I.8.1 Mostre quePA ∩ B PA ∩ PB.
I.8.2 a) Prove que se f : X → Y é uma função então ff−1B B ∩ fX para cada
B ⊂ Y;
b) dê um exemplo em que A ⊂ X e f−1fA ≠ A.
I.8.3 SejamAi : i ∈ I uma classe não vazia de conjuntos, B um conjunto. Mostre que:
a)∀i ∈ I, Ai ⊂ B Ai : i ∈ I ⊂ B; b)∀i ∈ I, B ⊂ Ai B ⊂ ∩Ai : i ∈ I.
I.8.4 Sejam A ⊂ X, I, J ≠ e Ai : i ∈ I, Bj : j ∈ J ⊂ PX. a) Mostre que:
(1) A∩
Bj : j ∈ J
A ∩ Bj : j ∈ J;(2)
Ai : i ∈ I
Bj : j ∈ J
Ai ∩ Bj : i, j ∈ I J. b) Verifique a lei da dualidade, obtendo(1’) A
Bj : j ∈ J
A Bj : j ∈ J e(2’)
Ai : i ∈ I
Bj : j ∈ J
Ai Bj : i, j ∈ I J.I.8.5 a) Dadas classes de conjuntosX1, X2, Y1, Y2 e um conjunto Y, mostre que:
(i)X1 X2 Y1 Y2 X1 Y1 X1 Y2 X2 Y1 X2 Y2;
(ii)X1 ∩ X2 Y1 ∩ Y2 X1 Y1 ∩ X2 Y2;
(iii)X1\X2 Y X1 Y\X2 Y.
b) Prove que X1 Y1 X2 Y2 X1 X2 ∧ Y1 Y2.
c) Prove que se A ⊂ X, B ⊂ Y então (i) A B A Y ∩ X B;
(ii)A Bc Ac Y X Bc.
I.8.6 Mostre que seAs : s ∈ S, Bt : t ∈ T são classes não vazias de conjuntos não vazios, então
a)As : s ∈ S Bt : t ∈ T As Bt : s, t ∈ S T; b)∩As : s ∈ S ∩Bt : t ∈ T ∩As Bt : s, t ∈ S T.
I.8.7 Note que se X, Y são conjuntos não vazios, Rx é uma relação em X e Sy é uma relação em Y, entãox, y ∈ X Y : Sy X y ∈ Y : Sy. Utilizando
x, y ∈ X Y : Rx ∨ Sy x ∈ X : Rx Y X y ∈ Y : Sy conclua quex, y ∈ X Y : x ∈ A ∨ y ∈ B A Y B X.
I.8.8 Sendo f : X → Y uma função, A, A1, A2 ⊂ X, B, B1, B2 ⊂ Y,
a) (i) mostre que A1 ⊂ A2 fA1 ⊂ fA2;
b) Prove que fA sse A .
c) Mostre que f−1B1\B2 f−1B1\f−1B2.
d) Mostre que f−1B sse B ∩ fX .
e) (i) Prove que fA ∩ B fA ∩ f−1B, e conclua que
(ii) fA ∩ B sse A ∩ f−1B e
(iii) fA ⊂ B A ⊂ f−1B.
I.8.9 Note que se f : X → Y é uma função e g é a função restrição de f a A ⊂ X,
A ≠ , então g−1B A ∩ f−1B para cada B ⊂ Y. Prove que se Ai : i ∈ I é uma classe não vazia de subconjuntos não vazios de X tal que X Ai : i ∈ I, e gi é a função restrição de f a Ai para cada i ∈ I, então f−1B gi−1B : i ∈ I.
I.8.10 Sejam X, Y0, Y1conjuntos não vazios, f0 : X → Y0 e f1 : X → Y1funções.
Mostre que definindo f : X → Y0 Y1por fx f0x, f1x se tem:
a) fA ⊂ f0A f1A para cada A ⊂ X;
b) f−1B0 B1 f0−1B0 ∩ f1−1B1 se B0 ⊂ Y0, B1 ⊂ Y1.
I.8.11 Sejam f0 : X0 → Y0 e f1 : X1 → Y1 funções. Considere a função
g : X0 X1 → Y0 Y1 definida por gx0, x1 f0x0, f1x1. Prove que:
a) gA0 A1 f0A0 f1A1 Ai ⊂ Xi, i 0, 1;
b) g−1B0 B1 f0−1B0 f1−1B1 Bj ⊂ Yj, j 0, 1.
I.8.12 Um número real diz-se algébrico se é uma raiz de um polinómio de coeficientes inteiros; caso contrário diz-se transcendente. Mostre que o conjunto dos números algébricos é numerável e conclua que o conjunto dos números transcendentes tem o cardinal do
contínuo.
I.8.13 Uma parte A de um conjunto não vazio X diz-se uma parte própria de X se
A ≠ X.
a) Prove que um conjunto infinito é equipotente a uma parte própria. (Sug: princípio da boa ordenação; método de indução dos números naturais.)
b) Pode caracterizar os conjuntos infinitos, como sendo os conjuntos equipotentes a uma parte própria ? Justifique.
I.8.14 a) Deternine os cardinais: (i) #Q2; (ii) #R2.
b) Demonstre por indução em n ∈ N que #Qn #0e #Rn c.
I.8.15 O conjunto de Cantor ([Kuratowski]) é o conjuntoC dos números reais s no intervalo [0,1] que são da forma s 1
3
2
32
3
33 . . . , onde n ∈ 0, 2 para cada n ∈ N.
Mostre que #C c.
