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A Expansão da mancha urbana na Ride da Grande Teresina sofreu influência da inserção

Mapa 6 Sobreposição das manchas urbanas nos anos de 1999, 2009 e 2018 na Ride da Grande

3.2 A Expansão da mancha urbana na Ride da Grande Teresina sofreu influência da inserção

A urbanização pode ser interpretada como um processo contínuo de transformação, bem como de constantes redefinições que podem ter o território como ponto de partida. Nesse contexto, merece ser analisada a expansão territorial urbana.

9 Nessa perspectiva, nesse subtópico será realizada uma análise da expansão urbana na Ride da Grande Teresina, a partir da identificação da localização dos conjuntos habitacionais do PMCMV e verificando se essa política pública habitacional apresenta correlação espacial com a expansão urbana ocorrida nas últimas décadas, o que permite apontar que é um processo mutuamente influente.

A relação entre expansão urbana e movimento pendular pode ser expressa a partir da dinâmica ocasionada pelo deslocamento intra-regional dos indivíduos que migram dos municípios polos para residir nos municípios do entorno desse polo. Isso deve, pela facilidade atualmente de deslocamento da população e sua mobilidade diante da região, possibilitando direta e/ou indiretamente na expansão urbana. Moura e Pêgo (2016, p. 57), afirmam que:

Configurações do modelo de cidade compacta estariam cedendo espaço a um modelo de cidade mais disperso, que se conecta por meio de redes viárias. O movimento de expansão urbana nos padrões descritos, incorpora, de forma tentacular, centralidades e aglomerações em proximidade, com relações de complementaridade funcional, produção e consumo com a centralidade principal, facilitadas por uma crescente mobilidade de pessoas e mercadorias e toda uma ordem de fluxos materiais e imateriais.

A pesquisa em questão pretende analisar a expansão urbana ocorrida nas cidades do aglomerado urbano na Ride da Grande Teresina, a partir da análise de imagens orbitais, e da produção de mapas que representam as manchas urbanas dos anos pesquisados, e por fim, como produto final será apresentado um mapa de sobreposição das três manchas e a expansão que ocorreu nesses anos.

Parftt (2017) considera a expansão urbana como a modificação que ocorre na cidade devido a influência das relações de mercado que resultam na ampliação da produção do espaço urbano. No entanto, quando se trata da política habitacional do PMCMV, remete-se a participação do Estado como um agente social, que a partir de estratégias com outros agentes influenciou nessa expansão urbana na Ride da Grande Teresina.

Nessa perspectiva, existe o intuito realçar as manchas urbanas existentes em cada ano a partir dos critérios estabelecidos para a análise da expansão. Posteriormente compara-las, e por fim relacionar a localização dos conjuntos habitacionais e sua possível influência com a expansão da mancha urbana dos municípios pertencentes a Ride da Grande Teresina, durante os anos de 1999, 2009 e 2018.

Para o recorte da análise temporal, utilizou-se os critérios seguintes: o ano de 1999, no qual, remete a uma década anterior ao início do PMCMV, o ano de 2009 que se refere ao ano de início da política pública habitacional do Programa Minha Casa, Minha Vida, e por fim o ano 2018 que representa o atual momento da pesquisa.

Na Ride da Grande Teresina, diferentes dinâmicas ocorreram ao longo dos anos e, a partir disso é importante verificar as alterações ocorridas nas formas urbanas com o intuito de se fazer comparações a respeito do crescimento do tecido urbano dos municípios.

Na figura 6 a seguir, é possível visualizar a forma da mancha nos anos de 1999, 2009 e 201910, separadamente. Verifica-se que alguns municípios de porte menor não tiveram

modificações identificáveis na forma urbana a partir da escala de trabalho escolhida11. Verifica- se também que cada município tem um ritmo de expansão da mancha, e para isso deve-se as escalas distintas de urbanização a qual cada um possuí.

O ano de 1999 se remete a dez anos antes da criação do PMCMV, e mais precisamente as últimas produções habitacionais produzidas pela COHAB/PI, no qual já possuía um legado de estado da arte da política habitacional anterior, no caso o BNH. Nessa década a forma urbana era menos dispersa, de modo que o município núcleo (Teresina) apresentava 106,4 km² e foi o mais expressivo diante dos demais, com um diferencial, a sua mancha urbana já sinalizava uma possível situação de transbordamento para o seu município mais próximo, no caso Timon.

