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3. Matriz normativa contratual brasileira

3.3. Apresentação de resultados – gerais e temáticos

3.3.1. O Conselho de Administração e seus conselheiros

3.3.1.3. Exigências para ser conselheiro

Lei nº 6.404/76

Art. 147, § 3o O conselheiro deve ter reputação ilibada [...] Instrução CVM 480

Não possui esta informação. Regulamento de

segmentos de listagem

NÍVEL 1: Não possui esta informação. NÍVEL 2: Não possui esta informação.

NOVO MERCADO: Não possui esta informação. Código das

melhores Práticas do IBGC

2.2.2 Qualificação do conselheiro de administração. Práticas: a) Entre as características e competências requeridas dos conselheiros estão: i. alinhamento e comprometimento com os princípios, valores e código de conduta da organização; ii. visão estratégica; iii. disposição para defender seu ponto de vista a partir de julgamento próprio; iv. capacidade de comunicação; v. disponibilidade de tempo (vide 2.7); vi. capacidade de trabalhar em equipe; vii. conhecimento das melhores práticas de governança corporativa; viii. capacidade de interpretar relatórios gerenciais, contábeis e financeiros e não financeiros; ix. conhecimento sobre a legislação societária e a regulação; x. conhecimentos sobre gerenciamento de riscos. b) O conselheiro deve estar isento de conflito de interesse fundamental (não administrável, não pontual ou situacional, que seja, ou espera-se que seja, permanente) e constantemente atento aos assuntos da organização. Deve dispor de capacidade de atuar proativamente, visando a tomar decisões informadas e conscientes, além de entender que seus deveres e responsabilidades são abrangentes e não restritos às reuniões do conselho. c) Preenchidos esses requisitos, a idade torna-se um fator de peso relativo. A

108 SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da. Governança corporativa no Brasil e no mundo: teoria e prática. 2. ed.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p. 153.

efetiva contribuição do conselheiro para o conselho, a organização e os sócios é o que deve prevalecer.

Buscamos na Lei nº 6.404/76 critérios (qualificação e pré-requisito) para que um

indivíduo possa ser conselheiro de uma companhia. A única prescrição é de que “o

conselheiro deve ter reputação ilibada”. Não há informação a respeito na Instrução CVM

e nos regulamentos de listagem enquanto que o Código do IBGC recomenda quais devem

ser as qualificações de um conselheiro.

Dos 30 estatutos analisados, 15

110

estabelecem critérios.

Todos os estatutos, utilizam como critério único a “reputação ilibada”, previsto no artigo

147, § 3° da Lei nº 6.404/76, com exceção de Duratex, Petrobras, Sabesp e Souza Cruz

que prescrevem o seguinte:

Duratex:

14. Tanto para o conselheiro titular como para o suplente, a

indicação para integrar o Conselho de Administração deverá

recair sobre pessoas (i) que não tenham completado 70 (setenta)

anos na data de sua eleição para integrar o Conselho de

Administração (o conselheiro que completar 70 (setenta) anos

durante o termo de seu mandato poderá completá-lo); e (ii) de

reconhecida e comprovada experiência, competência e condição

para as exigências da função de conselheiro.

Petrobras:

Art. 22, § 3° Antes de tomar posse, e ao deixar o cargo, os

membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva

apresentarão declaração de bens, que será arquivada na

companhia. Apenas a Petrobras faz esta exigência em seu

estatuto.

Sabesp:

ARTIGO 22 Os membros dos órgãos estatutários deverão

comprovar, mediante a apresentação de curriculum ao Conselho

de Defesa dos Capitais do Estado – CODEC, que possuem

capacidade profissional, técnica ou administrativa, experiência

compatível com o cargo, idoneidade moral e reputação ilibada.

110 Estabelecem critério para ser conselheiro: Ambev, Cetip, Cielo, Duratex, Ecorodovias, Embraer, Gol, Localiza, Lojas Renner, Marfrig, Natura, Petrobras, Sabesp, Souza Cruz e Usiminas.

A Souza Cruz no Artigo 10 exige que, além de reputação ilibada, o indivíduo deve ter larga

experiência profissional.

No que concerne aos regimentos internos, 5 companhias das 20 pesquisadas

estabelecem critérios para ser conselheiro

111

. A Rumo exige apenas o requisito de

reputação ilibada. As 4 restantes possuem informações detalhadas (claras/ou de forma

indireta) de critérios para assumir/permanecer no cargo:

Bradesco:

Art. 5° São requisitos para o exercício do cargo de Conselheiro: a)

ter reputação ilibada; [...] d) não ter restrições cadastrais; e) ter

vida financeira equilibrada; f) não ter participado de sociedade

concordatária ou falida; e g) não ocupar cargos em sociedades

que possam ser consideradas concorrentes no mercado, em

especial, em conselhos consultivos, de administração ou fiscal,

ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse, a

critério do Conselho.