I.8.16 SeXt : t ∈ T é uma classe disjunta não vazia de conjuntos não vazios, Y é um conjunto não vazio, cada função f x, fx : x ∈ Xt : t ∈ T ∈ YXt:t∈Tpode
identificar-se com o t−énuplo x, ftx : x ∈ Xt ∈
t∈TYXt, onde ft é a funçãorestrição de f a cada conjunto Xt t ∈ T. Conclui-se que se os cardinais , t t ∈ T são não nulos, então
∑
t∈Tt Pt∈Tt. Também, seYt : t ∈ T é uma classe disjunta nãovazia de conjuntos não vazios, X é um conjunto não vazio, podem identificar-se os
conjuntos
t∈TYtX e
t∈TYtX, donde sendo, t t ∈ T numeros cardinais diferentes de zero,Pt∈Tt Pt∈Tt.I.8.17 Não pode concluir-se utilizando os axiomas citados até agora, se existe algum cardinal tal que #0 2#0. A hipótese de que não existe um tal cardinal diz-se a
I.8.18 Dado o conjunto N dos números naturais, podemos considerar os conjuntos PN, PPN e assim sucessivamente. Obtidos, desta forma,
P1 PN,P2 PPN,..., PnN, podemos obter Pn1N e considerar a classe C PnN : n ∈ N. Prova-se ([Oliveira]) que para cada n, #Pn #C. Cada
cardinal de um conjuntoPnN diz-se um cardinal acessível. Existem portanto números cardinais não acessíveis.
. I.8.19 SendoA uma classe de conjuntos, diremos que uma parte H de A é uma torre emA se para cada A, B ∈ H se tem A ⊂ B ou B ⊂ A. Uma torre M em A é maximal se nehuma torreN em A verifica M ⊂ N e N ≠ M. Dizemos ainda que uma classe A de conjuntos tem carácter finito se cada subconjunto finito de um conjunto emA está em A e se um conjunto A é tal que toda a sua parte finita está emA, então A está também em A. Recordar ainda a noção de quase-ordem num conjunto em I.5.29 (ou pré-ordem).
Dado que aceitamos o símbolo da escolha de Hilbert em I.3.4, fica implícito que aceitamos as proposições equivalentes seguintes:
Princípio maximal de Hausdorff _ SeA é uma classe de conjuntos e N é uma torre em A, existe uma torre maximal M em A que contem N
Princípio maximal _ Se para cada torreN em A existe um conjunto em A que contem cada conjunto emN, então existe um conjunto M ∈ A tal que para nenhum N ∈ A se verifica M ⊂ N
Lema de Tukey _ Existe um elemento maximal em toda a classe não vazia de carácterr finito
Lema de Kuratowski _ Toda a cadeia num conjunto parcialmente ordenado está contida numa cadeia maximal
Lema de Zorn _ Se toda a cadeia não vazia no conjunto parcialmente ordenado X tem um majorante, então existe em X um elemento maximal.
Axioma da Escolha de Zermelo _ Dada uma família constituída por conjuntos Xi indiciada num conjunto não vazio de índices I, existe uma função de escolha, o selector de Zermelo, tal quei ∈ Xi para cada índice i ∈ I
Postulado de Zermelo _ SeA é uma classe não vazia de conjuntos não vazios e dois a dois disjuntos, existe um conjunto C tal que A∩ C é um conjunto reduzido a um elemento, para cada A ∈ A
Princípio da Boa Ordem _ Dado qualquer conjunto C, existe uma boa ordem em C Produto infinito _ SeX : ∈ A é uma família não vazia de conjuntos não vazios, então
∈AX ≠ I.8.20 O Lema de Zorn pode ser formulado, segundo [Dugundji] de modo mais geral; dada uma quase-ordem≤ no conjunto X consideram-se os conceitos de cadeia em X, elemento maximal em X, analogamente à situação em que≤ é uma ordem parcial. Tem-se então o enunciado equivalente
Sendo X um conjunto munido de uma quase-ordem, se toda a cadeia não vazia tem um majorante então existe em X um elemento maximal.
BIBLIOGRAFIA DO CAPÍTULO I
[Aliprantis, Burkinshaw] _ALIPRANTIS, C. D., BURKINSHAW, O. ”Principles of Real Analysis”, Academic Press San Diego.New
York.Boston.London.Sydney.Tokyo.Toronto. (1990).
[Cohn] _COHN, P. M. ”Algebra”, Second Edition, Volume 2.John Wiley & Sons, Chichester.New York.Brisbane.Toronto.Singapore. (1989).
[Costa] _COSTA, A. A. ”Cours d’Algèbre Générale”, Volume I, 2nde Édition, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1969).
[Dieudonné] _DIEUDONNÉ, J. ”Fundamentos de Análisis Moderno”, Editorial Reverté, S.A. Barcelona.Buenos Aires. México. (1966).
[Dugundji] _ DUGUNDJI, JAMES ”Topology”, Allyn and Bacon, Inc. Boston, London, Sydney, Toronto (1966).
[Guerreiro] _GUERREIRO, J. SANTOS ”Curso de Análise Matemática”, Escolar Editora, Lisboa (1989).
[Kelley] _KELLEY, JOHN L. ”General Topology”, Graduate Texts in Mathematics, 27 Springer-Verlag, New york.Berlin.Heidelberg.London.Paris.Tokyo.Hong Kong.Barcelona. (1955).
[Kolmogorov, Fomin] _KOLMOGOROV, A. N., FOMIN, S. V. ”Elementos da Teoria das Funções e de Análise Funcional”, Editora Mir-Moscou. (1982).
[Kuratowski] _KURATOWSKI, K. ”Topology”. Volume I, Academic Press, New York and London, PWN_Polish Scientific Publishers, Warszawa. (1966).
[Machado] _ MACHADO, ARMANDO ”Introdução à Análise Funcional”, Escolar Editora. (1991).