Como forma de demonstrar esse crescimento, utilizou-se de técnicas de geoprocessamento que possibilitam utilizar de ferramentas para medição dos limites municipais e com isso comparar esse crescimento temporalmente. Deste modo, foi elaborada uma tabela que apresenta os km² dos três marcos e o seu percentual de crescimento (Tabela 21).

De acordo com a mapa 5 e com a tabela 21 a seguir, nos dez anos entre 1999 e 2009 o município de Teresina apontou um crescimento urbano mais considerável: em 1999 demonstrava uma mancha urbana de 106,04 km² e já em 2009 apresentava 151,79 km², representando assim uma expansão nesse período de tempo de 43,1%.

10 Para o ano de 1999 e 2009 foi utilizado imagens de satélite Landsat 5 com resolução espacial de 30 metros, e para o ano de 2018 foi utilizado as imagens do satélite Landsat 8 com resolução espacial de 15 metros, derivado do processo de pan- sharpening: por meio deste processo é possível utilizar a imagem multiespectral para colorir a pancromática, realizando assim a fusão das camadas.

Quando se analisa os municípios do entorno, nota-se um pequeno ou quase nenhum crescimento da mancha urbana. No entanto, o município de Timon apontou um pequeno crescimento comparado aos demais, quando o município 1999 obtinha 21,25 km² de área urbana e quando se compara no intervalo e analisa-se dez anos depois, verifica-se que em 2009 ele apresenta um acréscimo de 12,7% referente a sua área urbana naquele ano de 23,95 km², Como pode ser visto na tabela 21.

Tabela 21 - Ride da Grande Teresina – Crescimento da mancha urbana (1999, 2009 e 2018)

Municípios Km² Percentual de Crescimento

1999 2009 2018 1999-2009 (%) 2009-2018 (%) Teresina 106,04 151,79 183,57 43,1 20,9 Timon 21,25 23,95 36,99 12,7 54,4 Altos 7,21 7,59 11,64 5,3 53,4 Demerval Lobão 6,16 6,16 7,26 0 17,9 José De Freitas 5,26 5,39 10,34 2,5 91,8 União 4,34 4,89 7,09 12,7 45 Monsenhor Gil 1,35 2,55 2,95 88,9 15,7 Beneditinos 1,32 1,32 1,32 0 0 Lagoa Alegre 0,89 1,1 3,01 23,6 173,6 Curralinhos 0,48 0,57 0,98 18,8 71,9 Coivaras 0,44 0,78 0,88 77,3 12,8 Lagoa Do Piauí 0,25 0,38 1,24 52 226,3 Miguel Leão 0,03 0,16 0,23 433,3 43,8 Nazária - 1,19 1,97 - 65,5

Pau D'arco Do Piauí - - - - -

Notas: (1) Nazária foi emancipado como município apenas em 2009. (2) Pau D'Arco do Piauí não foi visualmente identificada na resolução espacial das imagens orbitais adotadas.

Nota-se que a hipótese observada na imagem do ano de 1999 referente aos municípios de Teresina e Timon já se apontava um nível de conurbação entre estes municípios. Com o passar dos anos a urbanização foi se intensificando e gerando dinâmicas que impulsionaram esse fenômeno, no qual, mesmo com alguns obstáculos naturais como corpo d’água (rio Parnaíba) que marca a divisa entre os estados de Piauí e Maranhão não foi um empecilho para esse forte troca de relação entre os municípios. Ocorreu investimentos, como infraestruturas técnicas que somaram nas facilidades nessa integração, como é o caso da construção das pontes que interligam os municípios de Teresina e Timon, que segundo o Jornal 180 graus (2012) a mais antiga construída em 1938 nomeada de Ponte João Luís Ferreira mais conhecida como “Ponte Metálica ou Ponte Velha”, e a ponte mais nova referente ao ano de 1972 recebeu o nome

9 de Ponte Engenheiro Antônio Noronha, conhecida como (Ponte Nova), que consequentemente também impulsionou a melhoria e facilidades no uso dos transportes. Fortemente ampliado pelo processo de urbanização, os dois municípios foram cada vez fortificando sua relação de integração.

