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Quadro 6

Composição do crescimento do PIB real na área do euro (variações em percentagem, salvo indicação em contrário; dados corrigidos de sazonalidade)

Taxas homólogas1) Taxas trimestrais2)

1999 2000 2001 2001 2001 2001 2002 2002 2001 2001 2001 2002 2002 T2 T3 T4 T1 T2 T2 T3 T4 T1 T2 2.8 3.5 1.5 1.6 1.4 0.4 0.3 0.6 0.0 0.2 -0.3 0.4 0.3 3.4 2.9 0.9 1.3 0.7 -0.1 -0.2 -0.2 0.2 -0.3 -0.2 0.1 0.2 3.5 2.5 1.8 1.8 1.8 1.6 0.4 0.3 0.5 0.1 0.0 -0.2 0.4 1.9 1.9 1.9 2.1 2.1 1.4 1.9 1.8 0.4 0.3 0.4 0.8 0.4 5.9 4.8 -0.6 -0.1 -1.5 -2.5 -2.7 -2.9 -0.6 -0.6 -0.9 -0.6 -0.8 -0.2 0.0 -0.4 -0.2 -0.4 -0.7 -0.2 -0.1 0.0 -0.3 -0.1 0.1 0.1 -0.6 0.6 0.6 0.4 0.7 0.5 0.5 0.8 -0.2 0.4 -0.1 0.3 0.1 5.3 12.4 2.5 4.4 1.3 -3.3 -3.0 0.0 -1.2 -0.3 -1.7 0.1 1.9 5.1 12.4 2.4 4.0 1.1 -3.0 -2.5 . -1.2 -0.3 -1.4 0.4 . 7.4 11.1 1.1 3.6 -0.5 -4.9 -4.5 -2.2 -0.7 -1.5 -1.6 -0.7 1.7 7.2 11.3 0.5 3.4 -1.4 -5.8 -4.2 . -0.5 -1.7 -1.4 -0.7 . 2.3 -0.3 -0.7 -1.0 -0.8 -0.3 0.9 0.9 0.1 1.4 -0.3 -0.3 0.1 1.3 3.7 0.6 1.0 0.5 -1.7 -1.9 -1.0 -0.9 -0.1 -1.5 0.5 0.0 3.2 3.9 2.3 2.5 2.2 1.7 1.4 1.4 0.5 0.3 0.2 0.4 0.5 Produto interno bruto real

do qual:

Procura interna Consumo privado Consumo público

Formação bruta de capital fixo Variações de existências3), 4)

Exportações líquidas 3)

Exportações5) das quais: bens

Importações 5) das quais: bens

Valor acrescentado bruto real: Agricultura e pescas 6)

Indústria Serviços

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.

Nota: Os dados referem-se ao Euro 12 (incluindo períodos anteriores a 2001).

1) Taxas homólogas: variação em percentagem face ao período homólogo do ano anterior. 2) Taxas trimestrais: variação em percentagem face ao trimestre anterior.

3) Como contribuição para o crescimento do PIB real; em pontos percentuais. 4) Incluindo aquisições líquidas de cessões de objectos de valor.

5) As exportações e as importações cobrem os bens e serviços e incluem o comércio intra-área do euro. O comércio intra-área do euro não se compensa completamente relativamente aos valores de importação e exportação utilizados nas contas nacionais. Consequentemente, estes dados não são totalmente comparáveis aos da balança de pagamentos.

Para mais informações sobre a desagregação do investimento ver a Caixa 6 intitulada “Novos dados sobre a composição do investimento”. Em relação ao comércio, o aumento do crescimento das exportações é consistente com as indicações de um reforço da procura externa no segundo trimestre. Por outro lado, as importações também subiram substancial- mente, reflectindo sobretudo o aumento da procura final. Neste contexto, o contributo das exportações líquidas para o crescimento foi apenas marginalmente positivo. De acordo com os dados do valor acrescentado, o crescimento no segundo trimestre concentrou-se essencial- mente no sector dos serviços, enquanto a actividade no sector industrial estagnou. De acordo com a última estimativa do Eurostat, a produção industrial (excluindo a construção) registou um aumento mensal em cadeia de 0.9% em Junho de 2002, depois de ter permanecido estável em Maio (ver Quadro 7). No conjunto do segundo trimestre, a produção industrial registou um aumento de 0.2%, face a 0.8% no primeiro trimestre. No entanto, esta desaceleração foi em larga medida causada por

factores estatísticos e não altera o quadro de uma expansão contínua – embora moderada – da produção no segundo trimestre. Na indústria transformadora, a descida do crescimento foi menor, caindo para 0.6% no segundo trimestre, face a 0.8% no primeiro.