[Oliveira] _OLIVEIRA, FRANCO ”Teoria dos Conjuntos, Intuitiva e Axiomática (ZFC)”, Escolar Editora (1982).
[Schwartz] _SCHWARTZ, LAURENT ”Analyse, Deuxième Partie Topologie générale et analyse fonctionnelle”, Collection Enseignement des sciences, 11 Hermann, Paris.
II.1 DESIGUALDADES DE CAUCHY-SCHWARZ, HOLDER E MINKOWSKI
II.1.1 Propriedade (desigualdade de Cauchy-Schwarz).
Se uk, vk são números reais não nrgativos, k 1, 2, . . . , n, n ∈ N, então
∑
kn1 ukvk ≤ ∑
k1 n uk2 1 2∑
k1 n vk2 1 2Dem. Dados números reais a, b, a b, o intervalo a, b é o conjunto
a, b 1 − a b : 0 ≤ ≤ 1. Uma vez que a função y log x tem a concavidade voltada para cima, se 0 a b, a imagem y0 log1 − a b não é menor que
1 − ya yb, onde ya log a, yb log b. Assim tem-se
1 − log a log b ≤ log1 − a b. Sendo a função exponencial crescente, obtem-se exp1 − log a log b ≤ 1 − a b, ou seja a1−b ≤ 1 − a b. Notar que esta desigualdade é verdadeira para quaisquer a, b ≥ 0, e a igualdade dá-se se e só se a b.
Dados números reais positivos ak, bk,1 ≤ k ≤ n obtemos com
A
∑
kn1ak, B ∑
k1 nbk, fazendo a ak/A e b bk/B para cada k,
(1)ak1−/A1−bk/B ≤ 1 − ak/A bk/B. Adicionando,
(2)
∑
kn1ak1−bk/A1−B ≤ 1 − ∑
k1 n ak/A ∑
k1 n bk/B 1, e (3)∑
kn1ak1−bk ≤ ∑
k1 n ak1−∑
k1 n bk. Pondo uk ak1−, vk bk, e fazendo 12, obtemos a desigualdade pretendida, c.q.d.II.1.2 Exercícios
1. Utilizando a demonstração anterior, obtenha uma demonstração da desigualdade de Holder:
Se p, q 1 verificam 1p 1q 1, uk, vk ≥ 0 1 ≤ k ≤ n, n ∈ N então
∑
kn1 ukvk ≤ ∑
kn1uk p 1 p∑
k1 n vk q 1 q.2. Analisando a demonstração, conclua que só se verifica a igualdade, na desigualdade de Holder, se exite uma mesma constante c ≥ 0 tal que ak cbk para todo o k 1, . . . , n.
Resoluções
1. Pondo, em (3), 1 − 1p 1q. 2. Pois a igualdade verifica-se em (1) se e só se
II.1.3 Propriedade (desigualdade de Minkowski). Se p ≥ 1, uk, vk ∈ R 1 ≤ k ≤ n, n ∈ N, então
∑
kn1 ∣ uk vk ∣p 1 p ≤ ∑
k1 n ∣ uk ∣p 1p ∑
k1 n ∣ vk ∣p 1p.Dem. Para p 1, a desigualdade é óbvia. Se p 1, 1
q 1 − 1p, com
ak ∣ uk ∣, bk ∣ vk ∣ podemos aplicar a desigualdade de Hölder a cada parcela da soma
∑
k1akak bkp−1 ∑
k1 n bkak bkp−1. Obtemos assim∑
kn1 ∣ uk vk ∣p ≤∑
k1 n ak bkak bkp−1 ≤ ∑
kn1 ak p 1 p∑
k1 n ak bkqp−1 1 q ∑
k1 n bk p 1 p∑
k1 n ak bkqp−11q.Então de 1p 1 − 1q, qp − 1 p, obtemos, dado que
∑
k1 n ak bkqp−11q 0, ∑
k1 n ∣ uk vk ∣p 1p ≤ ∑
k1 n ak p 1 p ∑
k1 n bk p 1 p c.q.d.II.1.4 As desigualdades em II.1.1, II.1.2 e II.1.3 são casos particulares, para a medida de contagem, das seguintes desigualdades para integrais:
Desigualdade de Holder Se p, q 1, 1p 1q 1, ,
∑
, é um espaço de medida, f, g ∈ R,
∣ fg ∣ d ≤
∣ f ∣p d1p
∣ g ∣ q d1q. Desigualdade de MinkowskiSe p ≥ 1, ,
∑
, e f, g são como acima,
∣ f g ∣p d1p ≤
∣ f ∣
p d1p
∣ g ∣
p d1p.
II.1.5 Observações (1) Para p q 2, a desigualdade de Minkowski é também
conhecida por desigualdade de Schwarz; demonstrações de II.1.4 podem ver-se em [Rudin]. (2) Utilizando a medida de contagem se I ⊂ N são válidas
∑
k∈I ∣ ukvk ∣≤ ∑
k∈I ∣ uk ∣p 1 p∑
k∈I ∣ vk ∣ q 1q p, q ≥ 1, 1 p 1q 1, ∑
k∈I∣ uk vk ∣p 1p ≤ ∑
k∈I ∣ uk ∣ p 1p ∑
k∈I ∣ vk ∣ p 1p p ≥ 1 .II.2 DISTÂNCIA NUM CONJUNTO. ESPAÇO MÉTRICO. SUCESSÕES CONVERGENTES.