Pode-se confirmar a explicação desse crescimento e da conurbação, pelo fato da proximidade entre os dois municípios, e a facilidade de mobilidade visto no subtópico anterior que trata do movimento pendular, apresentando resultados que possivelmente propiciam crescimento da mancha urbana de Timon, quando comparado aos demais municípios do entorno do núcleo.

O ano de 2009 marca o início da política habitacional do PMCMV, sendo assim possível a partir desse marco temporal analisar a localização dos conjuntos habitacionais e responder se esse fator foi um dos motivos capazes de impulsionar para a expansão urbana na Ride da Grande Teresina. Para uma melhor visualização do fenômeno, analisa-se a figura 7 como resultado a respeito sobreposição da mancha nos três anos referentes a pesquisa, e a localização dos conjuntos habitacionais, com o propósito de responder a hipótese sugerida na pesquisa.

Conforme dados disponibilizados pelo Ministérios das Cidades (2018), o município de Timon se apresenta em segunda posição logo após Teresina, com relação à maior número de investimentos em unidades habitacionais contratadas do PMCMV entre os anos de lançamento do programa (2009) até o ano de 2018.

Isso pode responder o fator do processo de conurbação, ao minimamente ter funcionado como estímulo. É válido supor que o município de Timon esteja funcionando como uma opção de moradia para uma população que procura melhores localizações, com melhores preços e facilidade na mobilidade, tendo em vista, que somente o rio Parnaíba separa esses dois municípios, apresentando assim, uma pequena distância entre eles. Portanto, pressupõe-se que o mercado imobiliário visualizando essas circunstâncias, estejam viabilizando e gerando investimento no município de Timon, e assim, aumentando a produção imobiliária no município.

Fazendo uma leitura acerca do ano de 2009 a 2018 com relação à expansão da mancha, o município núcleo apresentou novamente a maior representatividade no crescimento, em valor absoluto no ano de 1999, Teresina apontava 106,04 km², e já em 2009 um total de 151,79Km², isso refere a um percentual de crescimento de 43,1%, resultando um total de área urbana em

2018 de 183,57 km², que representa um comparativa de crescimento de 20,9 km² quando comparado entre os anos de 2009 a 2018.

Observando o crescimento já entre os municípios do entorno (exceto Timon), identifica- se uma menor proporção de número na construção dos conjuntos habitacionais, e os que existem estão distribuídos nas franjas urbanas ou inseridos em áreas rurais. De toda forma, visualiza-se através do mapa 6, que os municípios de: União, José de Freitas, Altos, Coivaras, Demerval Lobão, Beneditinos, Miguel Leão e Curralinhos, possuem conjuntos habitacionais inseridos nas suas franjas urbanas, facilmente identificáveis nas manchas urbanas dos anos referente a pesquisa.

Diante disso, fica confirmada a hipótese de que esses conjuntos induziram a expansão urbana desses munícipios de portes menores, mesmo quando esses apresentam-se com um grau menor de urbanização, quando comparado aos municípios que receberam maior investimento da política habitacional, no caso, os municípios de Teresina e Timon.

O município de Timon novamente aparece como destaque diante dos municípios do entorno, seu crescimento foi o mais representativo diante do contexto de expansão urbana. Em 2009 sua área urbana era de 23,95 km² e já em 2018 ocorreu uma evolução para 36,99 km², que representa um percentual de crescimento de 54,4 %. Diante do exposto anteriormente, os dados demonstram a realidade e a dinâmica existente entre esse município e o município núcleo da Ride da Grande Teresina, onde suas características em vários fenômenos urbanos se complementam.

Dentre a análise do período de início do PMCMV, ocorreu uma produção em massa de 32.002 unidades habitacionais que resultaram em transformações socioespaciais e dinâmicas ocasionadas por diversos fatores como a segregação, e a privação do direito a cidade por parte do acesso a infraestruturas e serviços urbanos. Entretanto, além dessas questões, foram identificadas outras consequências a partir da inserção de tais conjuntos habitacionais, como é o caso do fenômeno da “expansão urbana”, elemento esse gerador de motivação da problemática dessa proposta dessa pesquisa.