Relativamente aos grandes agrupamentos industriais, todos os sectores registaram taxas de crescimento mensal em cadeia positivas na produção em Junho. Numa base trimestral em cadeia, a recuperação da produção deverá ter sido mais generalizada no segundo trimestre. O sector dos bens de consumo duradouro foi o único a registar uma nova descida na produção. No entanto, a produção no conjunto do sector dos bens de consumo registou um aumento de 0.8% no segundo trimestre do ano, o que compara com uma descida de 0.3% no primeiro trimestre. A produção no sector dos bens de investimento registou um aumento de 0.2% no segundo trimestre, enquanto no sector dos bens intermédios a produção aumentou de novo no segundo trimestre, embora registando uma taxa mais baixa do que no primeiro trimestre.

Quadro 7

Produção industrial na área do euro (taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)

2000 2001 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002 Abr. Maio Jun. Abr. Maio Jun. Jan. Fev. Mar. Abr. Maio

var. mensal em cadeia médias móveis de três meses 5.5 0.2 -1.0 -1.2 -0.7 -0.7 0.0 0.9 -0.3 0.8 0.9 0.7 0.2 6.0 0.1 -1.3 -1.5 -1.1 -0.2 -0.4 0.9 -0.4 1.0 1.2 0.7 0.3 6.0 -0.9 -0.1 0.3 -0.2 -0.9 -0.1 0.7 -0.1 2.6 3.2 2.3 0.6 9.3 1.2 -2.7 -4.9 -2.2 0.6 -1.1 1.1 -1.5 -0.9 -0.4 -0.2 0.2 2.3 0.2 -1.7 -0.5 -1.0 0.4 0.4 0.4 -0.6 -0.3 0.4 0.2 0.8 6.2 -2.7 -6.6 -7.3 -5.4 0.8 -1.3 1.8 0.4 -1.1 -1.7 -2.7 -0.8 1.5 0.8 -0.7 0.9 -0.1 0.3 0.7 0.1 -0.8 -0.1 0.8 0.8 1.1 2.0 0.9 2.0 1.6 3.3 -0.7 0.2 0.9 1.9 0.3 -0.7 -0.7 0.0 5.9 0.1 -0.9 -1.9 -1.1 0.3 -1.0 1.4 -0.7 0.8 1.3 0.9 0.6 Total da indústria excluindo a construção

por grandes agrupamentos industriais:

Total indúst. excl. construção e prod. energ. 1)

Bens intermédios Bens de investimento Bens de consumo Duradouros Não duradouros Produtos energéticos Indústria transformadora

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.

Notas: As taxas de variação homólogas em percentagem são calculadas utilizando dados corrigidos de variações do número de dias úteis; as variações em percentagem face ao mês anterior e as médias móveis de três meses centradas face à média correspondente dos três meses anteriores são calculadas utilizando dados corrigidos de sazonalidade e de dias úteis. Os dados referem-se ao Euro 12 (incluindo períodos anteriores a 2001).

1) Indústria transformadora, excluindo a fabricação de coque e produtos petrolíferos refinados, mas incluindo actividades extractivas não energéticas.

Novos dados sobre a composição do investimento

Foram recentemente disponibilizados para a área do euro dados trimestrais sobre a desagregação do investimento por tipo principal de produto. Esta caixa apresenta os novos dados, descreve a evolução da composição do investimento ao longo da última década e analisa os desenvolvimentos mais recentes. Em geral, a nova desagregação alarga o âmbito de análise do investimento na área do euro e deverá permitir uma melhor percepção da evolução conjuntural e estrutural que afectam a economia da área do euro.