II.2.1 Se a, b são números reais, o número real não negativo∣ a − b ∣ dá a distância entre a e b, entendida como o comprimento do segmento da recta de extremos a, b. Representando da, b ∣ a − b ∣, obtemos uma função d : R R → R tal que
(D1) dx, y ≥ 0, dx, x 0; (D2) dx, y dy, x;
(D3) dx, z dx, y dy, z (faça-se ∣ x − z ∣∣ x − y y − z ∣) e (D4) dx, y 0 implica x y.
O teorema de Pitágoras mostra que, analogamente,
dex1, x2, y1, y2 x1 − y12 x2− y22
1
2 dá a distância intuitiva entre os pontos
x1, x2 e y1, y2 do plano cartesiano R2. Utilizando a desigualdade de Minkowski com
p 2 (também conhecida como desigualdade de Cauchy), vemos que a função de : R2 R2 → R verifica também as propriedades (D1),...,(D4). Se E é um qualquer conjunto não vazio, a função di E E → R definida por dix, y 0, se x y e dix, y 1
se x ≠ y, tem também as propriedades (D1),...,(D4).
II.2.2 Definição Se E é um conjunto não vazio, uma função d : E E → R
verificando as condições (D1),...,(D4) acima diz-se uma distância ou uma métrica em E, ou sobre E. O parE, d chama-se um espaço métrico.
Notar que de (D3) e (D2), aplicando primeiro (D3) directamente, e depois trocando x com y nesta desigualdade, se conclui que se d é uma métrica em E, então ∣ dx, z − dy, z ∣≤ dx, y.
II.2.3 Exemplos Em II.2.1, d (resp. de, di) são métricas sobre R, respectivamente R2 e
E, eR, d, R2, de, E, di são espaços métricos. A métrica d chama-se a métrica
euclideana ou usual em R, e de é a métrica euclideana em R2. A métrica di chama-se a
II.2.4 Observação A função dM : R2 R2 → R,
dMx1, x2, y1, y2 max∣ x1− y1 ∣, ∣ x2 − y2 ∣ é também uma métrica sobre R2;
R2, de e R2, dM são espaços métricos diferentes.
II.2.5 Exercícios (1) Verifique a observação anterior.
(2) Mostre que se d é uma métrica em E, então são métricas em E: (i) 2d definida por2dx, y 2dx, y x, y ∈ E;
(ii) d1d definida por dd1x, y 1dx,ydx,y ;
(iii) min1, d definida por min1, dx, y min1, dx, y.
(3) Prove quez1, z2 max∣ Re z1 − Re z2 ∣, ∣ Imz1− Imz2 ∣ é uma distância
em C. II.2.6 Resoluções (1) (D1) dMx\, x2, y1, y2 max∣ x1 − y1 ∣, ∣ x2 − y2 ∣ ≥ 0, e dMx1, x2, x1, x2 max∣ x1− x1 ∣, ∣ x2 − x2 ∣ max0, 0 0. (D2) dMx1, x2, y1, y2 max∣ x1− y1 ∣, ∣ x2 − y2 ∣ max∣ x2− x1,∣ y2 − y1 ∣ dMy1, y2, x1, x2. (D3) dMx1, x2, z1, z2 max∣ x1− z1 ∣, ∣ x2 − z2 ∣
max∣ x1− y1 y1 − z1 ∣, ∣ x2 − y2 y2 − z2 ∣≤
max∣ x1− y1 ∣ ∣ y1 − z1 ∣, ∣ x2− y2 ∣ ∣ y2 − z2 ∣ ≤
max∣ x1− y1 ∣, ∣∣ x2 − y2 ∣ max∣ y1− z1 ∣, ∣ y2 − z2 ∣
dMx1, x2, y1, y2 dMy1, y2, z1, z2. (D4) dMx1, x2, y1, y2
max∣ x1− y1 ∣, ∣ x2 − y2 ∣ 0 implica ∣ x1 − y1 ∣ 0, x1 y1 e∣ x2− y2 ∣ 0,
donde x2 y2 ex1, x2 y1, y2.
(2) (i) 2d verifica as condições (D1) e (D2), pois d satisfaz (D1), (D2); verifica também (D3), pois2dx, z 2dx, z ≤ 2dx, y dy, z 2dx, y 2dy, z 2dx, y 2dy, z, uma vez que d verifica (D3); também 2dx, y 0 implica
dx, y 0, que implica x y, porque d satisfaz (D4), e assim 2d verifica também a
condição (D4), e é uma métrica em E.
(ii) dd1x, y 1dx,ydx,y 0, pois dx, y 0; também dd1x, x 100 0 pois
dx, x 0, e dd1 verifica (D1). Como dx, y dy, x, tem-se d1d x, y d1d y, x, e dd1
verifica (D2). A função ft t
t1 t ≥ 0 é crescente, e portanto tem-se:
d d1x, z dx,z 1dx,z ≤ dx,ydy,z 1dx,ydy,z ≤ dx,y 1dx,y dy,z
1dy,z, uma vez que dy, z, dx, y ≥ 0.
Assim d1d x, z ≤ d1d x, y dd1y, z, e d1d satisfaz a condição (D3). (D4) verifica-se também, pois d1d x, y 0 implica dx, y 0 e então x y porque d satisfaz (D4).
(iii) min1, dx, y min1, dx, y ≥ 0, pois dx, y ≥ 0, 1 ≥ 0; e
min1, dx, x min1, dx, x min1, 0 0 porque dx, x 0; portanto min1, d verifica (D1). Também, sendo dx, y dy, x, tem-se min1, dx, y min1, dy, x e min1, dx, y min1, dy, x. Para (D3), encontra-se: sendo a, b ≥ 0, então
min1, a min1, b ≥ 1 min1, b ≥ min1, a b se a ≥ 1; e, se a, b ≤ 1, então min1, a b ≤ a b min1, a min1, b. Portanto
min1, dx, z min1, dx, z ≤ min1, dx, y dy, z ≤
min1, dx, y min1, dy, z min1, dx, y min1, dy, z e min1, d verifica (D3). Também min1, dx, y 0 dx, y 0, x y.