Duratex:

6.2 Na primeira reunião que seguir o ato de sua eleição, o

Conselheiro eleito deverá informar aos membros do Conselho: (i)

as principais atividades que desenvolva externas à Companhia, (ii)

participação em conselhos de outras empresas, observado o

limite disposto no item 6.2.1; e (iii) o relacionamento comercial

com as sociedades controladas, direta ou indiretamente, (i) pela

Companhia ou (ii) pelo Grupo Controlador da Companhia,

inclusive se prestam serviços a essas empresas. Essas

informações deverão ser prestadas anualmente e sempre que

houver um novo evento que enseje a atualização desse tipo de

informação. 6.2.1. Os Conselheiros somente poderão participar

de, no máximo, 4 (quatro) conselhos de administração de

empresas que não pertençam a um mesmo conglomerado

econômico. Para fins deste limite, não será considerado o

exercício desta função em entidades filantrópicas, clubes ou

associações. Referido limite poderá ser ultrapassado mediante

aprovação expressa do Conselho. 6.3. Se o membro do Conselho

ou empresa por ele controlada ou gerida vier a contratar

operação com a Companhia ou com as sociedades controladas,

direta ou indiretamente, (i) pela Companhia ou (ii) pelo Grupo

Controlador da Companhia, as seguintes regras devem ser

observadas: (i) a operação deve ser feita em condições de

mercado; (ii) quando não se tratar de operação ou de prestação

de serviços cotidianos, deverá ser elaborado laudo emitido por

empresa de primeira linha comprovando que a operação ou

prestação de serviço foi realizada em condições de mercado; (iii)

a operação deve ser informada ao Conselho; e (iv) a operação

deve ser conduzida pelos canais habitualmente competentes na

hierarquia da Companhia.

Ecorodovias:

6 Introdução de novos conselheiros - Os novos conselheiros da

EcoRodovias participarão de um programa de introdução de

novos conselheiros visando a familiarizá-los com o

funcionamento e pessoas-chave da EcoRodovias. Este programa

consistirá da realização das seguintes atividades: 1. Realização de

reuniões individuais com todos os:– Diretores da EcoRodovias;–

Superintendentes das Unidades de Negócio; Além de servirem

para apresentação pessoal das pessoas-chave da organização,

essas reuniões deverão abordar, entre outros, os seguintes

temas: estratégia da companhia, iniciativas em curso, estrutura

organizacional e metas dos negócios;

Oi:

13. Não poderão ser eleitos para o CA aqueles que (i) ocupem

cargos em sociedades que possam ser consideradas concorrentes

no mercado, em especial, em conselhos consultivo, de

administração ou fiscal; ou (ii) tenham interesse conflitante com

a Companhia ou suas controladas. 14. Os Conselheiros (efetivos

e suplentes) serão investidos nos respectivos cargos mediante a

apresentação dos seguintes documentos: 15. Cópia autenticada

da carteira de identidade; 16. Cópia autenticada do documento

de inscrição do CPF; 17. Termo de Posse, lavrado no livro de Atas

de Reuniões do CA, no qual deverá constar declaração de que: a.

não está impedido por lei especial, ou condenado por crime

falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão,

peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a

propriedade ou a pena criminal que vede, ainda que

temporariamente, o acesso a cargos públicos, como previsto no

§ 1° do art. 147 da Lei n° 6.404/76; b. não está condenado a pena

de suspensão ou inabilitação temporária aplicada pela Comissão

de Valores Mobiliários (“CVM”), que o torne inelegível para os

cargos de administração de companhia aberta, como

estabelecido no § 2° do art. 147 da Lei n° 6.404/76; c. atende ao

requisito de reputação ilibada, como estabelecido pelo § 3° do

art. 147 da Lei n° 6.404/76; d. não está impedido de exercer

comércio ou administração de sociedade mercantil, em virtude

de condenação criminal; e, e. não ocupa cargo em sociedade que

possa ser considerada concorrente direta da Companhia e de

suas controladas, e não tem, nem representa, interesse

conflitante com o da Companhia, na forma dos incisos I e II do §

3º do art. 147 da Lei nº 6.404/76. 18. Termo de anuência dos

administradores a que se refere o regulamento de práticas

diferenciadas de governança corporativa da Bolsa de Valores de

São Paulo (“BOVESPA”); 19. Termo de adesão ao Código de

Conduta e Código de Ética de emissão da Companhia. 20. Os

Conselheiros deverão comunicar à Companhia a quantidade, as

características e a forma de aquisição dos valores mobiliários de

sua titularidade (bem como a alteração de suas posições) de

emissão da Companhia e de controladas ou controladoras, que

sejam companhias abertas, ou a eles referenciados, a fim de que

seja comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) e

demais órgãos competentes de acordo com os processos

internos para divulgação de informações relevantes. 21. A

comunicação mencionada no item acima deverá ser feita

imediatamente após a investidura no cargo e no prazo máximo

de 5 (cinco) dias após a realização de cada negócio.