Desagregação do investimento por categorias de produto

De acordo com o Sistema Europeu de Contas (SEC 95), a formação bruta de capital fixo consiste sobretudo nas aquisições (líquidas de cessões), efectuadas por produtores residentes, de activos fixos utilizados, de forma repetida em processos de produção por um período superior a um ano. O Eurostat fornece agregados anuais e trimestrais da área do euro para a formação bruta de capital fixo total e a respectiva desagregação em categorias de produtos, tanto a preços correntes como constantes. As seis categorias são as seguintes: a) produtos provenientes da agricultura, silvicultura, pescas e aquacultura; b) produtos metálicos e máquinas; c) material de transporte; d) habitação; e) construção não residencial; e f) outros produtos, tais como software. Os valores trimestrais são compilados utilizando dados nacionais, sempre que estes se encontrem disponíveis, e são calculadas estimativas para os países que faltam. No futuro, outros países divulgarão este tipo de desagregação. Os dados actualmente disponíveis deverão ser, por conseguinte, revistos. Não obstante, com uma cobertura actual de cerca de 85% da formação bruta de capital fixo anual da área do euro, considera-se que os dados dão uma ideia fiável da desagregação do investimento na área do euro.

Composição do investimento da área do euro na década de 90

As categorias de produtos mais importantes são os produtos metálicos e as máquinas, que, juntamente com a construção residencial e não residencial, representam cerca de 80% do investimento total. Desde 1995, o investimento nas categorias produtos metálicos e máquinas tornou-se a maior componente da desagregação, representando quase 31% do investimento total em 2001, face a cerca de 25% para a habitação e 24% para a construção não residencial (ver quadro).

A tendência mais notória na composição do investimento na área do euro ao longo da última década foi a diminuição da percentagem do investimento em construção na segunda metade da década de 90 (ver gráfico).

Caixa 6

Total 100.0 0.5 -6.1 2.3 2.4 1.3 2.4 5.2 5.9 4.8 -0.6 -0.6 -0.6 -0.9 -0.6 -0.8 Agricultura, silvicultura,

pescas e aquacultura 0.2 17.3 -10.2 17.4 4.2 18.1 -7.8 -6.9 17.6 -0.7 -8.5 34.1 -9.8 4.5 15.2 . Produtos metálicos e máquinas 30.7 -3.0 -10.6 1.7 4.6 4.5 5.2 8.4 6.9 7.4 0.3 -1.3 -1.8 -1.9 -1.1 . Material de transporte 10.2 -5.3 -17.3 2.2 9.8 2.2 7.2 11.9 12.4 8.9 -2.6 -1.2 0.1 -1.6 -2.2 . Habitação 24.6 4.3 0.9 6.7 -0.3 0.2 0.8 1.6 3.5 0.8 -3.0 -0.6 -0.3 -0.3 -0.6 . Construção não residencial 24.2 2.2 -5.9 -1.3 -2.5 -2.5 -1.4 1.8 4.3 3.4 0.9 -0.1 -0.4 -0.5 -0.3 . Outros produtos 10.1 1.6 -0.4 2.8 17.4 5.9 5.7 9.5 8.3 4.0 2.2 0.4 1.1 0.4 1.4 .

percen- tagem em 2001

Taxas homólogas Taxas trimestrais 1)

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2001 T2 2001 T3 2001 T4 2002 T1 2002 T2

Desagregação do investimento na área do euro por tipo de produto (taxas de variação homólogas e trimestrais em cadeia (%))

Fonte: Eurostat.

Este desenvolvimento reflecte o impacto de diversos factores. Na década de 90, o investimento em construção do conjunto da área do euro foi significativamente influenciado por desenvolvimentos específicos na Alemanha, que, na sequência da forte expansão resultante da reunificação no início da década de 90, sofreu um período prolongado de diminuição do investimento em construção na segunda metade da década. Além disso, os planos de construção pública foram reduzidos de forma significativa no decurso da década de 90. A nova diminuição da percentagem do investimento em construção na última parte desta década reflectiu, em larga medida, a força relativa do investimento em transportes, produtos metálicos e máquinas (também referido como “investimento em equipamento”).