(3) (D1)z1, z2 max∣ Re z1 − Re z2 ∣, ∣ Imz1 − Imz2 ∣ ≥ 0, e
z, z max∣ Re z − Re z ∣, ∣ Imz − Imz ∣ max0, 0 0. (D2) z1, z2 max∣ Re z1 − Re z2 ∣, ∣ Imz1− Imz2 ∣
max∣ Re z2 − Re z1 ∣, ∣ Imz2 − Imz1 ∣ z2, z1. (D3)
z1, z3 max∣ Re z1 − Re z3 ∣, ∣ Imz1− Imz3 ∣
max∣ Re z1 − Re z2 Re z2− Re z3 ∣, ∣ Imz1 − Imz2 Imz2 − Imz3 ∣≤
max∣ Re z1 − Re z2 ∣ ∣ Re z2 − Re z3 ∣, ∣ Imz1 − Imz2 ∣ ∣ Imz2− Imz3 ∣≤
max∣ Re z1 − Re z2 ∣, ∣ Imz1 − Imz2 ∣
max∣ Re z2 − Re z3 ∣, ∣ Imz2− Imz3 ∣ z1, z2 z2, z3. (D4)
z1, z2 max∣ Re z1 − Re z2 ∣, ∣ Imz1− Imz2 ∣ 0 implica Re z1 Re z2 e
Im z1 Imz2, logo z1 z2.
II.2.7 Vê-se por II.2.1 que a convergência de uma sucessão de números reaisxn para um ponto a, é entendida como a convergência da sucessão das distâncias a a,
dxn, a ∣ xn − a ∣→ 0 n → . A convergência de uma sucessão xn, yn → a, b em R2
é usualmente entendida de novo, como a convergência da sucessão das distâncias
dexn, yn, a, b dos termos da sucessão ao limite, para zero. Em ambos os casos, os termos da sucessão aproximam-se do limite, e a medida dessa proximidade é dada por os termos, a partir de certa ordem n, verificarem a condição
xn ∈ Ia, a − , a x ∈ R : dx, a no primeiro caso, e
xn, yn ∈ B0a, b, x, y ∈ R2 : dexn, yn, a, b . Deste modo, dado um
espaço métricoE, d, pode considerar-se a noção de convergência de uma sucessão de pontos de E para um ponto de E. Põe-se por definição:
II.2.8 Definição SejamE, d um espaço métrico, xn uma sucessão em E, a ∈ E. Diz-se quexn é convergente para a, converge para a ou que tem limite a, se é verificada a condição
l para cada 0, existe uma ordem p p ∈ N tal que dxn, a para cada
n ≥ p.
Nota-se então lim xn a ou xn → a. Em linguagem lógica, lim xn a ≡ ∀ 0, ∃p p ∈ N, n ≥ p dxn, a .
Sexn não é convergente, diz-se também que é divergente.
II.2.9 Propriedade Num espaço métrico, o limite de uma sucessão, se existe é único. Dem. Trata-se de provar que seE, d é um espaço métrico, e xn é uma sucessão em
E, lim xn a, limxn b, a, b ∈ E, então a b. Dado 0, a condição l aplicada a a, b separadamente, mostra que existem p/2 ∈ N, para a, e p′/2 para b, tais que, com
p maxp/2, p′/2 se tem, para cada n ≥ p0, dxn, a /2 (pois n ≥ p/2) e
dxn, b /2, pois então n ≥ p′/2. Em particular, para n p, verifica-se dxp, a /2
e dxp, b /2. Então usando (D2) e (D3), tem-se da, b ≤ da, xp dxp, b . Concluímos que não pode ser a ≠ b, pois então seria da, b 0 0 (usando (D1) e
(D4)), e considerando p0/2 e p′0/2 no raciocínio anterior, teríamos simultaneamente
da, b 0, da, b 0. A hipótese de absurdo a ≠ b implica uma contradição, e
II.2.10 Exemplos
(1) A sucessãonn1, log2 1n em R2, é convergente emR2, de , para o limite 1, log 2. Com efeito, como n
n1 → 1 e log2
1
n → log 2 em R munido da métrica usual, tem-se: dado 0, existe uma ordem p1 ∈ N tal que ∣ nn1 − 1 ∣ / 2 para cada
n ≥ p1; e existe p2 ∈ N tal que ∣ log2 1n − log 2 ∣ / 2 se n ≥ p2. Se então
n ≥ p0 maxp1, p2 ∈ N, tem-se denn1, log2 1n , 1, log 2 n n1 − 1 2 log2 1 n − log 22 2 2 2
2 . A sucessão é convergente para o
mesmo limite, no espaço métricoR2, dM em II.2.4
(2) A sucessão 1n não é convergente em R, di, di a métrica discreta em II.2.1. Com efeito, qualquer que seja a ∈ R, tem-se a ≠ 1
n para uma infinidade de números naturais n, vindo di1
n, a 1; escolhendo então 1/2 0 na condição de limite l, não existe nenhuma ordem p ∈ N tal que di1
n, a 1/2 para cada n ≥ p.
II.2.11 Observação Se xn é constante e igual a a, a partir de certa ordem, a propriedade (D1) da métrica mostra que a satisfaz a condiçãol, e limxn a.
II.2.12 Exercícios
(1) Mostre quenn1, log2 1n → 1, log 2 em R2, dM. (II.2.4). (2) Prove que a sucessão zn n sin 1
n ie−n é convergente para 1 no espaço métrico C, , a métrica em II.2.5 (3).
