2. Estudo de Caso: Banco BPI
2.1. Apresentação do Banco BPI
2.1.4. Evolução da imagem do Banco BPI
A Sociedade Portuguesa de Investimentos (SPI) foi criada em 1981, tendo financiado projetos de
investimento do sector privado, colaborou para o relançamento do mercado de capitais e para a
modernização das estruturas empresariais portuguesas (Banco BPI, 2011a).
Em 1985, a SPI transformou-se em Banco Português de Investimento, nesta altura surge a
eventualidade de captar depósitos à ordem e a prazo, atribuir crédito a curto prazo, interferir nos
mercados interbancários e executar operações cambiais. Posteriormente, em 1986, desponta a
abertura do capital e a admissão das ações à cotação nas Bolsas de Valores de Lisboa e do Porto
(Banco BPI, 2011a).
Uma década após a sua criação, em 1991, o BPI possuía uma certa liderança nas
principais áreas da Banca de Investimento, com um papel preponderante que conquistou no
programa de privatizações em Portugal, e assume a vontade de solidificar a sua posição como um
dos principais grupos financeiros portugueses. Neste sentido, em agosto, faz a aquisição do
Banco Fonsecas & Burnay (BFB), a qual lhe asseverou a entrada na Banca Comercial e lhe
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facultou um ganho de dimensão. Estabeleceu parceria com o Grupo Itaú, que iniciou com a
participação no BFB e foi substituída para a participação no próprio BPI, em 1993, do qual passou
a ser um dos acionistas de referência (Banco BPI, 2011a).
Em novembro de 1995, o BPI foi transformado numa holding bancária sob a forma de
Sociedade Gestora de Participações Sociais (SGPS), era a única sociedade do Grupo cotada na
Bolsa de Valores. Esta reorganização conduziu à especialização das unidades do Grupo, conduziu
ao reforço da estrutura acionista, pois levou à entrada de dois novos parceiros estratégicos de
grande dimensão: La Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona (La Caixa) e o grupo Allianz
(Banco BPI, 2011a).
Um ano mais tarde, em outubro de 1996, dá-se a aquisição do Banco de Fomento Exterior
(BFE) e do Banco Borges & Irmão (BBI), desta forma, nesta altura inicia-se o processo de
integração dos três bancos do Grupo BPI. Consequentemente, em julho de 1998, criou-se o Banco
BPI através da fusão dos quatro bancos comerciais do grupo, tendo também sido absorvido, no
final desse ano, o Banco Universo. O Banco BPI nesta altura passa a possuir a maior rede de
balcões de marca única em Portugal. Posteriormente à fusão, a estrutura simplificou-se
significativamente, uma vez que o BPI SGPS passou a agregar apenas o Banco Português de
Investimento, designado por BPI – Investimentos, e um novo Banco Comercial, o Banco BPI
(Banco BPI, 2011a).
De 1999 a 2001, o BPI asseverou o potencial de crescimento, modernização e reforço
estrutural , através da conquista da quota de mercado em todas as áreas relevantes da Banca
Comercial, do alargamento e atualização da estrutura de distribuição e da profunda evolução da
estrutura tecnológica (Banco BPI, 2011a).
Em 2002, o BPI findou um importante programa de reorganização interna que atribuiu ao
Grupo uma configuração jurídica simplificada, mais análoga com o seu modelo de negócios e
condescendente da obtenção de economias de custos e ganhos de eficiência no funcionamento
do Grupo. O BPI SGPS incorporou o Banco BPI e, concomitantemente, o seu objeto social passa
a ser a Banca Comercial, perfilhando a designação Banco BPI. Entretanto, por transformação da
sucursal de Luanda do Banco BPI em banco de direito angolano, cria-se o Banco de Fomento, em
Angola (Banco BPI, 2011a).
Em 2004, após a Assembleia Geral de Acionistas, Artur Santos Silva, fundador e líder do
BPI desde princípio, finda funções executivas, preservando a Presidência do Conselho de
Administração (Banco BPI, 2011a).