Abrandamento do investimento desde o início de 2001

Desde o final de 2000, diversos choques negativos para a área do euro e para as economias mundiais desencadearam uma desaceleração acentuada e bastante inesperada da procura final na área do euro. Neste contexto, as empresas ajustaram para baixo os seus planos de investimento, o que levou a taxas de crescimento negativas da formação bruta de capital fixo real total em cada trimestre desde o início de 2001 (ver quadro). O abrandamento do investimento ocorreu em todas as principais categorias de produtos, embora a um ritmo ligeiramente diferente, sendo que os abrandamentos mais significativos se registaram no investimento em equipamento e construção. A diminuição do investimento em equipamento seguiu-se a fortes aumentos no período anterior de recuperação económica. Em particular, o material de transporte sofreu um ajustamento mais marcado do que os produtos metálicos e as máquinas, depois de um aumento mais forte entre 1998 e 2000. Apesar da queda recente, o rácio do investimento em equipamento em relação ao PIB permaneceu em níveis relativamente elevados quando comparados com padrões históricos no primeiro trimestre de 2002. No que respeita à construção, a fragilidade resulta, em larga medida, da evolução negativa continuada na Alemanha, para além da deterioração do clima económico geral na área do euro. Em contraste, o investimento noutros produtos, tais como software, manteve-se relativamente robusto durante o abrandamento económico, apesar do facto de, entre todas as componentes, os outros produtos ser a categoria que, em termos históricos, se encontra mais estreitamente correlacionada com a actividade global.

Construção face ao investimento em equipamento (em percentagem do investimento total)

Fonte: Eurostat

1) Inclui: produtos metálicos, máquinas e material de transporte.

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 investimento em equipamento 1) investimento em habitação outro investimento em construção

Inquéritos disponíveis não indicam novas melhorias a curto prazo

Os vários indicadores de inquéritos às empresas disponíveis até ao momento não apontam para um aumento significativo do crescimento do produto no terceiro trimestre. Relativamente aos indicadores de confiança da Comissão Europeia, apenas estão disponíveis dados para Julho de 2002, visto que alguns países não apresentam resultados para Agosto (ver Quadro 8). No entanto, os dados nacionais disponíveis sugerem que a confiança na indústria na área do euro, inalterada em Julho, poderá ter descido ligeiramente em Agosto. O Índice de Gestores de Compras (IGC) para o sector da indústria transformadora da área do euro deteriorou-se em Agosto, para 50.8, face a 51.8 em Julho (ver Gráfico 30). Apesar das descidas do IGC em Julho e Agosto, o índice permaneceu acima do limite de 50 em Agosto, assinalando deste modo uma expansão em curso na actividade da indústria transformadora desde Março de 2002. No entanto, o segundo mês consecutivo de deterioração do IGC também aponta para a possibilidade de abrandamento do crescimento do produto na indústria transformadora nos últimos meses. Relativamente às componentes individuais do

IGC, as descidas dos indicadores do crescimento actual do produto e de novas encomendas, assim como do emprego, justificam a deterioração no índice global em Agosto. O indicador do IGC da actividade nos serviços comerciais em Agosto situou-se em 50.8, assinalando nova expansão da actividade em Agosto pelo oitavo mês consecutivo, embora a uma taxa de crescimento mais baixa. Todas as componentes do IGC para o sector dos serviços se deterioraram em Agosto.

Indicadores da despesa das famílias não evidenciam uma direcção definida

Já se encontram disponíveis alguns indicadores do consumo privado para o segundo trimestre de 2002, mas os sinais continuam contraditórios. Na sequência de uma brusca descida no primeiro trimestre, as matrículas de novos automóveis ligeiros estabilizaram no segundo trimestre. Durante o mesmo período, os volumes das vendas a retalho registaram uma descida trimestral em cadeia de 0.3%, depois de um aumento de 0.2% no primeiro trimestre. No entanto, numa base homóloga, quer as matrículas de novos automóveis ligeiros quer as vendas a retalho continuaram a descer no

Quadro 8

Resultados dos Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e Consumidores da área do euro (dados corrigidos de sazonalidade)

1999 2000 2001 2001 2001 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002

T3 T4 T1 T2 Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul.

-0.2 2.6 -2.7 -1.3 -1.4 0.4 0.4 0.1 0.3 -0.1 0.5 -0.3 -0.2 7 12 6 3 0 1 2 2 2 1 3 2 1 0 12 -1 -3 -10 -6 -3 -7 -4 -4 -2 -3 -3 13 20 14 12 10 8 8 9 8 7 10 8 5 0 5 -1 -1 -4 -9 -10 -10 -10 -10 -10 -11 -10 5 8 -7 -8 -26 -18 -15 -19 -13 -14 -14 -18 -21 -0.1 1.3 -0.1 -0.4 -1.1 -0.8 -0.4 -0.9 -0.6 -0.6 -0.2 -0.5 -0.4 81.9 83.9 82.8 82.4 81.3 80.8 80.8 - - 80.8 - - 80.7

Índice de sentimento económico 1)

Indic. de conf. dos consumidores 2)

Indic. de conf. na indústria 2)

Indic. de conf. na construção 2)

Indic. de conf. no com. a retalho 2)

Indic. de conf. nos serviços 2)

Indicador de clima económico 3)

Utiliz. da capac. produtiva (%) 4)

Fontes: Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e Consumidores e Comissão Europeia (Direcção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros).

Nota: Os dados referem-se ao Euro 12 (incluindo períodos anteriores a 2001). 1) Variações em percentagem face ao período anterior.

2) Saldos de respostas extremas; os dados apresentados são calculados como desvios face à média do período desde Abril de 1995 para o indicador de confiança nos serviços, desde Julho de 1986 para o indicador de confiança no comércio a retalho e desde Janeiro de 1985 para os restantes indicadores de confiança.

3) As unidades são definidas como pontos de desvio padrão.

4) Os dados são recolhidos em Janeiro, Abril, Julho e Outubro de cada ano. Os valores trimestrais apresentados são a média de dois inquéritos sucessivos, isto é, os inquéritos efectuados no início do trimestre em questão e no início do trimestre seguinte. Os dados anuais são calculados a partir de médias trimestrais.

segundo trimestre (ver Gráfico 31). Além disso, a confiança dos consumidores desceu um ponto percentual em Julho, na sequência de uma descida semelhante em Junho (ver Quadro 8). Actualmente não se encontram disponíveis indicações definidas sobre a evolução do consumo privado para o terceiro trimestre, mas não parece estar firmemente estabelecida uma recuperação sustentada.

Crescimento económico em curso, mas ausência de aceleração este ano

Os indicadores disponíveis, em conjunto com perspectivas um pouco mais fracas para o enquadramento internacional e a recente evolução negativa dos mercados financeiros, sugerem como improvável uma retoma do crescimento do PIB real no segundo semestre do ano. No entanto, uma mudança gradual da procura externa para a interna deverá pro- porcionar algum vigor. Mais especificamente, o crescimento do consumo privado deverá ser apoiado por ganhos no rendimento disponível

Gráfico 30

Produção industrial, confiança na indústria e IGC para a área do euro

(dados mensais)

produção industrial 1)

(escala da esquerda) confiança na indústria 2) (escala da direita)

IGC 3) (escala da direita) 1997 1998 1999 2000 2001 2002 -6 -3 0 3 6 9 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Fontes: Eurostat, Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e Consumidores, Reuters e cálculos do BCE.

Nota: Quando disponíveis os dados referem-se ao Euro 12 (incluindo períodos anteriores a 2001).

1) Indústra transformadora; taxas de variação hómologas em percentagem de médias móveis de três meses; dados corrigidos de dias úteis.

2) Saldos de respostas extremas; desvios da média desde Janeiro de 1985.

3) Índice de Gestores de Compras; desvios do valor de 50; os valores positivos indicam uma expansão da actividade económica.

Gráfico 31

Matrículas de automóveis novos ligeiros de passageiros e vendas no comércio a retalho na área do euro

(taxas de variação homólogas (%); médias móveis de três meses centradas)

matrículas de automóveis novos ligeiros de passageiros (escala da esquerda) total das vendas no comércio a retalho 1)

(escala da direita) 1996 1997 1998 1999 2000 2001 -10 -5 0 5 10 15 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

Fontes: Eurostat e ACEA (Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, Bruxelas).