(3) Demonstre que: a) uma sucessãoxn, yn converge para a, b em R2, de se e só
se xn → a e yn → b em R munido da métrica usual.
b)xn, yn → a, b em R2, dM se e só se xn → a e yn → b em R, d, d a métrica usual em R (dscomo em II.2.4).
c) Conclua de a) e b) que uma sucessão é convergente emR2, de sse é convergente, para o mesmo limite, emR2, dM.
(4) Mostre que uma sucessão é convergente num espaço métrico munido da métrica discreta (II.2.3) se e só se é constante, a partir de certa ordem.
Resoluções
(1) Uma vez que n1n → 1 e log2 1n → log 2 em R munido da métrica usual, tem-se: dado 0, existem p1, p2 ∈ N tais que ∣ nn1 − 1 ∣ se n ≥ p1 e
∣ log2 1
n − log 2 ∣ para cada n ≥ p2. Então p maxp1, p2 ∈ N verifica a
condição: n p implica
dMnn1, log2 1n, 1, log 2 max∣ nn1 − 1 ∣, ∣ log2 1n − log 2 ∣ . (2) Tem-se n sin 1
n → 1 e e−n → 0 em R para a métrica usual; portanto para cada
0, existem ordens p1, p2 ∈ N tais que n ≥ p1 implica∣ Re zn − 1 ∣
∣ n sin 1
n − 1 ∣ e n ≥ p2implica∣ Imzn ∣ . Para n ≥ p maxp1, p2 é portanto
(3) a) Suponhamos quexn, yn → a, b em R2, de, i.e., para cada 0, existe
p p ∈ N tal que n ≥ p implica dexn, yn, a, b xn− a2 yn − b2 .
Então se n ≥ p tem-se ∣ xn− a ∣≤ dexn, yn, a, b e
∣ yn − b ∣≤ dexn, yn, a, b , o que mostra que xn → a e yn → b em R munido da métrica usual. Reciprocamente, se lim xn a e limyn b, então para cada 0, existem
p1, p2 ∈ N tais que n ≥ p1 implica∣ xn − a ∣
2 e n ≥ p2 implica∣ yn − b ∣
2 ;
com p maxp1, p2, n ≥ p implica dexn, yn, a, b , e limxn, yn a, b em
R2, de, c.q.d.
b) Se xn → a, yn → b em R munido da métrica usual, então para cada 0, existem
p1, p2 ∈ N tais que n ≥ p1 implica∣ xn − a ∣ , n ≥ p2 implica∣ yn− b ∣ ; vem para
n ≥ p maxp1, p2 que ∣ xn − a ∣ e ∣ yn − b ∣ , donde n ≥ p implica
dMxn, yn, a, b max∣ xn − a ∣, ∣ yn − b ∣ , e xn, yn → a, b em R2, dM,
c.q.d.
c) Tem-se limxn, yn a, b em R2, de sse limxn a e limyn b em R munido da
métrica usual, por a); e lim xn a, limyn b sse limxn, yn a, b em R2, dM pela b).
Assimxn, yn converge para a, b em R2, de sse xn, yn converge para a, b em R2, dM.
(4) Sejamxn uma sucessão em E, di, E um conjunto não vazio, a ∈ E. Se existe uma ordem p tal que xn a para cada n ≥ p, tem-se limxn a (II.2.11). Reciprocamente, se lim xn a, então escolhendo 1/2 0 na condição l, deve existir uma ordem
p p1/2 tal que para cada n ≥ p, dixn, a 1/2. Para que xnverifique esta condição, tem de ser xn a, pois se xn ≠ a então dixn, a 1, pela definição da métrica discreta di (II.2.3).
II.2.13 Obsevação SeE, d é um espaço métrico, ≠ A ⊂ E, a função restrição dA da métrica d ao conjunto A A é uma métrica em A.
II.2.14 Definição SejamE, d um espaço métrico, A uma parte não vazia de E. A métrica dA em A, restrição de d a A A, diz-se a métrica induzida pela métrica d em A. O espaço métricoA, dA diz-se um subespaço métrico de E, d.
II.2.15 Observação Uma sucessão num subespaço métrico pode não ser convergente no subespaço, e no entanto ser convergente no espaço métrico: considere-se por exemplo a sucessão xn 1 1nn emQ, d, convergente em R, d para e, onde d é a métrica usual em R.
II.2.16 Definição SejamE, d um espaço métrico, a ∈ E, r 0. Chama-se bola aberta (resp. bola fechada) de centro a e raio r, o conjunto B0a, r x ∈ E : dx, a r
(resp. Ba, r x ∈ E : dx, a ≤ r).
II.2.17 Exemplos
(1) EmR, d, d a métrica usual, Ia, r a − r, a r é, para cada a ∈ R e cada
r 0, a bola aberta B0a, r. Ba, r a − r, a r é a bola fechada correspondente.
(2) No espaço métricoC, em II.2.5 (3), a bola fechada B0, 1 é o quadrado −1, 1 −i, i. A bola aberta correspondente é o quadrado sem os lados.
(3) Se E é um conjunto não vazio, e di é a métrica discreta em E, a ∈ E, tem-se
B0a, 1 x ∈ E : dix, a 1 x ∈ E : dix, a 0 a. Ba, 1 E, pois todo o
x ∈ E verifica a condição dix, a ≤ 1.
II.2.18 Exercícios
(1) Determine a bola aberta e a bola fechada de centro 1
3 e raio 1 no espaço métrico
R, 2d, d a métrica usual (II.2.5 (2) (i)).