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Com base nos municípios que compõem a Ride da Grande Teresina, apenas dois apresentaram um resultado mais expressivo com relação a expansão da mancha urbana, e são os mesmos que demonstraram dados parecidos ao longo da pesquisa. No caso, os munícipios em questão são: Teresina (núcleo) e o município de Timon. Dessa forma, como já relatado anteriormente, esses dois municípios foram os que receberam o maior número de conjuntos habitacionais, e com isso também foram os que apresentaram maior expansão urbana.

Ao se analisar as manchas urbanas e os pontos de localização dos conjuntos no decorrer dos anos, é notável como esses conjuntos habitacionais do PMCMC localizados nas franjas urbanas funcionam/funcionavam como uma força de atração para a expansão urbana em sua direção. Tais resultados causaram um crescimento expressivo e uma configuração espacial mais forte de conurbação resultante desse processo de urbanização.

Pode-se afirmar que os conjuntos habitacionais da faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, participaram da influência na expansão da mancha urbana que vem ocorrendo na Ride da Grande Teresina, desde seu período de criação no ano de 2009 até o presente momento.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de expansão de urbana, é um fenômeno resultante de uma série de acontecimentos que ocorre diariamente nas cidades do mundo. Pode-se pensar nesse processo como um resultado derivado da ação de agentes responsáveis pela produção do espaço urbano que ocasionam diariamente a produção e a reprodução das cidades.

Desse modo, a pesquisa destinou-se a analisar a expansão urbana a partir da localização dos conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, por considerar que suas localizações estariam ocasionando o espraiamento urbano nas cidades da Ride da Grande Teresina, já que, as mesmas se encontravam nas franjas urbanas. Para isso, foi necessário pesquisar, conhecer e se aprofundar acerca da região da Ride da Grande Teresina, região essa ainda pouco explorada diante de sua institucionalidade e realidade atual.

Com isso, as análises a partir dos levantamentos realizados, considerou-se que a Ride da Grande Teresina, embora tenha sua criação com base no interesse de promoção de seu desenvolvimento regional e diminuição da desigualdade, ainda possui um déficit considerável acerca de elementos que propiciem melhores resultados, diante de seu contexto regional.

Essa região, apresenta-se como um poder centralizador diante de diversos âmbitos, sendo necessário ampliar e descentralizar mais os serviços, para que assim possa resultar fielmente a um caminho de desenvolvimento, de forma que contemple todos os municípios que compõem a Ride da Grande Teresina.

Quando se analisa o contexto econômico e social, os municípios do entorno do núcleo ainda apresentam resultados pouco expressivos quando se comparados ao município núcleo, no caso, o município de Teresina, e até mesmo o município de Timon. Retomando esse último município que, embora pertença ao estado do Maranhão, apresenta resultados mais próximos aos de Teresina, podendo deduzir-se esses resultados pelo fator espacial de aproximação entre os mesmos. Gerando assim, um forte poder de relação e influência entre eles.

Os resultados da pesquisa apontam que a Ride da Grande Teresina necessita utilizar mais de sua prerrogativa de criação quando se trata de privilégios acerca do recebimento de recursos, criando e possibilitando também melhores articulações entre os entes federados que compõem seu conselho gestor, e os atores responsáveis pela execuções de ações, no intuito de promover um melhor desempenho e diminuição das desigualdades diante do seu contexto urbano e regional.

Essa realidade, diante da perspectiva da produção do espaço urbano a luz do Programa Minha Casa, Minha Vida, apresentou apontamentos característicos que demonstram resultados

relacionados como os citados anteriormente. Quando se visualiza essa política habitacional da região da Ride da Grande Teresina, entre os anos de 1999 e 2018 é perceptível sua contribuição diante da transformação das formas urbanas resultantes a partir da inserção dos conjuntos habitacionais da faixa 1.