Nota: Os dados referem-se ao Euro 12 (incluindo períodos anteriores a 2001).

real, ligados de forma marcada à evolução mais favorável dos preços no consumidor quando comparados com o primeiro semestre de 2002. No entanto, o rácio de poupança dos particulares poderá permanecer relativamente elevado a curto prazo, reflectindo o impacto da evolução recente dos mercados financeiros, assim como preocupações mais gerais relacionadas com uma possível nova deterioração das condições do mercado de trabalho. As variações de existências deverão continuar a dar um contributo ligeiramente positivo para o crescimento, enquanto o contributo das exportações líquidas deverá permanecer relativamente limitado. Na sequência do forte aumento no segundo trimestre, o crescimento das exportações deverá continuar a um ritmo moderado, enquanto o crescimento das importações deverá ser sustentado por uma gradual recuperação da procura interna. Não obstante esta avaliação, permanece uma incerteza considerável relativamente às perspectivas de curto prazo para a economia. No entanto, na ausência de desequilíbrios específicos na economia da área do euro. e dadas as condições de financiamento favoráveis, prevê-se o fortalecimento do crescimento a médio prazo.

Taxa de desemprego inalterada em 8.3% em Junho e Julho de 2002

Em Junho e Julho de 2002, a taxa de desemprego harmonizada da área do euro permaneceu em 8.3% da população activa (ver gráfico 32). Apesar da taxa ter permanecido inalterada em comparação com Maio de 2002, o número de desempregados continuou a

aumentar (73 000 e 15 000 em Junho e Julho, respectivamente). Consequentemente, a taxa de desemprego da área do euro no segundo trimestre de 2002 aumentou para 8.3%, ou seja, mais 0.2 pontos percentuais do que no trimestre anterior. Em linha com o abrandamento da actividade no final de 2001, o desemprego na área do euro aumentou de novo no segundo trimestre de 2002. Existem cerca de 170 000 desempregados a mais do que no primeiro trimestre de 2002, o que corresponde ao maior aumento trimestral registado desde

Gráfico 32

Desemprego na área do euro (dados mensais)

variação homóloga em milhões 1)

(escala da esquerda)

% da população activa (escala da direita)

1994 1996 1998 2000 2002 -1.5 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 7.5 8.0 8.5 9.0 9.5 10.0 10.5 11.0 11.5 Fonte: Eurostat.

Nota: Os dados referem-se ao Euro 12 (incluindo períodos anteriores a 2001).

1) Variações homólogas não corrigidas de sazonalidade.

Quadro 9

Desemprego na área do euro

(em % da população activa; dados corrigidos de sazonalidade)

1999 2000 2001 2001 2001 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002 2002

T3 T4 T1 T2 Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul.

9.4 8.5 8.0 8.0 8.1 8.1 8.3 8.1 8.2 8.2 8.3 8.3 8.3 18.5 16.6 15.7 15.7 15.9 16.1 16.3 16.0 16.1 16.2 16.3 16.5 16.4 8.2 7.4 7.0 7.0 7.0 7.1 7.2 7.1 7.1 7.1 7.2 7.2 7.3 Total Idade < a 25 anos 1) Idade ≥ a 25 anos Fonte: Eurostat.

Notas: Em conformidade com recomendações da OIT. Os dados referem-se ao Euro 12 (incluindo períodos anteriores a 2001). 1) Em 2001, esta categoria representava 23.3% do desemprego total.

que a taxa de desemprego começou a subir há cerca de um ano.

O novo aumento no número de desempre- gados registado em Julho foi consideravelmente mais baixo do que o aumento mensal médio registado mais cedo no ano, reflectindo sobretudo uma ligeira descida do desemprego dos jovens, de 16.5% em Junho para 16.4% em Julho (ver Quadro 9). Esta descida, no entanto, advém essencialmente de uma mudança do padrão sazonal num país, devido a um início antecipado das férias de Verão. A taxa de desemprego do escalão etário mais velho (indivíduos com idade igual ou superior a 25 anos) continuou a subir, de 7.2% em Junho para 7.3% em Julho.