(2) a) Prove que as seguintes funções são métricas em Rn, para cada número natural n: (i) dex1, . . . , xn, y1, . . . , yn
∑
kn1 ∣ xk − yk ∣2 1 2;
(ii) dMx1, . . . , xn, y1, . . . , yn max∣ xk− yk ∣: k 1, . . . , n;
(iii) dsx1, . . . , xn, y1, . . . , yn
∑
k1n
∣ xk − yk ∣. (Sug: para (i), utilize a desigualdade de Minkowski).
b) Supondo n 1 na a), determine as métricas induzidas por de, dM e dsem
R 0n−1.
c) Com n 2, esboce no plano cartesiano:
(i) B00, 1, 1 e B0, 1, 1, para as métricas de e dM;
(ii) B0, 0, 1 para cada uma das métricas de, dM, ds.
(3) Sea, b ∈ R2, ≠ W ⊂ R2, põe-sea, b W a, b x, y : x, y ∈ W.
(i) Prove quea, b B00, 0, r B0a, b, r e Ba, b, r a, b B0, 0, r em
R2, de, para cada a, b ∈ R2e cada r 0.
II.2.19 Resoluções (1) B013, 1 x ∈ R : 2 ∣ x − 13 ∣ 1 x ∈ R :∣ x − 13 ∣ 12 x ∈ R : −1 2 x − 1 3 1 2 − 1 6, 5 6. B 1 3, 1 x ∈ R : 2 ∣ x − 1 3 ∣≤ 1 x ∈ R :∣ x − 1 3 ∣≤ 1 2 x ∈ R : −1 2 ≤ x − 1 3 ≤ 1 2 − 1 6, 5 6.
(2) a) (i) (D1) dex1, . . . , xn, y1, . . . , yn
∑
k1n ∣ xk − yk ∣2 12 ≥ 0; e dex1, . . . , xn, x1, . . . , xn
∑
k1 n ∣ xk − xk ∣2 12 ∑
k1 n 0 0. (D2) dex1, . . . , xn, y1, . . . , yn ∑
k1 n ∣ xk − yk ∣2 12 ∑
k1 n ∣ yk − xk ∣2 12 dey 1, . . . , yn, x1, . . . , xn. (D3) dex1, . . . , xn, z1, . . . , zn ∑
kn1 ∣ xk − zk ∣2 1 2 ∑
k21 ∣ xk − yk yk − zk ∣2 1 2 ≤ ∑
k1 n ∣ xk − yk ∣ ∣ yk − zk ∣212 ≤ ∑
kn1 ∣ xk − yk ∣2 12 ∑
k1 n ∣ yk − zk ∣2 12 dex1, . . . , xn, y1, . . . , yn dey1, . . . , yn, z1, . . . , zn.
(D4) dex1, . . . , xn, y1, . . . , yn
∑
k1n
∣ xk − yk ∣2 12 0 implica
∣ xk − yk ∣ 0 k 1, . . . , n e, portanto, x1, . . . , xn y1, . . . , yn.
(ii) (D1) dMx1, . . . , xn, y1, . . . , yn max∣ xk − yk ∣: k 1, . . . , n ≥ 0, e
dMx1, . . . , xn, x1, . . . , xn max∣ xk − xk ∣: k 1, . . . , n max0 0.
(D2) dMx1, . . . , xn, y1, . . . , yn max∣ xk − yk ∣: k 1, . . . , n
max∣ yk − xk ∣: k 1, . . . , n dMy1, . . . , yn, x1, . . . , xn.
(D3) dMx1, . . . , xn, z1, . . . , zn max∣ xk − zk ∣: k 1, . . . , n
max∣ xk − yk yk − zk ∣: k 1, . . . , n ≤ max∣ xk − yk ∣ ∣ yk − zk ∣: k 1, . . . , n ≤
max∣ xk − yk ∣: k 1, . . . , n max∣ yk − zk ∣: k 1, . . . , n
dMx1, . . . , xn, y1, . . . , yn dMy1, . . . , yn, z1, . . . , zn.
(D4) dMx1, . . . , xn, y1, . . . , yn max∣ xk − yk ∣: k 1, . . . , n 0 implica
∣ xk − yk ∣ 0 k 1, . . . , n e x1, . . . , xn y1, . . . , yn. (iii) (D1) dsx1, . . . , xn, y1, . . . , yn
∑
k1 n ∣ xk − yk ∣≥ 0, e dsx1, . . . , xn, x1, . . . , xn ∑
nk1 ∣ xk − xk ∣∑
kn10 0. (D2) dsx1, . . . , xn, y1, . . . yn ∑
k1 n ∣ xk − yk ∣∑
kn1 ∣ yk − xk ∣ dsy1, . . , yn, x1, . . . , xn. (D3) dsx1, . . . , xn, z1, . . . zn ∑
k1 n ∣ xk − zk ∣∑
kn1 ∣ xk − yk yk − zk ∣≤∑
kn1 ∣ xk − yk ∣ ∣ yk − zk ∣∑
kn1 ∣ xk − yk ∣ ∑
kn1 ∣ yk − zk ∣ dsx1, . . . , xn, y1, . . . , yn dsy1, . . . , yn, z1, . . . , zn. (D4) dsx1, . . . , xn, y1, . . . , yn ∑
k1 n∣ xk − yk ∣ 0 implica xk yk para cada k, x1, . . . , xn y1, . . . , yn.
b) R 0n−1 x, 0, . . . , 0 : x ∈ R . As restrições de de, dMe ds a x, 0, . . . , 0 : x ∈ R são a função dx, 0, . . . , 0, y, 0, . . . , 0 ∣ x − y ∣.
(3) (i)a, b B00, 0, r a, b x, y ∈ R2 : x2 y2 r
a x, b y ∈ R2 : a x − a2 b y − b2 r
u, v ∈ R2 : u − a2 v − b2 r B
0a, b, r.
a, b B0, 0, r a, b x, y ∈ R2 : x2 y2 ≤ r
u, v ∈ R2 : u − a2 v − b2 ≤ r Ba, b, r).
