. Nesses períodos também há o aumento da disputa entre as faces do partido e, entre os filiados, a disputa pelos incentivos seletivos.

Capítulo 4

Opinião e percepção da militância sobre o desenvolvimento do PT na capital paulista

Para compreender melhor o contexto de criação do PT na cidade de São Paulo e do seu desenvolvimento pareceu necessário conhecer melhor seus filiados. São eles, segundo Agnew (1947), os agentes que tornam a existência do partido possível em cada um dos lugares e que compõem as realidades nas quais ele se insere. Que vivem o partido na cidade, em seu cotidiano.

Sendo a metrópole paulistana um território com uma multiplicidade de contextos locais, buscamos lideranças partidárias de base e/ou comprometidos com um determinado território em que sua influência fosse destacada. A partir da análise documental do partido na cidade foram localizadas lideranças de Diretórios Zonais e que tiveram expressão eleitoral local. Em virtude do período