Crescimento do emprego fraco no primeiro semestre de 2002

Na sequência de uma ligeira revisão, pelo facto de terem ficado disponíveis mais dados nacionais, prevê-se que o emprego total na área do euro tenha registado um aumento de 0.1% no primeiro trimestre de 2002, em comparação com o último trimestre de 2001. Tal reflecte a continuação da descida do emprego na agricultura e indústria excluindo a construção e um crescimento ligeiramente mais moderado

no sector dos serviços (ver Quadro 10). Até ao primeiro trimestre do ano, as taxas de crescimento do emprego em todos os subsectores dos serviços foram relativamente resistentes, mantendo um ritmo médio acima dos 1.5% em termos homólogos.Apesar de não terem sido ainda divulgadas estimativas do emprego com base nas contas nacionais para o segundo trimestre de 2002, a informação disponível a nível nacional sugere que a taxa de crescimento do emprego na área do euro se poderá ter situado em cerca de zero, em linha com o aumento do desemprego.

Não existem sinais claros de melhoria nas perspectivas do emprego

Os indicadores de inquérito recentes não apontam para uma melhoria clara das condições do mercado de trabalho a curto prazo. Os resultados do Inquérito da Comissão Europeia às Empresas até Junho e do Inquérito de Gestores de Compras até Julho evidenciaram alguns sinais que a descida do emprego nos sectores da construção e da indústria transformadora tinha atingido o seu nível mais baixo (ver Gráficos 33 e 34). No entanto, em Agosto os resultados do Inquérito dos Gestores de Compras indicaram uma deterioração significativa do emprego na

Quadro 10

Crescimento do emprego na área do euro

(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário; dados corrigidos de sazonalidade)

1999 2000 2001 2001 2001 2001 2001 2002 2001 2001 2001 2001 2002 T1 T2 T3 T4 T1 T1 T2 T3 T4 T1 Taxas trimestrais 1) 1.7 2.1 1.3 2.0 1.5 1.1 0.8 0.7 0.3 0.2 0.1 0.2 0.1 -2.7 -1.7 -0.8 -0.1 -0.4 -1.2 -1.4 -2.3 0.3 -0.4 -1.0 -0.3 -0.5 0.3 0.8 0.4 1.1 0.7 0.2 -0.4 -0.8 0.2 -0.1 -0.2 -0.2 -0.2 -0.2 0.6 0.4 1.3 0.7 0.1 -0.5 -0.9 0.2 -0.2 -0.2 -0.2 -0.3 2.0 1.6 0.4 0.7 0.7 0.3 -0.2 -0.5 0.1 0.0 -0.2 -0.2 -0.2 2.7 2.9 1.9 2.4 1.9 1.7 1.5 1.5 0.3 0.4 0.4 0.4 0.3 2.3 2.8 1.5 2.0 1.5 1.3 1.2 1.5 0.0 0.3 0.5 0.4 0.3 5.5 6.0 3.6 4.9 3.9 3.0 2.6 1.9 1.0 0.6 0.4 0.6 0.3 1.8 1.5 1.4 1.6 1.4 1.3 1.3 1.4 0.3 0.3 0.2 0.4 0.4 Conjunto da economia do qual: Agricultura e pescas 2) Indústria Excluindo construção Construção Serviços Comércio e transportes3) Financeiros e comerciais 4) Administração pública 5) Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.

Nota: Os dados referem-se ao Euro 12 (incluindo períodos anteriores a 2001). 1) Taxas trimestrais: variação em percentagem face ao trimestre anterior. 2) Inclui também caça e silvicultura.

indústria transformadora. De igual modo, para o sector dos serviços, os resultados deste inquérito permaneceram ligeiramente positivos até Julho, enquanto se registou uma queda substancial em Agosto, apontando para uma descida do crescimento do emprego no sector dos serviços. Os últimos resultados poderiam assim implicar uma recuperação desfasada ou mais moderada do crescimento do emprego na área do euro, em linha com os sinais de que a recuperação da actividade não continuou a fortalecer-se.

Numa análise prospectiva, prevê-se que o