(ii) Sim, porque pode substituir-se, no desenvolvimento anterior,
dex, y, 0, 0 x2 y2, dea x, b y, a, b a x − a2 b y − b2,
deu, v, a, b u − a2 v − b2 por dMx, y, 0, 0 max∣ x ∣, ∣ y ∣,
dMa x, b y, a, b max∣ a x − a ∣, ∣ b y − b ∣ e
dMu, v, a, b max∣ u − a ∣, ∣ b − v ∣; ou analogamente pela métrica ds, que
também verifica a propriedade dsa x, b y, a, b dsx, y, 0, 0 e, mais geralmente, dsa, b, c, d dsa, b x, y, c, d x, y para cada
a, b, c, d, x, y ∈ R2.
II.2.20 Teorema SejamE, d um espaço métrico, A, dA um subespaço métrico de E, d. Se a ∈ A, r 0 tem-se: a bola aberta B0,Aa, r em A, dA é a intersecção
B0,Aa, r B0a, r ∩ A. Para a bola fechada, BAa, r Ba, r ∩ A.
Dem Tem-se B0,Aa, r x ∈ A : dAx, a r
x ∈ A : dx, a r B0a, r ∩ A. Analogamente para a bola fechada.
II.2.21 Exercícios
(1) Determine BA0, 0, 2 em R2, ds (II.2.18), A x, y ∈ R2 : x 0. (2) Determine B0,A1, 1 em R, d, d a métrica usual, A 1/n : n ∈ N.
II.2.22 Resoluções
(1) BA0, 0, 2 x, y ∈ R2 : x 0, x − 2 ≤ y ≤ 2 − x.
(2) B0,A1, 1 A.
II.2.23 Obsevação A condiçãol em II.2.8 pode escrever-se, em linguagem lógica l′ xn → a ≡ ∀ 0, ∃p p ∈ N, n ≥ p xn ∈ B
0a, .
II.2.24 Teorema Se xn → a no espaço métrico E, d e xnk é uma subsucessão de
xn, então xnk → a.
Dem. Pois com p p na condição l, tem-se nk ≥ k e portanto dxnk, a para
todo o k ≥ p.
II.2.25 Observação Se o ponto a não é limite de nenhuma subsucessão da sucessão xn, então existe 0 tal que para certo p ∈ N se tem dxn, a , se n ≥ p. Com efeito, se esta condição não se verifica, temos pela sua negação, em linguagem lógica:
Seja então, para 1, n1 o menor número natural n tal que dxn, a 1, dxn1, a 1;
seguidamente, para 1/2, seja n2o menor número natural n maior que n1 tal que
dxn, a 1/2, dxn2, a 1/2. Repetindo o processo, obtemos uma sucessão estritamente
crescente nk1 nk . . . n2 n1 tal que dxnk, a 1/k. xnk é então uma subsucessão de
xn tal que 0 ≤ dxnk, a 1/k, donde dxnk, a → 0 k → , e assim limxnk a, contra a
hipótese admitida.
II.2.26 Definição SejamE, d um espaço métrico, A ⊂ E. O diâmetro de A é o númeroA positivo, nulo, ou dado por A supdx, y : x, y ∈ A. Põe-se
0.
II.2.27 Exemplos (1) Em qualquer espaço métrico, o diâmetro de um conjunto não vazio é zero se e só se o conjunto se reduz a um ponto.
(2) O conjunto N ⊂ 0, tem diâmetro N em 0, , d0,, d0, a
métrica induzida pela métrica usual d de R;N 1 em 0, para a métrica
x, y ∣ 1
x − 1y ∣.
(3) EmR, d d a métrica usual, a, b a, b a, b b − a se a b.
II.2.28 Exercícios
(1) DetermineB0, 0, r em R2, para cada uma das métricas de, dMe ds em II.2.18 (2).
(2) Verifique queB0a, 1 Ba, 1 em R, di, di a métrica discreta, e
B0a, r Ba, r para a métrica usual de R, a ∈ R, r 0.
(3) Mostre que em qualquer espaço métrico, se A ⊂ B então A ≤ B.
II.2.29 Resoluções
(1) Tem-se de−1, 0, 1, 0 −1 − 12 0, 02 4 2. Para quaisquer dois
pontosx1, y1, x2, y2 tais que x21 y12 ≤ 1, x22 y22 ≤ 1, verifica-se
dex1, y1, x2, y2 ≤ dex1, y1, 0, 0 de0, 0, x2, y2 ≤ 2. Portanto
B0, 0, 1 2 em R2, de. Analogamente se conclui que B0, 0, 1 2 em R2, dM e
emR2, ds.
(2) EmR, di tem-se B0a, 1 a 0. Como Ba, 1 R tem-se
Ba. , 1 sup∣ x − y ∣: x, y ∈ R . Em R, d, d a métrica usual, tem-se B0a, r a − r, a r a r − a − r 2r; também
Ba, r a − r, a r 2r.
(3) Se A ⊂ B então dx, y : x, y ∈ A ⊂ dx, y : x, y ∈ B e portanto
A supdx, y : x, y ∈ A ≤ supdx, y : x, y ∈ B B, uma vez que quando o
conjunto dos valores da variável aumenta, o supremo permanece ou aumenta.
II.2.30 Definição SeE, d é um espaço métrico, A, B são subconjuntos não vazios de
E, a distância entre A e B é o número não negativo dA, B infdx, y : x ∈ A, y ∈ B. Se A a, a ∈ E põe-se da, B da, B.