A articulação do setor privado e setor público, agentes que juntos resultam o PMCMV apresentaram diferentes nuances no contexto regional da Ride da Grande Teresina. As faixas 2 e 3 demonstraram estarem presente em grande parte dos municípios. Segundo os dados do Ministério das Cidades (2018), dos quinze municípios, treze deles possuem os conjuntos habitacionais da faixa 2, enquanto, da faixa 3 nove dos quinze municípios possuem conjuntos habitacionais dessa faixa. A cada aumento da faixa referente ao valor da renda, vai diminuindo o número de unidades contratadas pelos municípios do entorno do núcleo.

No entanto, Teresina e Timon demonstram como os dois municípios que mais receberam investimentos para a construção de conjunto habitacionais referentes a essa faixa de renda. Retratando assim, o interesse maior do mercado em promover construções nos municípios que apresentam melhores características de infraestrutura e mais bem equipadas de serviços. Gerando assim maiores possibilidades do setor privado em extrair uma acumulação do capital, utilizando-se da articulação do Estado para promover tais investimentos que consequentemente valorizando o espaço urbano, e assim resultando uma maior renda da terra.

Contrapondo os estudos realizados por Rufino (2015), na Ride da Grande Teresina grande parte da produção do PMCMV da faixa 1 estão localizados justamente no município núcleo. O município de Teresina apresenta o número de 20.123 unidades contratadas, enquanto o município de Timon, vizinho ao núcleo apontou 7.464 unidades contratadas. Enquanto, os municípios do entorno do núcleo apresentaram um total de 4.415 unidades contratadas. Demonstrando que, grande parte da escala da produção foram direcionadas para o município núcleo.

E diante dessa produção, os conjuntos habitacionais da faixa 1, se encontram inseridos justamente nas faixas urbanas dos municípios. Todos apresentam as mesmas características resultantes da inserção dos conjuntos diante da realidade já abordada por estudos que tratam acerca do assunto, em outras realidades brasileiras.

Como o ponto de partida de interesse dessa pesquisa que se destinou em compreender o fenômeno de expansão urbana na Ride da Grande Teresina entre os anos de 1999, 2009 e 2018, considerando a análise da localização dos conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, faixa 1, foi necessário realizar tais reflexões.

9 Dentre esses resultados, demonstra-se um fenômeno singular diante do contexto regional, conforme já abordado anteriormente em resultados apresentados, dois municípios se apresentaram como elementos principais diante do contexto da Ride. E se tratando da questão da expansão urbana não foi diferente.

Como uma possível forma de complementar essa expansão urbana, como também de compreender a dinâmica da Ride da Grande Teresina, incrementou-se na pesquisa, dados de movimentos pendulares que se remetem a análise da dicotomia entre o local de moradia e o local de estudo ou trabalho em outro município, que de certo modo também influencia no processo de expansão urbana, devido a facilidade no deslocamento no aglomerado.

Nesse quesito, os resultados apontam tanto no ano de 2000 como em 2010, como o município núcleo grande provedor de atração diante dos municípios do seu entorno, seja na modalidade estudo ou trabalho. E que diante dos dados, todos os municípios da Ride da Grande Teresina realizam o movimento pendular em direção ao núcleo, por questões do município apresentam uma maior oferta de serviços e de infraestruturas. Os resultados demonstraram uma grande dependência dos municípios do entorno com relação a Teresina, no entanto, no censo de 2010 sinaliza uma pequena desconcentração diante dos próprios municípios do entorno, e até mesmo do número de pessoas que saem de Teresina com destino aos municípios de seu entorno por questões de estudo e/ou trabalho.

Os movimentos pendulares, resultaram em uma resposta diante da dinâmica regional da Ride da Grande Teresina, a partir do que também foi apontado na pesquisa. Que na leitura desses movimentos, Teresina e Timon mais uma vez mostraram sua forte relação de troca diante da força de fluxos que acontece entre si. E que no qual, o IBGE conceitua de arranjo populacional.

O município de Teresina e o município de Timon demonstram visivelmente o seu processo de conurbação, e seu crescimento diante dos anos. Gerando uma reflexão de que o município do estado do Maranhão estaria funcionando como um reflexo do transbordamento da cidade de Teresina. Partindo do pressuposto de que o mercado imobiliário com interesse no município devido a forte relação com o município de Teresina, poderia lhe ofertar benefícios