Em outubro de 2006, o BPI celebra 25 anos de atividade. Posteriormente, em maio
de 2007, cerra-se sem êxito, a Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil lançada sobre o Banco
em março do ano anterior, por recusa unânime do Conselho de Administração do Banco. O BPI
segue assim a sua estratégia sustentada de criação de valor para os acionistas, colaboradores e
clientes (Banco BPI, 2011a).
A partir do segundo semestre de 2007, no contexto da grave crise financeira internacional
que surgira, a gestão do Banco focou-se em: defender e reforçar o capital, garantir níveis de
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liquidez, diminuir os riscos e fortificar a relação com os clientes, com o intuito de alcançar
segurança e solidez, defesa da base de mercado e rentabilidade da operação (Banco BPI, 2011a).
Figura 1 - Evolução da Imagem
Fonte: Elaboração própria através do Banco BPI (2011a).
A Figura 1 apresenta a evolução da imagem desde a SPI até ao atual Banco BPI,
passando por todas as transformações descritas anteriormente. Na Figura 2, apresentada de
seguida, contém o logótipo atual do BPI. Este contém uma flor de laranjeira e as cores
predominantes são o azul e o cor-de-laranja, que estão relacionados com a identidade,
personalidade e valores da marca (Banco BPI, 2014d).
Figura 2 - Logótipo do Banco BPI
Fonte: Banco BPI (2014d).
A identidade do Banco BPI destaca-se pela cultura financeira e empresarial do Banco
Português de Investimento. Os traços fundamentais dessa cultura são a autonomia da gestão, a
flexibilidade organizativa, o trabalho de equipa, a diferenciação do talento, a capacidade de
antecipação, a austera administração de riscos e a firme criação de valor. O apoio dos interesses
dos clientes, com dedicação, lealdade e sigilo, é um dos primordiais princípios da ética
empresarial e das normas de conduta dos colaboradores (Banco BPI, 2014d).
A personalidade assevera-se através de qualidades próprias, que adquirem solidez e
credibilidade na relação que se institui com os clientes e com a sociedade. O BPI valoriza
particularmente dois atributos: a experiência (representada na Figura 2 a azul) e a harmonia
(representada na Figura 2 a cor-de-laranja) (Banco BPI, 2014d).
A experiência reflete-se na formação das equipas e do relevante património profissional.
Verificam-se as consequências da experiência através da dimensão da presença comercial, da
solidez dos indicadores financeiros, da segurança do crescimento e da capacidade de realização e
liderança (Banco BPI, 2014d). Em suma, a cor azul da Figura 2 representa essencialmente a
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experiência, mas também, a informação, inovação, profissionalismo, solidez, antecipação,
segurança, visão, eficiência, conhecimento e ponderação (Banco BPI, 2014d).
O Banco BPI à experiência associa a harmonia que manifesta a permanente ambição de
satisfazer os clientes e a sociedade com elevados padrões de ética e qualidade (Banco BPI,
2014d). Em suma, o cor-de-laranja da Figura 2 representa principalmente harmonia, mas também,
proximidade, relacionamento, criatividade, abertura, atenção, simpatia, personalização,
flexibilidade, compreensão e sensibilidade (Banco BPI, 2014d). A laranja e a flor de laranjeira
(presente na Figura 2) simbolizam o acolhimento, cordialidade, dedicação e o sentido de serviço,
invocando a história dos Descobrimentos Portugueses. O nome da laranja, atualmente, ao longo
da bacia mediterrânea, ainda se confunde com Portugal: no Piemonte é portugaletto, no Curdistão
é portughal, na Albânia portokale, e na Grécia portugalês (Banco BPI, 2014d).
A marca está muito além de ser apenas uma imagem, é uma afirmação de princípios e um
compromisso com o cliente (Banco BPI, 2014d).
No documento
O Valor da Marca Banco BPI
(páginas 46-49)