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Exatamente como é o objetivo do programa é como eu já fale

MODELO DE BROFENBRENNER PPCT

Sujeito 2: Exatamente como é o objetivo do programa é como eu já fale

anteriormente, mostra para os alunos que eles podem se sobressair lá no campo. Então ele tem que conhecer a prática que até o momento pertence aos pais né?! Como agricultura, por exemplo, então os livros as apostilas as atividades que são oferecida pelo programa são voltadas pra essas condições, pra essas situações, tão tal o que é exigido que se trabalhe o que conhece a terra é que se trabalhe agricultura. Que o aluno aprenda a matemática, mas voltada pra vivência dele, né?! O que ele vê no dia, o que ele vê os pais fazendo pra comunidade. Como que a comunidade vive, como que a comunidade trabalha, então as atividades da escola ativa são sempre voltadas pra vivência do aluno, né?! Por que desenvolvido no campo com o objetivo, de que o aluno aprenda e valorize o que eles vivência. E ai chega o momento, avaliando a implementação do programa escola ativa de acordo no que se refere a Formação Continuada, para educação do campo, vamos dizer assim foi de grande ajuda, no momento em que nós melhoramos nossas praticas nós começamos, vê uma maneira mas inovadora, bom a implementação do programa escola ativa no que se refere a Formação Continuada para escola do campo, para educação do campo acontece viu, como eu já falei as atividades, elas são voltadas para as funções do campo, entendeu especificamente as do campo, construção de hortas viu, voltada mas pro campo, é como eu já falei anteriormente é relacionada questões envolvendo agricultura, o conhecimento da terra questão ambiental, como o aluno aprender a conhecer como proteger, e como proteger o meio ambiente, então é voltada as formações continuada, são voltadas assim pra Educação do Campo.

Este trecho supracitado apresenta justamente a visão de que a educação no campo não pode seguir o mesmo padrão da educação urbana, pois os alunos vivem em realidades diferentes, muito provavelmente a sua profissão também será relacionada ao meio rural e a escola deve contemplar isso. O entrevistado aborda ainda, a perspectiva interdisciplinar, no

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sentido da consciência, no que envolve a subjetividade humana, nas trocas, no que une e separa, no saber e no fazer. (SEVERINO, 2008)

Sabe-se que o nível de dificuldades na escola campesina é cada veze maior, em virtude de uma quantidade cada vez mais abrangentes de realidades sociais. Conforme Libâneo (2011), quando ele fala que os níveis de dificuldades vivenciados por professores estão entre as dificuldades apresentadas dentro de sala de aula, as Políticas Públicas, as condições físicas do espaço de sala de aula e o salário. Entretanto, conforme os entrevistados o programa parece preparar melhor o docente para as peripécias, tal como também coaduna o Sujeito 6, indagado sobre os recursos do programa e relata algumas contribuições do Programa:

Sujeito 6: Ah ela contribui muito né?! Porque através do programa escola

ativa a gente se organiza melhor para o trabalho e a gente aprende mais, né?! E em cima desse nosso trabalho faz as diferenças né?! Com alunos de várias séries. Com alunos de diferentes séries, mas os conhecimentos que nós passamos para eles são os mesmos.

Logo, conforme o Sujeito 6, o programa é mais importante em termo de metodologias que em termos de conteúdos. Já o Sujeito 3 também destaca que o material fornecido pelos kits contribuiu muito para organizar o ensino nas escolas rurais, uniformizar conteúdos e linguagens abordadas pelos professores desta modalidade e também para suprir uma carência de material de apoio de apoio para estes professores, como descreve:

Sujeito 3: É com o programa foi que a gente começou a trabalhar dessa

forma, porque eles mandam os kits, e esses kits a gente aplica em sala de aula, eu, foi ótimo. [...] o material muito bom também, a parte teórica, porque serve pra instruir, pra que possamos desenvolver os trabalhos dá sugestões pra que nós possamos desenvolver nosso trabalho em sala de aula e a questão do material que eles mandam para os alunos os livros, então... esses livros no início a gente teve muita dificuldade porque assim, alunos quarto ano, outros alunos segundo ano, outros no quinto ano, e no começo os professores ficaram meio perdidos em como saber né organizar esse estudo na mesma sala com livros diferenciados, então a gente foi um dos encontros pra ser trabalhado essa questão, e eles deram sugestões de um dia, por exemplo, colocavam uns alunos e trabalhavam aquele módulo ali, depois outro pra não ficar trabalhando três coisas na sala, então uma das maiores dificuldades foi essa, mas a gente conseguiu depois si organizar e deu certo.

Percebe-se, mesmo com a fragilidade do sistema educacional, o descaso das autoridades e de alguns professores em potencializar bibliotecas e acervos, os kits elaborados no PEA tornam-se boas referências aos docentes. Com isto não se defende a

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ideia de que este material didático por si só é satisfatório, muito pelo contrário, estes docentes são carentes de subsídios para estudo, planejamento e pesquisa que poderiam tornar suas aulas muito mais proveitosas, relatam nas entrevistas que ainda usam do improviso para conseguirem administrar suas aulas pesquisadas e contam uns com os outros em algum suporte teórico e de material. Carlini (2004) destaca que contribuem para uma “boa aula” a clareza das ideias e o conhecimento do que será trabalhado; a organização e escolha adequada das maneiras de trabalhar as ideias; situações estimuladoras, que incentivem a participação e o envolvimento dos alunos.

Ainda refletindo sobre o papel do programa na realidade educacional e na visão os docentes de Buriti (MA), o entrevistado 04 quando questionado sobre como o mesmo vê o programa descreve que: