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A Ride da Grande Teresina, depois de legalmente constituída, ganhou alguns privilégios na arrecadação de investimentos por parte dos fundos públicos como estratégia para resolução dos problemas de interesses em comum. Dentre esses recursos destinados, acontece a abrangência de uma série de serviços públicos e infraestruturas que propiciem um desenvolvimento regional de forma igualitária nesse aglomerado urbano. Isso permitiu mais ações administrativas que propiciem e dinamizem a economia e a provisão de infraestruturas consideradas necessárias para o desenvolvimento integrado da região (BRASIL, 2011). Os serviços considerados segundo Brasil (2002), levando em consideração o Decreto n° 4.367 são os seguintes:

I – infra–estrutura; II – geração de empregos e capacitação profissional; III – saneamento básico, em especial o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de esgoto e o serviço de limpeza pública; IV – uso, parcelamento e ocupação do solo; V – transportes e sistema viário; VI – proteção ao meio ambiente e controle da poluição ambiental; VII – aproveitamento de recursos hídricos e minerais; VIII - saúde e assistência social; IX – educação e cultura; X – produção agropecuária e abastecimento alimentar; XI – habitação popular; XII – combate às causas de pobreza e aos fatores de marginalização; XIII – serviços de telecomunicação; XIX – turismo; e XV – segurança pública.

1.2 Modelo de gestão na Ride da Grande Teresina

A mesma lei n° 112, de 19 de setembro de 2001, que autoriza o poder executivo a criação da Ride da Grande Teresina, propõe também no em seu artigo 2º a criação de Conselho Administrativo que será responsável por administrar as ações a serem realizadas na Região Integradas de Desenvolvimento da Grande Teresina. No parágrafo único do mesmo artigo 2° se trata de “As atribuições e a composição do Conselho Administrativo de que trata este artigo serão definidas em regulamento, dele participando representantes dos Estados do Piauí, do Maranhão e dos Municípios abrangidos pela Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina”. Na mesma Lei complementar n° 112, de 19 de setembro de 2001, no artigo 3° retrata a questão dos serviços em comum que de relevância para toda a Ride da Grande Teresina, e interesse em comum entre os entes federados tais como: infraestrutura, prestação de serviços e de geração de empregos (BRASIL, 2001).

Decorrente logo após a regulamentação dessa Lei Complementar, foi definitivamente criada a proposta da Ride da Grande Teresina e todas suas atribuições definidas em quanto projeto de Lei. No qual, é estabelecido no artigo 2° a sua criação com base no Decreto n° 4.367, de 9 de setembro de 2002, que segundo Brasil (2002) “Fica criado, na estrutura do Ministério

9 de Integração Nacional, o Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina – COARIDE Teresina, com a finalidade de coordenar as atividades a serem desenvolvidas na Região Integrada”.

Embora a Ride da Grande Teresina tenha sido criada em 2002, observa-se que somente após anos ocorreu a iniciativa da instalação do COARIDE a partir da ida do representante do Ministério das Cidades, como afirma a Prefeitura Municipal de Teresina:

O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, chega amanhã (17–05-2013) a Teresina para instalar o Conselho Administrativo da Região da Grande Teresina, que inclui 14 cidades do Piauí, além de Timon, no Maranhão. Duas novas cidades passarão a integrar o Conselho: Nazária e Pau D’Arco (TERESINA, 2013, p. 1).

Após esses longos anos sem executar atividades, a COARIDE retornou no ano de 2013 com a possibilidade de executar suas tarefas administrativas e contribuir na formulação e aplicação de políticas públicas que direcionem para a finalidade de sua criação. A COARIDE que é o Conselho responsável por gerir a Ride da Grande Teresina Brasil (2013, p. 205) “adotou o mecanismo de intervenção operativo programático, objetivando a construção de: Políticas Públicas, Estratégias de Investimentos públicos e privados e negociações com diversos atores locais, Estaduais e Federais para seu crescimento e desenvolvimento”.

A COARIDE foi criada com a finalidade de manter uma organização e uma forma de gestão apta a gerir um complexo geoeconômico que dentro deles fizessem parte vários atores de cunho Federal, Estadual e Municipal. Diante disso, foram elaboradas ações de que devem ser tomadas como base para a execução das atividades a serem realizadas pelo Conselho, no qual, segundo BRASIL (2002) conforme o Decreto n° 4.367/2002 no artigo 3° determina que é necessário:

I – coordenar as ações dos entes federados que compõem a Região Integrada, visando ao desenvolvimento e à redução de suas desigualdades regionais; II- aprovar e supervisionar planos, programas e projetos para o desenvolvimento integrado da Região Integrada; III - programas a integração e a unificação dos serviços públicos comuns aos entes federados que compõem a Região Integrada; IV - indicar providências para compatibilizar as ações desenvolvidas na Região Integrada com as demais ações instituições de desenvolvimento regional; V –harmonizar os programas e projetos de interesse da Região Integrada com os planos regionais de desenvolvimento; VI – coordenar a execução de programas e projetos de interesse da Região Integrada; e VII – aprovar seu regimento interno.

Na formação do COARIDE encontra-se um leque de atores que compõem essa gestão, dentre eles: o Ministro da Integração Nacional que será o presidente, um representante de cada um dos seguintes Ministérios 1- Planejamento, Orçamento e Gestão) e 2 – da Fazenda; por um representante da Casa Civil da Presidência da República que é indicado por seu titular; dois representantes do Ministério da Integração Nacional, indicados também por seu titular; um representante da Agência de Desenvolvimento do Nordeste -ADENE, indicado por seu Diretor – Geral; um representante dos Estados do Piauí e Maranhão, indicados por seus governadores e um representante dos Municípios que fazem parte da Ride da Grande Teresina, indicados por seus prefeitos (BRASIL, 2002).

Segundo o Art. 10 do Decreto 4.367 de 2002, que trata da criação da Ride da Grande Teresina, é abordado que esse aglomerado possuí algumas exigências na execução de serviços, principalmente direcionados a questão de infraestrutura e na geração de empregos. O mesmo artigo, estipula que os financiamentos serão de origem dos: I - do orçamento da União; II - dos orçamentos dos Estados do Piauí e do Maranhão e dos Municípios abrangidos pela Região Integrada; e III - de operações de crédito externas e internas (Brasil, 2002). E como forma de organizar esses investimentos de maneira mais eficiente, outros dois artigos do mesmo decreto apresentam a seguinte configuração:

Art. 11. O Ministério da Integração Nacional promoverá a articulação entre os órgãos da Administração Pública Federal, visando a alocação dos recursos necessários à elaboração e efetiva implementação de programas e projetos prioritários para a Região Integrada.

Art. 12. A União estabelecerá convênios com os Estados do Piauí e do Maranhão e com os Municípios referidos no § 1o do art. 1o, com a finalidade

de atender ao disposto neste Decreto.

Com base, no modelo de gestão criado para a Ride da Grande Teresina, identifica-se no documento do “Plano de Ação Integrado e Sustentável para a Ride da Grande Teresina” um incremento adicional quando comparado ao decreto da criação da Ride da Grande Teresina. O documento cita que, além dos atores tratados no decreto da criação do CORARIDE, consta-se agora também a participação “da sociedade civil (instituições de ensino e pesquisa, associações de municípios, entidades privadas etc.) e/ou de grupos empresariais da região” (BRASIL, 2013). O mesmo documento, retrata a atuação desse conselho com a seguinte finalidade “propicia a discussão, o planejamento, a proposição de políticas e o estabelecimento de estratégias e demandas conjuntas. A Coordenação geral da RIDE é extremamente atuante e mobiliza os grupos com muita agilidade e presteza” (BRASIL, 2013, p. 253).

9 Portanto, durante esses anos desde a criação da Ride da Grande Teresina, ocorreu mudanças no seu modelo de gestão, sempre mantendo o objetivo de concretizar melhorias no seu âmbito de gestão. Cabendo ao COARIDE, a tarefa de executar as demandas promovidas da realidade da Ride da Grande Teresina.

1.3A Ride da Grande Teresina atualmente: seus aspectos e suas realidades

1.3.1 Quadro espacial e demográfico

Na necessidade de conhecer a Ride da Grande Teresina, o objetivo desse texto é apresentar a sua atual conjuntura, a partir indicadores que possibilitem uma visão a respeito do desenvolvimento econômico e social. Utilizando dados secundários que propiciem um entendimento acerca das variáveis: espacial, demográfica e social.

Com isso, a questão demográfica apresenta a realidade diante do contexto regional dos municípios integrantes da Ride da Grande Teresina. Utilizando como fonte os dados do IBGE que tratam a respeito da: extensão territorial, a estimativa do contingente populacional e a densidade demográfica, como pode ser constatado na tabela 1.

Tabela 1 - Extensão territorial, população e densidade demográfica dos municípios da Ride da Grande Teresina (2018)

Municípios Extensão territorial km² População Densidade hab/km²

Teresina (PI) 1.391,98 861.442 618,86

Timon (MA) 1.764,612 167.973 95,19

União (PI) 1.173,45 44.396 37,83

Altos (PI) 957,654 40.440 42,23

José de Freitas (PI) 1.538,17 39.072 25,40

Demerval Lobão (PI) 216,807 13.793 63,62 Beneditinos (PI) 788,584 10.462 13,27 Monsenhor Gil (PI) 582,548 10.565 18,14 Nazária (PI) 363,589 8.536 23,48

Lagoa Alegre (PI) 394,661 8.504 21,55

Curralinhos (PI) 345,848 4.425 12,79 Lagoa do Piauí (PI) 426,634 4.052 9,50 Pau D'Arco do Piauí (PI) 430,817 4.023 9,34 Coivaras (PI) 485,496 4.007 8,25

Miguel Leão (PI) 93,515 1.250 13,37

TOTAL 10.954,37 1.222.940 111,64

Apesar de Teresina ser o município núcleo da Ride da Grande Teresina, a sua extensão territorial fica na 3° posição dentre os municípios com maior dimensão, possuí 1.391,981 km², enquanto o município de Timon no estado do Maranhão ocupa a 1° posição com uma extensão de 1.764,612 km² seguida por José de Freitas que ocupa a 2° posição com 1.538,172 km².

Levando em consideração a questão demográfica e assim analisar a atual situação da população na Ride, pode se verificar o quantitativo populacional e a densidade demográfica. Observa-se que o município de Teresina apesar de ocupar a 3° posição em relação a sua extensão territorial em relações aos demais 14 municípios, ainda assim, possui uma população maior com base nos dados do IBGE para a estimativa de 2017 apontando 850.198 habitantes e apresentando uma densidade demográfica de habitantes de 610,78 por km². O município de Timon, no estado do Maranhão, ocupa a segunda posição diante de quantidade populacional com o equivalente a 167.619 habitantes e uma densidade demográfica de 94,99 habitantes por km², demonstrando assim um decréscimo considerado em comparação a Teresina, já os demais municípios possuem índices menores. Ao total a Ride da Grande Teresina se encontra com o resultado de uma extensão de 10.954,365 distribuído pelo total de 15 municípios, e possuí uma população de 1.198.345 habitantes e uma densidade demográfica de 109,39 habitantes por km².

1.3.2 Fatores econômicos no espaço metropolitano na Ride da Grande Teresina

De modo a conhecer sobre como o Estado do Piauí se encontra atualmente na economia, utiliza-se como estratégia fazer uma leitura dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) relacionados aos setores produtivos da economia (agropecuária, indústria e serviços). Fazendo uma breve análise sob a ótica da conjuntura desses setores da economia entre os anos de 2011 a 2015 do Brasil e do estado do Piauí, é possível apontar aspectos gerais da sua dinâmica econômica. Conforme gráfico 1:

Gráfico 1- Taxa de crescimento do PIB (%) - 2011 - 2015

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais. Elaboração: Cepro. Adaptado pelo autor.

4 1,9 3 0,5 -3,5 5,2 6,1 2,3 5,3 -1,1 -4 -2 0 2 4 6 8 Brasil Piauí

9 O PIB no ano de 2015 apresentou no Estado do Piauí uma dinâmica de elevação e declínio perante os anos, conforme o gráfico 1, no ano de 2014 apresentou um crescimento de 5,3 em relação ao ano anterior, já ao ano de 2015 apontou uma queda de -1,1% e isso se implica em grande parte por fatores do setor econômico da indústria. Segundo a Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí - CEPRO (2017, p. 7) “Nos últimos cinco anos (2011- 2015), o Estado acumulou um crescimento de 17,8%, o que representa uma taxa média anual de 3,6 %, enquanto o país, no mesmo período, acumulou um crescimento de 5,9 %, representando uma média de 1,2 % ao ano”.

De acordo com o exposto, suponha-se que a economia da Ride da Grande Teresina, está baseada na economia do Piauí. E que o município de Timon pertencente ao estado do Maranhão, tem uma participação considerada nessa economia, tendo em vista que faz parte desse aglomerado, possuí uma forte integração, e funciona como uma espécie de cidade dormitório, e sua economia depende em grande parte de Teresina.

No intuito de demonstrar o andamento atual da economia do Piauí, é necessário se verificar como encontra-se os setores produtivos da Agropecuária, Indústria e Serviços, e assim compreender a estrutura produtiva em relação aos setores econômicos e as suas atividades econômicas que determinam grande parte da produção do Piauí. Diante disso, com base no CEPRO (2017) a seguinte tabela 2 aponta os valores adicionais referente ao PIB para o ano de 2015 e a produção do Estado diante de suas atividades econômicas.

Tabela 2 - Setores produtivos do Piauí e o Valor Adicional nos anos de 2011-2015

Atividades econômicas

Participação no valor adicionado bruto (%)

2011 2012 2013 2014 2015

Total das Atividades 100 100 100 100 100,1

Agropecuária 8,4 7,8 6,4 7,4 7,8

Agricultura, inclusive apoio à agricultura e à pós-

colheita 5,8 5,4 4 5,1 5,3

Pecuária, inclusive apoio a pecuária 1,9 1,6 1,7 1,6 1,7

Produção florestal, pesca e aquicultura 0,7 0,8 0,7 0,7 0,8

Indústria 16,3 15,2 12,3 15,9 13,6

Indústrias extrativas 0,6 0,5 0,3 0,2 0,1

Indústrias de transformação 4,8 4,8 3,6 4,8 4,2

Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão

de resíduos e descontaminação 2,5 2,3 0,7 1,9 0,9

Tabela 2 - Setores produtivos do Piauí e o Valor Adicional nos anos de 2011-2015

Serviços 75,3 76,9 81,3 76,7 78,7

Comércio e reparação de veículos automotores e

motocicletas 16,7 17,5 18,5 16 14,8

Transporte, armazenagens e correios 2,9 2,3 2,6 2 2,3

Alojamento e alimentação 2,4 2,5 3,4 2,8 3,4

Informação e comunicação 1,3 1,1 1,5 1,4 1,6

Atividades financeiras, de seguros e serviços

relacionados 2,3 2,4 2,5 2,6 3

Atividades imobiliárias 7,5 7,7 7,7 9,2 9,1

Atividades profissionais, científicas e técnicas,

administrativas e serviços complementares 5,1 5,4 4,9 4,6 5,6

administração, educação, saúde, defesa, seguridade

social 31,8 31,8 34,4 31,2 33,3

Educação e saúde privadas 2,3 2,6 2,7 3,6 3

Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades

de serviços 1,6 1,7 1,3 1,6 1,2

Serviços domésticos 1,3 1,7 1,9 1,6 1,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais. Elaboração: Cepro. Adaptado pelo autor.

Os setores produtivos do Piauí servem como base para uma leitura da estrutura econômica do Estado, e assim obter possibilidades de se compreender como a economia se apresenta de acordo os dados do ano de 2015. No setor agropecuário demonstra-se uma dinâmica entre seus valores, no ano de 2011 apresentou 8,4% de participação e no decorrer dos anos ocorreu um decréscimo nesse setor, porém no ano de 2014 aponta uma elevação em relação aos dois anos anteriores com 7,4% e para o ano de 2015 apontou 7,8%. Segundo CEPRO (2017) isso se resultada devido ao aumento de áreas plantadas no cerrado, acarretando assim uma maior produção e consequentemente uma maior taxa de sua produção.

Da mesma forma, o setor produtivo da indústria demonstrou uma queda diante dos seus valores em relação aos anos abordados, nesse setor as atividades apresentarem uma diminuição considerável, a atividade que apresentou um decréscimo considerável foi a atividade de construção, que embora sofreu uma dinâmica entre sua produção de 2011 que exibiu 8,4% e nos anos de 2012, 2013, 2014 tenham ocorrido oscilações em 2015 apontou 8,3% diferença pouco ao se comparar com o ano de 2011.

Em evidência, está o setor de serviços representando maior proporção diante dos três setores, com maior valor arrecadado e exibindo a predominância pela atividade da administração pública que apresentou um acréscimo no decorrer dos anos, no qual em 2011

9 mostrou 31,8 e em 2015 apontou 33,3. Revelando que no Estado do Piauí o setor produtivo que apresentou uma menor queda nos anos e que possuí uma maior participação no PIB, acarretando assim uma percepção a respeito do grau de desenvolvimento econômico do estado.

Portanto, no intuito de compreender a economia da Ride da Grande Teresina, é importante analisar os setores econômicos e a sua potencialidade no contexto metropolitano, com base na tabela 3, e assim, verificar o diagnóstico econômico apresentado com base no IBGE (2015).

Tabela 3 - Valores Por Setor Econômico e Administração Pública e sua porcentagem de participação na Ride da Grande Teresina - 2015 Municípios VA Agropecuária (R$ 1.000) % VA Indústria (R$ 1.000) % VA Serviços (R$ 1.000) % VA Administração Pública (R$ 1.000) % Teresina (PI) 48.719 33,25 3.055.426 90,15 9.025.179 90,15 3.147.592 74,38 Timon (MA) 15.052 10,27 188.983 5,58 599.857 5,99 425.902 10,06 União (PI) 23.939 16,34 21.013 0,62 81.814 0,82 155.224 3,67

José de Freitas (PI) 20.333 13,87 24.291 0,72 75.489 0,75 135.973 3,21

Altos (PI) 6.646 4,53 40.056 1,18 107.638 1,08 122.951 2,91

Demerval Lobão (PI) 2.423 1,65 32.862 0,97 34.121 0,34 45.360 1,07

Monsenhor Gil (PI) 5.130 3,5 7.156 0,21 28.524 0,28 35.694 0,84

Beneditinos (PI) 2.979 2,03 2.233 0,07 13.239 0,13 35.414 0,84

Nazária (PI) 8.226 5,61 6.778 0,2 13.515 0,13 30.871 0,73

Lagoa Alegre (PI) 3.687 2,52 1.660 0,05 9.231 0,09 26.457 0,63

Coivaras (PI) 1.778 1,21 746 0,02 5.159 0,05 16.278 0,38

Lagoa do Piauí (PI) 2.551 1,74 6.168 0,18 7.717 0,08 15.877 0,38

Pau D'Arco do Piauí

(PI) 2.050 1,4 699 0,02 4.542 0,05 15.386 0,36

Curralinhos (PI) 1.934 1,32 823 0,02 3.298 0,03 15.329 0,36

Miguel Leão (PI) 1.099 0,75 465 0,01 2.090 0,02 7.408 0,18

TOTAL 146.544,07 100 3.389.357,79 100 10.011.413,98 100 4.231.715,34 100

9 Nota-se uma diferença considerável entre o município núcleo da Ride, no caso Teresina, em relação aos demais municípios, como pode se verificar na tabela 3. O setor da agropecuária é representado com maior porcentagem no município de Teresina apontando 33,25% apesar de ser o município polo da Ride e apresentar um grau de urbanização de 94,25% (IBGE, 2010). Já o município de Timon no estado do Maranhão, em grande parte dos resultados apresenta a 2° posição com maior relevância em cada setor da economia, exceto na agropecuária ficando atrás dos municípios de União com 16,34% e José de Freitas com 13,87 e Timon com 10,27 %. Já os demais municípios da Ride representam uma porcentagem abaixo de 10%.

Não diferente, nas demais variáveis dos setores econômicos como os de indústria e serviços como também na administração pública, Teresina apresenta números elevados nesse contexto metropolitano. Isso se justifica por ela ter uma economia mais consolidada em relação aos outros municípios. Dentre os itens analisados na tabela 3, os setores econômicos de indústria e serviços indicam 90,15%, porém o setor de serviços é o setor que demonstra se apresentar com uma característica forte do município de Teresina com maior valor adicional bruto em relação aos demais, seguido de administração pública com 74,38% e agropecuária com 33,25%. Desta forma, destaca-se Teresina com uma forte influência e predomínio dos serviços econômicos com relação a sua participação na economia da Ride da Grande Teresina.

Dentre os resultados apresentados, o município de Teresina é o único da Ride que apresenta a categoria de demais serviços5 com maior valor bruto total agregado, seguido pela atividade de 6administração. Enquanto isso, os outros 14 municípios restantes apresentam a atividade de administração pública com o maior valor bruto, seguido pelo demais serviços. Depreende-se que todos os municípios da Ride possuí o setor terciário como protagonista em suas economias.

Como forma de apreciação a tabela 4 trata-se a respeito do Produto Interno Bruto (PIB) na Ride da Grande Teresina, com a finalidade de se fazer uma análise e um comparativo diante de tudo que foi produzido entre os anos de 2002, 2010 e 2015, na tentativa de visualizar melhor

5 Com base no IBGE (2015) nos Demais serviços são considerados a agregação de setores: Transporte, armazenamento e correio; alojamento e alimentação; Informação e comunicação; Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; Atividades imobiliárias; Atividades profissionais; científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares; Educação e saúde privadas; Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços e serviços domésticos.

6 Com base no IBGE (2015) a atividade de administração compreende também a defesa, educação e saúde públicas e seguridade social.

o processo de crescimento econômico que aconteceu na região, possibilitando também uma porcentagem na participação de cada município.

Tabela 4 - Comparativo do PIB e participação entre os anos de 2002, 2010 e 2015

Municípios

Produto Interno Bruto a preços correntes

(Mil Reais) Participação (%)

2002 2010 2015 2002 2010 2015 Timon (MA) 277572 977153 1344276 6,8 7,9 6,6 Altos (PI) 59585 159702 301812 1,5 1,3 1,5 Beneditinos (PI) 11285 32101 56379 0,3 0,3 0,3 Coivaras (PI) 3943 13627 24869 0,1 0,1 0,1 Curralinhos (PI) 5431 11797 22186 0,1 0,1 0,1 Demerval Lobão (PI) 14000 40503 130196 0,3 0,3 0,6

José de Freitas (PI) 58240 166239 274147 1,4 1,3 1,3 Lagoa Alegre (PI) 8073 25847 43131 0,2 0,2 0,2 Lagoa do Piauí

(PI) 16902 55497 34327 0,4 0,4 0,2

Miguel Leão (PI) 3643 7371 11439 0,1 0,1 0,1 Monsenhor Gil (PI) 14383 64964 83684 0,4 0,5 0,4 Nazária (PI) ... 28844 64612 - 0,2 0,3 Pau D'Arco do Piauí (PI) 4574 11581 23510 0,1 0,1 0,1 Teresina (PI) 3521169 10627694 17627625 86,5 85,5 86,7 União (PI) 73408 207504 300213 1,8 1,7 1,5 RIDE Teresina 4072208 12430424 20342406 100,0 100,0 100,0 Fonte: IBGE – PIB dos Municípios. Elaboração própria

Observa-se na tabela 4, que Teresina como município núcleo da Ride da Grande Teresina, apresenta uma maior produção desde o ano de 2002 até 2015, e consequentemente um maior percentual do PIB bruto, ocupando a primeira posição em relação aos demais municípios, apontando em 2015 um total de dezessete bilhões de reais, acarretando um PIB per capita de vinte mil reais e totalizando dois bilhões em impostos.

No entanto, os municípios do seu entorno mantêm resultados de crescimento, entretanto, o município de Timon se destaca, apresentando um resultado considerável, diante dos demais. A participação dos demais municípios possui uma diferença considerável em comparação com o município núcleo da Ride, confirmando assim a sua forte participação de Teresina no setor de produção na Ride da Grande Teresina.

Quando se analisa também na tabela 4 com relação a participação, é distinguível a discrepância diante dos resultados. Os municípios do entorno do núcleo pouco apresentam crescimento entre os anos, exceto novamente o município de Timon que se destaca diante dos

9 demais, apresentando em: 2002 (6,8%), 2010 (7,9) e em 2015 (6,6). Os demais, possuem uma taxa dinâmica que pouco se diferenciam entre os anos comparados. O município de Teresina, desde o ano de 2002 aponta uma porcentagem pouco diferenciada do ano de 2015, mesmo tendo um elevado crescimento no PIB diante dos anos, sendo assim, a sua participação demonstra pouca variação nesse período de tempo.

Com o propósito de complementar os resultados expostos anteriormente, utiliza-se da apresentação de dados referentes ao mercado de trabalho, no qual, nos possibilita a